A arte do
escultor e artista cinético suíço Jean
Tinguely (1925-1991).
AO
REDOR DA PIRA ONDE QUEIMA O AMOR
I
O
assédio de Succubus
A
noite, a solidão e os devaneios. Eu lá na Montreux de Hermeto.
Do
nada que sou ela surge com sua feição de mar bravio noturno, seu rosto
agradável de lua cheia, seus olhos altivos de corça com as pupilas dilatadas,
brilhando de excitação.
Nunca
vira nada igual. Verdade, nunca!
Tinha
eu a certeza de que não era um ser humano: era qualquer outra coisa próxima de
um espetáculo escandaloso da natureza.
Era
qualquer outra feito a mágica expressão de sensualidade e beleza: inacessível e
deificada.
Cheia
de graça acendeu toda minha cupidez. Quanto mistério naquela hora!
Tentei
me certificar daquilo tudo: o seu jeito de quem não tarda amanhecer gozos de
altruísmo, a sua memorável candura, a sua herança na aura magistral com carga
de sofrimentos. Quanta majestade, elegância e realeza ao meu alcance.
Incrédulo,
não conseguia desgrudar acompanhando todo seu trajeto.
Ah,
quanta maravilha e satisfação essa mulher exalava para meu ser ínfimo e inútil.
Não
acreditei mesmo e nem podia acreditar naquilo tudo. Só podia ser a minha sina de
amar demais, de querer demais, de enlouquecer demais por amor e sempre pregando
mais uma peça comigo. Não podia ser outra coisa, não podia ser. Impossível.
Eis
que a cada passo ela cadenciava emanações afetuosas prometendo requebros
recônditos capazes de me aprisionar na sua lascívia que saltava aos olhos.
A
cada gesto havia sempre um fervor que escapava a me prometer orgasmos
demolidores e loucuras estonteantes.
A
cada olhar afogueado me incendiava as imediações e eu cada vez mais vítima na
procela dos seus encantos.
Será
possível? Não, não podia ser. Mas era.
O
inacreditável é que ela me goderava circunvagando crestada com a graça do cisne
e mais pronunciava o realce inesgotável de todo seu aprumo na névoa do
devaneio.
O
inexplicável é que ela irradiava deslizando a língua de camaleoa sobre o batom
cálido dos seus lábios rubros e carnudos, oh! boca sedutora de Padmini linda e
graciosa.
O
inenarrável é que ela contornava o campo gravitacional para cravar nosso
fuso-horário no meridiano de Greenwich.
Tudo
isso para mim, eu cobaia de sua feitiçaria!
Não
podia ser... não podia ser.
Não
acredito em milagres, mas aquilo era algo parecido com o imensurável além da
compreensão, não podia ser outra coisa. E quanto mais eu me embebedava com o
seu flerte mais ela circulava no meu deslumbramento, slow motion, impune e
desejada.
E
quanto mais eu ensandecia mais ela me provocava insinuando avançar rente ao meu
sexo.
E
quanto mais eu entorpecia mais ela preparava o bote traçando uma circunferência
com diâmetro entre perto e longe, ao meu redor.
E
quando seu feitiço cingiu meu peito, ela aproximou-se esquiva com o hálito
perfumado das deusas incorpóreas, com o suspiro dos graus de sua paixão, com o
suor das querências no verdadeiro eflúvio do corpo de mulher.
Tudo
névoa de devaneio.
Manteve-se,
então ela, eqüidistante entre o meu e o seu latente desejo, imantando a minha
gula.
O
seu olhar tácito ateava-me na provocação por incursões estratégicas por
invadir-lhe completamente o corpo e a alma.
No
sétimo movimento, a quarta esfera da criação cabalística fez-se luz na pira do
amor ardente e insólito, surgida entre os nossos corpos perpétuos e mútuos de
paixões avassaladoras.
As
chamas do amor vinham como que aflogístico imorredouro.
A
minha cabeça rodava. Ela inteira, linda e maravilhosa. Na minha frente!
E
no meio dessa labareda fitamo-nos um ao outro.
Ela
se encostando ao nada, por onde se elevou gradualmente uma pedra, deitando-se
para que eu pudesse ficar a par de tudo, girando espalmada em decúbito dorsal.
E
girando mais para maior embriagues com suas vestes se esfacelando para a nudez
integral.
Enfim,
num átimo estaciona toda loucura com seus pés ao meu alcance e todo corpo à
minha frente.
Tomei
a rédea sobre o seu corpo dúctil, plantei-me no fogo invisível de sua carne e
comecei a me apossar daquilo tudo acariciando seus pés, tornozelo, tateando o
seu tendão de Aquiles, tocando a sinuosidade de suas pernas longas da
maturidade, depilada, refinada, impetuosa, estouvada.
Havia
todo tipo de provocação na sua pele fina e íntegra de lótus, no corpo aveludado
da flor de mostarda que mais se fazia uma fonte plena de prazer.
Não
me contive e com os nervos excitados mordi sua coxa.
Depois
rondei a vertigem das suas pernas, beijei-lhe os joelhos, lambi suas
reentrâncias no anseio de explorar o aclive do seu triângulo da luxúria. Eu,
limítrofe do prazer naquele rolho; ela, buliçosa e súplice no ustório da
paixão.
Ah,
como eu me deleitava com seus movimentos espasmódicos, seus agudos gemidos, seu
estrebuchamento incontido, enquanto eu passava meus lábios e minha língua pela
cobertura de suas entrepernas, pela sacada do seu yoni, do seu botão de lótus
entreaberto perfumado como o lírio recém-desabrochado, aquele odor gostoso, o
conteúdo atrativo para o meu apetite insaciável por seu colo rijo, cheio e
ereto.
Ah,
como eu saboreava o ventre achatado dos amantes, na linda anatomia de sua
região pélvica-abdominal, o seu monte de Vênus desejado. E seguia insaciável
para remexer nas suas entranhas, pelas suas ninfas, pelo capuz do clitóris, seu
freio, o púbio, as carúnculas himenais, o períneo, o orifício, o intróito, a
cavidade uterina, toda a sua plataforma orgásmica.
Ali
estava enteu, a fruta boa de chupar, a sua drupa. A minha língua era o seu
manzape; suas entranhas, as encubas; e o seu prazer, o bilbode.
Ah,
minha cinegética ambição ali nesse repasto regalado e sobejando o fluído de sua
fonte no platô do seu prazer, deflagrando o limiar na maior ebulição pelas
veredas interestelares, curando seu talho com a minha prece de amor.
Era
doce o seu gemido, era glorioso o seu entregar: arfante e alvoroçada até
explodir violentamente e a se jogar por inteiro no meu prazer abissal.
O
gozo, nossa festa.
Fez-se
quieta de repente e fitou-me com uma carinha de anjo.
Presenteou-me
um riso libertino de hetaira gratificada.
Aí,
beijou-me a boca com a sede eterna dos mortais.
II
O
amor comungando o misterioso encanto da paixão
Após
a iniciação de seu beijo eu me sentia confirmado na minha sina de menino que
gosta de sonhar.
Foi
quando pude rever todas as instâncias de minha formação pelo amor, desde a
professora da infância, das paqueras tímidas juvenis, da figura da mãe sempre
presente, das paixões idealizadas e não correspondidas, de todas as redes
sentimentais que me vira envolvido por toda minha existência.
Como
soubera? Poderes de deusa.
Nossa!
Como era firme e como deixava claro que tudo que eu pensava, ela percebia.
E
como sempre fora tímido, era difícil fitar seus olhos firmes e acesos
mostrando-me as coisas dos sonhos e da vida.
Era
de arrepiar.
E
quando dei por mim, ela fitava cada milímetro de mim no enleio do "Sonho
de amor" de Liszt.
Quanta
manifestação interagindo entre o meu e o seu desejo.
Foi
assim, percebendo o meu ar indefeso, que ela alisou meus cabelos, beijou meus
olhos, tateou meu rosto e os detalhes da minha fisionomia, até encostar seus
lábios nos meus, passando sua língua faceira a se esfregar na entrega de todos
os seus segredos mais remotos desde a longínqua infância, da passageira
adolescência e dos amores que vertera por noites sangradas de infinitas
solidões.
Se
ela sabia de mim, queria que soubesse dela.
E
naquele beijo contara-me como tudo se passara com ela.
Eu
chorei, choramos juntos, recolhi suas lágrimas e nos dissemos de amor eterno
enquanto a minha carne se via doendo com a sua sofrência.
Por
um instante temi perdê-la depois desse encontro.
Como
me apavorei com esta idéia.
Ela
percebeu e jurou-me, com um simples olhar candente, um amor eterno.
E
beijou minhas faces como quem mostra o vôo dos pássaros, a fundura oceânica, a
semente da vida, o rumo dos ventos em todas as direções.
Remexera
minhas idéias, demovendo o temor que infligira de sua partida depois daquele
encontro, restituindo uma esperança nunca tida e possível mais adiante.
Mas
insistia no meu temor e ela beijou-me os ouvidos como quem semeia a raiz de
dulcamara para o elixir do amor de nossa paixão endovenosa.
Foi
quando se apossou do meu dedo anular direito, mordiscou, no começo, levemente,
depois insistiu até brotar meu sangue vivo.
Fez
o mesmo no dela e depois emendou, um ao outro, como se consumasse uma união, o
anel de nossas vidas.
E
com sua mão rojadora foi puindo a carícia de sua táctil habilidade pela minha
nuca, pelo pescoço, tórax, muque, braços, pulsos, mãos, dedos, coxas, pernas e
pés como quem se apropria de todos os meus músculos relaxados, todos os meus
nervos em polvorosa, toda a minha carne incendiada, acedendo uma vitalidade
rediviva nunca dantes possuída.
Com
isso, ela reiterava que estaria nua ao meu lado em qualquer circunstância.
E
eu jamais acreditaria nisso, saberia sempre que seria mais um desses momentos
perfunctórios pela recompensa da entrega efêmera a que nos submetíamos naquele
momento.
Ela
parecia jurar com seu olhar fixo em mim. Percebia a minha descrença, por isso
beijou-me novamente a boca com o desejo no enroscamento do réptil no afã de
escalar uma árvore, à mistura de arroz com a semente de sésamo - os manjares do
amor -, com a mescla de leite e água e a ciência das sessenta e quatro artes do
Kama Sutra.
Nesse
beijo pude ter ciência do ácido, do amargo, do doce, do salgado, do que nasce e
do que agoniza.
Ela
queria que eu soubesse que o nosso amor de agora não seria apenas de hoje, mas de
todo o sempre.
E
para melhor persuadir-me dessa loucura, mostrou-me do fogo de Minarã e do
Urubu-rei na lareira dos caingangues, se dizendo Iaravi pelas cintilantes
labaredas da magnifíca luz de sua aura vestal ameríndia, os seus fulgores
deslumbrantes que propagava o incêndio na minha pirexia, incitando-me a ser
Fiietô, um Caiucucrê capaz de roubar o fogo de todas as coisas, me fazendo
acreditar ser o único homem do universo.
Quanto
privilégio me fora dado naquele momento com a sua nudez radiante, a ponto de me
bestificar com sua figura longílinea, incendiária, ah, minha la Belle!
Ela
surpreendia a pequena área do meu coração, deixando-me as defesas orgânicas
desguarnecidas, escamoteando minhas certezas e deixando-me babando por um
contato de quarto ou quintos graus exagerados na sua beleza ostensiva e me
levando desmiolado à custa de seus truques sobre a mendicância dos meus
quereres.
Por
mais que soubesse de mim, eu estava rendido, permitindo que me levasse onde
quisesse com a sua astúcia adorável.
Nesse
instante me olhou terna, adernando os olhos, ih! Algo aconteceria.
E
ao levantá-los lentamente com seu olhar voraz, aproximou a mão direita ao meu
peito e sentindo o circuito que descarregava em meu corpo, cravou os dedos,
rasgou-me a carne apossando-se do meu coração rendido.
Arrancou-me
do tronco, bruscamente, levando o pulsante motor da minha vida até a boca para
beijá-lo imensamente, venerando minha vida.
E
enquanto eu desfalecia, ela ritualizava uma paixão sórdida sobre a minha dor
iniciada.
Quando
então, fitando-me ainda mais severa, com a outra mão sobre o seu próprio peito,
cravou os dedos, rasgou as carnes e arrancou com a mesma voracidade o seu
coração e trouxe até a minha boca, exigindo-me beijá-lo, ao que, obediente,
depositei toda minha terna veneração.
Logo
após, colocou seu coração no meu peito e cerziu minha carne com um carinho de
deusa mágica, e colocou o meu no seu peito, mostrando-me, unidos por
sentimentos e destinos.
E
devolveu-me a vida e a esperança e pude enternecer com seu gesto de amor.
A
partir de então, meu coração passou a ser seu; e o seu, meu, ambos, mutuamente,
na capacidade total de amar.
III
O
pacto do casulo na metamorfose mútua
Era
devaneio demais na grande nuvem de Magalhães: abraço terno de paixão indomável.
Nossos
corpos ardiam: faíscas na tempestade de nossos desejos. E mais as labaredas de
nossas vontades inextinguíveis, de nossos frêmitos mais açodados, de nossas
ardências na temperatura de ignição.
Era
o enleio dos nossos sussurros mais selvagens por todo cardápio de nossas juras
de amor mais exaltadas.
Era
a terra prometida: seu ventre desejado.
Havia
de fincar-lhe o estandarte rijo tomando posse definitiva de todo o seu
território: domar aquela maravilha toda estirada perseguida pelo meu faro,
acossada pelas minhas carícias no bote certeiro aprisionando seu corpo à minha
sanha, sem se permitir rejeição ou o menor esboço da mínima reação contrária,
até deixá-la completamente rendida.
Era
chegada a hora: o prólogo de tudo ao toque da mão no pescoço, pele fina, jeito
grácil, face linda, mandíbula, orelhas, cabelos, rosto, tudo um espetáculo! E
em riste.
Um
beijo ardorosamente apaixonado no seu ombro. Célere lambida no aclive da nuca.
Lambuzada de ouvidos sob o aranzel insano do amor maior que todas as coisas
existentes entre o firmamento e a terra. Até os lábios de céu apropriados, boca
carnuda, língua fresca e solícita, todo despudor e provocação.
Eu
crescia no beijo e me danava a crescer exaustivamente.
A
iniciação buliçosa: copular. E mais atiçava provando da fúria insaciável.
Ah,
como enlouquecia de prazer nos mínimos detalhes: o olhar, os seios cheios e
admiráveis, o plexo solar, as entranhas pela alma, tudo na esporrada do
privilégio de tê-la domada. A entrega, o oxigênio, as mesmas emoções, verdades
e arrebatados gozos: órgãos, veias, nervos e músculos, tudo um só.
E
nossos corpos, um só na paixão desenfreada, lançados ao fogo de nossas
vontades. Tão unos sem extremos nem limites. E ao mesmo tempo, no extremo de
todos os limites, pois éramos os extremos dos extremos, o limite dos limites.
Amava
e essa era a minha recompensa de escravo. E mais mergulhos na sua areia
movediça, seus fulgores deslumbrantes, seu incêndio corporal que se propagava
nas minhas loucuras e vísceras, dando azo à minha fantasia e disso tirando o
máximo de proveito.
Ah,
o seu cheiro do mais puro perfume búlgaro de rosas!
Como
eu me lançava na tocha acesa do seu olhar inebriante que ardia com o prazer de
sua carne saborosa e fervia com a sede do seu comprazimento.
Ah,
como eu delirava com o fogaréu envolvente de suas carências a levar-me cego e
louco de tesão ao epicentro do seu terremoto corporal, e dando-me a
possibilidade de explorar todas as formas do nosso concúbito incoercível.
E
mais desengançava.
E
mais zampava o seu insaciável talante, onde sei que repousa perspícua a nossa
felicidade.
Ah,
eu jamais poderia largar sua boca bem desenhada e seu corpo perfumado e
provocante onde eu depositava a experiência de experimentar todas as maneiras
de apego e afeto para usufruir intensamente da minha linga a jogar a larva
tórrida derretida no seu yoni que abarcava o auge da atração dos nossos corpos
rejuvenescidos prodigiosamente.
Ah,
cada vez mais o gosto de sua intimidade na minha boca e, só de lembrar, a
saliva abundante querendo matar a vontade de comer lautamente o alimento mais
aprazível de degustação.
Ah,
quanto prazer imenso privilegiando um mortal!
A
unificação prazenteira, sem se dar conta do futuro incerto, das possibilidades
de existir e da maneira mais livre de amar.
Nossas
cabeças nos ombros, um do outro, no centro da nossa felicidade perpétua: nós
somos um, o pacto do casulo na metamorfose mútua do amor.
©
Luiz Alberto Machado.
Direitos reservados. Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS - A nossa
crença na realidade da vida e na realidade do mundo não são, com efeito, a
mesma coisa. A segunda provém basicamente da permanência e da durabilidade do
mundo, bem superiores às da vida mortal. Se o homem soubesse que o mundo
acabaria quando ele morresse, ou logo depois, esse mundo perderia toda a sua
realidade, como a perdeu para os antigos cristãos, na medida em que estes
estavam convencidos de que as suas expectativas escatológicas seriam
imediatamente realizadas. A confiança na realidade da vida, pelo contrário,
depende quase exclusivamente da intensidade com que a vida é experimentada, do
impacto com que ela se faz sentir. Pensamento da filósofa alemã Hannah Arendt (1906-1975). Veja mais
aqui.
ALGUÉM FALOU - Otimista por natureza, sempre achei que
problemas, os mais difíceis, terminam por serem resolvidos. Continuo achando
graça nas coisas, gostando cada vez mais das pessoas, curiosa sobre tudo, imune
ao vinagre, às amarguras, aos rancores. Dizem que a vida muitas vezes parece um
romance, mas ela é uma realidade e é essa realidade que conto. Uma leitura ou
uma história só prestam, empolgam e nos fazem sonhar quando transmitidas com
prazer e emoção. Escrevo, assim, com liberdade e com o coração. Pensamento da
escritora brasileira Zélia Gattai
(1916-2008). Veja mais aqui.
DO TEATRO À LITERATURA - A língua pode esconder a
verdade, mas os olhos - nunca! O tempo das profecias passou, e as profecias cederam lugar aos
acontecimentos. Foi uma visão terrível. A covardia é o mais terrível dos vícios. Não há maior infortúnio
no mundo do que a perda da razão. Sim, o homem é mortal, mas isso seria apenas
metade do problema. O pior de tudo é que ele às vezes é
inesperadamente mortal - aí está o truque! Ninguém deve ser chicoteado.
Lembre-se disso de uma vez por todas. Nem o homem nem o animal podem ser
influenciados por nada além de sugestões. Você nunca deve pedir nada a ninguém. Nunca -
e especialmente daqueles que são mais poderosos que você. Mas a verdade, infelizmente, foi perturbada pela
pergunta, e surge das profundezas da sua alma para cintilar em seus olhos e
tudo está perdido. Mas o que pode ser feito, quem ama deve compartilhar o
destino daquele que ama. Siga-me leitor! Quem
lhe disse que não há amor verdadeiro, fiel e eterno neste mundo! Que a língua
vil do mentiroso seja cortada! Tudo vai dar certo, o
mundo é construído sobre isso. Pensamento do escritor e dramaturgo russo Mikhail Bulgákov (1891-1940). Veja mais
aqui.
ARTE POÉTICA – A arte saiu da caverna e caminha em direção
ao divino. É o Deus que há em nós, a grande mola que propulsiona o homem para
frente e para cima. Vida é o som do não, do sim, da pata do poeta: acrobata. O
erotismo é o grande triângulo entre o homem, a mulher e Deus. Não sendo bicho
nem deus nem da raiz tendo a força ou a eternidade da pedra, o poeta nas
palavras põe essa força de nada: sua funda é o poema. Daqui dou o viver já por
vivido. Quero estar quieta, sozinha agora, igual a uma cobra de cabeça chata,
ficar sentada sobre os meus joelhos como alguém coagulado em outra margem.
Daqui dou o viver já por vivido. A poética da
escritora, jornalista, crítica, ensaísta e tradutora Olga Savary (1933-2020), uma vítima da covid-19 no Brasil. Veja
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Recital Musical Tataritaritatá
TATARITARITATÁ NA DIFUSORA - Gentamiga, A edição deste sábado, dia 19 de setembro, do Tataritaritatá no programa Alagoas Frente & Verso da Rádio Difusora, traz os seguintes destaques:A música de Hermeto Pascoal, a poesia de Ledo Ivo, Bia Bedran, Os Fabos do Fecamepa, uma homenagem ao educador pernambucano Paulo Freire, a dupla Pedro Bandeira & Zé da Viola, Chau do Pife, Lucinha Guerra, Cidinha Madeiro, Italo Calvino, Antonio Olinto, Cesar Camargo Mariano & muito mais nas comemorações do Dia do Computador.Confira ao vivo e online a partir das 9 horas da manhã deste sábado clicando aqui na Rádio Difusora de Alagoas.Veja mais já está disponível para download de todas as edições do Tataritaritatá na Rádio Difusora de Alagoas no seu computador