Elegância não é coisa de luxo ou dinheiro, mas de
atitude. Eu nunca revoluciono. Eu apenas evoluí. Sempre imperceptivelmente.
A arte da estilista e escritora francesa Sonia Rykiel (1930-2016), a Rainha das Malhas, que a
partir de suéteres icônicos transformou sua marca em um império multimilionário.
O AMOR DE ÁRTEMIS - Eis que ela, uma das virgens brancas filha de Latona, rainha
dos bosques com suas sessenta ninfas, as oceânicas, e mais vinte, as asias,
estava ali, com seus cabelos amarrados, suas pernas nuas, seu seio direito
descoberto, ao meu inteiro dispor. Ela sempre selvagem à caça, empunhando o seu
arco e flecha, à espreita e eu a perseguir um a um dos seus. Ela a Lua serena
repleta de magia, ali nua e linda resplandecendo das profundezas misteriosas da
noite com o cipreste, sempre acompanhada do cervo e do urso que se deitaram ao
seu redor. Fitou-me com ar de quem havia sido tocada pela paixão e sabia que eu
não era Acteon, nem Órion, nem Opis, muito menos Alfeu ou Bouphagos ou
Sipriotes, sou apenas aquele que venera o seu jeito e forma de ser. Levantou-se
do seu trono e chamou-me Endimion, como se eu estivesse no monte Latmo e me visitasse
em Cária, a me levar para Cilícia e depois para Éfeso. Achegou-se, alisou-me os
cabelos, afagou minhas faces, beijos meus lábios e em mim abriu mão dos todos
os seus desejos de ter muitos nomes e manter-se virgem, de abrir
sua túnica até os joelhos e desnudar-se inteira, para que deixasse de governar
as montanhas e ajudar as mulheres em dores de parto. E me abraçou com o fervor
das viúvas desesperadas e nos beijamos na
caverna Arcudiotissa entre rituais xamânicos e totêmicos, e fizemos amor na
cratera de Vênus e na ilha da Paximadia do seu nascimento e nos amamos até que
o dia fosse noite e novamente dia na paixão. © Luiz Alberto Machado.
Direitos reservados. Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS - Estou
convencida de que os maiores heróis são aqueles que fazem o seu dever na rotina
diária de assuntos domésticos, enquanto o mundo gira de forma enlouquecedora.
As mulheres nunca têm uma meia-hora em todas as suas vidas que elas possam
chamar de sua, sem medo de ofender ou de ferir alguém. Por que as pessoas se
sentam tão tarde, ou, mais raramente, se levantam tão cedo? Não é porque o dia
não é o suficiente, mas porque elas não têm nenhum momento do dia para si
mesmas. Viva a vida quando você a tiver. A vida é um presente maravilhoso - não
há nada de pequeno nisso. Eu atribuo o meu sucesso a isto: eu nunca desisto ou
dou alguma desculpa. Pensamento da enfermeira britânica Florence Nightingale (1820-1910). Veja
mais aqui & aqui.
ALGUÉM FALOU: A nobre iniciativa de lançar o belo sexo nas
fileiras dos emancipadores da razão humana, sufocados pela tirania e pelos
sacerdotes. Frase do general e guerriheiro
Giuseppe Garibaldi (1807-1882), sobre a ativista e militante
feminista e abolicionista Marie Goegg-Pouchoulin (1826-1899), reconhecida por seu compromisso com o pacifismo e o
direito das mulheres ao voto que resultou na fundação da Associação
Internacional das Mulheres, uma das primeiras organizações feministas suíças e
do Journal des Femmes, o primeiro jornal feminista suíço. Iniciou sua
militância na Liga Internacional para a Paz e a Liberdade.
EFEITO MATILDA – O Efeito Matilda é o preconceito
frequente contra reconhecer as contribuições de mulheres cientistas em
pesquisas, cujo trabalho é frequentemente atribuído aos seus colegas homens. O
efeito foi inicialmente descrito pela sufragista e abolicionista do século XIX,
da ativista abolicionista e livre pensadora
estadunidense Matilda Joslyn Gage (1826-1898), no seu ensaio
"Woman as Inventor", e cunhado em 1993 pela historiadora da
ciência Margaret W. Rossiter, apresentando diversos exemplos do efeito
demonstrados a partir da análise de mais de mil publicações científicas entre
1991 a 2005, que cientistas homens citam mais frequentemente publicações de
autores homens do que publicações de autoras mulheres. Veja mais aqui, aqui,
aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
A VIDA & O VIVER - Os tempos difíceis me
ajudaram a entender melhor como a vida é infinitamente rica e maravilhosa e que
muitas coisas que nos preocupam não têm a menor importância. Eu não acredito no
mal, acredito apenas no horror. Na natureza não há mal, apenas uma abundância
de horror: pragas, males, formigas e vermes. A cura para tudo é sempre água
salgada: suor, lágrimas ou o mar. As pessoas que sonham quando dormem à noite
conhecem um tipo especial de felicidade que o mundo de hoje não conhece, um
êxtase plácido e a tranquilidade do coração, com mel na língua. Eles também
sabem que a verdadeira glória dos sonhos reside em sua atmosfera de liberdade
ilimitada. Quando você tem uma tarefa difícil a fazer, algo que parece
impossível, basta trabalhar um pouco todos os dias, um pouco todos os dias, e
de repente você verá que o trabalho está feito. Todas as dores podem ser
suportadas se as colocarmos em uma história ou contamos uma história sobre
elas. A arte real deve sempre envolver alguma bruxaria. Pensamento da
escritora Karen Blixen (1885-1962). Veja mais aqui e aqui.
UM POEMA
- Deite-se tão quieto na
luz da manhã / tão cheia de paz, que consciência piedosa; / se com beijos seu
espelho deslize para oeste, / assim que a flor da praia vislumbrar; / lá
libélulas tremem em sua superfície, / bastões de carmim e tons de auria azul; /
as aranhas da água, na imagem solar, / eles lideram uma dança no brilho; / guirlandas
de gladíolos palpitam na margem, / e as canções de ninar soam ao lado dos
canaviais; / e há um balanço constante e um murmúrio submisso, / como se
estivesse sussurrando: paz! a paz! a paz!… Poema da escritora alemã Annette von Froste-Hülshoff
(1797-1848).
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - O surgimento da
propriedade privada acontece com a divisão do trabalho, gerando o nascimento do
Estado e uma luta de classes numa perspectiva vinculada a dominação masculina,
mulheres subordinadas aos homens, criando assim a possibilidade de opressão
sobre a figura feminina. A partir de
então a vida social cinde-se em duas esferas: a pública, domínio dos homens,
que sofrerá grandes transformações no decorrer da História e a esfera privada,
lugar da família domínio da mulher, que se vê, pois excluída de qualquer
participação social que ultrapasse os limites do seu ‘lar’ (MORAES, 1996,
p.14). Como exemplo disto entende-se que a representação da figura feminina se
apresenta numa situação de inferioridade em relação ao homem diante de várias
áreas como também do mercado de trabalho, restando-lhe as atividades domésticas
e o bem - estar de seu marido e família, sendo excluída de qualquer
participação na sociedade que ultrapasse os limites do seu lar. A mulher tem
pouca visibilidade e autonomia na sua vida, e ausência nas discussões políticas
e na realização das atividades profissionais, devido à ideologia patriarcal ao
longo do contexto histórico. “É por este conjunto de fatos que a questão da
família torna-se crucial para a compreensão do lugar hierarquicamente inferior
ocupado pelas mulheres nas sociedades de classe.” (MORAES, 1996, p.14). Sendo
assim, a violência contra a mulher não se apresenta apenas por agressões
físicas, mas se manifesta de várias maneiras, como também de forma sutil.
Através dessas formas sutis, mulheres do mundo inteiro sofrem esses maus
tratos, como xingamentos, ofensas à conduta moral e ameaças. A violência sutil
se destaca por ser uma agressão que se apresenta sob forma de hostilidade
verbal, como insultos, desprezo, críticas, bloqueio de iniciativa, confinamento
e ameaças de abandono. Para a figura feminina subordinada ao poder masculino, o
que lhe resta são apenas as tarefas do lar e aos cuidados dos filhos e do
marido. A violência é uma das mais graves
formas de discriminação em razão de sexo e gênero. Constitui violação dos
direitos humanos e das liberdades essenciais, atingindo a cidadania das
mulheres, impedindo-as de tomar decisões de maneira autônoma e livre, de ir e
vir, de expressar opiniões e desejos, de viver em paz em suas comunidades;
direitos inalienáveis do ser humano (TELES, 2003, p. 23). Tais violências
estão estampadas nos estudos de Cavalcanti (2010), como o preconceito e a
discriminação, nos indicativos sócio-econômicos, apresentando o sofrimento das
mulheres e, principalmente das negras quando partem para o mercado de trabalho.
Mesmo que tenham instrução e qualificação, elas recebem salários inferiores
quando ocupam os mesmos cargos que os homens estão. Apesar dos direitos sociais
e individuais e o de igualdade ser garantido pela Constituição e ser objetivo
da República Federativa do Brasil promover o bem de todos sem preconceito de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação,
vemos no Brasil várias formas de violência contra a mulher, doméstica, por
estarem debaixo de um teto, onde ninguém estará vendo o ato de violência contra
ela entre outras. Estes são fenômenos
marcados profundamente pelo preconceito, discriminação e abuso de poder do
agressor para com a vítima – geralmente mulher, criança, adolescente ou idoso –
pessoas que em razão das suas peculiaridades (compleição física, idade e
desenvolvimento), estão em situação de vulnerabilidade na relação social.
(CAVALCANTI, 2010, p.35). Para esta autora, a violência contra a mulher
geralmente se identifica com a violência doméstica, mas o conceito de violência
contra a mulher é mais amplo porque inclui nesta forma qualquer ato de
violência baseado em sexo, que ocasione algum prejuízo ou sofrimento físico,
sexual ou psicológico às mulheres, incluídas também as ameaças de tais atos,
coerção ou privação arbitrária da liberdade que ocorram na vida pública ou
privada, direitos que constam no artigo 1º da Convenção sobre a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher. “A violência contra a mulher
é conceito mais amplo, pode ser considerada crime ou não. É o gênero de que são
espécies várias formas de violência como a institucional, sexual, assédio
moral, espiritual, doméstica e familiar entre outras.” (CAVALCANTI, 2007, p.
38-39). Azerêdo (2007), em sua análise sobre o preconceito contra a mulher,
aborda a total falta de respeito do homem com a mulher quando esta faz sua
saída para o trabalho, uma grande problemática criada a partir da imaginação do
homem, que não pode deixar de existir, já que o salário de sua mulher contribui
para o orçamento da casa e muitas das vezes sendo a única fonte de renda da
família. A autora afirma que “a grande maioria das mulheres que buscam a
delegacia das mulheres nos relata o enorme ciúme de seus companheiros, que as
chamam de puta, mesmo quando elas não têm nenhuma relação fora de casa.”
(AZERÊDO, 2007, p. 25). O Estado não tratava a violência contra as mulheres
como um problema público, considerando-a irrelevante e natural. O
reconhecimento da violência contra a mulher era legitimado pelo Código da
Moralidade Popular que, até então, atuava em defesa dos direitos das mulheres. A
violência contra a mulher em alguns países é considerado um processo cultural
que se expressa sob relevantes formas de mutilações genitais para que a mulher
possa se casar novamente. As práticas sociais e questões éticas apresentam um
contexto cultural marcado de violência contra a mulher, estabelecido por leis
culturais enraizando o meio social determinando o tipo de violência que a
vítima deve se submeter, como no caso de 30 países da África e da Ásia. Entre
as mutilações genitais, há a cliteridectomia, que incide na extirpação, no
corte, na extirpação do clitóris, órgão que desempenha importante papel na
relação sexual, é responsável pela maior parte do prazer da mulher. Há outro
tipo de mutilação como infibulação, que consiste na sutura dos lábios maiores
da vulva, deixando um pequeno orifício para a passagem do sangue da menstruação
e de outros fluidos. Esses tipos de mutilação são realizados com o intuito de
promover a diminuição do prazer ocasionado pelo sexo, tornando a relação um
verdadeiro suplício. Portanto, esse tipo de mutilação está relacionado à
fidelidade da esposa ao seu marido, tal ato em respeito às leis e aos costumes
de uma determinada nação, ocorrendo a violência contra a mulher. (SAFFIOTI,
2004).
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER – A
violência doméstica contra a mulher é ocasionada no seio das relações
familiares, estabelecidas pelos vínculos de parentesco natural e civil,
fundamenta-se em relações interpessoais de desigualdade e de poder entre
mulheres e homens ligados por vínculos consangüíneos, parentais, de afetividade
ou de amizade. O agressor se vale da condição privilegiada de uma relação de
casamento, convívio, confiança, amizade, namoro, intimidade, privacidade que
tem ou tenha tido com a vítima, bem como da relação de hierarquia ou poder que
detenha sobre a vítima para praticar a violência (CALVACANTI, 2010). A união
estável é instituída pelos cônjuges através de laços de afetividade, gestos de
carinhos e afinidades, mas que muitas vezes acaba mascarando uma realidade
opressora sobre a mulher, acontecendo numa esfera privada que na maioria das
vezes a agressão sofrida pela mulher torna-se impune. O discurso masculino por
meio da dominação patriarcal vitimiza a figura feminina pelo controle social
masculino. Pois a violência doméstica compromete sérios agravos ao seu
desenvolvimento pessoal, moral, psíquico e a sua cidadania. A violência doméstica contra a mulher é um
tipo de violação dos direitos humanos fundamentais à vida, à dignidade,
segurança e integridade física e psíquica. Nesse contexto, a preocupação com
ela é fundada nos altos índices da sua ocorrência no Brasil e em vários outros
países mundo afora, além dos grandes prejuízos que causa à implementação da
equidade entre os gêneros (CAVALCANTI, 2010, p.52). Teles e Melo (2003)
apresentam a diferença entre a violência doméstica e a violência contra a
mulher, onde a primeira se expressa no seio familiar, ocorrendo dentro de casa,
nas relações entre pessoas da mesma família, entre homens e mulheres, pais e
filhos, entre jovens e pessoas idosas. Nesta violência, ocorre a intimidação da
mulher pelo homem no espaço doméstico. Pode-se afirmar que sofrem
espancamentos, humilhações e ofensas nas relações descritas, as mulheres são
alvo principal (TELES; MELO, 2003). Esta violência doméstica é denominada por
alguns autores também como intrafamiliar e, neste caso, pode ocorrer fora do
espaço doméstico, como resultado de relações violentas entre membros da própria
família. Para elas, “existe uma crítica em relação a essa terminologia porque,
mais uma vez, ela estaria escondendo a violência contra a mulher. Sabemos que a
principal vítima desse tipo de violência é população feminina (TELES; MELO,
2003, p.19). Para Azerêdo (2007), a violência doméstica contra a mulher está
relacionada à divisão entre o espaço público e o privado (doméstico), o
primeiro espaço sendo ocupado pelos homens e o segundo pelas mulheres. A
definição de “homem público” é encontrada no dicionário Novo Aurélio como homem que se consagra a vida pública, não
existindo o verbete mulher pública, porque até o século passado esta mulher
pública era a prostituta nos dicionários brasileiros. Ficando notória a
discriminação contra a mulher até nos meios dos significados das palavras da
língua portuguesa: [...] o que pode
indicar que a vida pública continua sendo dos homens, foi uma boa surpresa não
encontrar a definição tradicional de “mulher pública”, se restringindo às
prostitutas, implicando ao mesmo tempo, uma desvalorização destas e das outras
mulheres que se dedicam à vida pública. (AZERÊDO, 2007, p. 27). Este tipo
de violência é um problema complexo por ser exercida em espaço privado,
aumentando assim seu potencial ofensivo, ou seja, não se pode tratar da mesma
maneira um delito praticado por um estranho e o mesmo delito praticado por alguém
de estreita convivência, como maridos, companheiros, namorados atuais e
anteriores. A violência doméstica contra a mulher se enquadra num tipo de
violação dos direitos humanos, fundamentais à vida, à dignidade, segurança e
integridade física e psíquica.
A VIOLÊNCIA NO BRASIL – A violência no
Brasil, segundo Machado (2010), vem desde o primitivo enfrentamento tribal
indígena e, principalmente em maiores proporções, desde o primeiro dia da
invasão portuguesa para o processo de colonização em 1500, quando se deu o
genocídio indígena e a escravidão que se prolongam disfarçados até o momento
presente. Neste tocante, assinala Cavalcanti (2010, p. 30): As populações indígenas, vitimas iniciais
desse processo, foram escravizadas ou exterminadas pelas guerras empreendidas
pelo conquistador português. O segundo alvo da violência colonizadora foi a
população negra. Como se sabe, entre os séculos XV e meados do século XIX,
aproximadamente 30 milhões de negros foram violentamente retirados de seu
continente de origem, traficados, mortos e transformados em escravos. Constata-se
que ao longo do processo histórico durante o período da colonização até a
República, a violência foi responsável por dizimar contingentes significativos
de índios e negros, resultado das investidas de conquista e exploração do
território brasileiro. Com o advento da República no século XIX, uma série de
movimentos reivindicatórios evolvia as lutas pelo trabalho e pelo voto que vão
desembocar nas primeiras décadas do século XX. Depois disso, conforme
Cavalcanti (2010, p. 30), “No século XX a historia mundial foi marcada pela
violência praticada por duas grandes guerras que vitimaram milhões de pessoas”.
Foi a partir daí que, no entendimento de Adorno (1991, p. 66) que a violência
endêmica alcançou níveis assustadores ampliada pelo envolvimento de policiais
civis e militares na criminalidade, pelo fato da delinqüência e os crimes
violentos terem aumentado, como também porque “[...] as políticas econômicas
neoliberais aprofundaram as desigualdades de um sistema de relações sociais já
bastante assimétricas e condenaram milhões de pessoas a viverem na pobreza e na
exclusão social”. E isso mesmo com a promulgação da Constituição Federal de
1988 consolidou direitos e garantias ao cidadão. No presente se constata na
realidade brasileira, segundo Cavalcanti (2010, p. 30) que: No inicio do século XXI, em que se tinha a
expectativa de que a sociedade estaria tão evoluída a ponto de conviver em
harmonia e paz, a mídia continua a denunciar o aumento sem precedentes de
várias formas de violência, seja pela pratica de crimes, como assassinatos,
seqüestros, roubos, estupros, ocorridos nos mais variados rincões brasileiros.
[...] a face menos visível continua escondida e pouco reconhecida. São dados
sobre o aumento do desemprego, da prostituição infantil, da diferença salarial
entre homens e mulheres, entre pessoas brancas e negras, da pratica da
violência domestica, etc. Esconde-se naquilo que se chama senso comum. Com
isso, entende Cavalcanti (2010, p. 34), que a sociedade brasileira é
marcadamente excludente: [...] Ela
impede, sistematicamente, que uma grande parcela de seus cidadãos tenha acesso
aos bens essenciais a sua nutrição, preservação da saúde, defesa da vida, entre
outros. [...] Por isso é que os excluídos são ao mesmo tempo vitimas e autores
dessa violência. [...] o crescimento da
violência criminal encontra-se associado à própria desorganização das
instituições responsáveis pela manutenção da ordem publica, bem como à
violência praticada pelas instituições, como nos casos de violência policial.
Neste cenário, Cavalcanti (2010, p. 33) detecta no Brasil: [...] diversas formas de violência, como a
violência urbana, a violência praticada pela discriminação contra as minorias
(negros, índios, mulheres, crianças e idosos), a violência social em virtude
dos altos índices de desigualdade social e pobreza, a violência doméstica,
entre outras. O crescimento da violência no Brasil não é composto de uma única
explicação. Certamente se encontra associado à lógica da pobreza e da
desigualdade socioeconômica. [...] não há como negar a relevância da
desigualdade socioeconômica na explicação do crescimento da violência. [...]
exige analise dos vários aspectos da denominada exclusão social. A
violência contra a mulher no Brasil, por exemplo, é fruto de processo histórico
marcado pela opressão e pela desigualdade de gênero entrelaçados nas relações
sociais entre homens e mulheres.
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VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá
Gentamiga, a edição deste sábado, dia 12 de setembro, do Tataritaritatá no programa Alagoas Frente & Verso da Rádio Difusora, traz os seguintes destaques: Guimarães Passos, Antonio Nóbrega, a música instrumental do alagoano Toni Augusto, Fecamepa trazendo Doro para presidente, A anedota do Mindinho no Brincarte, Sóstenes Lima, Valderez de Barros, Bia Marinho, Osman & o Samba de Ladeira, Artur Passos, Exposição Metamorfose, Sétima Mostra Alagoana de Dança, IV Bienal do Livro de Alagoas & muito mais.Confira ao vivo e online a partir das 9 horas da manhã deste sábado clicando aqui na Rádio Difusora de Alagoas.Veja mais já está disponível para download de todas as edições do Tataritaritatá na Rádio Difusora de Alagoas no seu computador