quinta-feira, junho 26, 2008

ANAÏS NIN, MILTON SANTOS, BRUNA LOMBARDI, ANTÔNIO MIRANDA, KRISTINA KAZARINA, MARIA DAPAZ & LITERÓTICA – A SEDUÇÃO DE MARYNA


 
A arte da fotógrafa Kristina Kazarina.

LITERÓTICA: A SEDUÇÃO DE MARYNA - O telefone trina, atendo e, aquela voz irresistivelmente convidativa, soou requerente dengosa ao meu ouvindo. Aquele timbre manhoso e resfolegante eriçava minha pele e acendia no meu sexo excitação indomável. A carência impetuosa dela era uma convocação urgente. Fiquei atordoado, não havia como negar, perdi a noção de tudo e arrumei sobressaltado o que deu pra pegar do birô, joguei de qualquer jeito na valise, às pressas sacudi as chaves nos bolsos e saí desembestado sem conseguir raciocinar em nada. Escapuli completamente atordoado, só ela ocupando ideias e direções desnorteadas, até chegar impando na portaria do seu prédio e, ao interfone, o porteiro me mandou subir. Dirigi-me ao elevador, estavam removendo umas troçadas e aquilo me deixou impaciente. Fiquei pra lá e pra cá, olhando pros lados sem que conseguisse enxergar coisa alguma, nervosa inquietude, até que demoveram tudo e liberaram o elevador. Apertei o botão do seu andar e contei os segundos batendo o indicador no relógio, chegou, abri, saí desesperado e ao chegar ao seu apartamento, a porta estava encostada, bati e empurrei devagar até vê-la de costas ao telefone. Surpreendido com a magnitude de sua compleição corporal, só de calcinha, viu-me de relance e fez sinal para que eu entrasse. Não consegui desgrudar o olhar dos pés à cabeça, conferindo aquela lauta e jubilosa assimetria carnal, incendiando o meu desejo e enrijecendo o meu sexo já bem saliente dentro das calças. Ela continuou ao telefone conversando com uma amiga, enquanto se dirigia até a toalete. Aquele rebolado esbelto imantava o anelo do meu corpo, a ponto de persegui seus passos e à entrada acompanhar todos os seus movimentos corporais. Eu lambia os beiços, amolegava o pênis e me esforçava para me conter até o término da conversa. Virou-se, então, pude milimetricamente percorrer as vistas por toda sua generosa sinuosidade: o cabelo elegantemente assanhado, os olhos sedutoramente semicerrados pra mim, a língua sensualmente passeando pelos lábios enquanto emitia o seu ham-ham hum-hum gutural, seios magnificamente empinados, esguia provocação dos quadris, a calcinha estufando o sexo, as coxas excelsas, as pernas torneadas, ah, quanta sedução! Desligou de chofre e nas pontas dos pés se dirigiu a mim. Beijou-me a boca, pegou-me uma das mãos e me empurrou contra a parede. Suas mãos repousaram sobre o meu tórax, carinhosamente deslizando até alcançar meu sexo apontado, alisando-o ao fechar os olhos, respirar fundo e, lentamente, encostou-se sobre o meu coração e foi se agachando até sua boca depositar um beijo no meu caralho rijo, desabotoando minhas calças, baixando o zíper, removendo a cueca e se deliciando com a exposição do meu pau esfregado ao seu nariz, faces e lábios. Beijou, lambeu, sugou e chupou com maestria lentidão, engolindo-o como quem saboreia seu prato favorito e me levou às nuvens e todos os céus do universo, a me proporcionar vertigens com fricções e fruições, até chuchar meu sêmen ejaculado, engolindo por inteiro a seiva do meu extremado prazer. Quase desfalecido, ela manteve-se com lambidas e sugadas na minha pica, de quase exaurir-me inteiro com aquela felação. Entregue e relaxado, ela ergue-se lentamente, pegou minha mão e saiu levitando na minha frente, até alcançar a lavanderia, virando-se para me beijar a boca insaciavelmente. Minhas mãos percorriam a maciez de sua carne e eu a beijava com sofreguidão os lábios, as faces, o pescoço, os seios túrgidos, o ventre perfumado se escancarando e eu lambendo sua fenda, chupando sua vagina, enquanto minhas mãos pressionavam a abundância de seus glúteos. Ela ajeitou-se sobre a pia e me permitiu visualizar toda sua gostosura exposta, e me mantive cunilíngua a desfrutar daquele sabor aprazível, passando os dedos ao seu ânus e ela mais se abrindo para que eu pudesse tanto chupá-la, como ficar enfiando um dedo boceta adentro e outro lubrificado por seus sumos intrometendo-se provocativamente no seu cu, até ela, respiração dificultada, chegar a múltiplos orgasmos sucessivos. Ela inquieta ronronando febril, gritando enlouquecida e estertorando até o último instante de sua demorada gozada. O difícil respirar aos poucos foi relaxando e a mão dela alcançou meu tacape e fê-lo retomar o endurecimento desejado, levantando-se e novamente voltando a beijá-lo, sugá-lo e chupá-lo, quando completamente endurecido, levantou-se, virou-se de costas, abriu as pernas, bunda rebolante aos pedidos para penetrá-la. Enfiei-lhe o pau na priquita e ela começou a gritar de prazer, pedindo-me que não gozasse logo, às reboladas, eu quase sem conseguir me manter naquilo sem esporrar, ela insistindo que eu não gozasse e gritando mais de prazer, até ajeitar meu pau exímia e decididamente no seu rabo, esforçando pela enfiada no procto e ela urrando louca e me pedindo mais até sentir completamente invadida e num ritmado entre e sai, gozei naquela bunda maravilhosa de cair pesadamente sobre seu corpo trêmulo. Ah, Maryna, quanta vontade de ficar nisso e nunca mais sair de tanto prazer. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo (rolando até o final do post) e aqui.


PENSAMENTO DO DIA - [...] A totalidade só se torna existência, só se realiza completamente, através das formas sociais, incluindo as geográficas. E a cada momento de sua evolução, a totalidade sofre uma nova metamorfose. Volta a ser real-abstrato. O movimento que a transforma em multiplicidade individualiza a totalidade por meio das formas. Os fragmentos de totalidade assim tornados objetivos continuam a integrar a totalidade. Eles ocupam os objetos como sua essência e atividade, mas sempre como função da totalidade, que continua íntegra. [...]. Trecho extraído da obra A Natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção (Ed USP, 2006), do geógrafo e professor Milton Santos (1926-2001). Veja mais aqui.

NAÇÃO & IDENTIDADE NACIONAL – [...] As identidades nacionais não são nem genéticas nem hereditárias, ao contrário, são formadas e transformadas no interior de uma representação. Uma nação é, nesse processo formador de uma identidade, uma comunidade simbólica em um sistema de representação cultural. E a cultura nacional é um discurso, ou modo de construir sentidos que influenciam e organizam tanto as ações quanto às concepções que temos de nós mesmos. Não é ocioso lembrar que tais identidades, no caso do Brasil, estão embutidas em nossa língua e em nossos sistemas culturais, mas estão longe de uma homogeneidade – que já não perseguimos –; ao contrário, estão influenciadas (as identidades) pelas nossas diferenças étnicas, pelas desigualdades sociais e regionais, pelos desenvolvimentos históricos diferenciados, naquilo que denominamos ‘unidade na diversidade’. Como todas as nações, mas bem mais do que a maioria delas, somos híbridos culturais e vemos esse processo como um fator de potencialização de nossas faculdades criativas [...]. Trecho extraído de Sociedade da informação: globalização, identidade cultural e conteúdos (Ciência & Informação, 2000), do escritor, dramaturgo, escultor e professor maranhense radicado em Brasília, Antônio Miranda. Veja mais aqui.

MATHILDE – [...] Podiam passar horas acariciando as pernas dela. Um pegava um dos seios de Mathilde, outro depositava beijos na carne macia do pescoço, comprimindo apenas os lábios, pois o ópio intensificava cada sensação. Um beijo podia provocar arrepios por todo o corpo dela. Mathilde deitava-se nua no chão. Todos os movimentos eram vagarosos. Os três ou quatro moços deitavam-se de costas entre as almofadas. Um dedo procurava lentamente o sexo dela, penetrava-o, ficava ali, entre os lábios da vulva, sem se mexer. Outra mão buscava-o também, contentando-se em circular em volta do sexo, buscando outro orifício. Um homem oferecia o pênis para a boca de Mathilde. Ela mamava muito lentamente, cada toque magnificado pela droga. Então poderia ficar deitados imóveis durante horas, sonhando. [...] O prazer de Mathilde em acariciar os homens era tão imenso, e as mãos deles percorriam seu corpo e a afagavam tão completamente, tão continuamente, que ela raramente tinha um orgasmo [...] Nessa hora ficou tomada pelo desejo de ser possuída por ambos os lados, e inseriu o outro indicador no ânus. Agora, ao se mexer para a frente, sentia o dedo da dianteira e, ao oscilar para trás, sentia o outro dedo, como sentia nas vezes em Martinez e um amigo a acariciavam ao mesmo tempo. A aproximação do orgasmo excitou-a, começou a fazer gestos convulsivos, como que para puxar o último fruto de um galho, puxando, puxando o galho para trazer tudo abaixo em um orgasmo selvagem, que veio enquanto se observava no espelho, vendo as mãos se movendo, o mel brilhando, o sexo e a bunda brilhando, inteiramente molhada entre as pernas [...]. Encontrou Mathilde no chão, em frente ao espelho. Ela estava de quatro olhando-se no espelho por entre as pernas. Ele disse: - Não se mexa, Mathilde. Essa é uma pose que eu adoro. Agachou-se por cima dela como um gato gigante, e o pênis entrou nela. Deu a Mathilde o que não dava à amante. O peso dele fez com que por fim Mathilde caísse e se estatelasse no tapete. Ele ergueu a bunda dela com as duas mãos e arremeteu contra ela sem parar. O pênis parecia feito de ferro quente. Era comprido e estreito, e Antonio o mexia em todas as direção e saltava dentro dela com uma agilidade que Mathilde nunca conhecera. Ele acelerou os movimentos ainda mais e disse em voz rouca: - Goze agora! Com essas palavras ela começou a se arremessar contra ele furiosamente, e o orgasmo veio como um raio atingindo-os ao mesmo tempo. [...]. Trecho extraído de Delta de Vênus (Artenova, 1978), da escritora francesa Anaïs Nin (1903-1977). Veja mais aqui, aqui e aqui.

DOIS POEMAS - UMA MULHER: Uma mulher caminha nua pelo quarto / é lenta como a luz daquela estrela / é tão secreta uma mulher que ao vê-la / nua no quarto pouco se sabe dela / a cor da pele, dos pêlos, o cabelo / o modo de pisar, algumas marcas / a curva arredondada de suas ancas / a parte onde a carne é mais branca / uma mulher é feita de mistérios / tudo se esconde: os sonhos, as axilas, / a vagina / ela envelhece e esconde uma menina / que permanece onde ela está agora / o homem que descobre uma mulher / será sempre o primeiro a ver a aurora. ELOGIO DO PECADO: Ela é uma mulher que goza / celestial sublime / isso a torna perigosa / e você não pode nada contra o crime / dela ser uma mulher que goza / você pode persegui-la, ameaçá-la / tachá-la, matá-la se quiser / retalhar seu corpo, deixá-lo exposto / pra servir de exemplo. / É inútil. Ela agora pode resistir / ao mais feroz dos tempos / à ira, ao pior julgamento / repara, ela renasce e brota / nova rosa / Atravessou a história / foi queimada viva, acusada / desceu ao fundo dos infernos / e já não teme nada / retorna inteira, maior, mais larga / absolutamente poderosa. Poema da escritora, atriz e modelo Bruna Lombardi. Veja mais aqui.

A SEDUÇÃO DE MARYNA
O sonho do sequestro anunciado aqui.
Crônica do sequestro anunciado aqui.
A coelhinha da páscoa aqui
O prazer de Maryna na fúria do arpão aqui.
O sabor da fonte de todos os gozos aqui.
Convite ao sequestro e a delação premiada aqui.
Maryna: a obsessão do prazer aqui.
Na alcova de Maryna aqui.


A arte da fotógrafa Kristina Kazarina.


MUSA DA SEMANA: MARIA DAPAZ - A pernambucana Maria Dapaz é cantora, compositora e instrumentista invejável. Sua estrada vem desde menina-moça quando aos 9 anos tirou o segundo lugar no concurso “A Mais Bela Voz do Nordeste”. A partir daí participou do grupo Marajoara até fazer uma trajetória internacional que apenas consagra o seu talento.



Lançou, em 1981, seu primeiro disco solo, “Pássaro Carente”, cuja repercussão permitiu que seu segundo trabalho, “Maria da Paz”, tivesse arranjos assinados pelo maestro Lincoln Olivetti.
Em 2004 lançou o cd “Vida de Viajante”, dedicado à obra de Luiz Gonzaga, com o qual foi indicada ao Grammy Latino de 2004. Ela tem mais outros álbuns gravados, todos confirmando seu talento e prestígio.


UM CANTAR DE AMOR

Maria Dapaz/Xico Bizerra

Vou te cantar um canto de amor
Que afaste a dor e cure a cicatriz
Vou te cantar um canto de paz
Um canto capaz de te fazer feliz

Vou te cantar um canto saudoso
Um canto amoroso, meu carinhar
Vou te cantar apenas o meu canto
Pra espantar teu pranto, pra te alegrar

Um canto pra dizer que es o meu amor
E o mundo saber que es o meu amor
Um canto belo, breve e singelo
Só pra te dizer que es o meu amor


SETEMBRO

Maria Dapaz/Fátima Marcolino

Setembro me fez perder
A rima da poesia
Tirou o brilho dos versos
Que eu escrevia

A chuva me traz saudade
O vento sopra lembranças
A lua clareia o chão
Acendendo a esperança

Desate o laço da minha saudade
Deixe meu riso caminhar direito
Quero tomar um chá de esperança
Tirar de vez a dor que dói no peito

Sinto saudade da chuva
De um riacho a correr
De uma estrela que deixa
Pelas paredes descer
O seu brilho amarelado
Escorrer entre o telhado
Antes do amanhecer.


O show intimista "Projeto Adoniran apresenta Maria Dapaz" com a participação do violonista Rafael Cardoso está registrado em dvd. Essa apresentação foi gravada na Sala dos Espelhos do Memorial da América Latina em São Paulo. Este dvd está somente sendo vendido no site www.mariadapaz.com ou pela Joma Produções Artísticas (11) 4704.3494 jomaprodart@uol.com.br


Ela concedeu uma entrevista exclusiva pro Música, Teatro & Cia, confira.


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PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

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