A arte artista estadunidense Robert Rauschenberg (1925-2008).
LITERÓRICA: ENCONTRO DO PÍCO VIGOROSO AO TERRAÇO DA JÓIA – Primeiro tempo:
do flerte à dança, o desvario da paixão: Agora o
momento conspira favoravelmente e mais persevera quando flagro a divícia de
toda a sua compleição convidativa que dá provas inequívocas do requinte da
sedução. Eu mereço, tenho certeza, esse pulcro e luzidio jeito menina sapeca a
me enfeitiçar com o semblante misto entre angelical e satânico, com um
cumprimento no olhar chamativo num estro a não perder jamais de vista –
pálpebras lânguidas de inesperadas ternuras, suspiros ao léu, com o frêmito nos
lábios com gosto de primavera vigente, com jeito dócil no pescoço a descoberto,
nas alças fulgurantes da blusa a expor toda a atmosfera do decote emanando
fulgurante pôr do sol entre os seios de fruta no pomar, com indulto na cintura
que vai dar na circunferência da saia colada no corpo Maracanã das minhas
emoções – corpo matéria-prima do milagre -, girando, girando a exalar o frescor
da vida para meu sobressalto e delírio. É espetáculo demais de desejos
entreabertos para o trapézio do amor, onde os beijos estalam adocicados e
insinuam jogadas na pequena área de nossas contumazes deprecações de
satisfação; que saltam do seu olhar de ébano a desnudar-me a alma e levá-la
folha seca pela ventania forte e nas vazantes etéreas de sua imantação, que me
dá conta dos seus lábios rubros e que por tal fresta vem o sopro vital nas
minhas narinas e me assalta o toque macio que ao menor contato me eletriza a
ponto de invulgar combustão pélvica e que nos abrasa a embolar no meio de campo
a confundir de nós a própria vida. É chegada a hora e pronto já test-drive vou
margeando, contornando, walkaround, até cravar as minhas garras nessa delícia
geográfica além do querer, aspirando do infinito nas asas da sua graciosidade
que dá o braço a torcer, tomada de assalto pela minha agonia faminta e já se
faz pronta na rendição dos meus galanteios mais lúbricos. Segundo tempo: a nudez, o toque e o
prazer estufando o gol do amor Vê-la nua é o sabor do instante
na maravilha de estar vivo, onde me faço ourives a deslindar toda alvura
carnuda imarcescível de sua extrema condição de amante, carregada com nova leva
de carícias para o meu estopim mais arvorado. O seu corpo é a cidade onde
habito com todos os temores e explosões, onde cultivo a crença que professo
quando o dia começa a romper, onde semeio o que há de melhor em mim para a
completa comunhão do dar e receber. É o seu corpo o verdadeiro prêmio que cobiço,
é a estrada que transito e me perco e me encontro quando me expõe os seios,
montanhas do Cáucaso de meus delírios, à minha bocarra insaciável devolvendo a
plena vida sugando o sal da terra. Eu solapo todas as medidas com o exame tátil
de nossas inquietações na furiosa tempestade a devassar todos os limites dos
domínios e nas dimensões do seu corpo que predispõe a loucura do gozo e vou num
ritmo ideal de jogo com todas as firulas e mando de campo, encarando a zaga e
na jogada, lance de bandeja, vou buscar a enfiada profunda para alcançar o
conteúdo das suas redes mais ao rés-do-chão do paraíso almejado. Eu corro
perigo com o assédio dos seus encantos como se fosse o meu refeitório eivado de
luxúria de completa adrenalina quando penetro entre as suas pernas oblíquas e
avultamos nossos urros, nos dizimamos um ao outro em nossos apegos mais
íntimos, até que nossos corpos caiam estiolados fenecendo de prazer. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja
mais aqui.
PENSAMENTO
DO DIA – [...] O turbilhão da existência moderna subtrai ao
homem uma visão límpida do que, na realidade, acontece. Vagamos na existência
como num mar sem que possamos escapar-lhe ou espraiar-nos numa margem firme a
permitir-nos uma perspectiva nítida da totalidade. O redemoinho só permite
abranger o que, por ele arrastados, logramos. [...] Tudo é atingido pela crise, inabarcável em todos os seus elementos e
incompreensível do ponto de vista das suas causas, de efeitos ineutralizáveis,
que nos compete assumir como parte integrante do nosso destino, sofrer e
superar. Enuncia-se, sob formas bem diversas, o carácter fugidio desta crise.
[...]. Trechos extraídos da obra A
situação espiritual do nosso tempo (Moraes, 1968), do filósofo e psiquiatra
alemão Karl Theodor Jaspers (1883-1969). Veja mais aqui.
LÍNGUA
& LINGUAGEM – [...] Todas as línguas, sem exceção, tem de ter um
conjunto de fonemas, ou sons, de significado claro para os que as falem; um
conjunto de palavras que indiquem ações e conceitos; um conjunto de formas
gramaticais, que podem ser principalmente morfológicas (isto é, consistir de desinências
ou modificações das palavras destinadas a transmitir alterações de significados
básicos) ou principalmente sintáticas (isto é, baseadas na ordem em que as
palavras são emitidas). [...]. Trecho extraído da obra Voices of Man:
The Meaning and Function of Language (Harper & Row, 1962), do linguista
italiano Mario Pei (1901-1978).
O
PÂNTANO – [...] Seguia-a minuciosamente, enquanto se movia,
altiva e decidida, pelos campos abaixo, em direção ao pântano, como qualquer
coisa que fosse empurrada, e não movida por uma atividade voluntária. Ali ficou
um momento sobre a margem, sem nunca levantar a cabeça. Depois penetrou
vagarosamente na água [...] A moça
erguera-se perto, e ele agarrou-lhe a roupa e, atraindo-a a si, voltou-se para
se dirigir novamente para terra. [...] Depositou-a
na margem, em completa inconsciência e escorrendo água. Fez-lhe sair água pela
boca, e empregou esforço para a reanimar. [...] depois levantou-a nos braços, afastou-se cambaleando da margem e
atravessou os campos. [...] Então ela
inclinou-se para a frente, sobre os joelhos e prendeu-o nos braços, prendeu-lhe
as pernas, apertando o peito contra os seus joelhos e coxas, cravando nele os
dedos com uma certeza estranha e convulsiva, apertando-lhe as coxas contra si,
atraindo-o para o seu rosto, para a sua garganta, ao mesmo tempo que erguia os
olhos para ele, uns olhos brilhantes e humildes de transfiguração, triunfantes
com a primeira posse. [...]. Trechos do conto O pântano, do escritor britânico D. H. Lawrence (1885-1930).
Veja mais aqui.
ANABASE (FRAGMENTO) - Estabelecendo-me com honra sobre três grandes estações, / auguro bem do
solo onde fundei a minha lei. / As armas na manhã são belas e o mar. / Exposta
a nossos cavalos, a terra sem amêndoas / traz-nos este céu incorruptível. E o
sol não é sequer nomeado, / mas o seu poder está entre nós
e o mar na manhã como uma conjectura do espírito. / Poder, tu cantavas nas nossas estradas noturnas!… / Nos idos puros da manhã que sabemos nós do sonho, nossa procedência? / Por mais um ano ainda entre vós! / Senhor do grão, senhor do sal, e a coisa pública sobre justas balanças! / Nunca chamarei por gentes doutra margem. / Não traçarei nunca grandes / bairros urbanos pelas encostas com o açúcar dos corais. / Mas tenciono viver entre vós. / No limiar das tendas inteira glória! a minha força entre vós! / e a ideia pura como um sal faz-se pública em pleno dia. / Parado o meu cavalo sob a árvore que arrulha, / lanço um assobio mais puro… E paz àqueles que, se vão morrer, / não chegaram a ver este dia. / Mas de meu irmão, o poeta, tivemos nós notícias. / Mais uma vez escreveu uma coisa muito doce. / E alguns tiveram dela conhecimento… Poema do poeta e diplomata francês Saint-John Perse (Alexis Leger – 1887-1975).
e o mar na manhã como uma conjectura do espírito. / Poder, tu cantavas nas nossas estradas noturnas!… / Nos idos puros da manhã que sabemos nós do sonho, nossa procedência? / Por mais um ano ainda entre vós! / Senhor do grão, senhor do sal, e a coisa pública sobre justas balanças! / Nunca chamarei por gentes doutra margem. / Não traçarei nunca grandes / bairros urbanos pelas encostas com o açúcar dos corais. / Mas tenciono viver entre vós. / No limiar das tendas inteira glória! a minha força entre vós! / e a ideia pura como um sal faz-se pública em pleno dia. / Parado o meu cavalo sob a árvore que arrulha, / lanço um assobio mais puro… E paz àqueles que, se vão morrer, / não chegaram a ver este dia. / Mas de meu irmão, o poeta, tivemos nós notícias. / Mais uma vez escreveu uma coisa muito doce. / E alguns tiveram dela conhecimento… Poema do poeta e diplomata francês Saint-John Perse (Alexis Leger – 1887-1975).
A arte artista estadunidense Robert Rauschenberg (1925-2008).
NA VOLTA DA TEIBEI: FILOSOFIA DE BOTECO.
(recolhida pelo Karl Leite)
'Transar é arte, gozar faz parte, engravidar é moda, assumir é que é foda!'
'A diferença entre uma mulher na TPM e um seqüestrador, é que com o seqüestrador ainda existe uma possibilidade de negociação'.
'Os problemas da vida são como um tarado bem dotado: é melhor enfrentar,
porque se você virar as costas, vai ser bem pior!'
'Ninguém vencerá a guerra dos sexos. Há muita confraternização entre os inimigos'.
'O Brasil é um país geométrico... tem problemas angulares, discutidos em mesas redondas, por um monte de bestas quadradas.'
'Mulher é igual a macarrão: você enrola, enrola, enrola... e come!'
'Casar é trocar a admiração de várias mulheres, pela crítica de uma só!'
'O chifre é como o consórcio... quando você menos espera é contemplado.'
'Homem feio é igual à ventania: só quebra galho'.
'A diferença entre o homem e a mulher é que o pau que está entre as pernas do homem é sempre o mesmo'.
'Sogra é como onça: todos temos que preservar, mas ninguém quer ter em casa.'
'Mulheres são como traduções: as boas não são fiéis e as fiéis não
são boas.'
'Mulher de amigo é que nem muro alto: a gente trepa, mas dá um medo...'.
'A diferença entre a mulher decidida e o homem mulherengo é que a mulher decidida está sempre pronta para o que der e vier, e o homem mulherengo está sempre pronto para quem vier e der.'
'O que há em comum entre um bolo queimado, cerveja estourada no congelador e mulher grávida? Nada; mas se você tivesse tirado antes nada disso teria acontecido...'.
Vamos proutra rodada? Vamos é aprumar a conversa & tataritaritatrá!!!
Veja
mais sobre:
Maioridade
precoce, Elfriede Jelinek, Lera Auerbach, Diana Vishneva,Pierre
Alechinsky, Literatura de Cordel, Giulia
Gam, Walter Huggo Khoury & Deus Ludens aqui.
E mais:
Sêneca, Nauro Machado, Antonio Carlos Nóbrega, George
Wald, Newton Moreno, Philippe Garrel, Clotilde
Hesme, Cidadania na Escola, Elizabeth Boott Duveneck, Distanásia &
Crimes contra a administração pública aqui.
A
educação na sociologia de Durkheim aqui.
Cícero
& A República, Besta Fubana, Trela do Doro, Tolinho & Bestinha aqui.
Fecamepa:
quando
a coisa se desarruma, até na descida é um deus nos acuda! Aqui.
A
educação no Positivismo de Comte aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora
comemorando a festa do Tataritaritatá!
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.