A arte do pintor e escultor finlandês Wäinö Aaltonen (1894-1966)
LITERÓTICA – NA
ALCOVA DA MUSA – Os
meus lábios requerentes e apaixonados se encaminham para os seus, minha Ishtar
nua e descoberta, enquanto meu coração se descabela a quatro mil rpm numa
rajada barulhenta da bateria das nossas escolas de samba juntas em plena
terça-feira de carnaval do nosso lúbrico amor que incendeia nossas almas e
vicia nosso querer constante e obsessivo. E quando os meus e os seus lábios se
encontram faíscam relâmpagos violentos de festa em zis fogos de artifícios,
acompanhando a tremedeira energizada de todo meu corpo que se apronta para ser
eletrocutado pelo prazer da sua obsessão lasciva até nos entregarmos
dependentes um do outro na explosão do nosso coito para serenar nossas vidas. E
minhas mãos segurarão seu rosto para que os beijos estalem certeiros e, com
isso, elas possam explorar sua vitalidade contornando carinhosamente sua beleza
anatômica sensual e inquieta, alisando seus braços, seios, quadris, ventre. E
podendo sentir seu corpo abrasado no meu com a nudez de nossas almas
incendiárias de hipererosia. E você enlouquecendo a se esfregar no meu corpo,
saracoteando, dando voltas em si para que eu possa tomar ciência de toda
proporção da sua maravilha, para que eu possa morder sua carne e encare suas
costas enquanto seu glúteo saboroso rebola no meu membro em riste e eu possa
lambuzar com a minha excitação máxima toda a pele sedosa de suas ancas, de sua
púbis e do seu prazer. Ah! deusa única e exclusiva do meu panteão, minha nau do
prazer, deixa que eu me atire na façanha de tê-la égua da melhor montaria, que
eu seja rendido como Enkidu pelo feitiço de seus encantos luxuriosos, que eu me
realize no nosso intercurso e me derrame em profusão como um príapo
enlouquecido e nessa loucura eu seja o sorvete de morango no seu paladar, e
você a calda de ameixa saborosíssima no meu gozar. © Luiz Alberto Machado.
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PENSAMENTO DO
DIA – Quando a luz se extingue, todas as mulheres são iguais, sem amor essa
tarefa grandiosa torna-se desprezível, porque ela era bela, porque eu a amava e
porque seu encanto nada significaria a menos que tivesse o poder de sufocar
toda razão. Pensamento do aventureiro
e escritor italiano, Giovani Jacopo Casanova (1725-1798). Veja mais
aqui, aqui e aqui.
O AMOR DE COMTE & CLOTILDE – [...] Em outubro de 1844,
Augusto Comte encontrar-se-ia
com a mulher que iria decidir do
sentido dai última fase de sua doutrina. A influência de Clotilde de Vaux seria decisiva para os destinos do positivismo. A admiração que Comte
sempre demonstrara pelo catolicismo, também se faria sentir agora, no momento
em que êle transforma o seu sistema numa religião, que muito se assemelha,
nas
fórmulas e na disciplina, ao catolicismo. E' certo que desde os Opúsculos já se assinalava a aptidão do positivismo para uma síntese da qual poderia resultar o
estabelecimento de uma verdadeira religião. Mas o que decidia do advento da
Religião da Humanidade, seria, além da admiração que o catolicismo inspirava a Augusto Comte, a sua paixão por
Clotilde. Foi essa paixão o fator decisivo para o advento de uma religião
eminentemente social e política
como é a Religião dai Humanidade. A feição mística que esta assumiu, foi devida
à "Mulher divina que ele proclamou sua Colega, Inspiradora, bem como seu
Juiz Supremo". A mulher, divinizada na figura de Clotilde, terá urna
importante missão no positivismo. "Se a nova filosofia não pudesse obter
tal apôio (o das mulheres), ela deveria renunciar (à pretensão) de substituir a teologia no seu antigo ofício social. A
teoria fundamental do positivismo — diz Augusto Comte — garante a aptidão feminina
do positivismo, ainda mais diretamente
que a sua eficácia popular. Porque o seu princípio fundamental, a sua maneira
de conceber e de tratar o grande problema humano, apenas oferece uma
consagração sistemática das disposições que caracterizam espontaneamente as
mulheres. A influência sentimental da mulher tem assim, considerável
importância na doutrina de Comte, como tivera na sua própria existência. Só pelo
exemplo feminino, modelo de amor e devotamento, na opinião de' Comte, — é que a sentimento de solidariedade social
poderá progredir. Do mesmo modo que Clotilde influiu sôbre o pensamento de
Comte, assim também as mulheres saberão exercer a sua influência para a regeneração
social da humanidade. "Fundamentando o conjunto da sã filosofia sôbre a
preponderância sistemática do coração, as mulheres são chamadas a formar a parte essencial do
novo poder espiritual. A espiritualidade católica só podia ver nelas, poderes auxiliares
porque sua fonte direta era independente de seu concurso. Mas a espiritualidade positiva, as
aprecia como elemento indispensável, pois elas constituem a representação mais
natural e mais pura do seu princípio fundamental [...]. Trecho extraído da obra Progrès de Ia Consdenee dans la Philosophle Oecidontale (Les Presses Universitaires de France, 1953),
do professor e filósofo francês Léon Brunschvicg (1869-1944). Veja mais aqui.
A EDUCAÇÃO NO POSITIVISMO DE AUGUSTE COMTE - A educação para o filósofo Auguste Comte, o criador da doutrina da educação universal na
filosofia, é chamada de educação positiva, aquela
que visa a informar o aluno sobre a ordem, isto é, como o mundo funciona,
formando seu caráter, tornando-o mais bondoso. Na educação, isso acarreta
ênfase na aferição da eficiência dos métodos de ensino e do desempenho do
aluno. Para ele a educação é necessária para se atingir o verdadeiro ensino integral,
enciclopédico. Para o Positivismo, a educação resume-se no ensino
enciclopédico, útil e verdadeiro, sem teologismo nem metafísica. Isto supõe a subordinação
do espírito de detalhe ao de conjunto, da análise à síntese, do progresso à ordem,
do egoísmo ao altruísmo, dando à educação um fundamento e um conteúdo ético,
que pudesse ser aceito por todos. O seu programa consiste em formar uma
consciência moral e social que, desde as bases, pudesse ser inspiradora de
todos os idealismo humanos. Isto porque o racionalismo científico é
característico do Positivismo, do ponto de vista pedagógico, mas não exclui o
valor da instrução humanística, cujas decisões válidas apresentou. Para August
Comte, a ciência é a escola da disciplina, porque é organismo de força
intelectiva da qual a lógica, o método e as ciências especiais, são leis. O
plano geral da educação positivista coloca a arte antes da ciência, com o culto
religioso acima do dogma, de maneira a prevenir as dificuldades essenciais.
Segundo Comte, na teoria e na prática deve prevalecer o sentimento como fonte
normal da sistematização. O objetivo educacional positivista é modificar o
mundo para adaptá-lo às necessidades humanas e aperfeiçoar o homem. A
participação da inteligência nessa práxis transformadora consiste em
esclarecer, reunindo para isso os elementos destinados às previsões. As
características desta educação são as seguintes: em primeiro lugar, ela é
viável aos dois sexos; a segunda, é que ela está subordinada ao desenvolvimento
biológico, já que o estudo do homem e do mundo exterior constituem
necessariamente o duplo e o eterno sujeito de todas as concepções filosóficas
positivistas; a última característica, é que ela se relaciona à interconexão
das leis dos três estados (estado teológico-ficticio, estado
metafísico-abstrato e estado positivio-cientifico), com as etapas mentais do
desenvolvimento da criança, combinando a estática social com a dinâmica social,
ou seja, as leis da ordem com as do progresso. Em sendo o principio fundamental
do Positivismo o da primazia da educação para a solução do problema social,
devendo o proletariado participar da riqueza intelectual, tanto quanto os
detentores do capital (o patriciado), Comte divide a educação positivista em espontânea
(educação física e moral, e educação estética) e sistemática (educação
intelectual). A educação espontânea – Neste sistema educacional, a
primeira fase, que se estende do nascimento à puberdade, deve ser ministrada
apenas pela mãe, que deve dirigi-la de modo “inteiramente espontâneo, ao mesmo
tempo, física, intelectual e moral” Esta educação exclusivamente familiar deve
constituir sobretudo na cultura dos sentidos, no desenvolvimento da destreza
natural, pelos jogos, e na aquisição de bons hábitos. Dos sete aos oito anos
até a puberdade, a educação, sem cessar de ser doméstica e dirigida pela mãe,
mas não mais inteiramente espontânea, tornar-se-á estética, formando-lhe a base
do ensino, a poesia, a música e o desenho ou a pintura.. Durante esse período,
a cujo ensino, predominantemente artístico, será preciso acrescentar o estudo
das línguas; a criança não deve ainda ouvir falar de qualquer das sete ciências
da classificação comteana. A educação física e moral – O fulcro da
educação positivista está em ver em cada mãe a dirigente perpétua dos filhos.
Até a puberdade, devem eles depender, exclusivamente, das mães; e durante o
resto da existência, a mãe deve supervisionar sua educação. Assim, nessa primeira
fase, a educação deve ser essencialmente afetiva, embora o cultivo do físico da
criança deva prevalecer. Aqui, a educação física consistirá menos em um
exercício grosseiro dos músculos, e mais na cultura dos sentidos, da destreza,
a fim de preparar a criança para a observação e para a ação. Contudo, o
Positivismo não dispensa o papel do pai na educação doméstica, como auxiliar da
ação materna, pelo criterioso exercício da autoridade. O pai, aconselha Comte,
deve educar seus filhos pelo exemplo, pela auto-disciplina, pela atitude
correta, pela união de sentimentos, pois o lar sem normas de conduta
respeitadas por todos, converter-se-á em foco de desordem e a anarquia da
família lhe dará cidadãos desajustados e nocivos à sociedade. Para o
Positivismo, o regime pessoal é socialmente instituído pela subordinação do egoísmo
ao altruísmo, segundo a lei viver para outrem. O homem isolado não
existe, o que existe é a sociedade. O individuo só pode ser encarado como
elemento do organismo comunitário, ensina Comte.. O primeiro dever é, pois,
viver, mas viver dignamente, viver às claras, concorrendo para a
conservação e o aperfeiçoamento da Humanidade. A educação estética - Se
a evolução afetiva caracteriza primeira infância e elabora espontaneamente o
principal elemento da lógica – os sentimentos -, a segunda infância assinala-se
pelo surto estético, que vem aclarar os sentimentos com o segundo elemento lógico:
as imagens. A educação estética, que vai dos sete aos catorze anos,
começa, também, a sistematizar-se por uma série gradual de estudos regulares,
até então interditos, ou seja, a leitura, a escrita, o canto, o desenho, e o
ensino das línguas modernas. A educação sistemática - Depois da elaboração dos sentimentos,
na primeira infância, e do desenvolvimento da educação estética, por meio do
concurso das imagens, finalmente a adolescência completa esse preparo
espontâneo, instituindo a lógica universal pelo uso sistemático do terceiro
elemento: os sinais, nesta terceira fase, em que será desenvolvido o ensino
abstrato, de vez que o cérebro, já educado durante a infância estará apto para
o estudo das leis científicas. A característica geral da educação desta fase é
desenvolver a razão abstrata, sistematizando os conhecimentos gerais adquiridos
na infância. Assim, o ensino deverá consistir principalmente no estudo das leis
naturais que regem o mundo e o homem, instruindo-o para a vida ativa. E, o que
é muito importante neste momento, a aprendizagem de um ofício, habituando-o
para o serviço efetivo na sociedade. O adolescente também inicia o conhecimento
de sua própria personalidade e sua função no organismo social. A educação
sistemática seguira escrupulosamente a hierarquia das ciências positivas e a
ordem lógica de sua filiação, que caracteriza a ordem universal. Comte criticou
as classificações propostas nos dois últimos séculos, como as de Bacon e de
D’Alembert, que não só desconheciam a matéria, como pecavam pela falta de um
critério positivo homogêneo e constante. A base da classificação de Comte, da
generalidade decrescente, é um princípio cartesiano, partindo-se dos objetos
mais simples para os mais complexos. O problema básico da educação,
para Augusto Comte, é o problema da vida humana, ou seja, dentro de sua
concepção, a subordinação do egoísmo ao altruísmo. Esse desiderato só será
alcançado pela reação da sociedade sobre o indivíduo, pela influência da vida comunitária,
sobre a vida individual. Em outros termos, a sociedade terá sempre que influir no
educando. Alegando que ainda não prepondera um sistema educativo que ligue a
família à sociedade, que vise sempre o social na educação do indivíduo, e que,
nos contatos sociais, os pendores egoistas provocam antagonismos individuais
que tendem a neutralizá-los, Comte entende que a educação deve ter por fim
sistematizar essa reação geral da sociedade sobre a vida individual, preparando
especialmente a conduta do individuo. Toda dificuldade educativa está, para
ele, em vencer a preponderância dos instintos inferiores. Comte demonstra,
assim, a necessidade social de uma educação positiva, sistemática, a fim de
preparar o individuo como cidadão consciente. Individuo que se acha intimamente
ligado à família, que por sua vez se liga à pátria e, por esta, à Humanidade,
que o completa comunitariamente. Veja mais aqui e
aqui.
CIÊNCIA E ARTE DE EDUCAR – [...] o processo educativo não pode ter fins elaborados fora dele próprio. Os
seus objetivos se contêm dentro do processo e são eles que o fazem educativo.
Não podem, portanto, ser elaborados senão pelas próprias pessoas que participam
do processo. O educador, o mestre, é uma delas. A sua participação na
elaboração desses objetivos não é um privilégio, mas a conseqüência de ser,
naquele processo educativo, o participante mais experimentado, e, esperemos,
mais sábio. [...]. Trecho extraído da obra Ciência e arte de educar (Educação
e Ciências Sociais, 1957), do educador Anísio
Teixeira (1900-1971). Veja mais aqui.
A FICÇÃO – [...] A ficção é um lugar ontológico privilegiado: lugar em que o homem pode
viver e contemplar, através de personagens variadas, a plenitude da sua
condição, e em que, transformando-se imaginariamente no outro, vivendo outros
papéis e destacando-se de si mesmo, verifica, realiza e vive a sua condição
fundamental de ser autoconsciente e livre, capaz de desdobrar-se, distanciar-se
de si mesmo e de objetivar a sua própria situação. [...]. Trecho extraído
de As personagens de ficção (Perspectiva, 1972), do poeta, ensaísta, professor
universitário e crítico literário Antônio Cândido. Veja mais aqui.
A arte do pintor e escultor finlandês Wäinö Aaltonen (1894-1966)
Veja
mais sobre:
O Doro
no dia do professor, Fernando Pessoa, Nietzsche, The Three Graces, Michel
Foucault, Fela Kuti, Denise Fraga, Richard
Linklater. John Vanderlyn & Julie
Delpy aqui.
E mais:
As
trelas do Doro: o desmanttelo da paixonite arrebentadora aqui.
A poesia
de Maria Esther Maciel aqui.
Proezas
do Biritoaldo: Quando a língua dá no
dente do alcagüete, sai de riba que lá vem o enterro voltando aqui.
Fecamepa:
enquanto os caras bufam por aumento no
governo, aqui embaixo a gente só paga mico, né? Aqui.
Lavando
pano & aprumando a conversa aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora
comemorando com o Tataritaritatá!
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.