TEORIA
DA DECISÃO – A teoria da decisão nasceu com Herbert Simon, que a
utilizou como fundamento para explicar o comportamento humano nas organizações.
Desta forma, na Teoria Comportamental da Administração a organização é considerada
como um sistema de decisões em que cada pessoa participa racional e
conscientemente, escolhendo e tomando decisões a respeito de alternativas mais
ou menos racionais de comportamento. Assim, a organização é um complexo sistema
de decisões. Para tanto, é preciso compreender os elementos comuns à decisão,
quais sejam, o tomador de decisão, que é quem faz uma escolha ou opção entre
várias alternativas de ação; os objetivos, que são as pretensões que o tomador
de decisão pretende alcançar com suas ações; as preferências, que são os
critérios que o tomador de decisão usa para fazer a escolha; a estratégia, que
é o caminho que o decisor escolhe para melhor atingir o objetivo; a situação,
que são os aspectos ambientais que envolvem o decisor; e o resultado, que é a
conseqüência de uma dada estratégia. Por esta razão, a decisão é o processo de
análise e escolha, entre várias alternativas disponíveis, do curso de ação que
a pessoa deverá seguir. O processo decisorial é a seqüência de etapas que
formam uma decisão. A tomada de decisão pode ser estudada sob duas perspectivas
a do processo e a do problema. A perspectiva do processo se concentra nas
etapas do processo de decisão, é genérica. É uma abordagem criticada por se
relacionar muito com o procedimento e não com o conteúdo da decisão. Já a
perspectiva do problema é uma perspectiva orientada para a resolução de
problemas. Na perspectiva de problemas, o tomador de decisão pode aplicar
métodos quantitativos para tornar o processo decisório mais racional possível,
concentrando-se principalmente na determinação e equacionamento do problema a
ser resolvido. As decisões, conforme as etapas do processo, podem ser decisões
programadas e decisões não-programadas. As suas características estão nomeadas
como sendo decisões programadas são as caracterizadas pela rotina e
repetitividade; e decisões não-programadas são as caracterizadas pela
não-estruturação e, basicamente, pela novidade. Os tipos de decisão e as
técnicas de tomada de decisão, conforme Stenvenson (2001) e Chiavenato (1993),
estão no grau de certeza na decisão, onde as organizações defrontam-se
constantemente com problemas que variam em graus de complexidade. Isto quer
dizer que um problema pode ser definido como uma discrepância entre o que é
(isto é, a realidade) e o que poderia ou deveria ser ( isto é, valores, metas,
objetivos). Já os problemas podem ser divididos em dois grandes grupos, quais
sejam, os estruturados e os não-estruturados. Um problema estruturado é aquele
que pode ser perfeitamente definido, pois as suas variáveis são conhecidas. O
problema estruturado pode ser subdividido em três categorias, a saber: decisões
sob certeza, onde as variáveis são conhecidas e a relação entre a ação e as
consequêcias é determinística e a decisão conduz a um resultado específico;
decisões sob risco, onde as variáveios são conhecidas e a relação entre a
consequência e a ação é conhecida em termos probabilísticos; decisões sob
incerteza, onde as variáveis são conhecidas, mas as probabilidades para
determinar a conseqüência de uma ação são desconhecidas ou não podem ser
determinadas com algum grau de certeza. As possibilidades associadas aos
resultados são desconhecidas (Ackoff & Sasieni, 1971). Um problema
não-estruturado é aquele que não pode ser claramente definido, pois uma ou mais
de suas variáveis é desconhecida ou não pode ser determinada com algum grau de
confiança. A interação da informação com o processo decisorial, conforme
Bronson (1985), estão nos diferentes níveis da organização: na relação
sistêmica entre a organização e seu ambiente, onde as decisões tomadas no nível
institucional são, na sua maioria, decisões não-programadas, enquanto que a
medida em que se aproximam do nível operacional tendem a ser programadas. Isto
porque o nível institucional é carregado de riscos, incertezas devido a sua
proximidade com o ambiente externo à empresa. O inverso ocorre com o nível
operacional. As empresas a partir dos diferentes setores em que atuam, vem
sofrendo diversos problemas relacionados aos seus processos, cuja essência
restringe-se à natureza operacional. Na condição de decidir quais prioridades
deveriam ser adotadas, desconhece que existe ferramentas capazes de auxiliá-la
em função de critérios que tornam-se imprescindíveis tanto na maximização de
lucro, quanto na minimização de custos. Assim, nos dias de hoje, é de
fundamental importância para o gerente de uma empresa o desenvolvimento da sua
capacidade de visualizar o processo como um todo, ou seja, desenvolver um
pensamento sistêmico, onde torna-se necessário a definição do problema,
observação das circunstâncias pelas quais este problema está envolvido, qual a
solução existente para ele, impactos e consequências globais, tentativa de
previsão dos resultados, avaliação da solução e a capacidade de adaptação da
solução frente as constantes mudanças das circunstâncias. Cabe a este gerente,
definir através do processo de decisório quais as atitudes a serem tomadas para
a obtenção do melhor resultado. Assim, esta decisão pode ser tomada em três
níveis básicos: estratégico, operacional e táticos, cujos modelos de
raciocínios necessários para implementação ocorrem em função dos seguintes
níveis: suposições, modelos e programas. Caracteriza-se então a complexidade da
decisão, que tem como principais elementos em nosso estudo: a capacidade de
conhecer (as variáveis que têm algum impacto relevante; o valor que cada
variável assume; a inter-relação entre todas elas; e do emergente sistêmico); o
“efeito cadeia”; os impactos de cada decisão; proximidade com o conflito externo.
Para cada problema que demande uma decisão da empresa, a solução proposta pelo
gerente também é única. Daí a grande parte do acervo de conhecimentos que foi,
está sendo e será constituído no campo da pesquisa operacional ser do tipo
“case book” (históricos de casos reais). E quando se refere à tomada de
decisão, principalmente por parte de uma organização, independentemente de sua
finalidade (lucrativa ou não), na maioria das vezes, deve-se obrigatoriamente
levar em consideração o Planejamento Estratégico adotado por esta organização.
A globalização, o imperativo da competitividade por que passam as empresas,
cuja palavra de ordem é sempre a de aumentar as vantagens competitivas destas
empresas com relação aos seus concorrentes, aumentando por conseguinte suas
parcelas nos mercados onde atuam, fazem com que estas empresas estabeleçam
estratégias de ações para atuarem em mercados locais, regionais e até mesmo
globais. O Planejamento Estratégico das empresas tem, entre outros, o objetivo
de fixar diretrizes de atuação nas áreas administrativa, financeira, de
marketing e de manufatura ou operações, visando dar à empresa uma ou mais
vantagens competitivas. Desta forma, uma empresa pode obter uma vantagem
competitiva a partir de uma estratégia financeira adequada, o mesmo valendo
para marketing ou manufatura ou operações. Uma empresa pode estabelecer uma ou
mais estratégias competitivas, como por exemplo: informatização,
desmobilizações, qualidade total de seus produtos, aquisições de outras
empresas, incentivos para seus funcionários, projeção de demanda com baixas
margens de erros e robotização das linhas de produção, custos de seus produtos,
prazos de entregas de sues produtos, inovação de seus produtos e processos,
aumento de sua produtividade, eficiência na fabricação de seus produtos.
Planejar é, portanto, saber onde queremos chegar. É tomar todas as medidas e
Decisões necessárias e pró-ativas, para que, mesmo que o nosso barco venha a
enfrentar as várias tempestades proporcionadas pelo mar bravio, possamos ter a
absoluta certeza e a tranqüilidade de que, no final, estaremos aportando em
terras firmes. Como exemplos de decisões que via de regra são tomadas no nível
estratégico de planejamento por parte das organização, pode-se elencar a
missão, que é o motivo principal da existência de uma organização, demonstrando
seu verdadeiro papel perante as sociedades interna e externa, onde ela atua; a
visão, que representa o objetivo maior da organização, onde todos os esforços
internos da organização e de todas as pessoas envolvidas dentro deste contexto
, possam estar levando a empresa ao seu ápice organizacional, bem como é a
melhoria é a buscar contínua pela conquista da tão sonhada e necessária
excelência organizacional; os clientes, que são os principais responsáveis pelo
sucesso ou pelo insucesso da organização porque são eles que estarão absorvendo
ou rejeitando os produtos oferecidos pela organização; os fornecedores, que
dentro da moderna concepção de parceria, os fornecedores têm um papel
importante para as organizações e que é o chamado "comakership", onde
a relação de parceria entre cliente-fornecedor atinge um elevado grau de
evolução, traduzida em confiança mútua, participação, fornecimento com
qualidade assegurada etc; os negócios, que na área de atuação da organização
tem por objetivo suprir as necessidades apresentadas pelos seus clientes,
através dos fornecimentos dos produtos e também dos serviços necessários para
satisfazer tais necessidades. Já as decisões operacionais são eminentemente
técnicas, isto é, sem um forte alcance de cunho político-social, exatamente o
contrário das decisões estratégicas, as quais representam , muitas vezes, podem
representar até mesmo a existência da organização. REFERÊNCIAS: ACKOFF, R. L.
& SASIENI, M. W. Pesquisa Operacional. São Paulo: EDUSP, 1971. BRONSON, R.
Pesquisa operacional. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1985 BRUYNE, P. de;
HERMAN, J. & SCHOUTHEETE, M. de. Dinâmica da pesquisa em ciências sociais:
os pólos da prática metodológica. Rio de Janeiro: F. Alves, 1991. CHIAVENATO,
I. Teoria geral da Administração: abordagens descritivas e explicativas. São
Paulo: Makron Books, 1993. HILLIER, F. S. & LIEBERMAN, G. J. Introdução à
pesquisa operacional. Rio de Janeiro: Campus / USP, 1988. J. & CHARNOV, B.
H. Administração. São Paulo: Saraiva, 1998. MARTINS, Petrônio G., LAUGENI,
Fernando P. Administração de Produção, São Paulo: Ed. Saraiva, 2000. STEVENSON, William J. Administração das Operações de Produção. Rio
de Janeiro: LTC, 2001. Veja mais aqui.
Imagem: Amanti, da artista plástica italiana Margherita Fascione.
Curtindo o álbum Brazilian Romance (Sony, 1987), da
cantora estadunidense de jazz Sarah
Vaughan (1924-1990), com participação especial de Milton Nascimento. Veja
mais aqui.
EPÍGRAFE – Nenhum
pessimista jamais descobriu o segredo das estrelas, nem velejou a uma terra
inexplorada, nem abriu um novo céu para o espírito humano, frase atribuída
à escritora, conferencista e ativista social estadunidense Helen Keller (1880-1968), ela foi a primeira pessoa surda e cega a
conquistar um bacharelado. Veja mais aqui.
URINOTERAPIA – O livro Urinoterapia – Xixi: o meio de saúde mais
extraordinário que existe (Madras, 1999), de Ludmilla De Bardo, Johanne
Razanamahay, Christian Tal Schaller, Françoise Schaller-Nitelet e Kiran Vyas, trata
de temas como o que é a terapia pela urina, as bases críticas, a utilização do
método, as contra-indicações, homeopatia, massagens, doenças graves, reações,
os povos que utilizam a terapia, os mecanismos de ação, livros publicados,
entre outros assuntos. Da obra destaco o trecho: [...] a terapia pela urina trilha, no mundo inteiro, uma caminhada triunfal,
pois traz uma solução eficaz e gratuita para a maior parte de nossos contemporâneos
que sofrem, em seus corpos, de uma poluição tão grave quanto a do ar, da água e
da terra, e em seu psiquismo, de um conformismo que os faz viver na dependência
e no medo. Com a Urinoterapia, um mundo novo se abre para aqueles que ousam
sair de um papel de consumidores passivos, conduzidos em direção à doença pela
publicidade e pela obediência aos peritos. Um mundo de responsabilidade, de
saúde, de liberdade e de criatividade que promove a reconciliação conosco
mesmos e com todos os seres vivos. Veja mais aqui.
MAMÍFEROS
– O livro Mamíferos (Companhia das Letras, 2005),
do escritor francês Pierre Mérot,
conta a história de um tio que é alcoolatra depressivo e solitário, sofrendo
por fazer parte de uma sociedade que abomina e de uma família padrão. Da obra
destaco o trecho: [...] Talvez alguém vá
pensar que o tio, nesse inicio incerto de sua odisseia, é puro vinagre, que
está de má-fé ou que carece de nuances. Sem dúvida... mas ele também se
considera uma especia de Parca benevolente e rebelde que vigia de longe o
destino dos seus, com cumplicidade tanto maior por ter saído do mesmo molde ridículo,
doroloso e terrivelmente humano. [...] Veja mais aqui.
PROVOCAÇÃO
DO RECIFE – Na antologia
Poesia Viva do Recife – 100 poetas vivem,
amam e eternizam a cidade (CEP, 1996), organizada pelo poeta e editor
Juareiz Correya, destaco o poema Provocação do Recife, do escritor e jornalista Xico Sá: Poetas e putas / invadem os bares / é sexta: / RECIFE PODE EXPLODIR A
QUALQUER VERSO / QUALQUER GOZO! / Meninas sujas / vendem flores e amendoins /
teimosas demais / pra tanto NÃO! / Putas e poetas / na goela da noite / como uma
espinha de peixe / que faz tossir / e avermelha os olhos! / RECIFE PODE
EXPLODIR A QUALQUER VERSO / QUALQUER GOZO! II – Missão boêmia: Por entre putas e poetas / que trocam
versos às sextas / pedófilos inveterados / zombem zangões abelhas / meninas do
amendoim / teimosas ninfetas / penélopes ariadnes / proletárias deusas / velhos
decadentes / funcionários públicos / babam na gravata / deusas do subúrbio /
ísis beatrizes / lirismo ambulante / consolo de bêbados / meninas de dante’s.
Veja mais aqui e aqui.
HYGIENE – Em 2006, tive oportunidade
de assistir na Vila Maria Zélia, em São Paulo, à montagem da peça Hygiene, criação do Grupo XIX de Teatro,
com direção de Luiiz Fernando Marques, contando a história de operários,
imigrantes, meretrizes e ex-escravos do Rio de Janeiro do fim do século XIX,
num encontro que sela a construção da identidade brasileira. A peça mostra o
processo de higienização urbana por que passou o país ao substituir cortiços,
habitação mais comum naquela época, pela casa unifamiliar. O destaque do
espetáculo fica por conta da atuação das atrizes Janaina Leite, Juliana Sanches
e Sara Antunes. Veja mais aqui.
ÁRIDO MOVIE – O drama Árido Movie (2004), dirigido por Lírio
Ferreira, conta a história de um jornalista que vai ao interior pernambucano,
para o enterro do pai que mal conheceu. Lá é esperado com ansiedade pela avó e,
no caminho, reencontra amigos do Recife e conhece uma videomaker que está
preparando um trabalho sobre a importância da água. O destaque do filme fica
por conta da atriz de teatro, cinema e televisão, Giulia Gam. Veja mais aqui e aqui.
VEJA MAIS:
Guilherme
Vaz, José de Alencar, Sergio Bernades, Mariza
Lacerda, Hernâni
Donato, Stela Freitas, Moira Kelly & Simone Moura e Mendes aqui.
Maceió, História do Brasil, Gilles Lipovetsky, Umberto Eco, Slavoj Žižek, Quinteto Armorial, Victor
Meirelles, Felicien Rops, Michael Winterbottom, Anna Louise Friel & Juareiz Correya aqui.
Prevenção da couraça, Guilherme de Almeida,
Romero Britto, Samara Felippo, Wesley Ruggles, Carole Lombard, Peter Fendi
& Mácleim aqui.
FECAMEPA - Gentamiga do meu Brasil de Cipopau I e outras canalhices mais bizarras!! O papo da CPMF ainda vai dar muito pano pras mangas. Tanto é que escrevi um artigo em 1996 contra essa desgraça que foi publicado em vários jornais impressos do país. Depois, andei remexendo com o tema e trouxe, alguns dias atrás, de novo esse questionamento. Até o Governo Federal resolveu se meter no debate que eu provoquei. Quer ver? Está logo abaixo. De antemão assevero que não quero dar trela para a oposição mais incompetente, salafrária e detestável do planeta! Nunca! Foram eles que criaram essa desgraça e mamaram como a praga. Também não vou avalizar a manutenção dessa tramoienta por causa da ineficiência do atual governo de gerir o país sem uma maloqueragem dessa. O que precisamos, todo brasileiro sabe: combater a injustiça. Se a gente levantar a bandeira de combate à injustiça, vamos aprumar a conversa e colocar na reta o que está desinretado neste pais. Por isso, cidadania e vergonha na cara não faz mal a ninguém. Por isso mesmo trago agora, novamente, para vocês apreciarem e participarem, afinal, é a nossa vida que está em jogo. E vamos aprumar a conversa & tataritaritatá! Veja mais do Fecamepa aqui.
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