QUE ESPORTE QUE NADA, É ESPÓRTULA MESMO!!! - Gente,
aprumando a conversa: esporte coisa nenhuma, que a gente foi o maior fiasco na
última copa; nós somos mesmo é campeão na espórtula. Pode ver: papo vai, papo
vem, e tudo só resulta na velha prática da trambicagem. Pode apertar o gogó da
situação que só dá remoeta braba por debaixo dos panos. E, com os de lá de cima
do planalto central do país, eu mesmo duvido que escapula unzinho só, um nem
que seja para remédio, com ficha limpa disso aí. Pois
é, o mensalão, sanguessugas, gabirus e diluvistas (essa é nova, hem?), só
comprovam, certificam e atestam a minha teoria, quer mais? Ora,ora, quando a
gente diz que por trás de toda riqueza existe um crime, olhaí a certidão! É só
carro importado, chatice de caga-raio e muita granfinagem com o dinheiro
público. Inclusive, algum tempo atrás as pessoas se intrigaram com um texto que
eu escrevi sobre o tema “O toco do barnabé”. Estranharam, mas no frigir
entenderam se tratar de um textinho simples sobre um ocorrido num desses órgãos
públicos que aboletam os profissionais mais roda-presa que se possa ter para
atendimento público, confirmando que o reino da incompetência é generalizado e
faz festa na burocracia das organizações públicas brasileiras. E não só. Usando
do exercício da cidadania, eu apenas fazia registro da prática
institucionalizada no cotidiano do mais simples brasileiro, que é mais
conhecida como ôia, sempre apurada como manjuba calada no pé-do-cipa dos
estróinas que são verdadeiros funâmbulos argirocratas e que, não obstante,
povoam os mais amplos gabinetes e birôs dos serviços públicos municipais,
estaduais e federais desse Brasilzim veio, aberto e sem porteira de Lalaus,
bilaus, Banestados, propinodutos, mensalões, o diabo a quatro e agigantando o
nosso ninho de trambicagens, trapaças a fole, bigshits brothers, baús e
enrolanças, tudo feito no maior esparro e tapiação pra cima e pra baixo. Os
meandros da nossa historiazinha oficial, brôca e rôta sempre esconderam o ninho
de enfermidades e maracutaias de nossa exuberância tupiniquim. Mas é flagrante
pelo rombo e por nossa dívida astronômica que sempre o poder do dinheiro
desviou o Brasil para abismos seculares. Ninguém resiste a um bom calhamaço de
cédulas, se peidando todo na hora. Isso, claro, no esconderijo das instituições
e com a anuência de todo tipo de poder, evidentemente. Enquanto
tremem na base diante das vultosas propinas, muito sujeito chulo posa de prôbo
confrontando a nossa completa falta de indignação a ponto de, para desgraça
nossa, topar que tem muito sujeitinho enrolão metido a sério por aí. E o pior:
disfarçam tão bem como se o óleo de peroba resolvesse o polimento na
cara-de-pau escondendo a peneira dos panos sol a pino, chegando a crer que,
para eles, é necessário delinqüir para se alcançar alguma coisa de posse no
Brasil. A velha coisa do levar vantagem em tudo e de fazer o chapéu do otário
virar marreta mesmo. Resultado, esses carinhas estão nas Câmaras de Vereadores,
nas Assembléias Legislativas, no Congresso Nacional, no Executivo, no
Judiciário, na polícia, na escola, no posto médico, no escambau e, não duvide,
até na vizinhança mais próxima que se possa imaginar. Temo até que já tenham
virado oniscientes, onipresentes e onipotentes! Vixe! Como
a bronca é mais séria do que a gente imagina, pois que vem desde 500 anos atrás
quando a patriamada foi invadida, preada, tomada, roubada, colonizada e
sacaneada, perseguindo essa sina que macula nosso destino e nação, será sempre
impossível desde lá até nesta hora adivinhar quantas jogatinas estão sendo
entabuladas neste exato momento em todo país. Imagine só: quantas enroladas
estão sendo cometidas neste exato momento, hem? E mesmo que se invente um
detector com capacidade de sismógrafo ou um Sivan poderosíssimo, jamais dará
vencimento, porque a cada instante um sujeito molha a mão de um servidor ou
agente público onde quer que ele esteja. Pois
é, são estes servidores e agentes que vão impunemente engrossando a legião de
picaretas, fabricando todo tipo de afanações e se fazendo mostrar cumpridores
do seu papel tão garbosamente, porque para eles é indeferente mesmo que chova
canivetes ou que dê a zebra ou mesmo um créu da gota, que não estão nem aí para
quem pintou a zebra ou quem seja a bosta do cavalo do bandido – sem esquecer
que estes desgracentos são o maior atraso de vida que se possa imaginar, pois
estão aboletados gerenciando todos os recursos e soluções para a nossa vida e
para a nossa morte. Destá! No
final de tudo, eles no bem-bom com a conivência de tantos outros e só a gente
que fica com uma mão na frente e outra atrás, insinuando, abestalhado: por
acaso, alguém anotou a placa do trem? É nem mesmo a Constituição nos salva. Se
assunte, meu, a vergonha é nacional. Por
esta razão e invocado que só, hoje usurpo minhas asneiras e levanto uma tese
para colocar lenha na fogueira. É o seguinte: dizem, unânime e veementemente,
que o Brasil é o país do futebol. Mentira! Admito que seja só pentacampeão
mundial. E isso já é muita coisa, só isso. E que também a mídia mostra o trabalho
de sérios e obstinados desportistas voltados para o social merecendo toda nossa
reverência, claro. Agora,
dizer que é só o país do futebol, reitero: mentira deslavada. Em primeiro lugar
porque a prática esportiva mais difundida aqui é a espórtula, depois é que vem
o resto, como afanações, jogo do bicho, porrinha, e aquela do um pra eu, um pra
tu, um pra eu... Por esta razão, não será jamais exagero algum dizer: o Brasil
é o país da espórtula. Depois é que é o país do futebol, do carnaval, da mulata
frochosa, do alteroscopismo, da molecagem, da sacanagem, etc etc etc etc. É ou
não é? Tenho dito. Será
que isso mexe com os brios de alguém? Com essa patologia delinquencial toda
vale a pena clamar veementemente pela moralização dos serviços públicos, pela
eficiência investigativa policial e pela celeridade da Justiça brasileira? Será
que a gente pode, ainda, sonhar com um país melhor. Ih! Acorda, meu! Enquanto
isso, cá prá nós: qual será mesmo o Valério, ou o Benedito, ou o Severino ou o
Zé da vez, hem? Escapa quem? Ôxe, vou me arribar senão sobra é pra eu! Vamos
aprumar a conversa & tataritaritatá! Bié, bié, glup, glup. (Luiz Alberto Machado). Veja mais aqui.
PENSAMENTO DO DIA - O vazio entre a
sociedade e o setor político decorre do longo processo de corrosão
institucional, caracterizado por uma histórica tradição de favorecimentos,
promessas não cumpridas, prevalência de valores individualistas sobre ideais de
justiça social e desleixo dos agentes políticos em torno de sua missão
[...] A visão do político brasileiro é
capenga e é acentuada pelos descompromissos das entidades a que estão ligados.
Os partidos políticos nacionais não passam de aglomerados e frentes de
interesses difusos [...] Neste
cenário de incultura, vicejam a corrupção e o familismo amoral, que se apóiam
na institucionalização do clanismo e do grupismo. [...] A maior crise brasileira é, portanto, de
natureza cultura. Não temos políticos honestos, instituições sadias, estruturas
sólidas, governantes inspirados nos ideais mais puros do bem comum, enquanto
não ocorrer uma revolução cultural. Pensamento do jornalista e professor Gaudêncio Torquato.
ALGUÉM FALOU – [...] A melhor
maneira de tornar as coisas piores do que estão é ficar repetindo que elas são
piores do que são. [...] É preciso
atentar para o fato de que nosso riso anda demasiado triste, um tanto amarelo e
envergonhado. Extraída da obra Cidadania:
o remédio para as doenças culturais brasileiras (Summus, 1992), de Ênio Resende.
ESPLENDORES
E MISÉRIAS DAS CORTESÃS
– [...] Daí a ociosidade que devora os dias, porque os excessos
do amor exigem repouso e refeições reparadoras. Daí esse ódio a todo trabalho
que força essas pessoas a expredientes rápidos para arranjar dinheiro. [...] Ainda que eu tenha que morrer longe de meu bem
amado, morrerei purificada como a Madalena e a minha alma será para ele a rival
do seu anjo da guarda. [...] Nunca
senti tanto a vileza da minha condição como no dia em que lhe fui entregue. O
senhor pagou, eu pertenço-lhe. Não há nada tão sagrado como as dívidas de
desonra. Não tenho o direito de liquidar atirando-me ao Sena. [...] Uma mulher honesta tem probabilidades de se
levantar de uma queda; mas, quanto a nós, a nossa queda é desastrosa demais.
[...] Sua serva, Esther. [...].
Trechos da obra Esplendores e misérias
das cortesãs: A Comédia humana (Globo, 1990), do escritor do Realismo francês Honoré de Balzac
(1799-1850). Veja mais aqui.
SONHO – Lá do umbral de um sonho me chamaram… /
Era a suave voz, a voz querida. / — Diz-me: virás comigo a ver a alma?… / Veio
a meu coração uma carícia. / — Contigo sempre… E segui em meu sonho / por uma
larga, precisa galeria, / sentindo o roçar da veste pura / e o palpitar suave
da mão amiga. Poema do poeta e dramaturgo espanhol Antonio Machado.
A CIVIL ACTION – O drama A civil
action (A qualquer preço, 1998), do cineasta estadunidense Steven Zaillian, conta a história de um
advogado tenaz determinado com o acidente com águas contaminadas por solventes
industrais numa pequena cidade estadunidense, com as suspeitas recaindo sobre
fábricas da região, notadamente pela alta taxa de mortes por leucemia entre as
crianças. As empresas poderosas oprimem silenciando os reclamos da população.
OS DESEJOS DE ÍSIS
NA MADRUGADA – Na
madrugada, um desejo louco de você tomou conta de mim. Vim procurar algo pra
lhe enviar, sentindo uma vontade danada de estar sentada no seu pau e rebolando
nele como louca, ouvir seus sussurros, sentir suas mãos e seus dedos
perscrutando todas as minhas intimidades. O desejo bateu tão forte e logo de
cara imaginei a gente numa foda frenética, do jeito que quero com você. E imaginado
não pude me conter, mesmo nesses momentos em que a natureza nos coloca um tanto
impossibilitadas de certas coisas, menstruada, o sangue me subiu à cabeça,
ferveu por todos os lados e não pude me conter. Fiquei rebolando na cama, no
mesmo ritmo da foda e sonhando que você estava aqui me fodendo, socando do seu jeitinho
de me foder todinha... Não hesitei mais, abri as pernas e por cima da cinta com
absorvente, meti a mão e me apertei... rebolei, remexi, como uma louca chamei
seu nome várias vezes e disse bobagens, essas bobagens libidinosas, tão
gostosas, chamando-lhe pra me meter, mais e mais e muito mais, eu sussurrando
no meio da noite palavras obscenas e me apertando... Puta, tão sua puta, como
adoro ser a sua puta... isso é no que você me transforma em quatro paredes,
seja lá onde estiver você, eu, nossos desejos, sou sua puta... e adoro me
sentir assim, adoro dizer que sou, adoro viver a puta que é sua... puta, ahhhh,
puta, a sua puta que você come, bebe, fode deliciosamente... E em movimentos
loucos, eu me soltei despudoramente diante da noite silenciosa e a natureza de
repente, parecia ter entrado em sintonia com o momento e ouvi os latidos de um
cão comendo uma cadela bem em frente ao meu portão e ela gritava, enquanto eu
metia a mão por dentro da cinta e metia o dedo no cu, continuando a me apertar
e esfregar por cima do absorvente. Meu macho, meu safado, meu príapo canibal
atrevido e faminto, dono da tora mais forte, mais encantadora, mais fodedora de
mim... assim eu o chamei em plena madrugada. Respiração ofegante, coração
acelerado, fogo subindo e me deixando em chamas, rebolando, rebolando,
rebolando, ahhh... rebolando ali na minha mão e o dedo no cu, seu nome na boca,
sua imagem na idéia, seu cheiro impregnado na minha alma, ahhhh, comecei a
gozar, gozar e gozarrrrr, me remexendo toda, tirando e enfiando o dedo na fenda
anal, os seios doloridos e inchados, mamilos duros de tesão, o útero se
revirando e eu rebolando para mim mesma, ali no meu recanto de segredos nossos,
gozei, gozei tudo o que sentia vontade de gozar, me apertei mais por cima do
absorvente que já me fazia arder a pele de tanto esfregar e o cu em brasa,
prendendo o meu dedo dentro dele – gozeiiiii... Adormeci... A manhã chegou e a
falta de você me consome a todo instante... Mas a esperança renasce quando você
aparece para me iluminar o dia. Pena você estar tão distante nesse momento. E
me acendo toda quando você surge, mesmo entre nossos desentendimentos
insistentes, não tem jeito, tudo entre nós é mais forte e que bom que o que nos
prende supera tudo. Abro uma foto do seu pênis a me apontar, abro outra do seu
falo a gozar pra mim... Enquanto conversamos, aquelas imagens me colocam em
estado vulcânico, não me contenho e lhe falo bobagens, me entrego totalmente,
provoco sua libido, mas estou menstruada e não é o momento de eu lhe mostrar o
que é seu por decreto desse amor insano. Você endoidece, eu perco o juízo; você
se sustenta diante da minha provocação e me faz rainha pro mundo, enquanto você
me escraviza na sua peia e eu vou toda submissa, inteira ao seu dispor. Você
manda, desmanda e é meu dono. Eu me permito tudo quando é para você, por você e
a vontade toma conta novamente. Você me deixa insaciável ao mesmo que tempo que
me satisfaz com sua forma de ser e me pegar... Você me estraçalha e eu sempre
quero mais. Nós nos incitamos, desafiando todas as condições, possibilidades,
formas e jeitos de dar e sentir prazer. Como sua puta novamente em cena, eu me
remexo na cadeira enquanto admiro seu cacete, quero você mas ainda estou
impossibilitada e percebendo novamente o volume do absorvente entre as pernas,
eu me forço contra a cadeira, enquanto eu lhe conto o que estou fazendo. Você
delira, alimenta a minha atitude, o meu desejo que já não se controla e me
contorço e retorço, rebolo e remexo como um ser anelídeo oligoqueta em
movimentos para cavar galerias na terra, gestos desvairados, palavras que não
quero conter e você a me chamar de sua, a me fazer mais puta ainda pra você,
sua toda sua, dona do seu reino, quero de novo gozar. Aliso os seios que
aprecio quando ficam assim, inchados, mais sensuais ainda pra você, mamilos
durinhos e desço a mão por entre as pernas, me aperto com os dedos por cima da
roupa, você me provoca, me pede coisas que com certeza serão atendidas, seu mastro
e o seu gozo, sua porra cheirosa, morna, saindo em profusão (tudo em você é
diferente e me encanta), eu bamboleio na cadeira diante do seu pau gostoso e
chamo o meu lobo, em estado febril eu fecho os olhos enquanto ouço os seus gemidos
e eu imploro em voz alta pra você me foder, me socar, me chegar com carinhos e
depois me foder o cu com jeito selvagem, me rasgar inteirinha... Minha língua
encena lamber sua glande, meus lábios ensaiam beijos e lambidas na sua pica,
minha boca enche d’água e a movimento como que chupando você
desesperadamente... Na minha boca seu pau vai e vem, você geme, eu o aperto
entre os lábios babentos e a punheta que me leva ao espaço... A cadeira é minha
vítima, as mãos, minha salvação é o seu pau entre minhas mãos, lambuzando meus
lábios, seu gosto na minha língua... Eu
danço, que dança é eu nem sei, mas sei que danço bem aqui, na frente do seu pau
duro e lindo se intromete pelas minhas entranhas anais, a cadeira que range,
nas minhas mãos que lhe puxam e provarão todas as transgressões cometidas e
ainda lhe farão outras tantas em carne viva, me fode, vai, me fode, me fode
todinha, fode este cu que é teu, eu quero, fode, fode. Gozo, gozo demais, gozo
com seu pau no meu cu apertado e em delírios penso que vou desfalecer de tão
intenso... Toma... é pra você... Texto pornoerótico de Ísis Nefelibata. Veja mais aqui.
Veja mais O Natal de Popó, Joseph
Conrad, Maria Clara Machado, Lars von Trier, Viviane Mosé, William Etty, Nino Rota, Maud Mannoni & Étienne-Maurice
Falconet aqui.
E mais
também Djavan, Friedrich
Schelling, Lewis Carroll, Rosa Parks, Paula Rego, Carrie-Anne Moss & Fernando Fábio Fiorese Furtado aqui.
PS: Gentamiga, esse negócio da CPMF é um troço indigesto medonho. No país da espórtula essa é mais uma das tantas aberrações que venho reclamando desde que publiquei um artigo opinativo na "Opinião" da Gazeta de Alagoas em 1996 e venho remoendo até hoje! Eu mesmo cansei, gente! Cansei de ser enrolado, sacaneado, estuporado e sarrabuiado por uma política nojenta que sustenta autoridades e salafrários que determinam nosso destino por quererem apenas o poder pelo poder. Cansei! vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!
CRÔNICA DE AMOR POR ELA