
TATARITARITATÁ: VAMOS APRUMAR A CONVERSA - Literatura, Teatro, Música & Pesquisas de Luiz Alberto Machado (LAM). Show, cantarau, recital, palestras, oficinas, dicas & informações. Doações Chave Pix: luizalbertomachado@gmail.com
terça-feira, julho 24, 2018
JOÃO CABRAL, CARRIÈRE, TRUFFAUT, RENATO BORGHETTI, ANTONIO CÂNDIDO, JULIO UGARTE, GEORGE RODGER &DORO

DESCOBERTA DA LITERATURA
- No
dia-a-dia do engenho, toda a semana, durante, cochichavam-me em segredo: / saiu
um novo romance. / E da feira do domingo / me traziam conspirantes / para que
os lesse e explicasse / um romance de barbante. / Sentados na roda morta / de
um carro de boi, sem jante, / ouviam o folheto guenzo, / a seu leitor
semelhante, / com as peripécias de espanto / preditas pelos feirantes. / Embora
as coisas contadas / e todo o mirabolante, / em nada ou pouco variassem / nos
crimes, no amor, nos lances, / e soassem como sabidas / de outros folhetos
migrantes, / a tensão era tão densa, / subia tão alarmante, / que o leitor que
lia aquilo / como puro alto-falante, / e, sem querer, imantara / todos ali,
circunstantes, / receava que confundissem / o de perto com o distante, / o ali
com o espaço mágico, / seu franzino com o gigante, / e que o acabassem tomando
/ pelo autor imaginante / ou tivesse que afrontar / as brabezas do brigante. / (E
acabaria, não fossem / contar tudo à Casa-grande: / na moita morta do engenho,
/ um filho-engenho, perante / cassacos do eito e de tudo, / se estava dando ao
desplante / de ler letra analfabeta / de curumba, no caçanje / próprio dos
cegos de feira, / muitas vezes meliantes. ). Poema extraído da obra A escola das facas (José Olympio, 1980), do poeta
e diplomata João Cabral de Melo Neto (1920-1999). Veja mais aqui.
quarta-feira, novembro 29, 2017
AMOS OZ, ANTONIO CÂNDIDO, LUZILÁ GONÇALVES FERREIRA, JOSELY VIANNA BAPTISTA, MARIO CESARINY, PAULO BUSS, CAMILA MORITA, BARRA DE GUABIRABA, GLOBALIZAÇÃO & POBREZA

sábado, setembro 17, 2016
HORACIO QUIROGA, CHAUÍ, CATHERINE RIBEIRO, ANTONIO CÂNDIDO, CARALOTTA IKEDA, ANDERS ZORN, MAUREEN BISILLIAT & TUNICK


quinta-feira, julho 24, 2014
DRUMMOND, ANDRÉE CHEDID, JOANNA HOGG & JUDITH GODRÈCHE DRUMMOND
CHUTANDO O BALDE E LIGANDO O
PITOCO DO FODA-SE!!!... (Imagem: Acervo ArtLAM - Olha lá! Não me diga de boas novas ou de
más velhas, estou mais pra Poética do Bandeira. E de saco cheio
da saparia papagaiada: só repetindo clichês! Eu sei: não se pode ser autêntico
meio expediente, nem honesto pela metade. E se vai pro tudo ou nada, proteja o
furico e meta a sola pra cima. Saiba que o Brasil é tão grandão que o Sol
esturrica num canto e tudo alagado do outro lado, afora dar de cara com a maior
anomalia paradoxal no pau da venta em qualquer lugar que der as caras. Há
sempre a surpresa na esquina. Mas quando apurar direitinho: é o mesmo do
próprio, talqualzinho aqui, ali, acolá, alhures. Não muda não é? Muda, quando
muito, só de paisagem; o resto: cara dum, cu de outro. Alguns disfarces à
primeira vista, nada que dê pra levar que alguém morreu e passa bem. Nunca será
às pressas que se destrincha a coisa. Só no amiudado, pormenores entregam tudo:
é só puxar o fiapo que tudo despenca, noves fora nada. Melhor saber logo que
pra viver não há fórmula ou panaceia: a vida precisa de tempo e dedicação. E discernimento.
Não adianta levar nas coxas ou na pontinha dos dedos. No fim só dá babau. Tem
de arregaçar as mangas e sustentar a lapada na caixa dos peitos. Quando baixar
a poeira geral, pelo menos, uma possível constatação: o mundo não acabou pra
mim, nem pra ninguém. Quase. Está tudo numa peínha de nada, sobrevivendo. Então
vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!! Veja mais aqui, aqui e aqui.
DITOS & DESDITOS - Até
então, quando eu estava refletindo sobre meu eu mais jovem, vi uma garota que
não sabia o que estava fazendo. Ao reler essas ideias, ou meus diários daquela
época, eu sinto uma leve vontade de vivenciar isso de novo, mesmo que eu não
diga que quero ter 20 anos de novo. Na verdade, a parte mais difícil foi
descobrir que, fundamentalmente, não tinha mudado tanto. Acho que estou
passando por um processo de confrontar quem eu era, e talvez quem eu sou agora.
É muito difícil dissecar meu processo de trabalho, mas sei que existe um
equilíbrio delicado entre reflexão e espontaneidade. Preciso planejar muito as
coisas, mas também gosto de ter a liberdade de jogar algumas dessas ideias
pré-concebidas no lixo. Principalmente durante as filmagens eu gosto de viver
mais o momento, e tenho muitas ideias na cabeça: mudo partes da história, ou o
rumo que ela leva porque vejo algo que está sendo desenvolvido entre os
personagens... É difícil de descrever, na verdade. Costumo não chamar de
improvisação o que faço, porque acho que é algo que não tem um plano ou uma
estrutura, e meu trabalho é muito estruturado. Mas essa estrutura que me
permito me dá muito liberdade. Também é verdade que trabalho de uma forma tão
intuitiva que é difícil desvendar o que fiz. Criativamente, sinto-me mais
confortável quando tenho um projeto, uma razão de ser. Pensamento da
cineasta e roteirista britânica Joanna Hogg.
ALGUÉM FALOU: O que aconteceu comigo não deve acontecer com a próxima
geração. Tive de contar esta história à próxima geração. Minha
própria filha tinha 15 anos, era dançarina e atriz em uma escola de artes de
Los Angeles. Ela estava andando de malha e eu tive esse medo. Pensei: 'O que
aconteceu comigo nunca deve acontecer com ela'. Eu tive que escrever isso para
ela e seus amigos. Para todas as meninas. O cinema não pode encobrir o tráfico
ilícito de meninas. Pensamento da atriz e escritora francesa Judith
Godrèche, que estreou no cinema aos 14 anos de idade, no filme The
Disenchanted (1987), dirigido por Benoît Jacquot. Na mesma idade obteve o seu
primeiro papel importante, em Les mendiants, do mesmo diretor. A fama
veio com o filme La fille de 15 ans (1989), de Jacques Doillon. Em 1994
publicou seu romance Point de côté. E seguiu a carreira em diversos
filmes.
O FILHO MÚLTIPLO - [...] Um sol novato
explodiu num céu que até então havia evitado o verão. Ele se espalhou,
fervilhando sobre a cidade, perfurando os telhados de vidro do salão; iluminava as
locomotivas e os vagões, fazia brilhar os trilhos. Sob este clarão de luz,
até a memória das nuvens, com a cor cinza com que pintam rostos e pedras,
desvaneceu-se. Durante uma primavera bolorenta, o tempo se superou. O verão prometia ser
triunfante. [...]. Trechos extraídos da obra L’enfant
multiple (Flammarion, 1989), da escritora francesa Andrée
Chedid (1920-2011), autora da
frase poética: O que mais podemos fazer, mas jardinar nossas sombras
enquanto estiver longe o universo queima e desaparece. Veja mais aqui e
aqui.
ANNE CARSON, MEL ROBBINS, COLLEEN HOUCK & LEITURA NA ESCOLA
Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som do álbum Territórios (Rocinante, 2024), da premiada violonista Gabriele Leite , que possui mestrado em...

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