segunda-feira, julho 24, 2017

HERMETO, SANGUINETI, JOCY OLIVEIRA, KEN LOACH, LAURIE ANDERSON, ORQUESTRA ARMORIAL, FARAUT, EUGENE J. MARTIN & DIÁRIO DE BORDO

DIÁRIO DE BORDO - Imagem: A Nutcracker (2000), do pintor afro-americano Eugene J. Martin (1938-2005). - Recomeça segunda a semana, ânimo na fé e pé direito, apruma o estreito sem prantos, o que não afunda bóia, nem é para tanto, distnguir o que é jóia do que não vale quanto e o que é que é, no entanto. Segue à risca, sai do espanto que é terça, arrisca e petisca, ter saúde e saudade na cabeça é o que equivale enquanto debreia da primeira pra segunda espessa e trisca até sair da porneia, não pela metade se vale a pena, não se enganche na azaléia arisca, nem o que na hora se empena. Ah, já é quarta ou quarentena, reveja o roteiro, outros dramas na contracena, entre o falso e o verdadeiro, outro é o cheiro da açucena, outros carreiros e força na habena. A quinta é serena na manhã, pra tudo tem jeito, quem não está sóbrio é tantã, pra quem não sabe direito tem o tino, o opróbrio é coisa malsã, coisa de bater pino, levar-se em defeito pro desatino, engata o cambão. Já é sexta no coração e nem bate o sino, se não é besta, muda o destino e se apronta, revisa as contas e o apurado, tira a prova dos nove, tudo examinado nas catanas, o que deu já foi, o que não deu, só na outra, tanto faz dezenove ou coisa escrota, tanto fez ou fedeu arrependido, quem não ganha perde e só ao menos tem aprendido. Chega sábado e o final de semana, bem entendido, a coisa muda de figura, se um pingo ou destamanho, criatura, leva nos peitos até bingo pra reaver os ganhos, embolsa o tacanho que já é domingo e o que fez da vida? Achada ou perdida, qualquer jeito, olha pra trás e nada feito, o que tiver por troco é o que sobrou na desvalida, quem olha pros lados ou domina a direção ou cai na contramão, nunca é tarde pra quem não tem tempo ou lugar, preste atenção, pra quem faz ou fez, busca fartura, só escassez, se quer acertar vá de talvez e agora? Sonhe acordado, não viva dormindo, olha a hora se desfez, nem é mais domingo, é segunda outra vez. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

ÚLTIMO PASSEIO DE EDOARDO SANGUINETI
Eu sou o sonho asmático, fantasmático, mecano e automático e patético, e paródico
Patológico, psicológico pneumático, de uma voz vivaz em contra-luz, com filigrana
Honesta, de mesmo grão e trama, e grama, arcaico tanto, é apotropalco tanto,
De me ficar entalado, empalhado, fossilizado, entre as quelas de suas teias telegráficas, holográficas, oleográficas, gráficas, para assustar-te os teus mortos tortos,
Espantalhesco fonema fresco, antomorceguesco epirema picaresco, faunesco grotesco, simiesco, poetema piratesco, papagaiesco, galesco, falante em ponto
E linha, em ponto e vírgula, perturbador compungido, provocador estafante tripudiante
Diarróico logorróico, alfabético estóico, estético emético, herpético energético, erótico
Hermético, harpa sonora até agora vibrante, carpa canora timidamente abocante, e por
Fortuna, ao teu anzol afiado, ao teu chamado, numa má hora muito andantye, face de lua
Galante minguante, croante pensante:
Assim dizia e, dizendo assim, a minha voz sumiu.
Ultimo passeio, poema extraído da obra Bisbidis (Febrinelli, 1987), do escritor italiano Edoardo Sanguineti (1930-2010).

Veja mais sobre:
Se não vai de um jeito, vai de outro, A marcha da insensatez de Barbara Tuchman, Eduque com carinho de Lidia Natalia Dobrianskyj Weber, a música de Kyung-Wha Chung, a pintura de Joan Miró & Eugène Leroy, a arte de Anna Dart & Eugene J. Martin,.a poesia de Bárbara Lia, a fotografia de Faisal Iskandar, Revista Poética Brasileira & Mhário Lincoln aqui.

E mais:
Processo civilizador de Norbert Elias, O caminho dos sonhos de Marie-Louise von Franz, Simon Bolívar, sonetos de Lope de Vega, a música de Saint-Saëns & Denise Duval, Salomé de Oscar Wilde, o cinema de Carlos Saura, a arte de Sarah Bernhardt, a pintura de Ernst Hochschartner & Janet Agnes Cumbrae Stewart aqui.
Eu etiqueta de Carlos Drummond de Andrade, Formação da Literatura Brasileira de Antônio Cândido, a música de Adolphe-Charles Adam, a pintura de Antonio Bedotti Organofone, a arte de Benedito Pontes & a poesia de Ana Mello aqui.
Robimagaiver & pipoco da porra aqui.
Dr. Ciuça Gorda & os cavaleiros do pós-calipso do nó cego, As aporias de Zenão de Eleia, os sonetos de Francesco Petrarca, O teatro situação de Jean-Paul Sartre, Viridiana de Luis Buñuel & Silvia Pinal, a escultura de Denise Barros, a música de Carlos Santana, a pintura de Max Liebermann & Georgy Kurasov aqui.
Sou mato, sou mata, sou Mata Atlântica, A hora dos ruminantes de José J. Veiga, Técnicas de teatro popular de Augusto Boal, a música de Peter Scartabello, a arte de Patricia Galvão – Pagu & Pristine Cartera, a pintura de Georges Rouault & Tom Fedro aqui.
O desenlace da paquera entre Melzinha & Brothão, Aracelli, meu amor de José Louzeiro, Violência doméstica & sexual de Lucidalva Mª do Nascimento, a música de Geraldo Azevedo & Neila Tavares, Violência contra a mulher, a arte de Yukari Terakado, Nina Kuriloff & Geneviève Salamone, Marcha das Vadias, Todo homem que maltrata uma mulher não merece jamais qualquer perdão aqui.
Sujeito, indivíduo, quem?, Principios fundamentais de Filosofia, Folhas da relva de Walt Whitman, Ecce homo de Friedrich Nietzsche, Bailarina de Claudio Adrian Natoli, a música de Emmanuelle Haïm, a arte de Emerson Pingarilho & Kate Wiloch, Sally Trace, a pintura de Lasar Segall & Carolyn Anderson aqui.
Se não deu e fedeu, só na outra, meu!, A literatura fantástica de Tzvetan Todorov, 47 contos de Juan Carlos Onetti, a poesia de Carlos Drummond de Andrade, a música de Yann Tiersen, a fotografia de JR, a pintura de Asha Carolyn Young, a xilogravura de Marcelo Soares, a arte de Luiz Paulo Baravelli, Kenny Cole & Tom Wesselmann aqui.
O sisifismo da semana, Tempo & expressão literária de Raúl H. Castagnino, Quingunbo & a poesia norte-americana, a pintura de Mary Addison Hackett & Alain Bonnefoit., a música de Paulinho da Costa & Meghan Lindsay, a arte de Steve Hester & Robert Rauschenberg, a arte urbana de Nina Moraes & Trampo aqui.
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PÃO & ROSAS DE KEN LOACH
O filme Pão & Rosas (Bread and Roses, 2000), do engajado cineasta britânico Ken Loach, conta a história de um ativista estadunidense que luta pelos direitos dos oprimidos e cruza com duas imigrantes mexicanas que trabalham como faxineiras em um prédio comercial que abraçam sua causa e lutam contra os patrões, colocando em risco o emprego delas e as relações familiares até o direito de permanência em território americano.  Veja mais aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje é dia de especiais com o compositor, arranjador e multi-instrumentista Hermeto Pascoal; a compositora, pianista e escritora Jocy Oliveira; a iniciativa de criação da arte erudita com elementos da cultura popular Orquestra Armorial & Quinteto Armorial, oriundos do movimento criado pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna; e a artista experimental e performática compositora estadunidense Laurie Anderson. Para conferir é só ligar o som e curtir.

A ARTE DE PHILIPPE FARAUT
A arte do escultor & multi-artista francês Philippe Faraut.
 

JUDITH BUTLER, EDA AHI, EVA GARCÍA SÁENZ, DAMA DO TEATRO & EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA

  Imagem: Acervo ArtLAM . A música contemporânea possui uma ligação intrínseca com a música do passado; muitas vezes, um passado muito dis...