Ao som do álbum Nossos ventos (2024) e da peça violonística
Sons da cidade: amanhecendo (2021), da premiada violonista e compositora
Ana Clara Guerra,
que é graduada em Música e Mestrado pela Universidade Federal de Uberlândia, integrante
do Duo Guerra-Correia.
SUBA NO TAMPO &
DIGA O QUE É... - A cada dia uma surpresa: o que virá, quem
sabe... Entre a minha mão e a espera tudo de efêmero. Assim fui pro mundo
aprender por iniciativa própria, a me arriscar sem importar com perdas ou ganhos.
Perdi, só, babau. Segui em frente. A realidade é duríssima para quem vive na
corda bamba com o abismo embaixo. O prazer é o outro lado do desespero, sabia quantas
orgias me levavam de volta ao que não queria: quantas chantagens, tantos
gargalos, relações parasitárias, putrefatos fingidores, encefalopatas vagantes,
príons letais, estranhices enigmáticas, fanatismos estertorantes, verdadeira fauna
do que havia de mais repulsivo quanto abominável, muito pânico entre esfinges e
medusas. A potência e autoestima no pó do abandono: o inevitável e a execrável
pseudocomédia da vida. Os meus riscos espontâneos eram fugas por lugares
indefinidos. Vacilei zis vezes antes de abrir a boca: calado causava menos prejuízo.
Tive medo até de mim mesmo pela necessidade de aterramento - minha raiz fora
apagada há tempos. Não fiz o jogo e me decidi diante dos que amam à fórceps, autômatos,
covardes. O mundo vinha abaixo recorrentemente: o drama das separações, lobos que
se passavam por cordeiros, a destrutividade gratuita, sobrava só entre o ter e
o ser, vencer e superar os medos. Tomei todas as decisões e aprendi na minha
ascese: só ama quem tem capacidade de dar amor. Mas sou pouco e carreguei o
peso da existência e dos sonhos esgarçados, afirmei e fui pro escanteio,
descartado. Superei o rol de desesperos, muito embora quedava invariavelmente
com os vínculos esfarrapados. Pude voltar: me desviei e, cônscio, retornei. Preenchido
de vida e, mesmo que a meu lado só restasse a morte, o amor intransitivo e
incondicional: comunguei com tudo e todas as coisas, senti-me separado para
maturar pelo que fui e liquidar-me pela alteridade. O refúgio na solidão, satisfeito,
sou o que sempre fui: xexéu na vida.
Kamila Shamsie: O amor é mais forte quando ele deixa ir ou quando ele persiste?... Veja mais aqui.
Jeanne Moreau: A idade não protege você dos perigos do amor. Mas o amor, até certo ponto, protege você
dos perigos da idade... Veja mais aqui.
Pierre Louÿs: Quando todos
os cadarços estão desfeitos, quando todas as anáguas caem, a mulher está
vestida apenas com seu perfume... Veja mais
aqui.
VOZES AO VENTO
Sou uma voz que passa \ como o guincho de
um trem \ entre as estações, uma \ voz \ desprezada e anônima \ que agita as nuvens
da torre sineira \ na sua luta \ e na sua busca silenciosa de \ eco. \ Não foi
um apelo estranho. \ Éramos um exército imberbe de vozes, \ a negação \ de um
milagre, um \ naufrágio \ germinativo \ de corpos muito breves \ perpetuados \ em
claustros e planícies; um \ coro \ seráfico \ estourado pela dança do bastão.\ Nos
corredores, \ onde cantam os anjos, o pecado \ é açoitado com urtigas ; Nos
corredores onde as almas são peneiradas sob a névoa \ rotineira do incenso, \ onde
pedir que a luz chegue te manda para as sombras, \ ainda estamos lá .\ O mundo
olha (aquele planeta celestial \ nas suas ideias, \ terrestre \ na sua
hipocrisia) \ e diz que nos conhece.\ Não conheço seu rosto \ mas sei \ que às
vezes você olha \ para o outro lado, \ e esse deserto em meu corpo não será
suficiente, \ nem minha tristeza no mundo.\ Eu era uma voz que se elevava \ na
torre sineira, \ um grito \ de certezas núbeis, \ era aquela voz \ que pedia a
Deus \ que as derrubasse com um raio.\ Deixe-me ser \ a primavera que perfuma o
vento; \ amanhã seja a árvore \ cujas raízes se transformam; \ Deixe-me ser
alguém \ que não te odeia. \ Se eles voltarem, \ deixe-me desaparecer.\ A lua
aparecerá na colina \ para saciar sua sede, \ e alguém \ consertará minha \ provação
fútil com salmos. \ Quando dói, \ não basta acreditar. \ Sou uma voz que não
pode ser silenciada, \ porque amanhã \ será tarde demais \ para o futuro.
Poema da escritora, filósofa e pintora
panamenha Ela Urriola, que é doutorada em Filosofia Sistemática pela
Karlová Univerzita (Praga) e investigadora em Estética, Bioética e Direitos
Humanos. Atualmente atua como professora de Estética na Faculdade de Belas
Artes nos cursos de bacharelado e mestrado, e de Filosofia, Ética, Bioética e
Direitos Humanos na Faculdade de Letras da Universidade do Panamá. É autora de
obras como As Coisas Deste Mundo (2020), A Neve na Areia (2014), Buracos
Negros (2015), A Idade da Rosa (2018), Noemas (2002), Modus
vivirdi (1997) e El grito e silêncio (1996).
A MENINA COM A LEICA
- [...] O amor é um propulsor tirado
do passado que você não sabe aonde ele te leva. [...] Gerda Taro uma alegria
desavergonhada que se lança para conquistar o mundo [...] Até os olhos de
uma estranha como ela podem ver que aqueles dois se reconhecem nos outros dois.
E estão igualmente apaixonados. [...] Mas não foi o gosto pelo jogo de
espelhos que os levou a fotografar o mesmo tema [...] A América é uma
nação da qual fazer parte, não uma religião na qual renascer [...].
Trechos extraídos da obra The Girl with the Leica: Based
on the true story of the woman behind the name Robert Capa
(Europa, 2019), da escritora alemã Helena Janeczek, contando a história da
fotógrafa judia alemã Gerda Taro, que foi uma ativista antifascista,
artista e inovadora, morta enquanto documentava a Guerra Civil Espanhola e
tragicamente se tornou a primeira fotojornalista a ser morta em um campo de
batalha. Veja mais aqui.
VIDA & SEXUALIDADE
HUMANA - A
sexualidade é uma parte vital de nosso crescimento pessoal e desenvolvimento ao
longo de toda a vida...
Pensamento da educadora, pesquisadora, terapeuta e ativista estadunidense, Leonore
Tiefer, que desenvolveu uma diversidade de ativismos, entre eles feminista,
acadêmico, antimedicalização, anti-estupro, nos diagnósticos de DSM, em
pesquisa sexual e mulheres, na cirurgia estética genital feminina e realizou a Campanha
Nova Visão como um projeto educacional para criação de um novo modelo de saúde
sexual feminina. O seu pensamento também enfatiza que: [...] Em uma
sociedade onde a culpa é sua se você não faz sexo direito, e você tem que fazer
muito sexo e tem que fazer direito, mas ninguém te ensina como... você está
procurando uma maneira de desculpe-se. de seus problemas, e a biologia oferece
essa desculpa. [...]. Ela é autora de diversas obras, entre elas Human
Sexuality: Feelings and Functions (1979) e Sex is Not a Natural Act and
Other Essays (1995), entre outros.
FREVO & CHORO
Trechos extraídos da obra Choro e Frevo – Duas
viagens épicas (Pagina21/Funcultura, 2023), do jornalista e
crítico musical José Teles, autor de livros como Do Frevo ao
Manguebeat (Editora 34 - SP); O Frevo Rumo à Modernidade e O Baião do
Mundo (Fundação de Cultura Cidade do Recife); Lá Vem os Violados – Quinteto
Violado 50 anos (CEPE); O Frevo Gravado – de Borboleta Não É Ave a Passo
de Anjo (Funcultura/Edições Bagaço); Claudionor Germano – A voz o frevo;
( CEPE); Da Lama ao Caos – Que Som É Esse Que Vem de Pernambuco (Edições
SESC-SP), entre outros. Veja mais aqui e aqui.
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Tem mais:
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Poemagens & outras
versagens aqui.
Diário TTTTT aqui.
Cantarau
Tataritaritatá aqui.
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lobisomem Zonzo aqui.
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Crônica de
amor por ela aqui.