HÁ UM ANO – Imagem: arte da poeta,
artista visual e blogueira Luciah Lopez - Há um ano eu me
perdia por errâncias e a minha vida mais parecia as Sonatas de Ornistein no
buraco do coelho de Alice. Era o desmonte, o meu estertor diante da vicária
derrocada na oferta de arrazoados nada palatáveis das minhas renitentes platitudes
e idiossincrasias sempre por vias erradas. Sucumbia eu a mim próprio e disso quase
nem sobrevivi aos caprichos do destino. Inquieto afogado de última hora, tomei
pé da situação. Difícil sempre é não desesperar. Não era para menos. Tivesse eu
tino, precisava quase enlouquecido de tão obcecado transpor a mim mesmo quando
se sucedeu o ajuste de contas, pelo que fiz ou deixei de fazer. Via-me sem
saída, encurralado pela desdita. Há um ano, no meio do caminho, como se girasse
uma das mãos diante dos meus olhos – Ei! -, ela surge impunemente como a
Odalisca de Ingres que vem com a suavidade de uma brisa na tarde primaveril
quando era quase verão. Há uma ano era a revanche: ela linda lua viva na
escuridão da minha noite interminável, com a suavidade de sua voz na boca de
morangos a me persuadir de uma regalia jamais permitida e a me encantar como
apelo da sedução com seu olhar flutuando por meus sentidos e engarrafando
nuvens e céus para me envolver com voltagens afetivas da pérola do seu ser,
enquanto eu imaginava cenas sob lençóis e as descobertas espontaneamente
inevitáveis do fascínio de seu parque de diversões: as excitantes linhas
onduladas de sua aura azul, o seu riso de Sol, a graça de suas insinuações
sublimes e subterrâneas no esplendor dos seus contornos, o seu magnífico dorso,
a prodigalidade de suas curvas quase inalcançáveis. Estava refeito da vida e
nela a salvação do que eu havia perdido, há um ano, quando o coração foi
contemplado com prazer da felicidade. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.
Curtindo o álbum Meu quintal (Borandá, 2011), da cantora e compositora Ná Ozzetti. Veja mais aqui.
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