quinta-feira, dezembro 29, 2016

PORTINARI, XIOMARA FORTUNA, MARCUS GARVEY & EMMANUEL VILLANIS


QUEM QUER DIFERENTE TEM QUE FAZER DIFERENTE -
Imagem: Carnaval (1957), do pintor Cândido Portinari (1903-1962) - Com a chegada do verão poucos dias atrás, dão-se as festividades de final de ano. É hora de harmonizar o bem-estar com as comezainas e os brindes comemorativos que são muitos e imoderados nesta época. Enquanto isso, a cada dia que se passa, dá-se a contagem regressiva na ponta dos dedos e as retrospectivas servem para reflexão avaliadora do que se passou e para se ter a perspectiva do ano vindouro. Nesse momento, alguns - senão todos - estão revestidos do mais célebre entusiasmo, mesmo que não tenha augurado êxito ou se tenha alcançado a fortuna das realizações de sonhos adiados de forma sacrificada. Ora, o que foi, passou; vale o que virá. Organizam-se as férias, reorganizam afazeres e metas, elencam promessas e, na balada dos ânimos, planos não faltam para que sejam factíveis tão logo entrem os primeiros dias de um novo momento na vida de cada um. Reanimam-se perdões retomando caminhos e reconduções, reavivando esperanças quase perdidas e, conscientemente ou não, forjam realizações antes levadas na ponta da quimera. Afinal, o que não deu certo antes, agora pode acertar na veia. Não há nada que faça lembrar outros anos passados com o mesmo espírito e sua posterior derrocada, valendo agora a vez do novo e o que não se fez já era, ficou pra trás. Seria, então, de bom alvitre que nessa leva animada se pudesse projetar que o mundo ao redor é todo feito de interesses tão diversos quanto o que cada um alimenta nas suas fantasias. E esses interesses nem sempre são convergentes, antes díspares, quando muito paralelos. Vale a constatação: cada cabeça é um mundo e em cada mundo nada é tão assemelhado quanto distinto daquilo que se possa prever. Além do mais, todo mundo sabe que só se constrói qualquer coisa de relevo com muita determinação, criatividade e sacrifício; e que para essa construção desandar é coisa de piscada de olhos, bastando uma faísca de discórdia e tudo vira escombros de uma hora para outra, tendo que voltar pros cálculos, prancheta e projetos, tudo outra vez. Vale o que aprendeu. E uma coisa aprendi: se há amor solidário e alteridade em tudo que se faz e caminha, é exatamente isso que será colhido no resultado final. Se, ao contrário, mágoas, frustrações e hipocrisia permearem toda empreitada, não haverá outra colheita na safra diferente do que foi plantado: ninguém planta batata para ver um pé de manga florescer. Quem planta bananas, bananas há de colher. E mais: não há que esperar que o mundo mude pra ficar do jeito que se quer, sonha ou deseja; cada um é que deve colocar em prática a mudança que quer, sonha ou deseja, para, a partir de si próprio, começar a mudança, senão entrarão novos e vindouros anos na mesma dos que já passaram e nada de novo foi capaz de se ver sob o Sol, aí não haverá novidade diferente do sisifismo, né? Quem quer diferente, tem que fazer diferente, senão dá na mesma. E vamos aprumar a conversa. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui

 Curtindo o álbum Pa cantarte a ti (2010), da cantora e compositora dominicana Xiomara Fortuna.

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DESTAQUE: MARCUS GARVEY

[...] Deus e a Natureza primeiro nos fizeram como realmente somos. Pelo uso do nosso próprio gênio criador, devemos fazer de nós mesmos aquilo que desejamos ser [...].
Pensamento do comunicador e ativista jamaicano Marcus Garvey (1887-1940), criador da Universal Negro Improvement Association (UNIA), que possuía o lema One God! One Aim! One Destiny! (Um Deus! Uma aspiração! Um destino!), com os objetivos da promoção da consciência e unidade na raça negra, da dignidade e do amor; do desenvolvimento da África, livrando-a do domínio colonial e transformando-a numa potência; de protestar contra o preconceito e a perda aos valores africanos; de estabelecer instituições de ensino para negros, onde se ensinasse a cultura africana, também promover o desenvolvimento comercial e industrial pelo mundo e auxiliar os despossuídos em todo o mundo.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte do escultor francês Emmanuel Villanis (1858-1914).
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra: 
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PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

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