O MARAVILHOSO MISTÉRIO
DA VIDA - Imagem: arte abstrata da pintora francesa Marie-Louise Garnavault (1911-2012).- Quando
eu vejo sei que verifico uma infinidade de coisas, cores, movimentos,
situações, eventos, realizações. Também sei que ao meu olhar, apesar de captar uma
imensidade de fenômenos, escapam outros tantos, entre os quais aqueles que
quase são considerados na conta de inexistentes. Por conta disso, sei que ao
enxergar algo, apenas estou distinguindo determinada especificidade; o restante,
contudo, mesmo cônscio de sua existência e da minha limitação em reparar toda a
dimensão do que se encontra ao meu redor, se perde longe da minha percepção. Da
mesma forma ocorre quando ouço um tanto de tons e sons, inferindo que um tanto
de outros níveis sonoros nas escalas mais graves e nas mais agudas são
desperdiçadas ou não alcançadas por minha audição. Também no que toco de superfícies,
texturas, estímulos, quenturas, durezas, friagens e formas; ou no que saboreio
de doces, salgados, amargos e insossos; ou nos olores e odores, todos aos
volumes qualitativos e quantitativos, o quanto, além disso, é inalcançável ou
incompreensível por extrapolarem nossos sentidos. A noção que tenho dessa
constatação é que não só reconheço minha finitude, como me cientifico da minha
própria imperfeição, razões pelas quais tenho a consciência de que não possuo a
mínima condição de julgar ninguém, muito menos de assegurar que conheço alguém.
Sei que entre o que percebo e o que sou, existe algo que até eu mesmo não sei,
mas que está dentro de mim e, ao mesmo tempo, entre eu e tudo. Coisas sei que
existem sem que tenha que constatar com meus sentidos, bastando ter a
compreensão das frequências de sons, luz e cor que nos são imperceptíveis. Sei também
que sou hoje muito diferente do que fui antes e o serei mais ainda amanhã:
sempre em processo, evoluindo ou involuindo. Nem eu sei de mim mesmo, a cada
dia novas descobertas do que sou. De certezas, nenhuma; dúvidas, tantas quantas
possíveis e impossíveis, graças a Deus. Fico a cada dia que se passa mais
fascinado com o que descubro de maravilhas no organismo humano, como se o
Criador me exigisse de modo provocante ir cada vez mais profundamente ao meu
interior e ao de todo ser vivo, para constatar o quão maravilhoso é não só
visualizar os mais estonteantes espetáculos da natureza e do Universo, como também
o de acompanhar a engenhosidade divina das vibrações, atrações e pulsações dos
mínimos órgãos ou de aparentes ínfimas estruturas orgânicas do nosso corpo,
desde as sinapses cerebrais às produções das glândulas endócrinas, da explosão
de espermatozóides em direção ao óvulo, a concepção, a geração, enfim, dos
mínimos e integrados funcionamentos de nossa organização corporal. É com isso
que entendo a máxima de que assim como é em cima é embaixo. E vivo para
aprender sempre o maravilhoso mistério da vida. © Luiz Alberto Machado. Veja
mais aqui.
Curtindo o álbum ao vivo (cd+DVD) Connection (Ocesa Seitrack/Sony Music, 2015) da cantora e
compositora espanhola Ana Torroja.
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&
DESTAQUE: O REGRESSO DO SOLDADO
O livro O regresso do soldado (Relógio d’Água,
2009), da escritora estadunidense Rebecca
West (1892-1983)conta a história do regresso de um soldado da linha de
frente na I Guerra Mundial, com um trauma que lhe varreu a memória dos últimos
quinze anos. Ao encontrar mulheres do seu passado, recorda-se da prima como
amiga de infância, não tendo qualquer memória da esposa e apenas ligando-se a
uma paixão da juventude. Em 1982 a obra foi adaptada para o cinema na direção
de Alan Bridges, com destaque par
atuação da premiada atriz britânica Julie
Christie.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem: arte abstrata da pintora francesa
Marie-Louise Garnavault (1911-2012).
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
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