DITOS & DESDITOS - De tempos em tempos, é
necessário rejuvenescer e regenerar as coisas, conferir um novo senso de
realidade àquilo que fazemos. E acho que as várias escolas sobre as quais tenho
conhecimento – mencionei a antropologia feminista e a antropologia marxista;
houve a antropologia simbólica, o interpretativismo, e assim por diante. E
então houve a grande virada pós-moderna… O que isso produz… as pessoas dizem
que são modismos, que são modas passageiras. É claro que se pode estar na moda
com elas, e também é possível ser chique com elas, mas acho que há uma enorme
importância no sentido de regalvanizar a todos. Apresenta-se uma perspectiva um
pouco diferente e as pessoas passam a olhar para as coisas de forma renovada. E
a ontologia certamente tem essa função. Este é um argumento muito
funcionalista. Em parte – e é esse seu truque – porque ela propõe redescrever o
mundo real. É este seu principal truque. E ele é astuto. Mas eu de fato penso,
falando de forma mais séria, que a ontologia capturou um pouco da reserva das
pessoas em relação à representação. Lembrem-se – é claro que vocês não se
lembram – que durante anos e anos foi a representação, esse tipo de coisa, que
esteve em questão.
Pensamento da antropóloga e acadêmica britânica Marilyn Strathern.
ALGUÉM FALOU: Se
você desistir porque você anuncia que o fenômeno não pode ser explicado, você
está perdendo. Embora muitos filósofos costumavam descartar a relevância da neurociência
alegando que o que importava era “o software, não o hardware”, cada vez mais os
filósofos passaram a reconhecer que entender como o cérebro funciona é
essencial para entender a mente. Se eu quiser saber como aprendemos e lembramos
e representamos o mundo, vou para a psicologia e a neurociência. Se eu quiser
saber onde os valores vêm, vou para a biologia evolucionária e a neurociência e
a psicologia, assim como Aristóteles e Hume teriam, elas estavam vivas. Pensamento da professora,
neurocientista e filósofa analítica canadense Patricia Churchland, conhecida por suas
contribuições à neurofilosofia e à filosofia da mente. Veja mais aqui, aqui,
aqui e aqui.
A ARTE
CAVALHEIRESCA DO ARQUEIRO ZEN - [...] O que está no seu caminho é que você tem uma vontade
obstinada demais. Você
pensa que o que você mesmo não faz não acontece. [...] Quanto mais a pessoa se
concentra na respiração, mais os estímulos externos desaparecem em segundo
plano... No devido tempo, a pessoa até se torna imune a estímulos maiores e, ao
mesmo tempo, o desapego deles se torna mais fácil e rápido. Deve-se cuidar apenas para que o
corpo esteja relaxado, seja em pé, sentado ou deitado, e se a pessoa se
concentrar na respiração, logo se sentirá fechado por camadas impermeáveis de
silêncio. Só se sabe e se sente que se
respira. E, para se separar desse sentimento
e conhecimento, nenhuma nova decisão é necessária, pois a respiração desacelera
por conta própria, torna-se cada vez mais econômica no uso da respiração e,
finalmente, deslizando gradualmente para um tom monótono e impreciso, escapa. a atenção de alguém completamente [...] Você se preocupa
desnecessariamente. Tire da
cabeça a ideia de bater! [...] O homem, a arte, o trabalho - tudo é um. [...] Você deve
aprender a esperar corretamente... Deixando-se ir, deixando-se e tudo o que é
seu para trás de forma tão decidida que nada mais resta de você a não ser uma
tensão sem propósito [...]. Trechos
extraídos da obra Zen in the Art of
Archery (Vintage, 1999)
do filósofo alemão Eugen Herrigel (1884-1955).
Veja mais aqui e aqui.
AS CABEÇAS DE CÉRBERO – [...] Eles reduziram a educação do povo como desnecessária e muito cara. Quando o povo reclamou,
eles o aplacaram abolindo todas as séries acima do primário e transformando as
escolas em salões de dança e cinemas gratuitos. [...]. Trecho extraído da obra The Heads of Cerberus (Dover, 2013), da escritora estadunidense Francis Stevens (Gertrude Barrows Bennet –
1884-1946).
ARCANO - Abandono. \ prender prisão. \ Suspensão. \ O resistente é a árvore
\ (guasima, freixo, bétula) \ os galhos que sustentam a corda \ amarrada ao pé \
os galhos verdes.\ Parece que este morto, afastado, \ não se sustenta numa
estratégia \ (olhar e olhar, ver, vislumbrar o quê? \ Caído de cima e, no
entanto, acima \ das linhas de congestionamento). \ Atenção soberana. Queime \ o
que tiver que queimar. \ Ele queima e se apaga. \ Aquele que é enforcado \ não
pode calcular \ os pólos de frieza \ ou o sopro do vento. \ Resiste, porque sua
forma de hibernar \ lhe dá visão. \ Veja os carros alegóricos puídos \ dos
vencedores passarem. Veja a cadeia de mortos-vivos sem fim \ passar em direção
aos cemitérios brancos. \ Aquele que está pendurado \ olhando para a frente,
outro \ inverterá os símbolos: \ água: artificial, ausência de peso: perfeito. \
Mas o que é o quê\ de
cima e caído \ e ainda acima \ das linhas de congestionamento? \ Queime o que
tiver que queimar. \ Ele queima e se apaga. \ E ao longe, convergindo \ na
detenção do \ desejo de morte \ mais, para nunca reduzir. \Aquele que está
pendurado, mãos e pés cruzados, \ se acordar, pode beber de si mesmo, \ pode
desdobrar sua permanência de si mesmo. \ Mas a resistente seria a árvore: \ guásima,
freixo, bétula. Poema da escritora cubana Soleida Ríos.
LITERÓTICA: UM POEMERÓTICO & DEPOIMENTO NO CIO
MEU MOMENTO COM VOCÊ: Eu te amo tanto, tanto... \ Quero um dia viver em teus
braços, \ beijar-te os lábios que me fascinam, \ Jamais sair do meu ninho de
amor. \ e juntos caminharmos para sempre. \ Desejo beijar-te todinho em efusão.
\ contemplar teu olhar que me fascina, \ ouvir-te em transe e apaixonada \ e
sentir teus braços a me apertarem. \ Quero você priático e fascinado. \
sussurrando em meu ouvido, frases \ que me levarão ao pleno orgasmo, \ e eu te
entregando febril a tua fonte. \ Quero poder acariciar o meu tesouro, \
levar-te à loucura com um simples toque, \ oferecer-te toda a chama do que
sinto \ e com meu fascínio te levar ao paraíso. \ Como desejo teus beijos
apaixonados, \ tuas mãos envolvendo minhas pernas, \ o incêndio de minha paixão
te abrasando \ e nós dois para sempre amando em uníssono. DEPOIMENTO NO CIO - Saudades de você, de
abraçá-lo, de sentir o seu pênis “que é meu”, de ver e senti-lo entre minhas
mãos, poder lambê-lo, me sentir molhada por ele sentir agora na minha vagina
que chama por você, em mim, em todas as sinuosidades, de vê-lo agora de
madrugada senti-lo entrando e saindo em mim. Vontade de senti-lo no rego de
minha ”bundinha”, sinto-me até arrepiada só de pensar. Tantas fantasias
maravilhosas tenho tido com você, meu amor. Meu corpo inteiro no seu, nós dois
nus deitados na cama e freneticamente envolvidos com nossos sexos colados.
Muita saudade de você e de tudo que é seu. Nossos gozos em uníssono e ver você
nu e agarrado a mim, Saudade demais! Visualizo isso tudo em pensamento e fico
até febril de desejo. Amo sentir meu tesouro ereto e louco a me penetrar e tua
fonte gotejante, tensa a te pedir sempre mais, em cada músculo latejante a
chamar para o prazer que se realiza transtornando nossos corpos em gozos... Desejando
acariciar seu pênis e estar ali a beijá-lo, louca para senti-lo e enfiá-lo todo
em minha boca, sentir o gosto delicioso antegozo como se estivesse chupando
sorvete de morango que adoro e já fiz até um poema sobre isso. E estar ali como
se não quisesse nunca mais me afastar, apaixonadamente satisfazendo minha ânsia
de tê-lo cada vez mais e mais insaciavelmente. Você não imagina como sinto
falta de tê-lo assim indo e voltando, sentindo-o tanto em orgasmos que
incendeiam meu corpo e passando a língua nele todo e no “reguinho da Glande”.
Ah como desejo tudo isso e como minhas fantasias atingem o alto grau de tesão
para senti-lo delirar de prazer, ser dominado pelos meus carinhos e por tudo
que tenho vontade de lhe proporcionar e sentir-me enlouquecida, a querer sempre
mais e mais e não querendo parar nunca mais. Poema e texto da escritora Vânia
Moreira Diniz. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui,
aqui e aqui.