ÁGUA VIVA – [...] Verifico que estou
escrevendo como se estivesse entre o sono e a vigília. Eis que de repente vejo
que há muito não estou entendendo. O gume de minha faca está ficando cego?
Pareceme que o mais provável é que não entendo por que o que vejo agora é
difícil: estou entrando sorrateiramente em contato com uma realidade nova para
mim que ainda não tem pensamentos correspondentes e muito menos ainda alguma
palavra que a signifique: é uma sensação atrás do pensamento [...]. Trecho
extraído da obra Água Viva (Rocco,
1998), da escritora e
jornalista Clarice Lispector
(1920-1977). Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
A OUSADIA DO
POETA E DO FILÓSOFO - [...] Como
se pode ser filósofo? Como se pode ter a ousadia de abordar o tempo, a beleza,
Deus e todo o resto? O espírito fica inchado e saltita sem vergonha. Metafísica,
poesia — impertinências de piolho... [...]. Trecho extraído da obra Silogismos da amargura (Rocco, 1991), do filósofo romeno Emil Cioran
(1911-1995). Veja mais aqui.
AS CIÊNCIAS
HUMANAS – [...] as ciências humanas sociais não podem abdicar de
sua condição de pensar seu tempo e exercer, em nossa sociedade, o papel de
esclarecedoras e despertadoras da consciência coletiva, se é que ainda
pretendem dizer o possível e o desejável. Por isso, não podemos aceitar o
diagnóstico pessimista a seu respeito. Porque parece-nos insustentável a
dicotomia radical entre os juízos de fato e os de valor, entre o plano
cognitivo e o normativo. Foi essa dicotomia fantasmática que introduziu o
divórcio entre as ciências humanas e a filosofia. Todos os cientistas humanos
têm um forte desejo de romper com as pretensões disciplinares, uma vontade
enorme de promover a abertura, o diálogo, a descompartimentação e a
transversalidade das disciplinas [...]. Trecho extraído
do artigo O mal-estar nas ciências
humanas (2000), do epistemólogo e
professor doutor em Filosofia pela Université des Sciences Sociales de Grenoble
(França) e pós-doutorado pela Universitsé des Sciences Humaines de Strasbourg
(França), Hilton Japiassu. Veja mais aqui e aqui.
FECAMEPA – Toda vez que se aproxima a data de 22 de abril, eu
fico inheto com as mais descabidas comemorações. É quando me acende pro
Fecamepa que, neste momento, reúne a expressão dada pelo eminente e saudoso
antropólogo e escritor Darcy Ribeiro, no seu maravilhoso Aos trancos e barrancos: de como o Brasil deu no que deu:
“O Brasil cresceu
visivelmente nestes oitenta anos. Cresceu mal, porém. Cresceu como um boi
mantido, desde bezeero, dentro de uma jaula de ferro. Nossa jaula são as
estruturas sociais medíocres, inscritas na Constituição e nas leis, para compor
um país da pobreza na província mais bela da Terra. Se continuarmos sob a vigência
destas leis, no Brasil do futuro a maioria da gente nascerá e viverá nas ruas
em fome canina e ignorância figadal, enquanto a minoria rica, com medo dos
pobres, se recolherá em confortáveis campos de concentração, cercados de arame
farpado e eletrificado. Entretanto, é tão fácil nos livrarmos dessas teias, e
tão necessário, que dói nossa convivência culposa. Vamos passar o Brasil a
limpo, companheiros”. Veja mais no Fecamepa.
Veja
mais sobre:
Sanha, a
história da canção, Bronislaw
Malinowski, Wolfgang Amadeus Mozart, Paul Gustave Doré, Sharon Bezaly, Anna
Wakitsch, Lendas Africanas, Jaci Bezerra, Silvio Rabelo, Bertrand Bonello,
Clara Choveaux, Ivoneide Lopes, Ju Mota & A história de dois moços e quatro
moças aqui.
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Ginofagia da chegada dela pro amor aqui.
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Tributária aqui.
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da paixão aqui.
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ilícitos & excludentes de ilicitude aqui.
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incógnita do prazer aqui.
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alimentar aqui.
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