FRUTOS - Somos frutos da mesma paixão e o que importa é se
entregar, amar depois do mormaço do amor, se dar, enfim, no jeito doce de
escorrer pelos sonhos até quando se derramar pelas curvas do seu corpo, pelos
rios, recifes, ondas, à deriva até quando naufragar por todos os horizontes que
você navegar no enleio, no anseio do amor. © Luiz
Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS – A poesia é uma grande coisa; fora da poesia não há salvação. Pensamento do escritor
naturalista e libertário francês Émile Zola (1840-1902). Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU – Podemos ler só para passar
o tempo ou movidos por uma necessidade declarada, mas chegará o momento em que
iremos ler lutando contra o tempo.
Pensamento do professor e crítico literário Harold Bloom (1930-2019).
LINGUAGEM & PODER – [...] Os fenômenos linguísticos são
sociais no sentido de que sempre que as pessoas falam ou ouvir, escrever
ou ler, eles o fazem de maneiras determinadas socialmente e ter efeitos
sociais. Mesmo quando as pessoas têm mais consciência própria individualidade
e pensam que são os mais afastados das influências sociais - 'no seio da
família', por exemplo - eles ainda usam a linguagem de maneiras sujeitos
a convenção social. E as maneiras pelas quais as pessoas usam linguagem
em seus encontros mais íntimos e privados não são apenas socialmente determinados
pelas relações sociais da família, eles também têm efeitos no sentido de
ajudar a manter (ou, de fato, mudar) aqueles relacionamentos. [...].
Trecho extraído da obra Linguagem e Poder (Longman, 1989), do professor
de lingüística e fundador da análise crítica do discurso (ACD), Norman
Fairclought. Veja mais aqui.
O BANDIDO & A BANDIDAGEM – Se quiserem saber quem é o maior bandido
vivo do Brasil, o Luz é fichinha. O Brasil mudou ou mudou o bandido?
Marginalizou geral. Numa terra de hipócritas e ladrões, quem poderia julgar
João Acácio, pé de chinelo que nunca pretendeu bancar ser o honesto ou o justo?
Quem ousaria condenar o “último dos homúnculos“, desde sempre excluido das
quadrilhas nababescas que de fato “infestam a nação“? Depoimento do ator e cineasta Rogério Sganzerla
(1946-2004), sobre o seu filme O bandido
da luz vermelha (1968). Veja mais aqui e aqui.
EXECRAÇÃO, BANIMENTO, SUICÍDIO – Os senhores Deputados da nação fazem saber a
Vossas Mercês como tendo notícia que era vindo a esta Cidade um homem que se
pôs por nome de Uriel Abadot. E que trazia muitas opiniões erradas, falsas e
heréticas contra nossa santíssima lei pelas quais já em Hamburgo e Veneza foi
declarado por herege e excomungado e desejando reduzi-lo à verdade fizeram
todas as diligências necessárias por vezes com toda a suavidade e brandura por
meio do Hahamim e Velhos da nossa nação, a que ditos senhores deputados se
acharam presentes. E vendo que por pura pertinácia e arrogância persiste em sua
maldade e falsas opiniões ordenam com os Mahamadot dos echilot. E cós de ditos
hahamim apartá-lo como homem já enhermado, e maldito da Lei de Dio, e que não
lhe fale pessoa alguma de nenhuma qualidade, nem homem nem mulher, nem parente
nem estranho, nem entre na casa onde estiver, nem lhe dêem favor algum, nem o
comuniquem com pena de ser compreendido no mesmo herem e de ser apartado da
nossa comunicação. E a seus Irmãos por bons respeitos se concedeu termo de oito
dias para se apartarem dele. Amsterdão, 30 del homer 5383 (15 de Maio de 1623).
(aa) Samuel Abarvanel, Birhamin Israel, Abraham Curiel, Joseph Abenacar, Rafael
Jesurum, Jacob Franco”. (De “Três escritos”). Condenação e veredicto
de 15 de Maio de 1623, após reunião de três
congregações luso-judaicas em Amsterdam, para condenação do filósofo português Uriel da Costa (Gabriel
da Costa Fiuza – 1585-1640), por conta de suas questões a respeito das
práticas judaicas e do cristianismo, considerando-as incoerentes e não
consideradas verdadeiras religiões. Foi acusado por heresia, excomungado e
expulso da comunidade judaica, afastado da família, rejeitado e vivendo em
isolamento, decidiu retornar para ser vítima de 39 vergastadas públicas e
pisoteamento. Foi abandonado pela família e irmãos e a sua mãe é excomungada
por ficar ao seu lado durante o julgamento. Em seguida, foi perseguido e
acusado, sendo expulso novamente. Lutou contra o obscurantismo religioso, escrevendo
obras como Propostas contra a Tradição (1618), Exame das Tradições Farisaicas
(1624) e a sua famosa biografia Exemplar Humanae Vitae (1640), que
foram os grandes responsáveis por suas duas excomunhões. No seu momento final
de desespero, teve seus livros proibidos e queimados, então resolve assassinar
o seu opositor judeu responsável pela denúncia que levou a sua segunda
excomunhão, contudo, fracassa e acaba por suicidar-se. Sua vida e obra é
comentada por Voltaire, Spinoza, Pierre Bayle e Leo Strauss, além de obras do
escritor Karl Ferdinand Gutzkow, da ópera da compositora russa Valentina
Serova, a partitura de Jacob Weinberg e de Karol Rathaus, e o filme do cineasta
alemão Ernst Wendt de 1920, todos homenagearam a filosofia sefaradita.
MADAME
DU BARRY – A bela Jeanne
Bécu, mais conhecida como Madame du Barry (1743-1793), foi internada
em convento, tornando-se depois cabeleireira, camareira e empregada de balcão,
modista e namoradeira. Ela atraiu o conde libertino Jean-Baptiste Du Barry, de
quem se torna amante e é apresentada ao rei que logo se apaixona por ela, tornou-se
a favorita e escandalosamente a amante oficial de Luís XV. Com a morte do rei,
torna-se amante do duque de Brissac. Ao receber a notícia da execução do rei,
veste-se de luto e passa a ter sua vida espionada, até ser acusada de
conspiração em 1793, declarada inimiga da revolução e condenada à pena de
morte, sendo guilhotinada. Três versões cinematográficas sobre a sua vida foram
realizadas, a exemplo do filme mudo Madame
Dubarry (1919), dirigido por Ernst Lubitsch; o drama/comédia Madame Du Barry (1934), dirigido por
William Dieterle e estrelado por Dolores del Rio; e o drama histórico Madame du Barry (1954), dirigido por
Christian-Jaque e estrelado por Martine Carol; afora ter sido retratada por
pintores como Courbet e Sieben, e protagonizado romances dos mais diversos
escritores. Fontes extraídas da obra Madame Du Barry (Porto, 2003). Veja mais aqui.
É, NEM! AH, SEGUNDOS DE SABEDORIA, MEU!
Já dizia Luiz Gonzaga, o rei Lua do baião: “O jumento é nosso irmão!!!”.E pra sacramentar isso inventaram o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. Hem, hem!
Mas quem adorou mesmo essa invenção foi o meu amigo Burraldo, esse sim, que ao ler um mail que recebi do meu amigo, músico, compositor e maestro Ubiratan Costa, botou as manguinhas de fora e liberou na maior risadagem o seu ferino senso de humor. Veja as saídas da jeguice geral.
"Paremos e reflitemos." (beleza)
"Hoje endia a natureza..." (Muito bem! Não usou m, e sim n, porque m só antes de p e b, não é mesmo?)
"Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna." (amém)
"Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia." (Haja pára-raio!)
"A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas." (onde está o Guarda Belo nessas horas?)
“Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza." (e as renováveis?)
"Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia." (ÃHN?)
"Temos que criar leis legais contra isso." (bacana)
"O problema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta." (e levaram o disco da Xuxa onde ela canta "Brincar de Índio")
"A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas, sem coração." (…)
“A amazônia é explorada de forma piedosa." (é ímpio quem disser o contrário)
"Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação." (NÃO!!!!!)
"O cerumano no mesmo tempo que constrói também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos." (Não conte comigo)
"Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar o planeta." (o mundo tem mais um Capitão Planeta?)
"A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu." (velocidade 5 do créu!)
"Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta." (pra deixar bem claro o tamanho da destruição)
"Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom benefício para o Brasil." (Vamos trocar o fumacê pelas moto-serras)
"Espero que o desmatamento seja instinto." (é instintivo se entender o que ele quis dizer)
"A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo." (os animais extintos também merecem uma cerveja para comemorar quando o ar estiver limpo)
"Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis." (todo mundo na vida tem que ter um filho, escrever um livro, e realizar uma árvore renovável)
"Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas." (esqueceu que também ficam sem o home theater e os dvd's da coleção do Chaves)
"A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica." (deve ser culpa da morte ecológica)
"A amazônia tem valor ambiental ilastimável." (ignorem, por favor)
"Explorar sem atingir árvores sedentárias." (peguem só as que estiverem fazendo caminhadas e flexões)
"Retirada claudestina de árvores." (caraulio!)
"Nesta terra ensi plantando tudo dá." (Isto deve ser o português arcaico que Caminha escrevia...)
"A camada de ozonel." (Chris O'Zonnell?)
"O problema ainda é maior se tratando da camada Diozônio!" (Gente, eu não sabia que a camada tinha esse nome bonito)
"A amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor." (a solução é colocar o pessoal da Zorra Total pra cortar árvores)
"Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises." (gênio da matemática)
"A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos governantes." (red bull neles - dizem as árvores)
"O povo amazônico está sendo usado como bote expiatório." (ótima)
"Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc." (…)
"Na cama dos deputados foram votadas muitas leis." (imaginem as que foram votadas no banheiro deles!)
"Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta amazonia." (oh god!)
"O que vamos deixar para nossos antecedentes?" (dicionários)
"A fiscalisação tem que ser preservativa." (lerê-lerê)
"Não podem explorar a Amazônia de maneira tão devassaladora." (neologismo pra devastadora + avassaladora)
"Já está muito de difícil de achar os pandas na Amazônia." (Que pena. Também ursos e elefantes sumiram de lá)
"A natureza brasileira só tem 500 anos e já está quase se acabando." (Foi trazida nas caravelas, certo?)
"Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais uns aos outros". (Com algumas diferenças básicas...)
"(...) eles matam não somente os animais mas também os matança de aves peixes também precisam acabar ... os pequenos animalzinhos morrem queimados e asfixados." (Pelo menos, esse tem bom coração)
"(...) menos desmatamentos, mais florestas arborizadas."
(Concordo! De florestas não arborizadas, basta o Saara!)
"Eu concordo em gênero e número igual."
(Eu discordo!)
"Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio." (Concordo: depredação de si mesmo é "oríveu")
"O seringueiro tira borracha das árvores, mas não nunca derubam as seringas." (Estas podem ser derrubadas porque são descartáveis)
"A concentização é um fato esperançoso para todo o território mundial." (Haja fé!)
"Vamos deixar de sermos egoístas e pensarmos um pouco mais em nós mesmos." (Que pérola!)
"Enquanto isso os zoutros .... tudo baixo nive... (Seja sempre você mesmo)
"O sero mano tem uma missão..." (A minha por exemplo, é ter que ler isso!)
"Não preserve apenas o meio ambiente e sim todo ele." (Faz sentido)
"Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu, o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira." (Ainda bem que sobra aquela faixinha que está escrito: Ordem e Progresso)
"É um problema de muita gravidez." (Com certeza, se seu pai usasse camisinha, não leríamos isso!)
"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Entendeu...?)
Pois é, gentamiga, mas nem todo jumento é burro, né?
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Salgadinho: de riacho pra esgoto, Boaventura de Sousa Santos, Imre Kertész, Friedrich
Schiller, Millôr Fernandes, Ennio Morricone, Gustav
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A musica
de Monique Kessous aqui.
Dicionário
Tataritaritatá aqui.
Cidadania
e dignidade humana aqui.
Literatura
de Cordel: O cavalo que defecava dinheiro, de Leandro Gomes de Barros aqui.
Direitos
adquiridos aqui.
A arte
de Tatiana Cobbett aqui.
Tortura,
penas cruéis e penas previstas na Constituição Federal de 1988 aqui.
Literatura
de Cordel: Emissários do inferno na terra da promissão, de Gonçalo Ferreira da Silva aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
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Paz na
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