segunda-feira, novembro 04, 2024

NADYA TOLOKONNIKOVA, ANNA KATHARINE GREEN, EMMA GONZALEZ & THALYTA MONTEIRO

 

 Imagem: Acervo ArtLAM.

Ao som dos álbuns Terra adentro (A Casa Produções, 2011) e Luares (2023), da violonista, compositora, produtora, orquestradora e professora francesa Elodie Bouny, autora de obras como a peça para quarteto de violões Déja Vu (2019), da ópera Homens de papel (2022), da peça para orquestra Eclipse (2022), da peça para clarone solo, Touro (2022), da peça Um abraço pro Waldir (2023) e a peça Resiliência (2023), entre outras.

 

Das feridas, poesia em flor... - Uma e outra vez passou o equinócio da primavera e quase perdia a hora porque colhia flores na Linha do Equador. Nunca é demais qualquer desencontro e lá se foi o que pensava no barulho das águas. Não vacilei porque fui salvo desde o tempo em que ríamos muito. Hoje não mais e, se não tivesse segurado desde anteontem as mãos do futuro, com certeza despencaria diante da incontrolável geração das surpresas. Nem sempre a verdade talvez. Foi preciso mais que um pôr do Sol para que soubesse que não morri na solidão. Foi mais preciso sorrir pras incertas lembranças, amores inconclusos. Só não mais esperarei por boas novas, foi-se o tempo. Deus nunca me deixou mentir: o cristianismo solapou a alma de todos, restaram lutos e festejos hediondos. Vão daí vagotonias. Demoliram os sonhos, mas não faltará tempo para pecar, graças! Para onde vão me levaram pelo avesso e, o melhor, é nem entender. Tampouco viu-se o que aconteceu, ignorou-se pela suposta sanidade. Outros desvaneceram - os frívolos não duram um aceno fugaz. Quando muito sorriem e, às vezes, me deixam em paz para que amanheça ileso: os bruxedos do mundo perderam a graça, tudo se estragou com as coisas engaioladas, promessas, máscaras, exterioridades e o efêmero. A vida não é só desmoronamentos: ainda se vive no escuro o profundo silêncio. Cumpre amar sobretudo por qualquer meio necessário para vencer o mar agitado das ocasiões. Sou agora o que sempre fui e serei: caçador de luas em pleno equilux. Não mais o mesmo e outro, palavrersos entre a imprecisão e a eternidade: das feridas, poesia em flor. Pés descalços, mãos vazias, confesso celebrações: uma palavra a cada emoção, um verso a cada instante. Até mais ver.

 


Marie Curie: A vida não é fácil para nenhum de nós. Mas e daí? Devemos ter perseverança e, acima de tudo, confiança em nós mesmos. Devemos acreditar que somos dotados para algo e que essa coisa deve ser alcançada... Veja mais aqui, aqui e aqui.

Erika Mann: Agora que a liberdade desapareceu em tantos lugares e a paz está ameaçada de tantos lados, as palavras paz e liberdade recuperaram seu brilho. O presente exige de nós um amor magistral pela paz... Veja mais aqui.

Marie Bregendahl: Quanto mais sombrias as perspectivas e mais difícil ter esperança, mais firmemente deve-se agarrar à esperança quando ela insurgir... Veja mais aqui.

 

VIDA

Imagem: Acervo ArtLAM.

Ah, o que é a vida! \ É apenas um toque passageiro no mundo; \ Uma impressão nas praias da terra \ A próxima onda que flui irá lavar; uma marca \ Que algo passou; uma sombra em uma parede, \ Enquanto procura pela substância, a sombra se afasta; \ Uma gota da vasta nuvem espiritual de Deus \ Que circula sobre um tronco, uma pedra, uma folha, \ Um momento, então exala novamente para Deus.

Poema da escritora estadunidense Anna Katharine Green (1846-1935). Veja mais aqui e aqui.

 

GUIA DE ATIVISMO – [...] A arte é um reino que nos ajuda a combater forças que tentam mecanizar as pessoas, forças que veem os humanos como coisas que precisam de instruções de uso e devem ser colocadas na prateleira de uma loja de shopping. [...] Precisamos de um milagre para sair daqui. E milagres são reais; eles já aconteceram comigo antes. Amor incondicional, por exemplo, ou solidariedade, ou ação coletiva corajosa. Milagres sempre acontecem no momento certo na vida daqueles com uma fé infantil no triunfo da verdade sobre a falsidade, daqueles que acreditam na ajuda mútua e vivem de acordo com a economia do presente. Você não pode comprar a revolução, você só pode ser a revolução. [...] Quando nos faltam forças para agir, é preciso encontrar palavras que nos inspirem. Por isso, lembre-se de um ponto fundamental: nada de deixar sua confiança arrefecer. O poder está nas suas mãos. Juntos, como comunidade ou como movimento, podemos fazer milagres. E faremos [...] Se você quer mudar algo, precisa saber como as coisas funcionam. Um ativista deve saber disso. Você está aprendendo sobre como as coisas funcionam praticando-as. [...]. Trechos extraídos da obra Read & Riot: A Pussy Riot Guide to Activism (Coronet, 2020), da artista conceitual, musicista, escritora e ativista russa Nadya Tolokonnikova (Nadejda Andreevna Tolokonnikova), que foi membro do grupo anarquista feminista Pussy Riot, que em 2012 foi condenada por vandalismo e ódio religioso, caso que foi considerado por grupos de direitos humanos como julgamento parcial. Na ocasião ela invadiu a Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, para uma performance de protesto contra Putin, sendo, por isso, sentenciada a dois anos de prisão. Em 2013 ela foi solta por cumprimento da Constituição russa e por ser reconhecida como prisioneira política. Em 2016 ela publicou o livro autobiográfico How to Start a Revolution e fez canções, em 2018/19 para a turnê Riot Days. No livro epigrafado ela defende: Seja um pirata! Faça com que o governo se borre de medo! Retome a alegria!, apresentando 10 regras para a revolução, ilustrado com desenhos e centrado na ação direta, que ultrapassa ideias de militância e professando a desobediência civil.

 

RESPONSABILIZAÇÃO POLÍTICA - Estamos absolutamente determinados a garantir que o mundo pare de ver os políticos como seres humanos e comece a vê-los como máquinas que precisam ser responsabilizadas... Nós nos recusamos a ser silenciados pela mídia, pela NRA ou pelos políticos que falharam conosco por muito tempo... Já tivemos o suficiente de promessas vazias e da falta de ação. É hora de uma mudança real. Temos que lembrar que nossa história não é só nossa, é a história de um movimento que mudará o mundo... Pensamento da ativista estadunidense Emma Gonzalez, defensora do controle de armas. Ela surgiu após o trágico tiroteio na Marjory Stoneman Douglas High School em Parkland, Flórida, em 14 de fevereiro de 2018, quando ela e seus colegas de classe foram submetidos a um ato horrível de violência realizado por um atirador solitário, resultando na perda de 17 vidas e deixando inúmeras outras fisicamente e emocionalmente marcadas. Durante um discurso, Emma chamou a atenção de políticos e legisladores por sua inação, transmitindo uma mensagem carregada de emoção que exigia mudanças e prometendo que: Seremos o último tiroteio em massa. Ela e seus colegas cofundaram o grupo de defesa Never Again MSD, para fazer campanha pela reforma do controle de armas, realizando o monumental protesto March for Our Lives, em Washington, DC, que atraiu centenas de milhares de apoiadores de todo o país. Suas palavras ecoam: Acredito que ser destemido é ter uma profunda preocupação com a humanidade e colocar os outros antes de si mesmo... Não basta lamentar as vidas que perdemos, temos que lutar para salvar as vidas que ainda estão aqui... Temos que continuar avançando, não importa o quão difícil seja, porque temos uma responsabilidade com as gerações futuras... Fortaleça sua mente em qualquer lugar e a qualquer hora...

 

A ARTE DE THALYTA MONTEIRO

Caminho por diversas linguagens como pintura, gravura e experimentação em performance.

A arte da artista visual, arte educadora, pesquisadora, oficineira e trabalhadora da cultura Thalyta Monteiro, que realiza extraordinário trabalho de processo manual e ritualístico da pintura e da lenoleogravura, além de fotoperformances. Veja mais aqui.

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SETECENTOS PENSAMENTOS

No próximo dia 6 de novembro, nos horários das 16 e 20h, será lançado no Festival do Livro da Mata Sul, na sede da Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho, em Palmares, o livro Setecentos pensamentos (CriaArt, 2024), do poeta e professor Admmauro Gommes. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.

 

Vem aí:

Dareladas – Centenário de Darel Valença Lins aqui.

Tem mais:

Livros Infantis Brincarte do Nitolino aqui.

Poemagens & outras versagens aqui.

Diário TTTTT aqui.

Cantarau Tataritaritatá aqui.

Teatro Infantil: O lobisomem Zonzo aqui.

Faça seu TCC sem traumas – consultas e curso aqui.

VALUNA – Vale do Rio Una aqui.

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Crônica de amor por ela aqui.

 


PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

  Imagem: Foto AcervoLAM . Ao som do show Transmutando pássaros (2020), da flautista Tayhná Oliveira .   Lua de Maceió ... - Não era ...