TODO DIA E O DIA
TODO - Imagem do artista austríaco Ernst Fuchs (1930-2015). - O que é e o que é e o que não é como se fosse. Ter de suportar a
qualquer hora e lugar, yanomamis e nós, da alvorada ao crepúsculo, do horizonte
ao que não se sabe, até que a noite seja vencida outro dia e sempre. Em qualquer
canto, a diferença e o outro que sou: a cada via muitas sensações, nem há como
prever. A minha fala, a sua voz, todos os cantos: a harmonia entre os
dessemelhantes, amálgamas e zis conjunções. O que mais se doa doi se não
recebe, ter a doar sem espera e dar de si sem até ou que jamais se tenha. Seria
sempre assim, o que dali viesse, do estranho ao reconhecível, sem considerar o
que está posto. Do branco ao preto, matizes, o que da luz quantas cores. Ter de
sustentar o mundo aos ombros, sonho que não valeu entre a teoria e a prática: fazer
o que deve ser feito, conjugado verbo, além dos pronomes. Ter de aceitar a
qualquer custo, sem a medida da dor, porque do mínimo ao polegar, tantas
convenções, quantos quereres. Se tudo muda, o que se acerta do erro, o que se
erra pra acertar, outros riscos: o que define por indeterminável, o que
determina por indefinível. Ninguém merece e tudo ao dispor: do chão ao céu e o
visinvisível para adivinhar. A minha mão e a sua, a nossa cor e a diversidade,
invenção de vida entre o que se sonha para acordar. Meus olhos e os seus, em
círculo, e o que não se vê em cada sentir, nada a guardar das proporções. A nossa
fé e a idiossincrasia, dentro de si o que é porque real, o respeito e ter de
respeitar dia a dia em qualquer lugar. O que é e o que é e o que não é como se
fosse e não. © Luiz
Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS:
Eu sou contra a tolerância, porque ela não basta. Tolerar a existência
do outro e permitir que ele seja diferente ainda é pouco. Quando se tolera,
apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade
de um sobre o outro. Sobre a intolerância já fizemos muitas reflexões. A
intolerância é péssima, mas a tolerância não é tão boa quanto parece.
Deveríamos criar uma relação entre as pessoas da qual estivessem excluídas a
tolerância e a intolerância.
Contra a tolerância (El País, 1992 – Globo, 2003), do escritor, teatrólogo, jornalista e dramaturgo português José
Saramago (1922-2010).
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A ARTE DE ERNST FUCHS
Imagem do artista austríaco Ernst Fuchs (1930-2015).
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