
Curtindo os álbuns com a arte do músico,
compositor e artesão Antúlio Madureira.
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O lobisomem de Alagoinhanduba aqui.
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Malle, Luhan
Dias, Juliette Binoche, Virginia
Lane, O Morto & A Lua, Neurofilosofia & Neurociência Cognitiva aqui.
Crimes contra a pessoa aqui.
Proezas do Biritoaldo: Quando a adversidade aperta, o biltre bota o
rabinho entre as pernas aqui.
As trelas do Doro: o escambau aqui.
Antígona de Sófocles, Gradiva de Freud, Seminário As
Psicoses de Jacques Lacan & Cronquetas Tataritaritatá aqui.
Charles Baudelaire, Bem na Hora & Noveletas
Tataritaritatá aqui.
Jean-Paul Sartre aqui.
Francesco Petrarca, Adrian Pãunescu,
Erik Axel Karlfeldt, Carlos Santana,
László Modoly-Nagy, Max Liebermann, Luiz Edmundo Alves & Psicologia
da Gestalt aqui.
Walter Benjamin, Philippe Ariès, Isaac Stern, Charlotte
Gainsbourg, Emil Orlik, Ruy
Jobim Neto, Marco Leal, Neuropsicologia & Educação Sexual aqui.
Basílio da Gama, Silviane Bellato, Odete Maria
Figueiredo, Edward Hopper, Mentes & Máquinas,
Gerontodrama & Neurociência, Zacarias Martins &
Programa Tataritaritatá aqui.
Gaston Bachelard, Steven Pinker, Holística, Renato Borghetti, Antonio
Rocco, Menalton Braff, Diego Lucas & Mácia
Malucelli aqui.
Carlos Drummond de Andrade, Antônio Cândido, Adolphe-Charles Adam, Antonio Bedotti Organofone, Ana Mello &
Benedito Pontes aqui.
Aldous Huxley, Terceira idade &
envelhecimento, Jean-Baptiste Camille Corot, Armando
José Fernandes, Ivaldo Gomes, Monica &
Monique Justino aqui.
Elias Canetti, Alfredo Casella, Gestão de Pessoas, Paula
Valéria de Andrade, Célia Mara & Lou Albergaria aqui.
Passando a Limpo & Zygmunt Bauman aqui.
Carl Gustav Jung, Ariano Suassuna & Programa
Tataritaritatá aqui.
O retorno da deusa de Edward C. Whitmont aqui.
&
DESTAQUE: A ÁRVORE DE TAMOROMU
O homem criou uma cutia. Enquanto ela era pequena
não saia de casa. Mas depois de crescida começou a andar pelo mato. Lá
encontrou uma árvore grande, carregada de frutos. Comeu no chão os frutos
caídos da árvore. Ela, porém, só comeu os frutos que achou no chão porque não
sabia trepar na árvore. O dono do animal perguntou: - Onde está a cutia? Ninguém soube responder-lhe, pois ninguém
tinha visto. Depois de meio dia, ela foi aparecendo. - Queres comer? – perguntou o dono. - Não quero,
estou com a barriga cheia. – respondeu ela. E foi deitar-se na rede. Á tarde, o
dono tornou a perguntar: - Queres comer?
E ela teimou: - Não quero, estou com a barriga cheia! Ao clarear do dia, quando
os homens se levantaram, viram que ela já tinha partido. Toda manhã era assim.
Não comia em casa a comida que lhe era dada. Saía cedo e voltava ao meio dia,
deitando-se em sua rede. Então o dono mandou o filho perguntar: - Donde vens? Para onde vais? Que é que tu comes
lá? - Nada! – respondeu ela. Adormeceu e
falou: - Bum! Amendoim! Bum! Banana
maçã! Bum! Banana comprida! Bum! Mandioca! Bum! Cana! Bum! Banana naanja! Bum!
Banana cheirosa! Bum! Banana grossa! Bum! Milho! Bum! Feijão! Bum! Cará! Bum!
Abóbora! Bum! Inhame! Bum! Melancia! Bum! Banana São Tomé! Bum! Banana São Tomé
roxa! Bum! Banana iaiá! Bum! Banana sapo! Ouvindo-a falar assim, o dono da
cutia chamou a mulher, para que ela também ouvisse. Depois recomendou aos
filhos: - Acordai bem cedo para verdes aonde é que ela vai. As crianças
acordaram antes de clarear o dia, quando a cutia ainda estava deitada. Viram-ne
levantar da rede e ir direitinho para o mato. Chamaram o pai que saiu logo
depois e foi encontra-la comendo. - Éé aqui que vens comer e não contas nada
pra gente? – perguntou ele. Olhou para cima e viu os galhos arriados ao peso de
tanta coisa. Um galho era de amendoim, outro de cana, outro de cará, outro de
abóbora, outro de batata, outro de inhame, outro de melancia, outro de banana
maçã, outro de banana comprida, outro de banana cheirosa, outro de banana de
São Tomé, outro de banana de São Tomé Roxa, outro de banana grossa, outro de
banana iaiá, outro de banana sapo. O homem viu aquilo, não pegou em nada e
voltou. Chegando em casa, contou à mulher que vira a árvore carregada de
frutos. Chamou os parentes e vizinhos. E todos correram para a casa do dono da
cutia. Sabendo da descoberta, amolaram o machado e disseram: - Vamos derrubar a árvore para tirar as
sementes! E foram. Chegando lá, puseram-se a derrubá-la. Ao meio dia, ela caiu.
Colheram os frutos e depois de colhê-los voltaram para casa. Plantaram todas as
sementes. As águas do rio cobriram o toco da árvore e tudo desapareceu. Tominicare
veio e disse aos homens: - Por que
derrubastes a árvore de Tomoromu? Agora, para comerdes, tendes de trabalhar de
sol a sol. O toco da árvore virou pedra!
A árvore de Tamoromu,
recolhido de Lendas dos índios Vapidiana
(Revista do Museu Paulista, 1950), de Mauro Wirth. Veja mais aqui.
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