ESTUPIDOLOGIA –
Einstein costumava afirmar que para ele apenas duas coisas eram infinitas: o
universo e a estupidez humana. Isso levou Manfred Max-Neef, premio Nobel, a
desenvolver o estudo da estupidologia, ciência que considera que a estupidez
humana é o fator básico determinante da megracrise em que vivemos. Tal
estupidez caracteriza-se pela racionalidade lógica, exercida principalmente
através da linguagem – o que a distingue da idiotice. Para o psicólogo e
antropólogo Roberto Crema, a devastação suicida do ecossistema planetário, por
exemplo, pode ser justificada ou racionalizada estupidamente através de uma
lógica desenvolvimentista. Eis a desveladora imagem correspondente a esta
atitude: um homem serrando um galho da
árvore, exatamente onde se encontra sentado (Roberto Crema, Novos desafios, nova liderança: o
facilitador holocentrado). Veja mais aqui.
AS FEZES
DA CABRITA – O PhD em Psicologia Transpessoal, doutor em Teologia e
professor de Filosofia, Jean-Yves Leloup: “[...] O Ser fala a cada um a linguagem que ele compreende. Às pessoas
bizarras, ele às vezes fala bizarramente. Eu sempre me lembrarei de Filomena, a
cabrita que gostava de subir na minha mesa e que, um dia, recitou no meu prato
o rosário de seus excrementos impecáveis. Foi para mim, realmente, uma
experiência do “numinoso”. Eu não acreditava em Deus, nem no Diabo, mas a
consideração atenta desses excrementos despertou em mim um espanto – não ouso
dizer êxtase – que hoje me leva não só a sorrir mas também a pensar. Um excremento de cabra é “quase
perfeito”. A perfeição em um excremento. Se nos detivemos a contemplar isto,
não estamos longe do “nirvana no Samsara” de que falam os budas: o infinito no
finito, o sem-forma na forma. Foi-me preciso esperar por muito tempo a leitura
de Mestre Eckhart e de certos sábios do Mahayana, para re-entender – em uma
linguagem sem dúvida mais adequada – a lição de Filomena... o olhar da criança
ou do recém-nascido é também uma experiência possível do numinoso. Os olhos das
crianças são grandes catedrais, “as antecâmaras do mistério”, a diferença entre
Deus e a natureza não é a diferença entre o azul do céu e o azul de um olhar?
Há também a beleza pungente de uma criança que dorme... “Só os santos sabem
orar como as crianças sabem dormir...” O numinoso aparece naquela qualidade de
abandono e de entrega que frequentemente só encontramos no rosto dos mortos,
naquele famoso rosto que precede o nascimento, do qual falam os mestres zen –
nosso rosto de eternidade”. (Jean-Yves Leloup, Três orientações maiores de uma psicoterapia iniciática).
HUMOR: “A seriedade
é uma séria patologia. Levar-se muito a sério pode ser grave sintoma neurótico;
levar o mundo demasiado a sério pode ser enlouquecedor. Pouco riso, muito siso,
além de ser um provérbio invertido, é uma triste situação. Rir é um santo
remédio. Uma boa gargalhada desfaz muitos nós, revitaliza e oxigena o organismo
inteiro. É estético, rejuvenesce e sempre é um presente que é dado a si e aos
vizinhos; é anuncio de celebração, é a música da alegria. Leela é um bonito
conceito do hinduísmo que significa brincadeira de Deus. O mundo é leela, é um
divertimento da Totalidade; é mais parecido com uma dança do que com um
quebra-cabeça. Brincar de nascer, de viver, de morrer, é pura arte das crianças
e dos iluminados. Conta-se que, numa ocasião em que Sidarta, o Buda, deveria
fazer um discurso, ele apenas olhou pra um flor, em silêncio. E, no meio da multidão
confusa e inquieta, um discípulo sorriu. Este foi o mais belo discurso de Buda
e apenas Mahakasyapa, o discípulo que sorriu, pôde compreendê-lo e levar
adianta a mensagem indizível. Buda olha para a flor, o discípulo sorri e o
mundo se ilumina. O facilitador holocentrado é, definitivamente, bem-humorado.
Bom humor é a arte de sorrir de tudo e, pricipalmente de si próprio. Não é
preciso ter motivos para sorrir. O sorriso deveria ser gratuido, uma forma
natural de reverenciar a vida e um convite para que o outro também sorria,
assim, inventando, do nada, a sua felicidade” (Roberto
Crema, Novos desafios, nova liderança: o facilitador holocentrado).
PSICODRAMA
DE MORENO: “[...] Especialmente
na esfera humana, não se pode entender o presente social, a menos que se tente
mudá-lo” (Jacob Levy Moreno, Psicodrama).
GODOFREDO
RANGEL – Neste dia 21 de novembro é comemorado o aniversário de
130 do escritor tricordiano Godofredo Rangel. A programação comemorativa está a
cargo da Casa da Cultura Godofredo Rangel
com exposições, atrações culturais entre outros eventos (Info: Meimei
Corrêa).
ANDITYAS
SOARES DE MOURA & FERNANDO FIORESE– Neste dia 22
de novembro, de 11 às 14 horas, no Espaço Comum Luiz Estrela, em Belo
Horizonte, acontecerá o lançamento e bate papo sobre o livro de Andityas Soares
de Moura Costa Matos, Filosofia Radical e Utopia. Já no dia 29 de novembro,
sábado, de 9 às 12 horas, no Museu de Arte Murilo Mendes, palestra com Fernando
Fiorese, "Em torno da poesia erótica de Drummond: Quando o amor ousa dizer
seus nomes".
O MUSEU CASA DE HISTÓRIA – o Museu Casa de
História reunirá o mais rico do acervo historiográfico,
iconográfico, documental, heráldico e cartográfico sobre o município de São
Thomé das Letras e suas origens. O escopo desse minucioso trabalho segue o
apoio institucional do dentro do Projeto Índias Orientais - Levando Cultura,
trazendo Saber", desenvolvido pelo historiador e pesquisador Ricardo
Kayapó.
Veja mais sobre:
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Tzvetan Todorov, Oduvaldo Vianna Filho, Os epigramas de Marcial, Jacques
Rivette, Frédéric Chopin & Artur Moreira Lima, Sandro Botticelli, Carmen
Silvia Presotto & Egumbigos no país dos invisíveis aqui.
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do Nitolino aqui.
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Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.
