ORIGEM DA VIDA – DE ONDE EU
VIM? – Tudo começa com
um flerte: olhares, sorrisos. Depois afinidade, afetos, identificações. Daí
abraços, beijos, desejos e atividade sexual para satisfação dos quereres e
paixões. Com a atividade sexual milhões de espermatozoide cercam o óvulo e um
deles dá inicio à primeira fase da fecundação, denominada de fertilização ou
concepção. A união dessas células haploides vai formar o zigoto com a união dos
gametas que carregam os pares de cromossomos com a herança genética dos pais e
para dar inicio a nidação e futura formação da placenta. Daí vão ocorrendo
diversas divisões mitóticas para formação do embrião implantado no endométrio,
seguindo-se depois para o útero durante a mórula para o desenvolvimento do
blastócito que é formado pelo botão embrionário e o trofoblasto. Nesse processo
dá-se a morfogênese para formação do córion e para ocorrência do
desenvolvimento fetal. Enfim, dá-se o parto e nosso nascimento. A ORIGEM DA
VIDA – A origem da vida é uma questão que tem sido debatida exaustivamente
por todos os segmentos de pesquisa. Exemplo disso, é o entendimento de Javor
(2014) ao admitir que a vida surgiu no planeta entre 3 e 6 bilhões de anos,
resultado do acúmulo de substancias como poeira, gases e rochas. Pinel (2005)
nos apresenta um quadro de como a partir desse surgimento a evolução se deu: os
primeiros organismos aquáticos multicelulares, os cordados que são os animais
com medula nervosa dorsal, apareceram por volta de 600 milhões de anos; os
primeiros peixes que se aventuraram fora da água transformando as nadadeiras e
brânquias em penas e pulmões e deram origem aos anfíbios, apareceram por volta
de 400 milhões de anos. Desses, surgiram os primeiros vertebrados a pôr ovos
com cascas e serem cobertos por escamas secas, reduzindo os hábitos aquáticos,
os répteis há cerca de 300 milhões de anos, até passarem aos mamíferos em
aproximadamente 180 milhões de anos e, por consequência, os primatas e
hominídeos, deste último o
Australopithecus e o Homo na condição de homo erectus e homo sapiens.
AS TEORIAS SOBRE A ORIGEM DA VIDA –Sagan (1980) identifica quatro ideias
sobre a origem da vida: 1 - a primeira das teorias compreende que a vida
resultou de algum evento sobrenatural, para sempre fora do alcance do poder
analítico da física e da química, hipótese adotada por teólogos e religiosos; 2
- a segunda, a vida, sob forma de organismos relativamente complexos, pode
surgir espontaneamente, de matéria não viva, em condições especiais, hipótese
que expressa a ideia da geração espontânea, que foi superada com o Renascimento
e sepultada no séc. XIX. Segundo Zaia e Zaia (2008) essa teoria da geração
espontânea, isto é, o surgimento de seres vivos totalmente formados a partir da
matéria inanimada e/ou em estado de putrefação num tempo curto, pode parecer
estranha para nós, porém incentivou diversos pesquisadores a fazerem
experimentos e a discutir o assunto. Essa teoria foi somente desacreditada pela
comunidade científica depois dos experimentos de Pasteur e Tyndall, no século
XIX; 3 - a terceira, a vida é coeterna da matéria e não tem começo, havendo
chegado à terra quando esta começou ou logo depois, hipótese que ganhou
repercução com S. A. Arrhenius (1859-1927), lançando a ideia de panspermia,
segundo a qual a vida terrestre teria nascido de micro-organismos ou esporos
disseminados no sistema solar pela pressão da radiação. A ideia de Panspermia
foi idealizada por Anaxágoras no século 5 a.C., na Grécia Anrtiga, sendo uma das
hipóteses de que a vida foi trazida à Terra por meteoritos, asteroides e
planetoides. A teoria propõe que a vida pode sobreviver aos efeitos adversos do
espaço; como as bactérias extremófilas (organismos que conseguem sobreviver a
condições geoquímicas extremas) que podem ficar presas em matérias para viajar
por um longo período até colidir com outros planetas. Esse conceito também está
relacionado com a ideia de que é possível existir vida em outros planetas; 4 -
a quarta, a vida surgiu na terra por uma série de reações químicas
progressivas, observada por T. H Huxley e J. Tyndall que afirmavam que a vida
poderia ter surgido da combinação de susbtâncias inorgânicas. Outras ideias,
como a de J. B. S. Haldane sugere que a vida surgiu num caldo diluído e quente.
G. Wald defende que a vida é um evento cósmico e que ela surgiu muitas vezes em
muitos lugares, lugares fechados a nós por impenetráveis distâncias, que,
provavelmente, nunca serão cruzadas nem mesmo por um sinal. Hebert Spencer
(1820-1903) defende que a vida é a adaptação continua de relações internas a
relações externas. Outras tantas teorias ainda são encontradas, a exemplo: A
TEORIA DOS MARES: É a teoria de que a vida surgiu nos mares indica que tudo
pode ter começado através de fontes hidrotermais – uma das maiores zonas de
biodiversidade da Terra – que não necessitam de luz solar e fotossíntese. As
fontes teriam expelido moléculas ricas em hidrogênio, mantendo-as concentradas
em um único ambiente, favorecendo os minerais catalisadores. Até hoje, esse
ambiente cultiva um grandioso ecossistema. A TEORIA DOS PRIMÓRDIOS NO GELO – há
uma teoria que defende que o gelo pode ter dominado os oceanos. A camada de
gelo possivelmente formada no oceano há 3 bilhões de anos pode ter protegido
alguns compostos orgânicos mais frágeis dos raios ultravioleta. A teoria vem
sendo aprimorada ao longo dos anos por cientistas como Stanley Miller e o
biólogo molecular Matthew Levy. Deles também é a ideia de faíscas de vida,
resultado de um famoso experimento realizado por eles na Universidade de
Chicago, em 1953, indicando o início de vida na Terra. A experiência consistia
em simular as condições primitivas de 3 bilhões de anos. Para realizar todo o
processo foi preciso de um recipiente fechado com um balão contendo água,
metano, amônia, hidrogênio e descargas elétricas. Depois de um tempo de
exposição diante das faíscas, alguns compostos orgânicos surgiram dentro do
ambiente vedado, incluindo aminoácidos e açúcares. Ao que tudo indica, o clima
morno e úmido da Terra naquela época pode ter sido essencial para a criação de
compostos básicos necessários para a vida. A TEORIA DA ARGILA – É a ideia
elaborada pelo químico Alexander Graham Cairns-Smith, da Universidade de
Glasgow, na Escócia, que traz a teoria que mostra que a argila pode adsorver
compostos orgânicos, desempenhando uma função de catalisador e protetor de
reações – protegendo inclusive de radiação. O BIG BANG - A teoria da Grande
Explosão, ou Big Bang, surgiu no séc. XX, defendida pelo astrônomo belga
Georges Lemaitre e pelo físico ruso George Gamow. HIDROTERMAL - A teoria de que
vida se originou perto de uma fonte hidrotermal no fundo do mar, com a
descoberta de substâncias químicas encontradas em respiradouros e a energia
fornecida, abastecendo as reações químicas necessárias para a evolução da vida.
Em seguida, com o uso das sequências de DNA de organismos modernos, chegou-se
um microorganismo aquático que pode ser o mais recente ancestral comum de toda
forma de vida. Em síntese, Zaia e Zaia (2008) registram que o bioquímico russo
Aleksandr I. Oparin, em 1924, e, posteriormente, em 1928, o geneticista inglês
John B. S. Haldane propuseram um esquema para estudar a questão da origem da
vida em nosso planeta. Depois, na década de 1950, o estudante Miller que trabalhava
no laboratório de Harold C. Urey (Prêmio Nobel de Química de 1934) na
Universidade de Chicago, utilizando um equipamento, conseguiu sintetizar aminoácidos. Este
equipamento simulava um ambiente que existiu na Terra primitiva: o frasco A,
contendo água aquecida a 80 °C, simularia o mar; o frasco E, preenchido com uma
mistura de gases metano (CH4), amônia (NH3) e hidrogênio
(H2), simularia a atmosfera; os eletrodos D gerariam faíscas que
simulariam os raios e também seriam fonte de energia para as reações químicas. O
resultado dos estudos de Harold Urey e Stanley Miller, na década de 1950, deram
conta de que o início possuiu no início os componentes principais como a água,
o carbono, atmosfera carregada de gases e descargas elétricas. A descoberta, no
início da década de 80, de que moléculas de RNA também podem desempenhar o
papel de catalisadores deu um novo interesse à comunidade científica para a
possibilidade de que o código genético talvez tivesse sido a invenção mais
antiga. Os defensores do mundo do RNA postulam que o código genético é uma
invenção anterior ao metabolismo. O DNA é o responsável pela síntese de RNA
que, por sua vez, é o responsável pela síntese de proteínas e algumas enzimas
catalisam a síntese de DNA e RNA. Entendem Nicolino, Falcão e Faria (2010) que
os estudos sobre origem da vida constituem um campo de investigação científica
que contém uma pluralidade de teorias e abordagens com que se defronta na
transdisciplinaridade. Apresentem eles os elementos da visão em comum no campo
do conhecimento científico: (1) a possibilidade de existência de vida em
diferentes pontos do universo, uma vez que moléculas orgânicas simples não
parecem ser exclusividade do planeta Terra; (2) a hipótese de que a evolução
química teria sua base na conjunção de uma série de eventos abiogenéticos, que
teriam dado origem às primeiras moléculas orgânicas simples e, nesse contexto,
(3) a formação de grande quantidade de moléculas orgânicas simples e dos
primeiros polímeros pode ter tido mais de uma origem em função dos intensos
bombardeios de radiação que a Terra sofria. Além desses enunciados básicos, o
consenso tende a abranger também a definição de pontos críticos de investigação
experimental e teorização. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
REFERÊNCIA
ANDRADE, Luiz; SILVA, Edson. O
que é a vida? Ciência Hoje, vol. 32. Nº 191, março 2003.
DAMINELI, Augsto; DAMINELI,
Daniel. Origens da vida. Estudos Avançados, 21 (59), 2007.
FALAVIGNA, Asdrubal; VALENTIM
NETO, João Guilherme. Neuroanatomia. Caxias do Sul: Educs, 2012.
GARTNER, L. P.; HIATT, J. L.
Tratado de histologia em cores. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003.
KREBBS, Claudia; WEINBERG,
Joanne; AKESSON, Elizabeth. Neurociências ilustrada. Porto Alegre: Artmed,
2013.
MACHADO, Ângelo; HAERTEL,
Lucia. Neuroanatomia funcional. São Paulo: Atheneu, 2014.
MENESES, Murilo. Neuroanatomia
aplicada. Rio de Janeiro: Guanabra KKoogan, 2011.
MOORE, Keith L.; PISAUD, T. V.
N. Embriologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
NICOLINO, Livia; FALCÃO,
Eliane; FARIA, Flavio. Origem da vida:
como licenciandos em Ciências Biológicas lidam com este tema? Ciência e
Educação, vol. 16, nº 2, Bauru, 2010.
PINEL, John. Biopsicologia.
Porto Alegre: Artmed, 2005.
SAGAN, Carl. Os dragões do
éden: especulações sobre a evolução da inteligência humana. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1980.
ZAIA, Dimas; ZAIA, Cássia. Algumas controvérsias sobre a origem da vida.
Química Nova, vol. 31, nº 6, São Paulo, 2008.
DITOS & DESDITOS - É preciso sentir plenamente as
dores: das perdas, do luto, do fracasso. Eu acho um tremendo desastre esse
ideal de felicidade que tenta nos poupar de tudo o que é ruim. A aventura não
depende apenas do encontro com o inusitado, ela é, antes de mais nada, uma
disposição do espírito. O diálogo que leva ao amor dá a cada um a vontade de se
arriscar, não surge da sedução e do charme, mas da coragem de se apresentar por
nossas falhas, feridas e perdas. Duas possibilidades: o amor surge quando está
na hora de a gente se transformar ou, então, é por amor que a gente se
transforma. Não é necessário tomar partido: talvez as duas sejam verdadeiras...
Pensamento do escritor, psicanalista e dramaturgo italiano Contardo
Calligaris (1948-2021). Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU: Os poetas trabalham uns sobre os outros e
através deles. Quando releio meus trabalhos anteriores, posso ver um
desenvolvimento tal que, de fato, alguns deles não parecem mais fazer parte de
mim. Pensamento da poeta inglesa Elizabeth Jennings (1926-2001),
que no seu estudo The Difficult Balance ( The London Magazine, 1959), expressa
que: [...] esta sensação de desenraizamento, de marginalização, que muitos
poetas têm hoje, é mais que um problema externo, temporal, mais que o resultado
de certas formas de governo ou de ideologia […], evidenciando no seu poema Ordem, que: Depois que \
fomos expulsos daquele jardim, mostramos como \ deve haver padrões. Perdemos a
liberdade \ de um tipo, mas criamos outros. Agora \ Em nosso mundo selvagem de
desgoverno, insistimos \ na forma e no equilíbrio. A maioria de nós \ faz isso
em nossos jardins. Ervas daninhas resistentes persistem \ Até que os tenhamos
arrancado. Fazemos \ desenhos curiosos para canteiros. Ó, nós existimos \ Para
criar uma nova ordem desde a nossa perda do Éden.
ATLAS DE ILHAS REMOTAS - […] Se uma ilha como a Ilha de Páscoa pode ser
considerada remota é simplesmente uma questão de perspectiva. Aqueles que ali
vivem, os Rapa Nui, chamam a sua terra natal de Te Pito Te Henua, 'o umbigo do mundo'. Qualquer ponto do
globo infinito da Terra pode tornar-se um centro. […] Consultar mapas pode diminuir o desejo de
viajar que eles despertam, pois o ato de observá-los pode substituir o ato de
viajar. Mas olhar mapas é muito mais do que um ato de substituição estética. Quem abre um atlas
quer tudo de uma vez, sem limites – o mundo inteiro. Esse anseio será
sempre grande, muito maior do que qualquer satisfação obtida ao alcançar o que
se deseja. Dê-me um atlas em vez de um guia qualquer
dia. Não há livro mais poético no mundo. [...] A carta geográfica é
estratificada e ao mesmo tempo concreta, e não pretende ser objetiva, não
oferece uma reprodução da realidade, mas também uma interpretação difícil. [...]
Naturalmente, o mapa-múndi corresponde mais à Terra do que os mapas
recolhidos no atlas: além disso, nos quartos das crianças cria uma atmosfera
cheia de nostalgia de países distantes. Sua esfericidade, entretanto, é tão
engenhosa quanto crítica. A forma suspensa da Terra não tem bordas,
não conhece acima nem abaixo, não tem começo nem fim e significa que um lado do
globo permanece sempre oculto. [...] Procurar é mais abençoado do
que encontrar [...] Dê-me um atlas em vez de um guia qualquer dia. Não há livro mais
poético no mundo [...] Não existe isolamento. Mesmo na ilha de
Amesterdão, somos engrenagens de uma enorme roda; também aqui
recebemos sinais que nos dizem quem somos. [...]. Trechos extraídos da obra Atlas of
Remote Islands: Fifty Islands I Have Never Set Foot On and Never Will (Penguin, 2010),
da escritora, editora e designer alemã Judith Schalansky.
TRÊS POEMAS - POÉTICA DO FRAGMENTO - Quando você volta
do mercado \ você deve limpar as anchovas, \ o que significa arrancar a cabeça
e a cauda, \ removendo as tiras finas ainda pegajosas com vida, \ a coluna
central que se destaca com um leve zíper, \ depois lavá-los, purificando-os com
água da torneira \ (até a morte requer batismo), \ certificando-se de que
nenhum olho minúsculo \ permaneça preso na cegueira úmida dos teus dedos, \ finalmente
mergulhando-os em vinagre, \ esperando até a carne ficar branca curado em
ácido, \ curado completamente. \ Eles permaneceram por horas abaixo da
superfície planetária \ luz de azeite e pimenta. \ Mesmo assim o cheiro não
quer deixá-los, \ como se pequenos sacos de memória \ permanecessem escondido
nas dobras formando matéria e ar. \ Certificando-me de que ninguém me vê, \ Sinto
o cheiro das costas das minhas mãos \ (para o traço do mar na barriga dos
peixes) \ e eu sei que eles são seus. DENSIDADE - A morte deve ter o
mesmo composição química como mercúrio. \ Até agora só jogamos com uma dose
inofensiva: \ uma bolinha levemente gordurosa nós gentilmente empurramos para
cima e para baixo \ com a ponta do nosso dedo médio. \ Como vai ser um dia
afundar todo o nosso corpo ali, \ sinta a sucção crescente do seu frio
metálico, \ engula o último cápsula de oxigênio \ tínhamos escondido
cautelosamente \ - pobres criaturas travessas - \ na base do nosso paladar? TEMPERATURAS – Meio
resmungando, \ a vovó sempre dizia você não pode sonhar acordado na cozinha. \ O
leite vai ferver enquanto suas costas está virado, \ distraído por outra coisa,
e a memória surgirá graças aos fogões quentes \ e espuma vai inundar a praça da
tília onde no verão nós, \ meninas, jogávamos amarelinha e caiu em caixas
escondidas de chocolate derretido e cócegas. \ Como olhos tristes gestos também
são herdados: \ Eu sopro suavemente, \ levante a panela do queimador e espere a
espuma \ Diminuir, acalmar, cair mais uma vez na amnésia fechada do branco. Poemas da poeta,
tradutora e professora espanhola Gemma Gorga i López, autora
das obra Ocellania (1997), El desordre de les mans (2003), Instruments
òptics (2005), Llibre dels minuts (2006) e Diafragma (2012).
PROGRAMA
TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá que vai ao ar
todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e
radialista Meimei Corrêa na Rádio
Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação desta terça aqui. Logo mais, a
partir das 21hs, acontecerá mais uma edição do programa Tataritaritatá
comemorando os mais de 400 mil acessos do blog, com apresentação de Meimei
Corrêa e com as seguintes atrações na programação: John Coltrane Quartet, Milton Nascimento, Tania
Alves, Chico Buarque, Gal Costa, Selma Reis, Teatro Mágico, Maria Bethania, Maria
Rita, Ricardo Machado, Nó na Gargante & Orquestra de Cordas Caetés, Magno
Atimo, Rosana Simpson, Meimei Corrêa, Paulo Evans & Leandro Galoni, Letícia
Nicolielo, Mazinho &
muito mais! Veja mais aqui.