Arte da ilustradora e artista coreana Zipey Yang Se Eun.

DITOS & DESDITOS - A primeira faculdade com a
qual o homem opõe-se às coisas, tanto quanto ser independente, é a faculdade de
desejar. Ao desejar, o homem não aceita simplesmente a redalidade das coisas,
porém, istyo sim, as constrói para si mesmo. No desejo move-0se a primeira
consciência primityiva: a capacidade para configurar o ser. Pensamento do do filósofo alemão Ernst Cassirer
(1874-1945). Veja mais aqui e aqui.
ARTE CONTEMPORÂNEA - [...] Em tal sociedade,
o imperativo de ter de ser criativo, de ter de produzir arte, abate-se sobre os
decisores: políticos eleitos, administradores encarregado de resolver os
problemas urbanos, sociais, de integração das diferenças étnicas dentro de um
vasto lugar comum. [...] A arte é o
local de reunião simbólica, unificador das diferenças, que deve exercer a
função de ligação e servir de substituto a uma coesão difícil de ser
conseguida; em suma, deve tomar o lugar do consenso político. Essa operação de
reunificação não data de hoje: a atividade artística sempre foi requisitada
pelo poder para dar visibilidade aos conceitos que lhe servem de princípios.
[...] Assim como falta a ligação entre uma orientação política e sua
visibilidade pública, da mesma maneira os estereótipos intervêm agora em seu
lugar: um parque público, a instalação de um ecomuseu, o lançamento de uma
empreitada artística de grande porte quem
não tem seu festival de verão ou de outono? Pouco importa o conteúdo da
empreitada, contanto que ela exista e que o evento seja elogiado. [...] As
obras de arte vêem-se, então, não somente confrontadas com a estrutura da
comunicação do mercado – no qual os artistas, a despeito de não controlarem as
regras, podem, no entanto, gerir o uso e nutrir seu trabalho, como vimos – como
também com essa extensão totalizante de uma atividade no domínio da arte,
extensão para cima e para baixo [...]. Trecho extraído da obra A arte contemporânea: uma introdução
(Martins Fontes, 2005), da filósofa, romancista, ensaísta e artista francesa Anne Cauquelin. Veja mais aqui e aqui.
SONHOS TROPICAIS - [...] o que me espera, neste país? E então o telefone soará. Mas não serei
eu, Oswaldo. Tu sabes que não serei eu. Quem será então? Ligação internacional:
a mulher dele. Melhor: quase ex-mulher. Processo de divorcio em andamento.
Incompatibilidade de gênios. “Ele s[o pensa na carreira, na tese. Não passo de
um objeto. E já teve caso com duas alunas...” (Caso com duas alunas: picante,
hein, Oswaldo?) Mas a mulher, ou quase ex-mulher, telefonará assim mesmo. O
pretexto será um problema qualquer com a filha de ambos, uma garota d quinze
anos muito problemática (drogas? Drogas). Na verdade, ela quererá se queixar:
você viajou, não avisou nada, se o seu pai não tivesse me dado o telefone desse
apart-hotel eu nem saberia onde você está, você fugiu para o Brasil, o pretexto
é a tese, mas eu sei que você quer mesmo o Carnaval, as mulheres fáceis. Ele
ouvirá em silencio. Finalmente ela se interromperá, ofegante/ ele então tentará
ponderar algo – você está errada, eu vim a trabalho – mas então ela começará a
chorar. Começará a chorar, e graças à comunicação via satélite, seus soluções
atravessarão o espaço em velocidade fantástica; [...]. Trechos da obra Sonhos tropicais (Companhia das Letras,
1992), do escritor e médico gaúcho Moacyr Scliar
(1927-2011). Veja mais aqui e aqui.
POEMAS - MULHER ANDANDO NUA
PELA CASA – Mulher andando nua pela casa / envolve a gete de tamanha paz. / Não
é nudez datada, provocante. / É um andar vestida de nudez, / inocência de irmã
e copo d’água. / O corpo nem sequer é percebido / pelo ritmo que o leva. /
Transitam curvas em estado de pureza, / dando este nome à vida: castidade. /
Pelos que fascinavam não perturbam. / Seios nádegas (tácito armistício) / repousam
de guerra. Também eu repouso. NOCORPO FEMINO, ESSE RETIRO – No corpo feminino,
esse retiro / - a doce bunda – é ainda o que prefiro. / A ela, meu mais íntimo
suispiro, / pois tanto mais a apalpo quanto a miro. / Que tanto mais a quero,
se me firo / em unhas protestantes, e respiro / a brisa dos planetas, no seu
giro / lento, violento... então, se ponho e tiro. / a mão em concha – a mão,
sábio papiro, / iluminando o gozo, qual lampiro, / ou se, dessedentado, já me
estiro, / me penso, me restauro, me confiro, / o sentimento da morte eis que
adquiro: / de rola, a bunda torna-se vampiro. NO MÁRMORE DE TUA BUNDA – No
mármore de tua bunda gravei o meu epitáfio. / Agora que nos separamos, minha
morte já não me pertence. / Tu a levaste contigo. Poemas extraídos da obra O amor natural (Record,1996), do poeta, contista e cronista Carlos Drummond de
Andrade (1902-1987). Veja mais aqui.
Arte da ilustradora e artista coreana Zipey Yang Se Eun.
CIDINHA MADEIRO – A homenageada da vez, tanto é
uma aplaudida Musa Tataritaritatá, como também uma festejadíssima personalidade
da campanha Todo dia é dia da mulher. Trata-se, simplesmente, da alagoana
Cidinha Madeiro.
Além de tudo isso, é um ser humano fascinante.
Tudo isso e muito mais: ela é Cidinha Madeiro.
Aqui a nossa homenagem.
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