A arte do pintor e desenhista alemão George Grosz (1893-1959).
FASCÍNIO – Imagem do pintor e desenhista alemão George Grosz (1893-1959). - Quando a
atração de tua régia magia corporal gravita a minha concupiscência como uma
girândola espetacular de todas as maravilhas festivas, torno-me escravo de teus
desejos aflorados pelas buscas de tuas mãos magnetizadas que requerem de mim
atracar célere de paixão no seu porto mais que seguro e eu enlevado pelo
feitiço de tua sedutora nudez fascinante, capturo viril e ancho de satisfação o
teu corpo que treme ao meu leve e carinhoso contato buliçoso de apalpar por
todos os teus contornos assimétricos, de alisar tua pele de caju bom de chupar,
de esfregar minha carne na tua carne irresistível e de revirar tuas entranhas
até não mais saber da louca querência de se entregar. Aí a minha perícia se
completa com arroubo e ganha fôlego revigorado para me apossar dos teus
encantos, usufruindo todas as tuas oferendas que castigo com o látego das
minhas carícias e sinto teus olhos fecharem de tesão fugarem da lucidez rumo a
alucinação que me fará senhor de todas as tuas remexidas de gozos que povoam
nossos sonhos obscenos e te farei provar de todas as insanidades que me arvoram
ao teu querer. E assim indefesa eu te penetro como quem se enfia na cata do
pudim mais delicioso e rebusco forças para sacolejar teu prazer com o meu
dedicado vai-e-vem e te enterro fascinado e túrgido no coito de toda a minha
vida. © Luiz Alberto Machado.
Direitos reservados. Veja mais aqui.
PENSAMENTO DO DIA: Encarando
o inopinado: se se leva tudo na truculência do vai ou racha, aí a bronca faz
vigência porque a delicadeza já foi pro beleléu! Segura o trupé! Veja mais aqui.
A UNIVERSIDADE PARA DARCI
RIBEIRO – “[...] torna-se indispensável empreender reformas
estruturais que, alterando as bases físicas da vida acadêmica, provoquem a
mudança da mentalidade dos universitários, capacitando-os para: 1. Desenvolver
e difundir, entre docentes e alunos, uma atitude solidária para com a maioria
da população incitando-os a aceitar os valores opostos aos até agora
prevalentes – de competição individualista e de convivência hipócrita –
derivados do caráter privatista e repressivo da velha ordem; 2. Libertar
professores e estudantes dos muros da universidade, levando-os a conviver com a
população lá onde ela vive e trabalha. E fazê-lo não na qualidade de
observadores motivados por simples curiosidade intelectual, mas como
companheiros ativos e solidários, dispostos a forcejar e ajudar com atos, mais
do que com palavras, a melhora de suas condições de vida e de trabalho; 3.
Incorporar a universidade à prática transformadora, através de programas de
ação conjunta com os poderes públicos” (Darcy Ribeiro, A universidade necessária). Veja mais aqui.
ARMÁRIO - Eu
queria, senhora, ser o seu armário / e guardar os seus tesouros como um
corsário / Que coisa louca: ser seu guarda-roupa! / Alguma coisa sólida
circunspecta / e pesada nessa sua vida tão estabanada. / Um amigo de lei (de
que madeira eu não sei) / Um sentinela do seu leito com todo o respeito. / Ah,
ter gavetinhas para suas argolinhas / Ter um vão para seu camisolão e sentir o
seu cheiro, senhora, o dia inteiro / Meus nichos como bichos engoliriam suas
meias-calças, / seus soutiens sem alças, e tirariam / nacos dos seus casacos, /
E no meu chão, como trufas, as suas pantufas... / Seus echarpes, seus jeans,
seus longos e afins / Seus trastes e contrastes. / Aquele vestido com asa e
aquele de andar em casa. / Um turbante antigo. Um pulôver amigo. Bonecas de
pano. / Um brinco cigano. Um chapéu de aba larga. / Um isqueiro sem carga. Suéteres
de lã e um estranho astracã. / Ah, vê-la se vendo no meu espelho, correndo. / Puxando,
sem dores, os meus puxadores. / Mexendo com o meu interior à procura de um
pregador. / Desarrumando meu ser por um prêt-à-porter... / Ser o seu segredo, senhora,
e o seu medo. / E sufocar com agravantes todos os seus amantes. do escritor,
cartunista, tradutor, roteirista e autor teatral Luis Fernando Veríssimo.
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INHAME CURA! - O tempo fechou. Enquanto Doro arengava com Zé-corninho na maior treta, lá no meio ouvi quando um deles gritou: - Vá sentar o quiba num inhame, seu porra! - Ah, vá você que é mais achegado a um cará, fruita! Opa! Tem cu no meio e merece uma explicação melhor! Para eles, cará e inhame são a mesma coisa. Mas não é. Muito embora sejam espécies do gênero familiar da Discoreaceae. Quer dizer, o inhame é a dioscorea spp. e o cará Alocasia ou Xanthosoma. Ambos possuem turbérculos que são apreciados nos repastos da culinária popular, acompanhando carnes, sopas e saladas. São plantas trepadeiras anuais originária das rgeiões tropicais e subtropicais e possuem uma variedade imensa, sendo cultivada na África, Ocenia, Asia e nas Américas. Segundo estudos médicos são comidas de excelente palatabilidade e de alto valor nutricional por causa da diversidade de composições. E, também, aproveitando uma dica da amiga Cintia Gushiken recolhida de um sítio aí, a sua ingerência protege o ser humano de doenças transmitidas por mosquitos como a malária, dengue e febre amarela. Segundo o blog, contém fósforo, ferro, cálcio, vitaminas B1 e B5. Outra diz que o inhame é medicinal, pequeno, cabeludo, limpa o sangue, fortalece o sistema imunológico, evita malária, dengue, febre amarela e é mais poderoso que a batata. É. Depois dessas explicações, o Doro sai com essa: - É-hé, pequeno, cabeludo, medicinal, hehehehehehe. Vai, Zé-corninho, se atrepe num bicho desse, agüente a marmota no oiti-goroba que o bicho é milagrento e você vira santo da noite pro dia, meu fio! Vai! Veja mais aqui.
A MULHER FENÍCIA - OS FENÍCIOS - Acredita-se que a origem dos fenícios autodenominados
de cananeus remontam mais de 5 mil anos e eram migrantes do Mar Morto e Mar
Mediterrâneo, ou segundo o historiador grego Heródoto (484ac-430ac) oriundos do
Oceano Índico, localizando-se ao norte da Palestina onde atualmente está o
Líbano. Os gregos os chamavam de vermelhos, Phoinix. Eram politeístas e
excelentes comerciantes, criando os ideogramas – alfabeto composto de sinais
fonéticos e gráficos. “Se a criança é fêmea, que a deixe crescer e... emergir.
Se é macho, que ela deixe a vara e o cajado curvos emergirem”. A MULHER FENÍCIA
–Os mercadores fenícios, segundo o historiador grego Heródoto, tinham um
interesse todo especial por moças bem feitas de corpo e por jovens de rija
musculatura. Entre eles, era obrigação das mulheres ofertar a virgindade aos
sacerdotes do tempo de Ashtart, a deusa da fertilidade. As mulheres eram
sepultadas de toucas no lado esquerdo, os homens à direita. As mulheres e
crianças contribuíam como mã0 de obra lucrativa na produção de tecidos. As
mulheres não tinham a menor vergonha de manter relações com qualquer homem, sem
escolha de hora nem local. Exemplo disso, são as mulheres de Biblos que davam
inicio aos ritos secretos do culto de Adônis, no dia da extraordinária
transmutação, que ocorria no templo de Baallat ou Baalat-Gebal, a deusa dos
céus ou a mãe-terra dos fenícios, denominada por Adônis de Afrodite. Elas batem
no peito, choram e lastimam-se, para, finalmente, quando findam seus choros e
lastimas, fazer oferendas a Adônis, como se ele tivesse de fato morrido. Pouco
depois, porem, constatava-se que Adônis torna a ressuscitar. Aí, então, passam
a colocar sua imagem em diversos lugares, ao ar livre. A seguir, elas começam a
raspar os cabelos de suas cabeças, como o faziam os egípcios, quando davam
vazão às suas lástimas pela morte de Ápis. Todas as mulheres, porém, que se
recusavam a permitir que lhes cortassem os cabelos, tinham de se sujeitar à
seguinte penalidade: devem se dispor, ao longo de um dia, a alugar seus corpos.
No lugar onde isso ocorria só tinha acesso os estrangeiros. Com o dinheiro obtido
através das relações dessas mulheres com os que as procuram podia-se adquirir
uma oferenda para Afrodite. Reiteram também historiadores que as mulheres se
prostituíam pelo período de um dia, entregando-se a visitantes estrangeiros,
provavelmente corporificando assim a fertilidade da terra que recebe novas
sementes. Entre os antigos costumes orientais havia também o das mulheres
decentes que iam oferecer suas graças femininas nos templos. No livro Logos
Babilônico, Heródoto descreve que todas as mulheres do país tem de se
apresentar ao templo de Afrodite (Ischtar-Astartéia), onde, pelo menos uma vez
na vida, devem ter relações com um homem estranho. Elas ficam sentadas no
recinto sagrado, trazendo na cabeça uma coroa feita de cordéis. São muitas
mulheres, umas chegando, outras saindo. Existem no templo corredores muito
retos, que se abrem nas mais diversas direções, nos quais se encontram as
mulheres e por onde passam os estranhos interessados em escolher uma delas.
Toda mulher que ali chegar, para sentar-se entre as demais, não pode mais
voltar para casa, a não ser depois que um dos homens estranhos tenha jogado uma
moeda no seu regaço, ao que ela se levanta para manter relações sexuais com ele
fora do recinto sagrado. Ao entregar-se a ele, porém, ela se desincumbe de seus
deveres sagrados para com a deusa e pode retornar ao seu lar. Daí por diante
pode-se oferecer quanto se quiser a essa mulher que ela jamais irá entregar-se
de novo a um estranho. Mas são apenas as mulheres bonitas e de vistoso porte
que voltam logo para casa. As feias tem de ficar esperando por muito tempo, até
poderem, um dia, cumprir o velho costume. Muitas delas ficam no tempo uns três
a quatro anos. Também no culto da fertilidade, as mulheres entregam-se ou
mantem relações sexuais com os hirodulos, que eram servos sagrados, os quais,
homens e mulheres, se encontravam a serviço do templo para a pratica de atos de
prostituição, o ser humano comunicava-se com o poder divino. A prostituição nos
templos e a perda em público da virgindade ocorriam em todos os tempos
orientais existentes entre o litoral do Mediterrâneo e o Hindustão. Os
hierodulos prestavam seus serviços até mesmo nos mais antigos templos judaicos,
onde eles recebiam o nome de Kedeschim, isto é, os iniciados. Na Capadócia,
hoje Turquia, viviam seis mil dessas prostitutas a serviço dos templos. Tato em
Biblos como em Tiro eram normais os encontros com essas mulheres. Foi
exatamente o Cristianismo que provocou uma ruptura com essa tradição, admitindo
e defendendo que o tempo era uma escola de ateísmo praquela gente desprezível
que arruinava seus corpos entregando-se a um luxo excessivo. Os homens eram
calmos e efeminados, ou seja, já não eram mais homens. Eles renegavam a
dignidade de seu sexo. Através de um prazer conspurcado, acreditavam poder
venerar a divindade. Para os cristãos, relações sexuais de todo condenáveis com
mulheres, coisas imundas perpetradas às escondidas, outras ações indecentes e
indescritíveis, tudo isso ocorria no templo. Conta-se ainda que havia uma
mulher fenícia, bela e esbelta, que sabia fazer trabalhos maravilhosos. Um dia,
chegaram os marinheiros fenícios que oferecendo quinquilharias em seus negros
navios, a sequestraram. Eles se aproximaram dela quando fora lavar roupas,
conversando das coisas que havia no navio e, por aí, entraram coisas de amor
que tanto interessam às mulheres. Perguntaram-na quem era e de onde vinha, ao
que falou da saudosa casa de seu pai, respondeu-lhe: ”Tenho a honra de
pertencer à cidade de Sídon, de imensas riquezas, onde sou filha de Aribes,
cuja riqueza não tem fim. Mas um dia, ao voltar do campo, fui sequestrada por
bandidos e vendida à casa do rei da Síria”. Os fenícios perceberam com essa
revelação que poderiam fazer grande negócio, perguntando-lhe se não queria
retornar ao Líbano, recebendo a sua anuência. Deu-se então essa transação no
leito do amor. Mas a sequestrada seduzida não chegou ao Líbano e foi jogada ao
mar. Na religião fenícia havia a concepção do masculino e feminino. O
masculino representado pelo deus-sol, rei dos céus que possuía o poder
fecundante. O feminino representado pela deusa-lua, que concebia o deus-sol e
se confundia com a terra fecunda. As deusas possuíam o título geral de
Baaltis-Baalit, ou seja, a dama, e a principal delas era Artartéa. ASTARTÉA –
também conhecida como deusa Archera ou Ashera-Yam, a senhora dos mares, que em
Biblos se denominava Baalat, palavra que se pode traduzir como “a nossa amada
senhora”. Ela é venerada até hoje no culto maronita a Maria, existente no
Líbano. Os amores da deusa com Thammur-Adonis compuham os ritos de Byblos. Era
esposa de El, o Cronos grego. Ela regia sobre todo o âmbito em que predominavam
os fenícios. Possuía a função de conselheira no concilio dos deus, só se
manifestando quando lhe dirigiam uma pergunta específica. Como mulher,
simbolizava as terras férteis e a fecundidade em geral. Era a Baalat que se
pedia boas colheitas, filhos e longa vida. Para todas as pessoas ela
representava a mãe celeste ou mesmo uma mãe terrena, capaz de satisfazer as
necessidades instintivas de segurança e calor dos seres humanos. Ela também era
venerada pelos sumérios, babilônios e assírios. Seu filho
Baal-Adon-Eschmun-Melcart estava sempre com a mortalidade em jogo, já que a
cada ano ele tinha de morrer para, em seguida, ressuscitar. Tornou-se um grande
combatente e um amante ameaçador que se vangloriava de ter estado setente e
sete vezes nos braços de amada, Anat. Arvorou-se a mencionar que chegou a
amá-la oitenta e oito vezes numa só noite. Por fim, Anat sepultou seu marido,
depois dele ter sofrido mais uma de suas muitas mortes, para, em seguida, ser
assassinado por Mot a quem Anat vingou-se cortando-o com uma foice,
revirando-o com uma pá, deixá-lo queimando no fogo e triturando-o num moinho.
Além disso, ela ainda espalhou a carne do assassino pelos campos para que
servisse de alimento às aves. JEZABEL, A PROSTITUTA DE TIRO – Ela provinha do
palácio de Hirão, rei de Tiro. Seu pau, Ithobaal, rei dos sidônios, tinha
ocupado o cargo de sacerdote de Artartéa antes de usurpar o trono de Tiro. Ela
deveria casar-se com Ahab, filho mais de Omri, em Samaria. Ao casar-se, ela
mudou de nacionalidade, mas manteve a sua crença ignorando Javé, sendo devotada
aos deuses de seu povo e esforçando-se por introduzir em Israel a religião dos
fenícios. Ela era formosa e fora educada numa das cortes mais cosmopolitas da
época, dominando com perfeição todos os truques da arte feminina da sedução,
incluindo entre eles o da intriga. Ahab deixou-se dominar inteiramente por sua
mulher, ela passou a fazer dele o que bem entendia. Com isso, pro povo de
Samaria, ela era nada mais do que outro membro da classe empresarial que eles
abominavem, corporificando e agente do capital estrangeiro. Para os guerreiros
de Samaria, ela só estava interessada num maior enfraquecimento da nobreza.
Nasce daí uma conspiração promovida pelos camponeses e pela nobreza militar
visando destiuir a casa regente, causada pela comportamento de Jezabel. Sabia
ela que a consciência judaica jamais a pouparia e sempre surgiria um profeta
para apoiar a mutua aversão. E foi o que aconteceu quando surgiu Elias
corporificando a ira dos crentes, o ídolo dos oprimidos e a secreta esperança
dos insatisfeitos. Pros cronistas bíblicos, era ela uma ditadora
inescrupulosa, uma astuta intrigante e uma mulher ordinária mas de muito sangue
frio. Entretanto, historiadores refutam as acusações dos cronistas bíblicos,
observando que a pior ação criminal que lhe pode ser imputada é a de ter
realizado uma trapaça no caso da vinha de Nabote, que não queria vendê0la ao
marido de Jezabel. Todo o resto não é mais que boatos. Contam os cronistas
bíblicos que ela se envolveu em vários casos, como o do cidadão de Israel
negou-se a vender vinha ao seu marido, ela conseguiu que o homem fosse condenado
à morte. Outro caso revela que a mesma ameaçou mandar matar o profeta Elias por
insuflar uma sublevação contra os sacerdotes fenícios, conseguindo que o mesmo
fosse expulso do país. Certa feita, ao se encontrar com o assassino que acabara
de matar seu filho, ela perguntou como se sentia ele sabendo que não passava de
um assassino. Foi amaldiçoada por Elias que profetizou: “Os cães comerão
Jezabel junto ao antemuro de Jizreel. E o cadáver será como esterco sobre o
campo, no pedaço de Jizreel, que se não possa dizer: Esta é Jezabel”. Quando
tentaram sepultá-la, só encontraram a caveira, os pés e as palmas das mãos. DIDO,
A SOBRINHA DE JEZABEL – Era conhecida por Elischa ou Elissa, neta do rei
Marten, de Tiro. Quando seu avô faleceu, sucedeu-lhe ao trono seu filho
Pigmaleão, o qual, no entanto, teve de repartir o poder com Elissa. Essa dupla
soberania terminou sendo proveitosa para um terceiro, um sacerdote de
Astartéia, denominado Acharvas. Nos conflitos entre o pai e a filha, ele fazia
as vezes de fiel da balança, o que o tornava verdadeiro detentor do poder
naquela cidade insular. Havia, porém, que Acharbas tinha tomado e guardado para
si a herança financeira de sua mulher, que representava uma parte do capital da
firma Tiro, para assim reduzir ainda mais o campo de ação de seu sogro. Este,
porem, que não estava disposto a fazer o jogo do outro, mandou que dessem cabo
de seu desafiante. O assassinato tornou a divergência ainda mais acentuada.
Alguns patrícios de Tiro tomaram o partido da viúva enlutada e decidiram
abandonar a cidade juntamente com ela e o seu tesouro escondido. Como porém,
não possuíam numero suficiente de navios, planejaram uma refinada manobra de
logro. Elissa, que evidentemente residia no continente, solicitou uma audiência
a Pigmaleão, que lhe foi imediatamente condedida. O rei alimentava esperança de
que sua filha voltaria para o seu lado, com o capital de que dispunha. Nessa
convicção, enviou ao encontro dela navios e marinheiros. Fazendo isso, porém,
ele agia exatamente como os fugitivos esperavam que ele o fizesse. Às
escondidas, levaram o ouro para os navios, onde o esconderam, e, ao mesmo
tempo, abertamente, foram colando sacos cheios de areia no convés superior,
dizendo que eles continham o que Pigmaleão estava necessitando urgentemente. Ao
chegar no canal entre Uchu e Tiro, Elissa começou a clamar por seus esposo
falecido, fazendo gestos dramáticos. Pediu a ele que recebesse de volta o ouro
que havia guardado para ela, pois estava manchado de sangue. Seus servos, que
estavam esperando essa deixa, passaram a jogar no mar os sacos de areia. Os
marinheiros de Pigmaleão ficaram olhando aquilo horrorizados. Aquelas eram as
riquezas que eles haviam sido encarregados de buscar e que agora jaziam no
fundo do canal. Ao chegarem à ilha, fizeram a tripulação dos navios cair na
segunda armadilha. Dezoito jovens, prontas para serem defloradas no templo de
Astartéia de Pafos, encontravam-se na praia e jogaram-se nos braços dos
marinheiros fugitivos. Eram moças dispostas até a desistir da cerimônia normal
nesses casos, para com eles viajarem para onde bem entendessem. E como os
sublevados já tinham entrementes sido informados de que o ouro ainda se
encontrava a bordo, sentiram-se suficientemente munidos para dar continuação á
fuga. Essas foram as primeiras iniciativas do empreendimento chamado Cartago. AFRODITE
– No livro Teogonia, do escritor grego Hesíodo, conta-se que certa noite,
quando se encontrava justamente no leito de Géia, a mãe terra, foi surpreendido
durante o enlace amoroso, por seu filho Cronos, que, atracando-se em luta com
ambos, castrou o pai com uma foice. A seguir jogou no mar o membro assim
cortado, que ficou boiando nas águas por muito tempo. Mas como não se tratava
de carne igual à carne comum dos mortais, conseguiu cumprir suas finalidades,
quando uma nuvem de espuma alvacenta começou a se formar em volta daquele
pedaço de carne imortal e dela surgu uma mulher que foi conduzida pelas ondas
na direção de Chipre. Ela alcançou terra firme nas cercanias de Pafos, atual
cidade de Kitima. Nessa localidade, conta-se que surge uma beldade de cabelos
cor de fogo, desnuda, que sai das águas e sobe para a praia com movimentos
delicados, como estivesse ensaiando alguns passos de dança. Também nessa
localidade, em túmulos de pedra fooram encontrados entre os achados um ídolo que
acentuava grandemente a área triangular do sexo feminino. Por volta de 1200
a.C., os fenícios ali chegaram e começaram a realizar os ritos vinculados ao
culto de Aschera-Astartéia, a deusa que mais tarde os gregos chamariam de
Afrodite. Isso é confirmado por Heródoto ao mencionar que foram os fenícios que
criaram o seu santuário na ilha de Chipre. Embora pertencesse aos doze maiorias
da hierarquia celeste grega, Afrodite continuou sendo sempre a pequena prostuta
que pode seduzir qualquer homem que lhe apraz e que, por isso, pode causar
frequentemenete consideráveis malefícios. Ela também era chamada “Porné”, isso
até o dia em que conseguiu finalmente dividir-se em duas personalidades. Sob o
nome de Afrodite-Urânia ela tornou-se a grande mãe do céu, severa. Celevrava-se
o seu culto com oferendas de flores e de incenso. A Afrodite vulgar eram
ofertados animais do sexo másculo. Diante dos seus altares as sacerdotisas
copulavam com jovens adeptos e as mulheres honradas entregavam-se aos
peregrinos. Ares era o indômito amante de Afrodite. Ela também foi alvo da
paixão de Pigmaleão, herói do conto de fadas da bela Galatéia. Ele aparece na
qualidade de um rei cipriota, cuja paixão por Afrodite era tão intensa que
chega a pintar um retrato da mulher amada, com o qual tenta manter relações
sexuais. A deusa do amor fica tão impressionada com isso que se transforma num
ídolo de marfim, totalmente entregue a ele. Já de novo no papel de Galatéia,
ela lhe deu dois filhos. AS AFRODÍSIAS E A ILHA DE CITERA – Era o local onde
também ocorriam prostituição nos templos e cerimônias orgiásticas. As
afrodisias eram cultos divinos realizados em lugares de peregrinação e que se
realizam todos os anos em Pafos, no mês de abril. Ali realizavam0se feiras,
cuja maior atração eram as escravas cipriotas, famosas pela sua arte de amar.
Além disso, faziam-se também competições, corridas com archotes, banhos à noite
no mar, comilanças, leituras de obras poéticas, e, no interior do tempo,
cerimônias de defloração das jovens. Os rapazes, por sua vez, recebiam também
as suas primeiras lições práticas dos jogos amorosos, ministradas por
sacerdotisas experimentadas e prostitutas a serviço do tempo. Quando voltavam,
recebiam de presente de confirmação, um pequeno falo e um torrão de sal
lembrando que a deusa tinha sido gerada no mar. As mulheres casadas recebiam
menos atenção do que as solteiras, tanto que se concentravam em passar o tempo
untando a pedra branca que representava a imagem de Astrate-Afrodite, famosa em
toda região do Mediterrâneo. O RAPTO DE EUROPA – Europa era uma beldade fenícia
que fora seequestrada por um touro de aspecto maravilhoso, testa branca como a neve,
pele alvacenta, de enorme barriga e pequenos chifres que mais pareciam pedras
preciosas. Esse touro era Zeus que se apaixonara por Europa, a fim de que
assim, escapando à vigilância da sua mulher, pudesse se aproximar de Europa e
trazê-la para Creta, onde ainda hoje há quem mostre o lugar em que ganhou a
praia. Afirma-se que fica nas proximidades de Gortyn, no litoral sul da ilha.
Todo turista que aí chega é conduzido ao bosque em que o lascivo deus estuprou
a bela moça. AS FENÍCIAS DE EURÍPEDES – Tragédia escrita por volta de 411 aC,
sobre a maldição anunciada pelo deus Ares no Oráculo de Apolo, comunicada por
Cadmo, bisavô de Laio, de que ele não poderia ter filho homem. Mas cego de
desejo, casou-se com Jocasta a quem lhe deu o filho Édipo. Temendo a maldição,
despachou a criança na encosta do cume do monte Citéron que foi achada pelos
pastores e levada ao rei Pólibo que dela cuidou juntamente com sua esposa.
Quando já crescido, Édipo foi ao Oráculo de Apolo, encontrando Laio. Eles se
desentenderam e o jovem matou-o. Nessa ocasião, a Esfinge acometia cruelmente
toda Tebas, levando Creonte, irmão de Jocasta, a oferecer a coroa e a sua irmã
a quem pudesse decifrar os enigmas da malévola: “O que é? O que é? Decifra-me
ou te devoro”. Foi aí que Édipo enfrentou a Esfinge, decifrou seu enigma e a
derrotou, casando-se, inocentemente, com sua própria Jocasta e dela teve 4
filhos, os meninos Etéocles e Polinices e as meninas, Ismene e Antígona. E quando Édipo descobriu que tivera filhos e irmãos
com sua mãe, enlouqueceu pela desventura, perfurando seus próprios olhos
e amaldiçoou os filhos que se matariam num duelo
pelo palácio. Os dois irmãos, temendo que os deuses cumprissem esta maldição
paterna, convencionaram que o mais novo, Polinices, deixasse a pátria pelo período de um ano, e que o trono ficasse co Etéocles. Após esse período, ele voltaria para o revezamento
do poder, com iguais direitos. Só que passado esse prazo, Etéocles se recusou a
entregar o palácio, expulsando novamente Polinices da pátria. Desarvorado,
Polinices juntou-se ao rei Ádrasto, de Argos,
e reuniu muitos soldados para enfim invadir Tebas e tomar o seu trono devido.
Jocasta sobrevive ao tomar conhecimento que é mãe e esposa ao mesmo tempo de
Édipo, porque seu primeiro marido Laio não deu a devida atenção às advertências
dos deuses, de que não deviam ter filhos. Os seus dois filhos homens, Polinice
e Etéocles, se enfrentam em sangrenta disputa pelo trono. Ela apela aos
sentimentos dos filhos, sofrendo com o ódio mortal no coração deles que se
negam um ao outro pela ambição de poder. Não havendo paz, os dois perecem
golpeados pelas espadas empunhadas por cada um. Ela, então, suicida-se.
Antígona, desesperada, voltou ao palácio para contar a seu pai, Édipo, as
tragédias que haviam ocorrido. Édipo recebeu a notícia com muita dor. Creonte,
destruído por ter perdido o filho, soube que também perdera a irmã, e que o rei
Etéocles e seu irmão Polinices já não mais existiam. Com isso, sendo assim o
novo rei, expôs as determinações que Etéocles havia transmitido a ele: Antigona
deveria se casar com seu filho Hêmon, Édipo deveria ser expulso da pátria, e o corpo de Polinices
não deveria ser sepultado e sim entregue às aves carniceiras. Antígona ficou
revoltada com a decisão e disse que iria enterrar o seu irmão. Creonte decretou
a morte de Antígona, caso ela consumasse este feito. Édipo, mandado para o exílio, foi acompanhado por Antígona e, em seus momentos
finais, refletiu que ele, um simples mortal, mesmo tendo derrotado a feroz
Esfinge, tendo sido um herói para Tebas e feito só coisas boas, foi incapaz de
mudar o seu destino, não tendo domínio sobre sua vida, estando vulnerável
apenas a acatar as decisões dos deuses. FONTES BIBLIOGRÁFICAS: ALVES, Manuel
dos Santos. As fenícias de Eurípedes: Uma paráfrase de Cândido Lusitano. UC.
2012. EURÍPIDES. Ifigênia em Aulis; As fenícias; As bacantes. Rio de Janeiro,
Jorge Zahar, 1993. HARDEM, Donald. Os fenícios. Libsoa: Verbo, 1980. HERM,
Gerhard. A civilização dos fenícios. Rio de Janeiro: Otto Pierre, 1979. ROMMILLY,
J. de. A tragédia grega. Lisboa: Edições 70, 1997. SALVADOR, Evandro Luis.
Mito, narrativa e audiência no monólogo d’As Fenícias de Eurípides. NEArco,
Revista Eletrônica de Antiguidade, 2012. ______. Tradução da tragédia “As
Fenícias” de Eurípides e ensaio sobre o prólogo (vv. 1-201) e o primeiro
episódio (vv. 261-637). Campinas: UNICAMP, 2010. SCHULER, Donaldo. Eurípides:
as fenícias. Porto Alegre: LP&M,. 2005. SNELL, B. A cultura grega e as
origens do pensamento europeu. São Paulo: Perspectiva: 2001. Veja mais
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mais sobre:
A comilança do Zé Corninho, Oscar Wilde, Leila Pinheiro, Henri Lebasque, Jacob
Matham, A psyche japonesa, Psicossomática & a Psicologia da dor aqui.
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As
ingresias de Robimagaive, Gaston Bachelard, Chiquinha Gonzaga, Fausto Wolff, António Ramos Rosa, Fafy Siqueira,
Subindo a Ladeira, Alehandro Agresti, Marina
Glezer, Rita Hayworth Michael John Angel & Educação aqui.
Aristóteles,
Giordano Bruno, Edward Morgan Forster, Michelangelo Antonioni, Gino Severini,
Zimbo Trio, Ana Lago de Luz, Eduardo Semerijan, Daria Halprin, Malcolm Pasley
& a imparcialidade do juiz aqui.
Tolinho
& Bestinha: Quando o mundo fica
pequeno pros andejos de cabeça inchada aqui.
A poesia
de Valéria Tarelho aqui.
Till Lindemann, Joe Wehner, Chagas
Lourenço, Educação no Brasil, O
capital intelectual, As políticas públicas & desenvolvimento sustentável,
Arte-terapia & Dificuldades de aprendizagem aqui.
Educação,
afetividade, transversalidade & homossexualidade aqui.
CRÔNICA
DE AMOR POR ELA
Leitora
parabenizando o Tataritaritatá.
CANTARAU: VAMOS
APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.