NEFERTITI – “Todo mundo
conhece esse pescoço grácil, esse queixo firme mas feminino, esse nariz
delicadamente modelado, esses olhos lânguidos de pálpebras pesadas, essa boca
da qual as curvas não são nem muito sensuais nem muito reservadas, nem muito
pródigas, nem muito avaras de seus dons. É um milagre de equilíbrio. Mesmo os
gregos, no apogeu de seu gênio não esculpiram jamais um semblante como aquele.
Suas deusas são deusas, suas mulheres, mulheres. Nefertiti é ao mesmo tempo as
duas” - A beleza da rainha Nefertiti, nascida em 1380aC, é uma das mais
célebres da história, registradas nas reproduções do seu busto de pedra,
descoberto nas ruínas de El-Amarna e colocado no Museu de Berlim. A beleza
dessa rainha, cujo porte dominou o período amarniano, comove sempre, para além
dos milênios. O rei foi, desde o início de seu casamento, apaixonadamente
enamorado de sua esposa. Testemunham isso numerosas inscrições em seu louvor: “A herdeira, grande em seu favor, dama de
graça, doçura de amor, Senhora do Sul e do Norte, bela de rosto, enfeitada
pelos dois penachos, amada por Amon, deus vivo, Grande-esposa do rei que a ama,
Senhora dos Dois Países, grande pelo amor, Nefertiti viva para sempre...”.
Surpreendente declaração de amor da parte do soberano do poderoso Egito! Nunca
uma rainha teve direito a tais elogios. Akhénaton e Nefertiti vivem em
companhia dos dois jovens irmãos do rei, Smenkhkharê e Tutacaton. O casal real
não tem descendente masculino, mas sim seis filhas: Meritaton, futura rainha do
Egito; Mekétaton, que morreu de parto no ano 12 do reinado; Ankhesenpaaton,
igualmente futura rainha do Egito; Nefernefruaton, Nefernefrurê e Setepenrê.
Foi Akhénaton que suprimiu o culto do deus Amon e com ele o de todos os outros
deuses egípcios e escolas de sacerdotes foram fechadas. Aton tornava-se o único
deus do Egito. Nos últimos cinco anos do reinado, Akhénaton adoece e toma
consciência de seu fracasso: o povo egípcio em seu conjunto não aprecia suas
reformas. Profundamente tradicionalista, o povo aceitaria bem o novo culto, com
a condição de que subsistam os antigos deuses aos quais permanece apegado. Além
disso, a religião mística e etérea de Aton não lhe convem. A atmosfera é
carregada nesse fim de reinado. A alegria e o entusiasmo do inicio desaparecem.
Nefertiti e Akhénaton se separam. A bela rainha vive, desde então, em um
palácio, ao norte de Amarna, com seu pai, o prudente Ay, acompanhado de sua
mulher Ti; as quatro últimas filhas de Nefertiti estão também lá, dentre elas
Ankhesenpaaton. O rei vive num palácio chamado marouaton, em companhia de sua
filha mais velha e preferida Meritaton e de seu jobem irmão, casado com esta
última, Smenkhkharê. Com a morte do rei, seu irmão conta apenas com nove anos e
Nefertiti, ajudada por seu pai, assegura a regência. Sempre intransigente em
sua fé em Aton, Nefertiti permanece em Amarca com o jovem rei e sua esposa.
Mas, no fim de três anos, Tutancaton deixa a capital herética e volta para
governar sozinho em Tebas, onde se faz sagrar faraó com novo nome Titancâmon. A
morte de Nefertiti é envolvida em mistério, presumindo-se que ela tenha morrido
por volta de 1345aC, depois de governar o Egito por dois anos.
REFERÊNCIA
BRIASSAUD, Jean-Marc. O Egito dos faraós. Rio de Janeiro:
Otto Pierres, 1978.
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