A arte da
fotógrafa e artista visual italiana Alessandra
Tesi.
TRAQUINAGENS LIBIDINOSAS NAS TARDES, NOITES E DIAS DO AMOR – Imagem: art by Kenal Louis - As provocações sedutoras de Ísis me enlouquecem pelas mais mirabolantes fantasias imperdíveis e jamais ousadas noites, tardes e dias adentro. Tudo começa do nada quando ela ousa tocar minha mão e puxar meu dedo médio para esfregar nos lábios, lambê-lo por toda extensão e depois engolí-lo calma e lentamente semicerrando os olhos quais duas andorinhas em vôos rasantes ao crepúsculo prontos para se recolherem para degustar algo do mais alto teor ao paladar. Às vezes até quando chega esbaforida, requerente, fuviando, com um beijo guloso e as mãos devastadoras para logo meu roubar o sentido e toda consciência. Logo ela se dá acocorada com todo o charme, rencostada na parede, esfregando a face na minha pica ainda encoberta pelas minhas vestes, sussurando pra si querer esse pêssego adorado, até arrancá-lo robusto de dentro das minhas vestes já pronto e armado para lhe roçar as carnes e luxúrias. Ali ela suspira agarrada para os arremates de seus lábios sensuais sofisticados com miúdos beijinhos na ponta da glande, encarando-o condescendentemente entre suas mãos quentes umedecidas e seguras diante da presença da grossura roliça que lhe é irresistível. E de praxe na sua calamidade ela beija, lambe, chupa e engole o que tanto lhe apraz, a arremedar ao seu bel prazer loas de si para si que se ela quer prazer que aguente na urgência dos seus quereres e prazeres. E com meu caralho à tona, ela ninfa felatriz mais que libertina lambe e enxagua toda tomada pelo inevitável de prender a respiração e engolir sugando tudo. Ela me dá a língua estirada, obsessiva e indócil. E eu a míngua, arrepio com ela agarrada freneticamente ao meu pau ambicionado como quem empunha uma garrafa de champanhe para se embriagar e enlouquecida, premente, abocanhando a glande, gemendo com se solfejando uma canção no microfone, com as duas mãos pra dar rumo à sua língua saliente se deliciando com a textura, a recuperar o fôlego com a genitália em fogo, feito uma Linda Lovelace que engole tudo de ver-lhe a saliência na garganta, bebendo a minha cachoeira. Quando não é ela que chega desvestindo todas as suas amarras para expor a nudez mais delirante de flagrar-lhe o cuzinho estonteantemente palpitante a me aguçar a fome e o desejo de invadir-lhe ali mesmo, enquanto apanha propositalmente nada de qualquer ninharia no chão. Ah, jamais há como resistir à tamanha sedução. Logo eu me envolvo no seu jogo sedutor, sentindo-lhe a carne que toda treme latejando com todo desespero do prazer, até sentir seu corpo todo recurvado entregue às fantasias mais safadas como se fosse o meu parque de diversão na mesa de cerejeira onde ela expõe a sua autopunição, redimindo de todos os seus pecados, virgem santa puta feita que quer lavar a culpa, dessacralizar a alma, toda escancarada para eu enfiar o meu caralho duro na sua vagina suplicante, abrindo bem suas suas pernas, separando as coxas ao máximo, para enterrar fundo e reenterrar possuindo, repossuindo e ela atravessada de gratidão me premiando toda assimetria acalorada à altura das cadeiras, pernas esticadas e o seu mundo todo ao meu dispor. Quando não ela de costas esfregando o rabo arrebitado no meu ventre recém-chegado da labuta, explorando com minhas mãos sua priquita inchada que mais crescia de tanta querência, vasculhando seus seios, ela gemendo safada aos grunhidos manhosos e abrindo o zíper da braguilha para sentir meu membro rijo flexionado entre os dedos e mexendo no rego da bunda, surtindo efeito ao tocar o seu cuzinho que mais parecia piscar de querer, fungando no seu cangote as maiores indecências com meu bafo sedento na nuca arrepiada, ela toda encostada e incontrolável, saias na cabeça, calcinha ao léu, carne nua, a me chamar seu nego, seu dengo, seu prurido que será aliviado com o supusitório que ela empunha como escolha e opção para tudo, pra sua salvação, e ajeita na beira do precipício para que eu seja a rola guardiã do seu suicídio, remédio dos seus suplícios e brinca de enfiá-lo no seu forno em brasa para lambuzá-lo e facilitar a troca de tê-lo introduzido no seu ânus do jeito que ela gosta, reboladeira, bundeira safada que depois de atravessada completamente, vira-se abruptamente, ergue a coxa, expõe a xoxota e é ali que minha pica fica acesa e rola no sisifismo do prazer, a se virar e revirar como se colhesse e recolhesse toda minha volúpia e não resistisse à tentação remexendo, eu explorando os aclives e declives dos seus seios e ela cavalgando gemedora aos pulos sobre os calcanhares, com minha pica gloriosa dentro dela, até a gente se esporrar enlouquecidamente. Não há alívio, só breve trégua quando largada sobre meu corpo no torpor do gozo, não arredando pé de estar colada ao meu caralho que é o seu déspota para violar todas as suas interdições, o inexorável em fodê-la arrancando todas as fechaduras e trancas, o verdugo priápico mais ousado de desvelar todos os seus segredos e mistérios, o mais intransigente dos ditadores pra gozar na sua boca apetitosa, o mais intrépido dos bandidos pra recolher todos os gozos na sua cheba gostosa, o mais egoísta dos mandões quando gozar no seu cuzinho palpitante, o maior de todos os ladrões para roubar como viciado canibal priapo a se apossar antropófago incorrigivel de tudo que é seu de corpo e alma. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui, aqui e aqui.
DITOS &
DESDITOS – Depois de tantas notícias,
novelas e realidades, a crise financeira, o dólar, a cabeça está em outro lugar
para poder descansar. A esta altura, parece difícil conseguir relaxar, mesmo
que seja por alguns minutos para agradecer e dizer “nestes momentos não há nada
que tenha mais valor do que dormir em paz”. Cuidado,
ele trava porque entre tantas coisas é fácil perder a concentração. Algo está
afetando nossa capacidade de estar atentos. Com consequências muito mais
danosas do que pensamos. Viver seduzido por mundos virtuais, deslumbrado por
pessoas que parecem fazer mil coisas ao mesmo tempo, a tecnologia que em tese
nos conecta e uma obsessão frenética de nos sentirmos em constante movimento,
são os fundamentos a partir dos quais a distração que está mudando nossos
velhos hábitos da compreensão surge. Tempo e espaço para sempre. Pensamento
da jornalista e escritora estadunidense Maggie Jackson, autora do livro Distracted:
The Erosion of Attention and the Coming Dark Age (Prometheus,
2008), ao inquirir: Que tipo de
humano queremos ser, hoje e no futuro? Sobre o livro ela diz: A ideia principal do livro é muito simples. O modo
como vivemos está corroendo nossa capacidade de realmente prestar atenção aos
acontecimentos da vida, que é a essência de nossa intimidade, sabedoria e
progresso social.
Na obra ela afirma que o ser humano não é
capaz de usar as suas habilidades de pensamento de ordem superior quando está
sempre distraído, mostrando que a falta de foco dos profissionais
contemporâneos traz prejuízos para as empresas e para eles mesmos, bem como os
níveis perigosos atingidos por esse fenômeno: Pessoas que
conseguem se concentrar melhor tendem a ter menos medos, frustrações, tristezas
e momentos de depressão. Isso basicamente porque aproveitam mais os detalhes da
vida. Conforme a autora: as interrupções consomem 28%
do dia de uma profissional durante o período de trabalho; uma
trabalhadora troca de atividade a cada
três minutos, incluindo o uso de celulares, e-mails e mensagens
instantâneas. Uma vez distraída leva quase meia hora para reassumir o ritmo original. Aquela que executa atividades rotineiras, quando
interrompida, costuma ficar mais frustrada
e sofrer de estresse intenso. A pressão para cumprir prazos estimula o foco e a objetividade,
permitindo que a profissional seja mais criativa
do que quando está dispersa ou é interrompida. Quando assistem TV os pais interagem 20% menos com seus filhos e passam a dar respostas automáticas a qualquer coisa
que digam. Como sugestão ela sugere a meditação
como uma das saídas para aumentar
a capacidade de atenção, como também jogar RPG, tênis ou jogos de vídeo game que incluam outras
pessoas; escrever textos ou
poesias; ou praticar artes
marciais.
ALGUÉM FALOU: A web é melhor
para os idiotas. No campo dos prós, eu salientaria as pessoas talentosas que
não estão nos meios de comunicação. Elas agora têm voz e um meio para
transmiti-la. Conseguem contornar as grandes vias de expressão como as redes de
TV, as editoras e as gravadoras. Isso é muito bom. Do lado dos contras, a rede
encoraja as pessoas a dizer o que lhes vem à cabeça, encoraja as mais baixas
formas de expressão, como a crueldade, a banalidade e a mentira. Ela encoraja a
autopromoção. A internet está acelerando a “comoditização” da vida privada,
tornando a vida das pessoas um objeto de consumo. A grande verdade é que a
internet é melhor para os provocadores e para os idiotas, infelizmente. Os
blogs são como o espelho de Narciso. Na tela do pc, as pessoas vêem o reflexo da própria perdição.
Pensamento do escritor e crítico estadunidense Lee Siegel.
CULTO DO AMADOR – [...] À medida que a mídia convencional tradicional é
substituída por uma imprensa personalizada, a internet torna-se um espelho de
nós mesmos. [...] O negócio da informação está sendo transformada pela internet
no puro barulho de 100 milhões de blogueiros, todos falando simultaneamente
sobre si mesmos. [...] O culto ao amador tornou cada vez mais difícil
determinar a diferença entre leitor e escritor, artista e relações públicas,
arte e publicidade, amador e especialista. [...] O que talvez não
percebamos é que o gratuito está de fato nos custando uma fortuna. [...] Hoje,
numa web em que todo mundo tem a mesma voz, as palavras de um sábio não contam
mais que os balbucios de um tolo. [...] Usamos a web para confirmar
nossas próprias ideias partidárias e nos aliar a outros com as mesmas
ideologias. [...]. Trechos extraídos da obra O Culto do Amador (Zahar, 2007), do escritor estadunidense Andrew Keen, expressando que todos estamos na era
onde o amadorismo domina a produção da informação e isso, para ele, traz sérias
consequências na vida, na economia e na cultura tradicional.
MALA ONDA – [...] Fico pesado que as pessoas
esperem coisas de mim. Isso me enreda, me complica, me obriga a responder. [...] Uma boa memória foi apagada e é difícil sentir novamente o que você
sentiu naquele momento. Quando a pessoa se sente muito como ovas, a dor volta fácil.
É isso, não mais. [...] Estar ao seu
lado (que eu acho que é exatamente onde eu quero estar) é equivalente a estar
ainda mais sozinho. [...] Mas o mundo
é assim, inversamente proporcional às necessidades e desejos de cada um.
[...]. Trechos extraídos da obra Mala
onda (Planeta, 1991), do escritor, jornalista e
cineasta chileno Alberto Fuguet.
UM POEMA - TE
QUERO: Tuas mãos são minha carícia / Meus
acordes cotidianos / Te quero porque tuas mãos / Trabalham pela justiça / Se te
quero é porque tu és / Meu amor, meu cúmplice e tudo / E na rua lado a lado / Somos
muito mais que dois / Teus olhos são meu conjuro / Contra a má jornada / Te
quero por teu olhar / Que olha e semeia futuro / Tua boca que é tua e minha / Tua
boca não se equivoca / Te quero porque tua boca / Sabe gritar rebeldia / Se te
quero é porque tu és / Meu amor, meu cúmplice e tudo / E na rua lado a lado / Somos
muito mais que dois / E por teu rosto sincero / E teu passo vagabundo / E teu
pranto pelo mundo / Porque és povo te quero / E porque o amor não é auréola / Nem
cândida moral / E porque somos casal / Que sabe que não está só / Te quero em
meu paraíso / E dizer que em meu país / As pessoas vivem felizes / Embora não
tenham permissão / Se te quero é porque tu és / Meu amor, meu cúmplice e tudo /
E na rua lado a lado / Somos muito mais que dois. Poema do poeta
uruguaio do compromisso e cronista dos sentimentos, Mario Benedetti
(1920-2009). Veja mais aqui e aqui.
OUTRAS DICAS
SETE ESTÓRIAS
SEM REI – [...] Era
o que estava escrito em algumas folhas de papel. No chão, o revolver, um filete
de sangue e o pastor que ainda tinha nos olhos vidrados o retrato de Sara, nua,
com seus cabelos longos como a madrugada, com seus olhos cheios do sol da
primavera. [...]. Trecho extraído da obra Sete histórias sem rei (Grumete, 1984), do escritor, folclorista e
etnólogo Mário Souto Maior
(1920-2001). Veja mais aqui.
O PROTAGONISMO
DA MULHER RURAL – A obra O protagonismo da mulher rural no contexto
da dominação (Fundaj/Massangana, 2006), da economista, pesquisadora e
assistente social Izaura Rufino Fischer,
trata sobre a situação da mulher na sociedade, a ação política e condição de
ruptura do código hegemônico de gênero, o cenário de estudo e a expressão e
potencialidade da relação de gênero. Veja mais aqui.
PESQUISA DE
MERCADO – A obra Pesquisa de mercado (Ática, 1988),
de Marina Rutter e Sertório Augusto de Abreu, trata sobre os objetivos básicos
da pesquisa enquanto necessidade, Modelos de briefing, contratação de uma
pesquisa, definição do tipo de pesquisa, pesquisa qualitativa e quantitativa,
planejamento, definição da amostra, roteiro/questionário, pré-teste, realização
de campo, tabulação dos dados, análise dos resultados, relatório final, entre
outros assuntos. Veja mais aqui.
O LUGAR
DISSONANTE – [...] Do
ponto de vista do ouvido, toda música é funcional. Não há música pura, há
apenas usos possíveis. Do ponto de vista do sujeito, a novidade da música de
hoje é que, mais do que apenas música, ela é vivida basicamente como trilha
sonora, como fundo musical, como música de acompanhamento. [...]. Toda música talvez tenha como ponto de
partida a questão da audição. Compor é operar com uma certa vontade de ouvir. Intensamente
ouvir já é compor. A intensidade da audição tem início quando passa a funcionar
simultaneamente como órgão de emissão. [...]. Trecho da apresentação Da audição: satisfação garantida ou seu
silêncio de volta (Funcultura, s/d), do cineasta e fotógrafo Arthur Omar, no catálogo do 47º Salão
de Artes Plásticas de Pernambuco, reunindo artistas como Fernando Velázquez,
Gisele Beiguelman, Mauricio Fleury, Lourival Cuquinha, Hrömir, Paulo Nenflidio
e Ricardo Carioba. Veja mais aqui.