A arte do fotógrafo húngaro Cornell
Capa (1918-2008). Veja mais abaixo.
DO FLERTE AO DESAPARECIMENTO - À memória de Maria Célia Corrêa
(1945-1974) - Durante o intervalo
ou nos horários vagos da faculdade, recolhia um livro e ia lê-lo no pátio,
enquanto fumava. Havia sempre um olhar familiar em minha direção, aquele mesmo
que cruzava comigo nos corredores das salas, ou onde quer que eu estivesse. Era
ela, fascinantemente linda. Depois de tantos olhares e flertes, ela achegou-se
e encostou-se ao meu lado: Você faz que curso? Letras. Eu faço Ciências
Sociais. Ah, que legal! Entabulamos conversa: Você gosta de ler, né? É. Que
livro é esse? É sobre o monadismo de Leibniz.
Filosofia, legal. É. Você faz o que da vida? Estou bancário querendo ser
escritor. Eu também sou bancária, vi você naquele curso de Finanças Bancárias,
lembra? Lembro, claro. Do curso ou de mim? Fiquei sem jeito, não lembrava de
tê-la visto lá, disfarcei. E puxou conversa. Todos os dias trocávamos olhares e
impressões: Por que você é tão tímido? Flagrou minhas faces avermelhadas e caiu
na risada: Não precisa ruborizar, menino, sou sua amiga, compreendo isso. Esses
encontros aconteceram até o dia em que apareceu um apressado estudante de
Medicina, a chamou do lado, conversaram exaltados, acho que discutiam e não se
entendiam. Da forma como ele chegou, foi-se. Ela voltou-se para mim: Você
deveria ir na viagem com a gente. Para onde? Pro Araguaia. Espantado, fitei bem
seus olhos: E o banco? Vou embora para o Araguaia, quer ir com a gente? Sim. Mal
respondi e ela já acertava o local e o horário da nossa partida na madrugada do
dia seguinte. Tudo combinado, não conseguia pregar os olhos. Ao despertar,
estava atrasado. Corri o mais que pude, perdi a condução e o possível futuro
amor. Algum tempo depois soube que ela havia ido ao encontro do irmão no
Araguaia e passou a se chamar Rosa. E como era o nome dela? Eu não sabia, era
Célia. Agora, Rosa e, para mim, parecia prestes a aparecer a qualquer momento
para finalmente atarmos o que nos ligava. Passou-se um ano, dois, outros, soube
que se perdera dos companheiros e fora à casa de um tal Manoelzinho das Duas
que tentou convencê-la a se render: Prefiro
morrer do que me entregar. Estava curioso para saber detalhes a respeito,
aí soube que o tal sujeito a atacou e ao dominá-la, entregou-a ao delegado de
São Domingos. Sim, e daí? Na prisão viram-na amarrada, magra e suja. Como assim?
Levaram-na para Bacaba. Onde é isso? De lá foi levada por um helicóptero, presa
de olhos vendados e, ao aterrissar, recebeu a ordem de que andasse cinco passos
em direção ao rio, com as mãos na cabeça. Centenas de tiros foram disparados. Como
é que é? Nunca mais se teve notícias, dada por desaparecida desde então. Soube mais
detalhes ao ler o livro Operação Araguaia,
de Taís Morais e Eumano Silva, e depois, o A
lei da selva, de Hugo Studart. Sequer imaginava uma desaparecida política,
jamais foram encontrados seus restos mortais. Veja mais aqui e aqui.
A arte do fotógrafo estadunidense Cornell
Capa (1918-2008). Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS - Tudo ao nosso redor está o que
não entendemos nem usamos. Nossas capacidades, nossos instintos para esta nossa
esfera atual estão apenas parcialmente desenvolvidos. Se você tem conhecimento,
deixe os outros acenderem suas velas nele. A existência é uma verdade tão
profunda: Sem o dual, onde está a unidade? Que toda mulher, que uma vez começou
a pensar, examine a si mesma. Pensamento da jornalista e feminista
estadunidense Margaret Fuller (1810-1850), autora do livro Woman in the
Nineteenth Century (Dover, 1999), considerado
o primeiro trabalho literário feminista nos Estados Unidos e associada ao
movimento transcendentalista.
ALGUÉM FALOU: De pé no
lugar do suplício, contemplava agora aquele que estava pregado à cruz do
centro, sem poder tirar os olhos de lá. Não tivera a intenção de subir até ali,
onde tudo era impuro e infecto, pois, quando se punham os pés naquela área de
terra maldita, deixava-se nela qualquer coisa de si mesmo: podia-se voltar,
forçado por impulso maléfico, para nunca mais sair dali. Crânios e ossadas
jaziam espalhados pelo chão, ao lado de cruzes tombada, meio apodrecidas, não
prestando mais para nada. Ninguém tocava neles. Por que permanecia ali? Não
conhecia o crucificado e nada tinha que ver com ele. Que fazia no Gólgota, se
tinha sido libertado? Trecho extraído da obra Barrabás (O Cruzeiro, 1963), do escritor sueco e Prêmio
Nobel de 1951, Pär Lagerkvist (1891-1974). Veja mais aqui.
A DOR DA TORTURA – Minha
filha nasceu em setembro de 1976, durante o Governo Geisel. Eu tive de fazer o
parto num hospital privado, fiz uma cesariana, sofri muita pressão. Eles diziam
que tinha de fazer como na Indonésia: matar os comunistas até a terceira
geração para eles não existirem mais. E depois, a entrega da minha filha foi
muito difícil. Eu a entreguei para a minha sogra, pois minha família estava
toda no exílio. Foi a pior coisa da minha vida, a mais dolorida. A separação de
uma criança com três meses é muito dura para uma mãe, é horrível. É uma coisa
que nunca se supera. É um buraco. De toda a minha história, essa é a mais
dramática. A minha gravidez resultou do primeiro caso de visita íntima do Rio
de Janeiro. Meu marido estava preso na Ilha Grande e, quando da passagem do
Governo Médici para o Geisel, havia uma reivindicação para que nos
encontrássemos. Fazia cinco anos que não nos víamos. Foi nessa conjuntura que
eu fiquei grávida. A nossa prisão foi muito violenta. Fomos levados para o
DOI-Codi, onde fomos muito torturados. As torturas foram tudo que você pode
imaginar. Pau de arara, choque, violência sexual, pancadaria generalizada.
Quando chegamos lá, tinha um corredor polonês. Todas as mulheres que passaram
por ali sofreram com a coisa sexual. Isso era usado o tempo todo.
Depoimento da historiadora e professora Jessie
Jane Vieira de Souza, à época militante da Ação Libertadora Nacional (ALN)
e estudante secundarista, quando foi presa em 1º de julho de 1970, no Rio de
Janeiro (RJ). Ela é autora do livro Círculos operários: a
igreja católica e o mundo do trabalho no Brasil (UFRJ, 2002), no qual utiliza os círculos operários que
surgiram na primeira metade do século XX como estudo de caso da complexa
relação entre a sociedade civil, o Estado e a Igreja. Veja mais aqui e aqui.
A VIDA QUE NINGUÉM VÊ – [...] Por que
em todo lugar, por mais cinzento, trágico e desesperançado que seja, há sempre
alguém ainda mais cinzento, trágico e desesperançado. [...].
Trecho extraído da obra A Vida que Ninguém Vê (Arquipélago, 2006), da
jornalista, escritora e documentarista brasileira Eliane Brum, autora dos livros Coluna Prestes – O Avesso da
Lenda (Artes & Ofícios, 1994), O Olho da Rua – uma repórter em busca
da literatura da vida real (Globo, 2008) e Uma delas (LeYa, 2011), bem como codiretora dos documentários Uma história Severina (2005) e Gretchem Filme Estrada (2010). Dela também
as expressões: Nenhuma matéria é mais
importante que a vida de uma pessoa. Eu sou uma contadora de histórias. Esta é
a conexão. Sou, principalmente, uma "escutadeira". Seja da história
do outro, seja da história dos outros de mim. Veja mais aqui e aqui.
INSPIRATION - Isto é tão estranho. / Este não é o começo certo. / Ou é? / O fato. / Tudo
é um milagre. / I-weather e algo dentro. / Vida. / A criança cresce, dia após
dia, hora após hora. / Depois de você, para longe de você e de volta para você
novamente. / Seu próprio milagre. / O tempo às vezes pára, ele parece estar
carregando você. / Existem rachaduras dentro e infiltrações entre eles. / Bom,
ruim, às vezes bastante aleatório. Você não entende. / Você é grato. / Seu
próprio milagre. / O dia está normal, até chato. / Não há vontade, mas deve. / Um
não o fez, o outro provavelmente está bebendo novamente. / Você ainda pode
praguejar, mas mesmo aquele dia / não tirará toda a esperança. / E há alguma
leveza. / Seu próprio milagre. / Na verdade, esta vida não é tão curta. / Às
vezes você pode sentir / que o céu está alto e distante, / mas de alguma forma
ele interage com você. / Esta claridade e luz especiais que / realmente
esclarecem tudo. / E se você for uma vez, você voltará / quando o tempo que lhe
foi dado foi somado / e descobrirá / quando o fogo se apaga. / Então nada
permanece. / Isto é tão estranho. Poema do poeta estoniano Gustav Suits
(1883-1056).
AS FASES EDUCACIONAIS NO BRASIL
EDUCAÇÃO
TRADICIONAL – Esta se reflete na reprodução das relações de dominação e da
ideologia dominante. É quando a Igreja Católica assume a hegemonia da sociedade
civil através da arma política que é a educação. Consiste em subjugar
pacificamente a população e torná-la dócil. Esteve sempre enraizada na
sociedade de classes escravistas da Idade Antiga, destinada a uma pequena
minoria, sobrevivendo até hoje, apesar da extensão média da escolaridade
trazida pela educação burguesa. O objetivo central desta fase educacional é
conduzir o aluno ao conhecimento da verdade universal, para a qual ele deve
estar sempre disponível. A metodologia preconizada se compõe da exposição e
demonstração feitas pelo professor. O aluno, nesta abordagem, atua como
receptor das verdades universais que lhe são transmitidas. A relação que se dá
entre professor e aluno é essencialmente marcada pela verticalização, onde o
professor é o detentor de todo o saber, programa, recursos e controles que
partem de si para o aluno que os recebe passiva e acriticamente. Esta fase
predominou do descobrimento do Brasil até 1930, centrada no adulto e na
autoridade do educador, marcadamente religiosa e voltada para o ensino privado.
Esta fase pedagógica conhecida por tradicional privilegia o conteúdo, o
discurso e, por sua vez, terá o foco centrado na profissionalização para o
trabalho. Durante este período, se caracteriza a pedagogia tradicional pelo
fato do homem ser apenas adestrado para a produção; onde o mundo é visto como
algo pronto que é traduzido pelo conhecimento sistematizado e acumulado ao
longo dos anos. Ele é essencialmente externo ao indivíduo e é constituído de
verdade universal. Poderíamos dizer, então, que foi essencialmente externo ao
indivíduo e constituído pela verdade universal. O homem era visto como
universal, desvinculado de sua realidade concreta. O seu objetivo central era
conduzir o aluno ao conhecimento da verdade universal, para a qual ele deve
estar disponível. O conhecimento é caracterizado pela aquisição de conteúdos
culturais transmitidos de fora, pois são eles que vão conformar a personalidade
individual.
EDUCAÇÃO
ESCOLANOVISTA - Esta surgiu de forma mais clara, a partir da obra de Rousseau,
desenvolvendo-se nestes últimos dois séculos e trouxe consigo numerosas
conquistas, sobretudo no campo das ciências da educação e das metodologias de
ensino. As técnicas de Freinet, por exemplo, são aquisições definitivas. Tanto
a concepção tradicional de educação, quanto a nova, amplamente consolidadas,
terão um lugar garantido na educação do futuro. Este modelo se caracteriza
através do processo econômico, numa tomada de consciência por parte da
sociedade política, da importância estratégica do sistema educacional para
assegurar e consolidar as mudanças estruturais ocorridas tanto na infra como na
superestrutura. A jurisdição estatal passa a regulamentar a organização e o
funcionamento do sistema educacional. A igreja passa a ter cada vez menor
influência sobre este processo. Ocorre neste modelo a transformação progressiva
do sistema educacional, transformando-o gradualmente de instituição outrora
privada da Igreja em um perfeito aparelho ideológico do Estado. Com isso a
educação passa a ser um instrumento mais eficaz de manipulação das classes
subalternas. O trabalho exige maior qualificação e diversificação, e portanto,
um maior treinamento. O homem, nesta educação, é dotado de poderes individuais
(liberdade, iniciativa, autonomia e interesses). Se facilitada sua
auto-expressão, irá sempre surpreender a todos pela sua unicidade. O
homem-mundo estão em interação e atualização, uma vez que o homem se atualiza
com o mundo, com isso também transforma o mundo. As idéias novas em educação,
que apareceram como teoria educacional adequada às novas circunstâncias de
rompimento com uma sociedade basicamente agrária, foram o resultado da adesão
de educadores brasileiros ao movimento europeu e norte-americano, chamado de
"escola nova". Este visava o restabelecimento daquele sentido do
humano, ameaçado pelas exigências econômicas como pelas exigências políticas
advindas da industrialização e da nacionalização que pressionava a educação
para o trabalho e para a nação. É assim
que surge o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova introduzindo diretrizes de
uma política escolar, inspirada em novos ideais pedagógicos e planejada para
uma civilização urbano-industrial. Ao proporem um novo tipo de homem para a
sociedade capitalista e defenderem princípios ditos democráticos e, portanto, o
direito de todos se desenvolverem segundo modelo proposto de ser humano, uma
proposição de um único ideal de homem. Caracteriza-se pelo estabelecimento da
relação dialética entre educação e desenvolvimento, numa reação categórica,
intencional e sistemática contra a velha estrutura do serviço educacional,
artificial e verbalista, montada para uma concepção vencida. Para eles, a
escola deveria criar para que os princípios de liberdade e os ideais de
solidariedade humanos tivessem vigência. Nesta escola a pedagogia esteve
fundamentalmente centrada nos alunos, encarados numa ótica individual. Sofrendo
grande influência da psicologia, o discurso e as práticas pedagógicas
assentavam numa perspectiva pedocêntrica, ainda que aqui e ali matizada por uma
abordagem sociológica, à maneira de Dewey ou de um Adolfo Lima. O componente
central da intervenção educativa era, no entanto, o indivíduo-aluno na sua
tripla dimensão: cognitiva, afetiva e motora. Os movimento ligados à dinâmica
de grupos, que se desenvolveram no pós-Guerra, vão acentuar a importância das
interações no processo educativo, conduzindo às pedagogias não-directivas da
década de 60.
EDUCAÇÃO
TECNICISTA - Verificou-se através da internacionalização do mercado e com o
aumento da produtividade agora é assegurado pela introdução de moderna
tecnologia e know-how desenvolvido nas metrópoles e pelo excedente estrutural
de força de trabalho que permite manter os salários extremamente baixos. A
educação estará a serviço dos interesses econômicos que fizerem necessária a
sua reformulação, criando um instrumento de controle e de disciplina sobre
estudantes e operários. As medidas tomadas tanto no interesse econômico quanto
no político trocam quantidade por qualidade, introduzindo uma seleção para
cooptar a classe média alta que constituirá a classe tecnocrática auxiliar do
governo militar e a classe consumidora dos bens produzidos ao modelo
brasileiro. E é também a primeira vez que a alfabetização assume caráter tão
evidentemente ideológico e visa de forma tão explícita inculcar no operariado
os valores do capitalismo autoritário. Ou seja, seguindo um lema de que
abandonariam a escola somente aqueles que não tivessem mais condições para
estudar, vendo-se forçados a ingressar no mundo do trabalho. Continuariam
estudando aqueles cujos pais pudessem financiar estudos. Onde a rede oficial
produz os recursos humanos para o setores modernos da economia em expansão e a
rede privada continua suprindo os setores tradicionais. A concepção de mundo,
traduzida em leis e planos e lançada pela classe ou frações de classe
hegemônicas na sociedade civil, é absorvida, modificada e transformada em senso
comum. A concepção tecnicista em educação é conhecida como a teoria do capital
humano ou de economicismo educativo. A fase tecnicista no Brasil iniciou-se na
sombra da Pedagogia Nova, na década de 50, com base no progressivismo de Dewey
e se firmou nos anos 60, com base no behaviorismo e na abordagem sistêmica. No tecnicismo acredita-se que a
realidade contém em si mesma suas próprias leis, bastando aos homens
descobri-las e aplicá-las. O mundo já é construído. E uma das importantes metas
do ensino, é preparar o aluno para usar as habilidades e conhecimentos que ele
aprendeu e prepará-lo para aprender mais a respeito do que lhe foi ensinado. Um
ensino, segundo esta orientação, só é eficaz se atinge os objetivos previamente
estabelecidos, promovendo o aluno a modificação esperada, em direção desejada
ao invés de em direções indesejáveis. O problema do subdesenvolvimento deve ser
tratado, predominantemente, como um problema técnico. A educação, portanto,
passa a ser encarada como o único caminho disponível para as classes médias, de
conquistar postos e, para as empresas, de preencher os seus quadros. A escola
tecnicista que foi bastante assimilada e empregada durante o regime ditatorial
pós-64, fundada a partir das transformações por influência do taylorismo, com
uma base teórica metodológica na aprendizagem do behaviorismo, na teoria da
comunicação, na teoria dos sistemas, e nesse formato com a psicologia
behaviorista, a engenharia comportamental, a ergonomia, a informática, a
cibernética, toda essa sustentação teórica assentada na abordagem
filosófica neopositivista e no método
funcionalista. A versão humanista desta escola tem afinidade com o
cognitivismo, porém o destaque está para o subjetivismo. Sendo assim, a escola
tecnicista privilegia a técnica com todo o seu aparato de recurso que venham a
facilitar a aprendizagem. A ênfase estará centrada nos recursos tecnológicos
que definem a metodologia a ser utilizada, tendo sempre presente a
racionalidade necessária para atingir os resultados.
ESCOLA
TRANSFORMADORA - A didática da escola transformadora se dá implícita na
orientação do trabalho escolar, pois, de alguma forma, o professor se põe
diante de uma classe com a tarefa de orientar a aprendizagem dos alunos. A
atividade escolar é centrada na discussão do meio socioeconômico e cultural, da
comunidade local, com seus recursos e necessidades, tendo em vista a ação
coletiva frente a esses problemas e realidades. O trabalho escolar não se
assenta, prioritariamente, nos conteúdos de ensino já sistematizados, mas no
processo de participação ativa nas discussões e nas ações práticas sobre
questões da realidade social imediata. No desenvolvimento desse processo
pedagógico são utilizados a discussão, relatos de experiência, assembléia,
pesquisa participante, trabalhos em grupo e outros recursos. Para atingir a
consolidação dos conhecimentos, o professor tem uma atuação como coordenador e
animar dos grupos. Nesta fase a visão de mundo não é separada da visão de
homem. A realidade/mundo que o homem vê, num primeiro momento pode ser uma
visão ingênua. A visão crítica do mundo se dará mediante a aproximação com a
realidade, quando, para tal, torna-se uma consciência da mesma e neste processo
crítico o homem toma uma posição epistemológica, ou seja: posição de elaborador
e construtor do mundo percebido. A realidade não pode ser modificada senão
quando o homem descobre que é modificável e que ele pode fazê-lo. A
aprendizagem, portanto, implica em tomar consciência do real e, através dos conteúdos,
programas e métodos, o homem seja sujeito e pessoa, estabelecendo com os outros
relações de reciprocidade e de transformação do mundo. Todo o processo de
ensino-aprendizagem só será válido se levar em consideração a visão ontológica
do homem de ser sujeito e não objeto e, além disso, que haja participação livre
e crítica por parte do educando. O objetivo central da escola transformadora é
a transformação do processo mental do educando na sua relação homem-mundo e não
na transmissão de conteúdos culturais sujeito-objeto. A relação professor-aluno
está assentada no princípio da horizontalidade, onde educador e educando tem
trocas a fazer, num processo de aprendizagem mútua, através do processo
participativo nas situações vividas quotidianamente. Ou seja, o objetivo
central da pedagogia libertadora é a transformação do processo mental do
educando na sua relação homem-mundo e não a transmissão de conteúdos culturais
sujeito-objeto.
CONCLUSÃO
- Todas as fases acima permanecem vigentes na educação brasileira, distribuídas
de acordo com a ideologia predominante do relevante em cada processo educativo
de um entidade escolar. Tanto a Tradicional, quanto a Escola Nova, Tecnicista
ou Transformadora prosseguem no seio da metodologia escolar brasileira,
representando as tantas dicotomias da miscigenação e do sincretismo do nosso
país. Veja mais aqui e aqui.
PALAVRA MÍNIMA - O projeto Palavra Mínima traz a música de Luiz Alberto Machado e a poesia de Fátima Maia, no dia
02 de dezembro, a partir das 20hs, no Teatro Linda Mascarenhas.
LUIZ ALBERTO MACHADO – O
escritor, compositor e radialista Luiz Alberto Machado é editor do Guia de
Poesia do Projeto SobreSites do Rio de Janeiro, membro da Cooperativa da Música
Alagoana (Comusa) e cônsul em Alagoas do Poetas del Mundo. É autor de 6 livros
de poesias, 8 infantis, 2 de crônicas e de diversas músicas gravadas por novos
nomes da música brasileira, inclusive foi premiado com sua música Desejo no
FEMI-2010, no Japão, gravada pela cantora Sonia Mello. Está em cartaz com seu
espetáculo infantil Nitolino no Reino Encantado de Todas as Coisas e com
temporada do show poético musical Tataritaritatá – Vamos aprumar a conversa -,
com a sua banda e apresentações solo. Seu trabalho está reunido na sua home page
www.luizalbertomachado.com.br.
FATIMA MAIA – A
escritora, compositora e poeta Fátima Maia, é autora da música tema do programa
infantil Caralâmpia (TV e Rádio Educativa local), dos livros e CDs: Criar e Recrear,
gravado pelo Quinteto Violado, indicado ao premio Sharp de música, e da História de
Tatibitati, gravado pelo SESC/AL. Ela foi finalista dos festivais,
Canta Nordeste e MPB SESC/PB com as músicas Colibris, Lua Luana e Passarinhos.
Fátima Maia se apresenta agora trazendo seus poemas para o público do Projeto
Palavra Mínima.
SERVIÇO:
PROJETO PALAVRA MÍNIMA – LUIZ ALBERTO MACHADO & FATIMA MAIA
Quando:
dia 02 de dezembro, a partir das 20hs
Onde:
Espaço Cultural Linda Mascarenhas – Av. Fernandes Lima – Maceió - AL.
Realização:
Comusa & IZP.
Informações: 82 9606.4436
PS: No dia 16/12, estarei com o
Tataritaritatá no Sopa de Letrinhas (o sarau do Caiubi), no Bagaça Boutequim,
em São Paulo.
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