A GESTÃO PÚBLICA EM ALAGOINHANDUBA - Olhando bem, a gestão pública de
Alagoinhaduba é exemplar. Quer dizer, assim como é lá é em qualquer municipío
do território brasileiro. Por exemplo: o prefeito Zé Peiúdo chegou na ciadde
puxando uma gata que era só pelanca de tão magra e esfomeada, sem ter onde cair
morto; levou todo mundo no papo e lavou a jega, não ganhou, mas elegeu-se: usou
de escusa artilharia pesada, engalobou todo mundo, passou a perna, comprou e
passou troco, tomou posse sob as mais extravagantes promessas e tome macacada e
tralalá. Quais? Salário mínimo de 5 mil reais para todos os servidores!
Danou-se, não deu. Culpou o atual Coiso Presidente de reduzir para a mixaria de
sempre, mesmo tendo sido cabo eleitoral dele na campanha. Premiou-se com pontos
simpáticos, por isso, alvoroço na mundiça. E meteu bronca prometendo o de
sempre: acabar com a violência, erradicar a deseducação, promover o progresso,
enricar todo mundo, melhorar a água e despoluir o rio, cuidar das praças e da
periferia miserável, limpar o eixo do Sol, botar a lua mais brilhante de noite,
fazer a Terra girar ao contrário para corrigir as coisas desagradáveis, dar fim
aos coprólitos e lixo com o estalo dos dedos, enretar o desinretado, fazer isso
e aquilo, pei bufe, etc e coisa e tal. Pois é, pintou e bordou com o que dizia
e desdizia, maior enrolação. Promessas e escusas, tome lábia pra cima,
valendo-se de todos os artifícios possíveis para sair bem na fita, invocando
palavreado rebuscado e imbróglios, maior blábláblá. Ao tomar ciência que o juiz
Teje Preso promoveu uma intervenção para remover o magistrado anterior e todo
Judiciário local por conta da leniência reprovável e outras práticas
antijurídicas, o Zé Peiúdo não perdeu tempo: embolsou a módica quantia de 280
milhões em espécie e moeda vigente, juntou os panos de bunda e arribou, tudo porque
na posse da magistratura, o tal bufador de anel no dedo tinha dito em alto e
bom som no Fórum: Vou pegar esse salafrário. Ninguém espera por tempo ruim, né?
Oxe, quem é besta de ficar pra ver o circo pegar fogo, ora. Ao chegar à
prefeitura o justiceiro encontrou o lugar mais limpo. Aí aproveitou e impugnou
o vice, dissolveu a Câmara de Vereadores e destronou o bispo, autoelegendo-se
Imperador com as mãos absolutas sobre o Executivo, Legislativo, Judiciário e
religiosidade geral, colocando todas as demais seitas na clandestinidade: a lei
e a fé só dele. Maior carreira de pé na bunda dos espíritas, pais e mães de
santos, protestantes e afins. Com isso, transformou cada casa da cidade num
presídio domiciliar já que não cabiam todos presos por coisa de pouca monta na
cadeia local; isso sem contar alguns abusos para botar moral: degolou uns
quatro, aleijou uns 15, matou uns 30 de choque elétrico e outros tantos do
coração: não aguentaram o pipoco da ameaça e babau. Fez construir uma muralha maior
que a da China nos limites do território: Daqui ninguém sai, daqui ninguém me
tira. E aos poucos deixou a cidade mais isolada, sem que se soubesse o que
acontecia nem na vizinhança, nem no país inteiro. Pelo menos o povo tinha o que
falar dele mesmo: vivem de escalpelar uns aos outros, arreiam a lenha,
descascam a ponto de se autodilacerarem com o dedo na ferida, todos na
guilhotina alheia, não escapando ninguém, nem os próprios e, assim, tudo vai
correndo na maior normalidade e como se não houvesse nada por consertar ou
corrigir. Enquanto uns acham certo, outros acham errado, mas nada fazem além de
arengar, se indignar e apontar soluções nas suas carradas de razões assim
assado, afora só se esculhambarem entre si e ficar tudo por isso mesmo até o
dia em que o deus deles dê cabo de dar jeito no que tiver troncho ou
desacertado, ou ficar tudo assim mesmo até quando deus quiser. Eta vida besta,
Deus meu. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo
e aqui.
DITOS & DESDITOS
[...] O
corpo possui muitas rotas. É um grande mundo em si mesmo. Você pode trabalhar
com a respiração e através da respiração dar o salto. Você pode trabalhar com o
sexo e através do sexo dar o salto. Você pode trabalhar com o estado de alerta
– isto é, diretamente com a consciência – e dar o salto. Esse trabalho direto
com a consciência tem sido uma das rotas mais profundas. Uma única rota pode
ser usada de muitos modos. [...] Para
o mundo vindouro e também para o mundo de hoje, apenas os métodos flexíveis
podem ser usados, porque há muitos tipos de gente agora. [...] Agora isso é muito difícil. As mentes estão
confusas. Não existe apenas mais de um tipo, mas cada indivíduo em si mesmo já
é múltiplo. Existem muitas influências, influências contraditórias. [...] Se muitos métodos forem experimentados,
nenhum será usado completamente. Mas ahora todo mundo está confuso e não há
nada que possa ser feito para se evitar isso. Não há nenhum tipo único para ser
protegido da confissão assim, necessitamos agora de novos métodos que não
pertençam a nenhum tipo e que possam ser usados por todos. [...].
Trechos de Meditação: Uma morte sutil, extraído da obra Eu sou a porta: o sentido da iniciação e do aprendizado
(Pensamento, 1975), do filósofo místico hindu Bhagwan Shree
Rajneesh (1931-1990). Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR
O documentário Estou me guardando para quando o carnaval chegar, do diretor
Marcelo Gomes e produção da Carnaval Filmes, narra a história de uma cidade que
viu sua população ser multiplicada de forma desordenada e desumana, sob o
alvoroço de produzir e se tornar a capital do jeans, demonstrando o regime que
os próprios trabalhadores impõem, com uma pausa apenas para o Carnaval. Foi
gravado mostrando os bastidores da produção de mais de 20 milhões de jeans
anualmente na cidade pernambucana de Toritama, em fábricas caseiras. O
documentário será exibido no Festival Internacional de Cinema de Berlim, na
Alemanha, entre os dias 7 a 17 de fevereiro de 2019. Veja mais aqui e aqui.
A ESCULTURA DE MOZART GUERRA
O premiado escultor
Mozart Guerra estudou Arquitetura na
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), trabalhou como cenógrafo para
teatro, cinema e televisão e, desde 1992, está radicado em Paris, tendo participado
de exposições individuais e coletivas em galerias da França, Luxemburgo,
Itália, Portugal, Canadá, Holanda, Áustria, Suiça, Espanha e Costa Rica. O
artista é representado pela Sérgio Gonçalves Galeria do Rio de Janeiro e São
Paulo, e foi parceiro do renomado designer japonês Yasumichi Morita por três anos
em Hong Kong, Tóquio e Osaka. Para conhecer o seu trabalho confira aqui. E veja
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A história da
mulher & Crônica de amor por ela aqui
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