terça-feira, março 21, 2017

AMAZÔNIA, LORENZO QUINN, ANNE SCHNEIDER, ALICE SOARES, EDLA FONSECA & LIÇÃO DE CADA AMANHECER

A LIÇÃO DE CADA AMANHECER - Ao amanhecer tenho sempre a sensação do que o Sol nasce para todos, indistintamente. Seus raios brilham em todas as direções, isso para quem esteja acordado, ou dormindo, ou mesmo ocupado com outros afazeres. Pode ser que no lado oposto ao que me encontro na Terra, seja noite; todavia, quando este lado do mundo for premiado com o espetáculo do crepúsculo, do outro lado do planeta, o dia estará raiando tão lindamente quanto maravilhosamentge alvorece em mim agora e todos os dias. Guardo para mim a lição deste momento e a torno prática diária nas minhas relações, sem distinguir esse daquele ou daqueloutro: sou eu e todos, como um só. Ao caminhar pelas ruas sou como todos que vão e que vêm: uma onda em que sou uma gota na imensidão oceânica. Inevitável esbarrar em situações desagradáveis de discriminação, pessoas e ambientes que só acolhem aqueles que se vestem bem, são bem recomendados, ocupam posição social e alto nível econômico, determinadas convicções religiosas, correntes filosóficas ou padrões sócio-políticos. Entre eles nada, além disso, possui significância a não ser seus padrões avaliatórios de qualificação, na condição de peritos que se vangloriam por seus métodos na capacidade de julgar, selecionar ou enquandrar quem quer que seja. Não reconhecem o tanque da mistura no caldeirão da diversidade que está nas ruas e em todos os lugares, e nem conseguem ver que reis perdem seus tronos, imperadores seus impérios e que tudo que nos cerca é efêmero: o que hoje é, amanhã pode não ser mais. E essa passagem breve que chamamos vida é tão espetacularmente maravilhosa que não me vejo disposto a perder tempo em avaliar, selecionar ou julgar, apenas viver e saber que enquanto vivo preciso fazer alguma coisa por gratidão e levar em conta essa minha estadia como uma missão a cumprir. Despido de corpo e alma, não me vejo merecedor de privilégio ou condição especial maior ou melhor que ninguém ou em detrimento de alguém, eu sou um qualquer como qualquer um por não me enquadrar em nenhuma classe específica, sou entre os que são diferentes, apenas, talqualmente igual pelas diferenças e tudo que somos é sermos cada qual um diferente do outro em um mesmo lugar, tempo e espaço, nada mais. Eis minhas mãos e peito aberto para seguirmos juntos. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.

Curtindo os álbuns (cds e dvds) da organista Anne Schneider, produtora e apresentadora do programa Tocata na Rádio da UFRGS-AM 1080 e conselheira da Ospa.

Veja mais sobre:
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A cruzeta na volta que a vida dá, Artur Bual & Manuel Cargaleiro aqui.
Tem hora pra tudo e a vida é outra coisa, Ariano Suassuna & Quinteto Armorial, Emilia Kallock, Ciro Veras & Alexandra Lacerda aqui.
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TEATRO INFANTIL: O LOBISOMEM ZONZO
Peça teatral infantil. Veja mais aqui e aqui.

DESTAQUE: LENDA DA ORIGEM DO SOLIMÕES
Há muitos anos, a lua era noiva do sol, que com ela queria se casar, mas, se isso acontecesse, se chegassem a se casar, destruir-se-ia o mundo. O amor ardente do sol queimaria o mundo e a lua, com as suas lágrimas, inundaria toda terra; por isso, não puderam se casar. A lua apagaria o fogo; o fogo evaporaria a água. Separaram-se, então, a lua para um lado e o sol para outro. Separaram-se. A lua chorou todo o dia e toda a noite, e foi então que as lágrimas correram por cima da terra até o mar. O mar embraveceu e por isso não pôde a lua misturar as lagrimas com as águas do mar, que meio ano corre para cima, meio ano, para baixo. Foram as lágrimas da lua que deram origem ao nosso rio Amazona. (Lenda que alude ao cataclismo que originou o vale do Amazonas e o levantamento dos Andes, recolhida por Barbosa Rodrigues. MELLO, Anísio. Estórias e lendas da Amazônia. São Paulo: Edigraf, sd). Ilustração: J. Lanzellotti. Veja mais aqui, aqui e aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte da pintora e desenhista Alice Soares (1917-2005).
Veja Fanpage aqui & mais aqui e aqui.

DEDICATÓRIA:
A edição de hoje é dedicada à amiga Edla Fonseca.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra: Gaia, do escultor Lorenzo Quinn.
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
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PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

  Imagem: Foto AcervoLAM . Ao som do show Transmutando pássaros (2020), da flautista Tayhná Oliveira .   Lua de Maceió ... - Não era ...