O CORDÃO DOS A FAVOR & OS DO CONTRA – Desde que me entendo por gente que a coisa é assim,
esteja certo ou errado, sempre houve aquela da predileção definindo os
favoráveis aos empreendimentos individuais legítimos ou ilegítimos de cada um,
como também aqueles que se apresentam obstaculizando tudo que for de idéia ou
intenção no que quer que seja. De um lado, ditos os meus; e, do outro, os arreda.
O quinhão dos a favor é formado pela turma que dá corda e chega junto, seja nas
iniciativas promissoras ou ridículas, sempre apoiando e empurrando o premiado
pro pódium ou pro abismo, inarredável suporte para qualquer ocasião. Entre estes
estão os familiares – mesmo os arengueiros e intrigados que na horagá se juntam
na tuia -, os parentes, achegados e simpatizantes. Normalmente constituído pela
consanguinidade independente de litígios cabeludos de uma parentalha formada
por um cordão de guaiamum que dá volta em não sei quantas famílias, e por uma
legião de babaovo que nunca mais tem fim no reino da politicalha. Este é
considerado o lado do bem e só esses são os bons, tanto que vale a máxima: aos
amigos tudo! Isso equivale apoio nos atos lícitos e ilícitos, proteção e todo
tipo de privilégio acima ou abaixo da lei, sempre em detrimento dos que estão
fora da corriola. Quer queira, quer não, embaixo da asa de algum patriarca poderoso
ou arrimo de família proeminente – leia-se: bastante endinheirado -, há sempre
o paternalismo que vai desde o compadrio de primeiro ao centésimo grau de
parentesco, até o fisiologismo de toda e qualquer natureza. Esse é um lado; o
outro é a facção do contra que é composta pelos inimigos figadais e os
adversários que, no frigir dos ovos, são uma bosta só, como sendo aqueles que
caíram na desgraça da antipatia por velha rixa oriunda de uma questiúncula que
virou desavença e se alimenta de hostilidades e outras tantas maledicências
mútuas. São aqueles que compõem o lado do mal e, para eles, o complemento da
máxima: os rigores da lei! De preferência com cruzetas, blasfêmias, infâmias e ardis
que redundem deles queimarem nos quintos dos infernos de cabeça pra baixo – ou seja,
quanto pior, melhor. Ou, ainda: santo que não me ajuda pode cair da parede. Afora
esses dois, ainda tem os neutros, ou seja, os que nem são do lado que se acha
do bom, muito menos dos que são tratados por maus, são aqueles que se encontram
em cima do muro ou os que não fedem nem catingam. Entre esses estão aqueles que
pendem prum lado sempre que as circunstâncias são convenientes, ou seja, os
aproveitadores e oportunistas que debandam pro lado vencedor, engrossando as
panelinhas e os clubes do Bolinha ou da Luluzinha. Basta que um ou outro arrote
supremacia sobre o seu algoz e alcance maior poder, basta isso, e a ruma dos
lambecus corre pra guarida do lado mais robustecido para ali ficar na sombra e
água fresca. São esses os homúnculos mais conhecidos por Fabos, aqueles que formam
a trupe dos sequazes na formação da claque para aplaudir honrarias e desatinos,
até que um deles se lasque pro outro emergir salvador da pátria sob aplausos e
apoio total dos que antes estavam do lado oposto. O que todos gostam mesmo é de
ver o circo pegar fogo pra torcer pelo leão. Pois é, assim foi e é até os dias
de hoje. Como já vi das tantas e muitas, no reino do Fecamepa a coisa sempre se
repete: um passo pro avanço sem conseguir escapar do sisifismo, porque os
sabidos sempre se ocuparam em embananar tudo dando uns dois mil e quinhentos
passos de retrocesso, a ponto de retornar ao pior que antes. Graças a eles,
salve, a meleca faz sempre festa. Agora a pergunta que não quer calar: quem é
que paga o pato, hem? Vamos aprumar a conversa. © Luiz Alberto Machado. Veja
mais aqui.
Curtindo os álbuns Tábua de Esmeralda (Phillips, 1974), Energia (1992), World Dance
(Warner, 1995) e Acústico MTV (2002),
do músico e compositor Jorge Ben Jor.
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O reino das águas aqui.
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como a terra, o fogo, a água e o ar, André Gide, Brian Smith, Friedrich
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pra tudo, Os Apinajé, Harriet Hosmer, Josefina de
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van Dyck, Teco Seade,:Socorro
Cunha & João Lins aqui.
O monge e o executivo de James
Hunter, Neuropsicologia, Ressocialização penal, Psicologia escolar & educacional aqui.
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Ambiental & Psicologia Escolar aqui.
Homofobia, Sexualidade, Bissexualidade & Educação
para as diferenças aqui.
&
A arte experimental do pintor, escultor,
artista plástico e performático de aspirações anarquistas Hélio Oiticica (1937-1980).
DESTAQUE: ELIANE QUEIROZ AUER
Os livros de poesias Noites Poéticas (CBJE, 2013) e Quando
os sinos tocam (Recanto das Letras, 2016), da poeta, pedagoga e
especialista em Educação, Eliane Queiroz
Auer. Veja mais aqui e aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Vampirella,
personagem das histórias em quadrinho criadas pelo escritor, editor e agente
literário estadunidense Forrest J.
Ackerman (1916-2008).
DEDICATÓRIA:
A edição de hoje é dedicada à locutora, radialista,
atriz e apresentadora de televisão Lia
Kosta.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra: Dia Mundial da Água!
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.