quarta-feira, março 22, 2017

JORGE BEN JOR, HÉLIO OITICICA, FORREST ACKERMAN, ELIANE QUEIROZ AUER, LIA KOSTA, FABOS & CHATOS

O CORDÃO DOS A FAVOR & OS DO CONTRA – Desde que me entendo por gente que a coisa é assim, esteja certo ou errado, sempre houve aquela da predileção definindo os favoráveis aos empreendimentos individuais legítimos ou ilegítimos de cada um, como também aqueles que se apresentam obstaculizando tudo que for de idéia ou intenção no que quer que seja. De um lado, ditos os meus; e, do outro, os arreda. O quinhão dos a favor é formado pela turma que dá corda e chega junto, seja nas iniciativas promissoras ou ridículas, sempre apoiando e empurrando o premiado pro pódium ou pro abismo, inarredável suporte para qualquer ocasião. Entre estes estão os familiares – mesmo os arengueiros e intrigados que na horagá se juntam na tuia -, os parentes, achegados e simpatizantes. Normalmente constituído pela consanguinidade independente de litígios cabeludos de uma parentalha formada por um cordão de guaiamum que dá volta em não sei quantas famílias, e por uma legião de babaovo que nunca mais tem fim no reino da politicalha. Este é considerado o lado do bem e só esses são os bons, tanto que vale a máxima: aos amigos tudo! Isso equivale apoio nos atos lícitos e ilícitos, proteção e todo tipo de privilégio acima ou abaixo da lei, sempre em detrimento dos que estão fora da corriola. Quer queira, quer não, embaixo da asa de algum patriarca poderoso ou arrimo de família proeminente – leia-se: bastante endinheirado -, há sempre o paternalismo que vai desde o compadrio de primeiro ao centésimo grau de parentesco, até o fisiologismo de toda e qualquer natureza. Esse é um lado; o outro é a facção do contra que é composta pelos inimigos figadais e os adversários que, no frigir dos ovos, são uma bosta só, como sendo aqueles que caíram na desgraça da antipatia por velha rixa oriunda de uma questiúncula que virou desavença e se alimenta de hostilidades e outras tantas maledicências mútuas. São aqueles que compõem o lado do mal e, para eles, o complemento da máxima: os rigores da lei! De preferência com cruzetas, blasfêmias, infâmias e ardis que redundem deles queimarem nos quintos dos infernos de cabeça pra baixo – ou seja, quanto pior, melhor. Ou, ainda: santo que não me ajuda pode cair da parede. Afora esses dois, ainda tem os neutros, ou seja, os que nem são do lado que se acha do bom, muito menos dos que são tratados por maus, são aqueles que se encontram em cima do muro ou os que não fedem nem catingam. Entre esses estão aqueles que pendem prum lado sempre que as circunstâncias são convenientes, ou seja, os aproveitadores e oportunistas que debandam pro lado vencedor, engrossando as panelinhas e os clubes do Bolinha ou da Luluzinha. Basta que um ou outro arrote supremacia sobre o seu algoz e alcance maior poder, basta isso, e a ruma dos lambecus corre pra guarida do lado mais robustecido para ali ficar na sombra e água fresca. São esses os homúnculos mais conhecidos por Fabos, aqueles que formam a trupe dos sequazes na formação da claque para aplaudir honrarias e desatinos, até que um deles se lasque pro outro emergir salvador da pátria sob aplausos e apoio total dos que antes estavam do lado oposto. O que todos gostam mesmo é de ver o circo pegar fogo pra torcer pelo leão. Pois é, assim foi e é até os dias de hoje. Como já vi das tantas e muitas, no reino do Fecamepa a coisa sempre se repete: um passo pro avanço sem conseguir escapar do sisifismo, porque os sabidos sempre se ocuparam em embananar tudo dando uns dois mil e quinhentos passos de retrocesso, a ponto de retornar ao pior que antes. Graças a eles, salve, a meleca faz sempre festa. Agora a pergunta que não quer calar: quem é que paga o pato, hem? Vamos aprumar a conversa. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.

Curtindo os álbuns Tábua de Esmeralda (Phillips, 1974), Energia (1992), World Dance (Warner, 1995) e Acústico MTV (2002), do músico e compositor Jorge Ben Jor. Veja mais aqui.

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A arte experimental do pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas Hélio Oiticica (1937-1980).

DESTAQUE: ELIANE QUEIROZ AUER
Os livros de poesias Noites Poéticas (CBJE, 2013) e Quando os sinos tocam (Recanto das Letras, 2016), da poeta, pedagoga e especialista em Educação, Eliane Queiroz Auer. Veja mais aqui e aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Vampirella, personagem das histórias em quadrinho criadas pelo escritor, editor e agente literário estadunidense Forrest J. Ackerman (1916-2008).
Veja Fanpage aqui & mais aqui e aqui.

DEDICATÓRIA:
A edição de hoje é dedicada à locutora, radialista, atriz e apresentadora de televisão Lia Kosta.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra: Dia Mundial da Água!
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PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

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