SOOU A VIDA O
PARAÍSO DO AMOR – Imagem: foto/arte da poeta,
artista visual e blogueira Luciah Lopez.
- Jamais soubera a vida depois de tantos tormentos, possível fosse amar outra
vez naquela manhã de dezembro, ao vê-la rosa dos ventos em plena aracê-poronga
surgir ornada de poemas e flores de todos os matizes, a descer tal caá-iari do
tope azul do Marumbi a me dizer Muna,
xuma xô. Ah, tantó manacá jurucê, afilhada do Peruda com sua face mimosa na
brisa da alvorada, vamos sim, vem comigo cairé, catiti, olhos vivos de bússola
pra minha desorientada travessia e com o seu riso de Sol a me dar o que nem
mereço de tão bom por todos os pontos cardeais. Às suas mãos estendidas eu voo
abraço amante de cunhã caingangue, como quem foi enfeitiçado na tarde
ensolarada do céu límpido de seu jeito deusa-índia, a recitar versos
apaixonados por quem bate meu coração caeté andarengo, deserdado do mundo e
abrigado na sua carne carijó, pra ser seu abá iba na nossa quiçaba. Vou ao seu
chamamento como marujo insone ao encanto das sereias, pra ver-me navio perdido
nas rotas de suas águas que brotam da cascata rumorejante do seu ventre
apetitoso, a ver-me estendido nas terras perdidas do seu rincão e de alma
lavada por seus beijos e afagos, ajoelhada à beira de límpido e murmurante
regato que divisa as escarpadas serranias, a fazer de mim sua cobaia no reino
das suas explorações e a prover da sua fartura na ventura do entardecer, como
se eu fosse o escolhido entre todos e o meu sexo fosse o seu talismã, a sua
salvação. Assim me doou e sou dela ao tê-la minha escrava e criatura na noite
perfumada pelas coloridas e delicadas flores da quaresmeira, a me dizer aos
sussurros carinhosamente xê pocê o quê.
Sim, eu vou e soou a vida preu ir procê dormir e acordar ao prazer de amar e
fazer nocê o paraíso do amor. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.
Curtindo os álbuns Caminhada (Kriok, 2014) e Tibério
Gaspar canta (Independente, 2002) do amigo violonista, compositor e
produtor musical Tibério
Gaspar (1943-2017).
Veja mais sobre:
O cis, o efêmero & eu aqui.
E mais:
Cancioneiro da imigração de Anna Maria
Kieffer & Ecologia Social
de Murray Bookchin aqui.
A poesia de Sylvia Plath & a Filosofia da Miséria de
Proudhon aqui.
Antonio Gramsci & Blinded Beast de Yasuzo Masumura & Mako Midori aqui.
Mabel Collins & Jiddu Krishnamurti aqui.
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A obra de Tomás de Aquino &
Comunicação em prosa moderna de Othon M.
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DESTAQUE: PATTY, A MULHER PROIBIDA
O longo metragem Patty,
a mulher proibida (1979), um filme do escritor e cineasta Marcos Rey dirigido por Luis Gonzaga
dos Santos, conta a história de um anão influente e rico que comanda um
programa de TV e é assediado por uma belíssima vedete disposta a tudo para se
tornar uma estrela. Com a ajuda do seu secretário que é um escritor fracassado
e ex-militante socialista, o anão consegue atrair a estonteante mulher pra sua
casa, quando ocorre a vingança do subalterno que vê seu patrão no afã de salvar
a beldade, morrer afogado na piscina. O destaque do filme fica por conta da
voluptuosa beleza da atriz Helena Ramos,
a musa da pornochanchada. Veja mais aqui e aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
____Ah, tristes mulheres que nascem e morrem sem
saber o que é ser fêmea!
Sem saber o que é esse mistério que acende e faz
arder corpo e alma.
Ah, tristes mulheres presas em corpos inertes acalentam
homens sem sonhos e sem brio.
Eu não sou triste______sou fêmea!
Sou fêmea quando me vejo em seus olhos mulher sua
que sou_______sou fêmea sua que aos seus carinhos se entrega e no seu prazer se
realiza como mulher!
___Ah, feliz de mim, que sou sua mulher!
Fêmea/Mulher,
poema/imagens da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra: Peace, art by Catherine Nolin
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.