O
DIREITO À INFORMAÇÃO E QUAL INFORMAÇÃO
- Todos nós temos direito à
informação. Quando estamos perdidos, nada é mais importante que uma pessoa amiga
para nos reposicionar no caminho do destino desejado. Quando precisamos de
algo, é tão bem-vinda aquela mão para indicar aonde podemos encontrar o
necessitado. Quando não sabemos de algo, a descoberta e a tomada de ciência são
úteis e prazerosas. Daí a importância da informação, uma palavra que vem do
latim informare, que significa dar
forma, esboçar, ação de formar, e que é um fenômeno complexo que envolve
aspectos físicos, biológicos e psicossociais. Em vista disso, a informação é o território
do campo científico da Teoria da Informação, que estuda as situações
comunicativas que se dão pelas mensagens para a comunicação. A informação leva
à comunicão que, por sua vez, oriunda do latim comunicare, significa comunicar, dividir, conversar, um processo de
troca de mensagens, ou seja, é a transferência por meio de mensagens da
informação, de um emissor a um receptor. A informação leva ao conhecimento que
se constitui no eixo estruturante de todo desempenho e realização do ser humano
e da sociedade. Por tudo isso ela nos coloca a par dos acontecimentos,
proporciona o enriquecimento intelectual com novos conhecimentos, possibilita
que possamos nos desenvolver a nós mesmos e a toda sociedade humana com
descobertas que levam ao avanço tecnológico que tanto tem proporcionado
melhores condições de vida, curas dos maiores malefícios e comunicação com as
maiores distâncias. Pois é por ela que apreendemos tudo a respeito de nós
mesmos e da vida nas relações da sociedade planetária, fruindo da riqueza que
nos é exposta a todo momento pela natureza e para o bem-estar da humanidade. É
por ela que temos a compreensão de processos e realizações. E hoje elas são
mais numerosas e rápidas, proporcionando a instantaneidade das notícias para
melhor desempenho, dando-nos uma sensação de superação do ilimitado e o poder
de domínio sobre o tempo e o espaço. Quanto mais fidedigna for a informação,
mais útil ela será para todo ser humano, porque ela poderá ser analisada,
apreendida e colocada em prática por todos. Hoje elas são tantas que nem dá
tempo de se efetuar uma análise lúcida além das aparências. E chegam aos
montões como se fossem leis, com ares de verdades absolutas, inquestionáveis.
Quando apreendidas, submetidas à apreciação geral, debatidas e consensuadas, elas
consolidam a paz e a harmonia; quando vistas às pressas ou imposta pelo
açodamento da mínima compreensão, implantam a discórdia. Essa a grande
ambiguidade humana: a informação tanto pode concretizar o bem, como pode
fabricar maledicências. Hoje a informação já vem como grande impacto para
alimentar desejos e necessidades que sequer foram construídas, para levar a
tomadas de decisões impensadas e baseadas na escolha oriunda de sugestões
subliminares incutidas para consumo, afora formação ideológica nas preferencias
da opinião pública. Quando ligamos a televisão ou o rádio, ou abrimos um jornal
impresso ou na internet, o que nos deparamos, em sua grande maioria, é com o trágico,
a miséria, a violência, as catástrofes, o infortúnio, a desgraça, a sordidez, o
ódio, as desditas, o condenável, as fraquezas, o fanatismo, as paixões
degradantes. Tudo isso explorado pelos canais de comunicação para a audiência e
o autoenvenenamento do espectador que, inevitavelmente, será conduzido para depressão,
angústia, pessimismo, tristeza, para o deprimente, o depreciativo.
Infelizmente, não há espaço dos veículos de comunicação de massa e pro show business a excelência humana,
apenas o grotesco, o estúpido, o inútil, o premeditado, o medíocre e o
exibicionismo contemplam as grades de programação das grandes redes e veículos
de informação e comunicação. Tal fato nos faz refletir sobre a forma como essas
informações são jogadas aos montes e de modo superficial para milhões de
pessoas e, ao mesmo tempo, de que forma essas mesmas informações serão
assimiladas e reproduzidas na sociedade. Como já dizia Gonzaguinha, a vida
devia ser bem melhor. E será, depende de nós. Ah, mas há quem diga que cada um
faça o que quiser e o que bem entender com a informação recebida, afinal, Deus protege as crianças,
os doidos, os bêbados e o Inspetor Bugiganga. E vamos aprumar a conversa &
tataritaritatá! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
Imagem: Le
Soleil In this eternal winter, do pintor pós-impressionista neerlandês Vincent
van Gogh (1853-1890). Veja mais aqui e aqui.
O QUE É, O QUE É
(Luiz Gonzaga Junior)
Eu fico
com a pureza da resposta das crianças
É a
vida, é bonita e é bonita...
Viver! E
não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar sa beleza de ser um eterno aprendiz...
Cantar e cantar e cantar sa beleza de ser um eterno aprendiz...
Ah meu
Deus! Eu sei, eu sei que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso
não impede que eu repita
É
bonita, é bonita e é bonita...
E a vida!
E a vida o que é? Diga lá, meu irmão
Ela é a
batida de um coração
Ela é
uma doce ilusão Hê! Hô!...
E a vida,
ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é
alegria ou lamento? O que é? O que é? Meu irmão...
Há quem
fale que a vida da gente é um nada no mundo
É uma
gota, é um tempo que nem dá um segundo...
Há quem
fale que é um divino mistério profundo
É o
sopro do criador numa atitude repleta de amor...
Você diz
que é luta e prazer, ele diz que a vida é viver
Ela diz
que melhor é morrer pois amada não é e o verbo é sofrer...
Eu só
sei que confio na moça e na moça eu ponho a força da fé
Somos
nós que fazemos a vida como der, ou puder, ou quiser...
Sempre
desejada por mais que esteja errada
Ninguém
quer a morte só saúde e sorte...
E a
pergunta roda e a cabeça agita
Eu fico
com a pureza da resposta das crianças
É a
vida, é bonita e é bonita...
PESQUISA
A
formação social da mente (Martins Fonte, 1991), do psicólogo e cientista bielorrusso Lev Vygotsky (1896-1934). Veja mais
aqui e aqui.
LEITURA
O
retrato de Dorian Gray (1890 – Martin Claret, 1998), do escritor,
filósofo e dramaturgo inglês Oscar Wilde
(1854-1900). Veja mais aqui e aqui.
PENSAMENTO DO DIA
Poema tirado de uma notícia de jornal, do poeta, tradutor, critico literário e
de arte, Manuel Bandeira (1886-1968). Veja mais aqui.
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no
morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu
afogado.
Veja mais Fonte, Brincarte
do Nitolino, Sigmund
Freud, Rabindranath Tagore, Antonin
Artaud, Costa-Gavras, Vincent
van Gogh, Fátima Guedes, Malba
Tahan & Cia de Dança Lia Rodrigues aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte do pintor pós-impressionista neerlandês Vincent
van Gogh (1853-1890).
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá