
EPÍGRAFE
[...] a economia se caracteriza pelo desperdício,
onde todas as coisas devem ser devoradas e abandonadas tão rapidamente como surgem,
em que as coisas surgem e desaparecem sem jamais durarem o tempo suficiente
para conter em seu meio o processo vital [...], trecho
extraído da obra A
condição humana (Forense Universitária, 1997), da filósofa política alemã de
origem judaica Hannah Arendt (1906-1975), Veja mais aqui.
Imagem:
Earth Mother, da artista plástica Shere Crossman.
Curtindo
o álbum Dos confins do sertão (1987),
cantor e compositor Elomar Figueira de Mello. Veja mais aqui.
PESQUISA
Cronologia pernambucana: subsídios para a
História do Agreste e do Sertão
(CEHM/FIAM, 1982), do historiador, jornalista, lexicógrafo, pesquisador e
compositor Nelson Barbalho
(1918-1993). Veja mais aqui e aqui.
EPIGRAFE
[...] Sou
só um sertanejo, nessas altas ideias navego mal. Sou muito pobre coitado.
Inveja minha pura é de uns conforme o senhor, com toda leitura e suma
doutoração. [...] No centro do sertão, o que é doideira às vezes pode ser a
razão mais certa e de mais juízo! [...] Sertão é isto: o senhor empurra para
trás, mas de repente ele volta a rodear o senhor dos lados. Sertão é quando
menos se espera. [...] Sertão é o sozinho. Sertão: é dentro da gente. O sertão
é sem lugar.
Trechos
extradídos da obra Grande sertão: veredas (José Olympio, 1982), do escritor,
médico e diplomata João Guimarães Rosa (1908-1967). Veja mais aqui, aqui e aqui.
LEITURA
AS MENINAS DA GARE
Era três ou quatro moças bem moças e bem
gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão
saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.
Pau-Brasil (1925), do escritor, ensaísta e
dramaturgo do Modernismo brasileiro, Oswald de Andrade (1890-1954). Veja
mais aqui e aqui.
PENSAMENTO DO DIA
Imagem:
Sertanejo, um poema à Terra (2011), do artista plástico Antonio Cláudio Massa.
A TERRA É NATURA
(fragmento,
de Patativa de Assaré)
[...] Esta
terra é como o Só / Que nasce todos os dia / Briando o grande o menó / E tudo
que a terra cria. / O só quilarêa os monte, / Tombém as água das fonte, / Com
sua luz amiga, / Potrege, no mesmo instante / Do grandião elefante / A
pequenina formiga.
Esta terra é como a chuva, / que vai da
praia a campina, / móia a casada, a viúva, / a véia, a moça, a menina. / Quando
sangra o nevuêro, / pra conquista o aguacêro / ninguem vai fazê fuxico, / pois
a chuva tudo cobre, / móia a tapera do pobre / e a grande casa do rico.
Esta terra é como a lua, / este foco
prateado / que é do campo até a rua, / a lampa dos namorado; / mas, mesmo ao
véio cacundo, / já com ar de moribundo / sem amô, sem vaidade, / esta lua cô de
prata / não dêxa de sê grata; lhe manda quilaridade.
Esta terra é como o vento, / o vento que,
por capricho / assopra, as vez, um momento, / brando, fazendo cuchicho, / ôtras
vez, vira o capeta, / vai fazendo pirueta, / levando tudo de móio / jogando
arquêro nos óio / do grande e do pequenino [...]
Veja
mais aqui.
Veja mais Brincarte do Nitolino, Nélida Piñon,
Akhenaton, Kitaro, Oswald de Andrade, Eurípedes, Percy Bysse
Shelley, François Truffaut, Medeia, Nicolau Maquiavel, Aurélio Buarque de
Hollanda Ferreira, Otto Lingner & Nina Kozoriz aqui.
CRÔNICA
DE AMOR POR ELA
Imagem: Brutishness, do pintor simbolista
belga Fernand Khnopff (1858-1921).
CANTARAU:
VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá