domingo, junho 19, 2011

WILLIAM GIBSON, ADAM MICKIEWICZ, BECKETT, VINTILĂ HORIA, BARTHES, JERICHAU-BAUMANN, VIDA DE ARTISTA & LITERÓTICA

 


A arte da pintora polonesa-dinamarquesa Anna Maria Elisabeth Lisinska Jerichau-Baumann (1810-1881).

 

CHERIE, MA CHÉRIE - Noite fria na Paulista. Mãos no bolso do casaco, eu caminhava com a barulhada do trânsito. Da surpresa ela surgiu lindamente californiana com todas as luzes da cidade. – Cherry, mon chéri -, sussurrou-me com francês afetado e sensual. E seu hálito ferveu meu sangue. O sabor do seu batom inebriou-me a alma. O calor do seu corpo permitiu que percebesse o meu sexo salientar-se no contato de suas vestes. Pegou-me vupt pela mão e voamos, o vôo no rumo da venta. Numa recôndita guarida, instalou-me confortavelmente na poltrona aveludada. – For you, my loving -, disse-me transpirando sensualmente. Desvestiu-se do casaco e o seu decote parecia-me desvelar os mistérios mais herméticos dos esotéricos. Enfeitiçou-me com a magia de sua lindeza ao desfilar qual estudante púbere e lúbrica, seminua, lambendo os lábios e se insinuando toda como uma fera indomável no cio. Mais me surpreendeu ao se expor pin-up linda com seus seios voluptosos presos no bustiê e com toda sua gostosura aprisionada no calçãozinho minúsculo que demonstrava sua altaneira exuberância no rebolado do quadril. Fez streeptease exclusivo solfejando uma canção eroticamente pronunciada para arrepiar meus nervos mais exaltados. Completamente nua atrepou-se na cadeira e fez malabarismos com as pernas expondo sua graciosidade escancarada para me atiçar guloso de toda sua expressão. Sentou-se na cama como que desolada de tudo à espera de remissão e fez-se abandonada como a requerer de mim clemência na sua desolução. Deitou-se me fitando lasciva e revirou sozinha, suspirando, acariciando seu sexo e seios, alisando seu próprio corpo e exalando todos os perfumes de sua mais esplêndida sedução. Pôs as mãos à cabeça, descabelou-se. Ousei levantar-me para agarrá-la e ela fez menção que eu ficasse ali quieto voyeurista, enquanto me incendiava com sua libertina autocomiseração. E me provocou procurando apagar seu fogo inutilmente. Aí, insisti alcançá-la quando ela, mão no meu peito, fez-me sentar na poltrona e retirou meu casaco calmamente, desabotoou minha camisa jogando-a de lado, desatacou meus sapatos, retirou-me as meias, desabotoou-me as calças e arrastou com força para me flagrar completamente nu com meu sexo pronto feito aríete em riste para trucidá-la fatalmente. Tomou meu cajado entre as mãos sob as mais aconchegantes e demoradas carícias, a brincar para me embalar com seus beijos, mimos e lambidas que revolviam minhas entranhas e me davam a oportunidade do infinito a cada abocanhada mais ousada de me chupar inteiro e estirado na sua língua alvoroçada. E me fez vagarosamente tomar conta de tudo e sobrepujar seus limites na carne cosmopolita entregue com todos os seus arranhacéus mais inacessíveis, para eu me enfiar desenvolto e me faça aviões que decolam e aterrissam a todo instante usurpando o tráfego de sua louca devassidão, como se eu fosse automóveis loucos indo e vindo na contramão de todas as vias da paulicéia desvairada e no seu gozo enlouquecido me desse o mar distante para singrar viril incontinente toda fundura de seu abissal orgasmo. Completamente lavada de prazer ela gozou comigo por toda madrugada de São Paulo. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui, aqui, aqui &  aqui.

 


DITOS & DESDITOSA linguagem nunca é inocente: as palavras têm uma memória segunda que se prolonga misteriosamente no meio de significações novas. Pensamento do escritor, sociólogo, filósofo, semiólogo e crítico literário francês, Roland Barthes (1915-1980). Veja mais aqui, aqui & aqui.

 

ALGUÉM FALOU: O futuro está lá... olhando para nós. Tentando entender a ficção em que teremos nos tornado. O tempo se move em uma direção, a memória em outra. Como eu tenho dito muitas vezes, o futuro já chegou. Só não está uniformemente distribuído. Pensamento do escritor e roteirista américo-canadense William Gibson, conhecido de profeta noir do cyberpunk que cunhou o termo ciberespaço em seu conto Burning Chrome, na sua trilogia Sprawl.

 

TENTE, INSISTATenta. Fracassa. Não importa. Tenta outra vez. Fracassa de novo. Fracassa melhor. As palavras são manchas desnecessárias sobre o silêncio e o nada. As lágrimas do mundo são inalteráveis. Para cada um que começa a chorar, em algum lugar outro para. O mesmo vale para o riso. Sim, a partir do momento em que se conhece o porquê, tudo se torna mais fácil, uma simples questão de magia. O apelo que ouvimos se dirige antes a toda a humanidade. Mas neste lugar, neste momento, a humanidade somos nós, queiramos ou não. Aproveitemos enquanto é tempo. Representar dignamente, uma única vez que seja, a espécie a que estamos desgraçadamente atados pelo destino cruel. Não falemos mal, então, dos nossos dias, não são melhores nem piores dos que os que vieram antes. Não falemos bem, tampouco. Não falemos. A arte sempre foi isto - interrogação pura, questão retórica sem a retórica - embora se diga que aparece pela realidade social. Todos nós nascemos loucos. Alguns permanecem. Pensamento do escritor irlandês Samuel Beckett (1906-1989). Veja mais aqui e aqui.

 

DEUS NASCEU NO EXÍLIO – [...] Podíamos viver em paz, se não tivéssemos medo uns dos outros. O medo faz-nos falar linguagens diferentes. E a vida torna-se numa guerra sem fim, a vida é a guerra, cada vez mais, a cada dia que passa. E fabricam-se armas em vez de se inventarem palavras de paz [...]. Trecho extraído da obra Deus nasceu no Exílio (Flamboyant, 1961), do escritor romeno Vintilă Horia (1915-1992). Veja mais aqui.

 

POESIA - Choveram-me lágrimas limpas, ininterruptas, / Na minha infância campestre, celeste, / Na mocidade de alturas e loucuras, / Na minha idade adulta, idade de desdita; / Choveram-me lágrimas limpas, ininterruptas… Poema do escritor polonês Adam Mickiewicz (1798-1855).

 

VIDA DE ARTISTA – Entrevista concedida para o Programa Vida de Artista, da TV Educativa, Maceió, para a jornalista Gal Monteiro, por ocasião da realização do show Tataritaritatá, no Projeto Palco Aberto, com a banda Cianônima Ilimitada. Confira detalhes da entrevista aqui.






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MARIA RAKHMANINOVA, ELENA DE ROO, TATIANA LEVY, ABELARDO DA HORA & ABYA YALA

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Triphase (2008), Empreintes (2010), Yôkaï (2012), Circles (2016), Fables of Shwedagon (2018)...