A arte do pintor estadunidense Franz Kline (1910-1962).
QUEM SE VÊ E O QUE É VISTO – UMA: DE NARCISO
A CALIBÃ – Sei quem sou, nem sempre. Às vezes até
me desconheço. Dei um mergulho dentro de mim, máscaras e chapéus removidos, o
que sobrou de mim, quase nada. Havia muitos outros que eu mesmo. Precisava
verdadeiramente me conhecer e ser quem realmente sou. Foi possível quando Pär Lagerkvist brandamente insinuou: Os homens gostam de se ver refletidos em
espelhos pouco transparentes. Quis ir fundo, me virei pelo avesso e me
descobri inútil. É assim que sou e precisei me aceitar para que pudesse ser
feliz comigo mesmo. DUAS: QUEM É OU NÃO
É - O meu maior conflito era o de querer agradar todo mundo e isso me
levava a desagradar de mim. Muita coisa feita contra a vontade, só para agradar
os outros. Outras mais me levaram a sucumbir só para que os outros me vissem
melhor do que realmente sou. O pior era não saber dizer não. Ainda tenho
dificuldades com relação a isso. Mas já consigo, pelo menos, sair ou escapar
das insistências as quais não quero ir ou fazer. Ainda preciso ainda melhor me
acomodar a mim mesmo. E a lindíssima Helena Ignez carinhosamente me mostrou o caminho das pedras: Hoje eu sou uma
pessoa mais amorosa, por isso eu não pegaria em armas. Estou aprendendo a administrar o que aparece para
fazer apenas o quero e gosto. Preço alto a pagar, com certeza. TRÊS: DA SEGURANÇA ENTRE INCERTEZAS – Sabia
de antemão o caríssimo preço que teria que pagar pela minha independência. Confesso:
não pensei que seria altíssimo. Entre erros e acertos, perdi todas. Se havia
algo a fazer, era confiar em mim mesmo e seguir adiante de cabeça erguida. Guardei
o que Henrik Ibsen falou: Se duvidas de ti mesmo estás vencido de
antemão. Finge ignorar os teus inimigos; não caias na vulgaridade de
defender-te. Depus todas as armas e amarras, desfiz arestas e escusas,
passos firmes, pisadas suaves e ergui a fronte sabendo que cada piso e pessoa eram
para lá de falsos. Era comigo mesmo que eu tinha que me resolver e assim levar
tudo em bom termo. A vida não é tão fácil quanto se diz, são muitos caminhos
com tantas pedras, cada qual com seu grau de dificuldade. É só seguir confiante
em si, mais nada. Fiz e voo. © Luiz Alberto
Machado. Direitos reservados.
DITOS & DESDITOS - A pessoa prudente aproveita a sua experiência. A sábia aproveita a
experiência dos outros.
Pensamento da atriz e escritora britânica Joan
Collins, que atua como colunista e que confessou ter sido violentada na
adolescência pelo ator que seria, posteriormente, seu primeiro marido, Maxwell
Reed.
ALGUÉM FALOU: Hoje um
leitor, amanhã um líder. Se você tem conhecimento, deixe os outros acenderem
suas velas nele. Pensamento da jornalista e feminista
estadunidense Margaret Fuller
(1810-1850), defensora dos direitos da mulher e associada ao movimento
transcendentalista, autora do livro Woman
in the Nineteenth Century (The Dial, 1843), então com o título de O grande processo: homem versus homem,
mulher versus mulher, republicado em 1845 com o título definitivo.
A PRUDÊNCIA, A LIBERDADE, A IRONIA & O AMOR - A prudência não passa de uma qualidade: não
devemos transformá-la em virtude. A liberdade tem limites que a justiça lhes
impõe. A ironia é sobretudo uma brincadeira do espírito. O humor seria antes
uma brincadeira do coração, uma brincadeira de sensibilidade. O amor mata a
inteligência. O cérebro faz de ampulheta com o coração. Um só se enche para
esvaziar o outro. Pensamento do escritor francês Jules Renard (1864-1910).
INSPIRAÇÃO
- Isto é
tão estranho. / Este não é o começo certo. / Ou é? / O fato. / Tudo é um
milagre. / Tempo e algo dentro. / Vida. / A criança cresce dia após dia, hora a
hora. / Depois de você, longe de você e de volta para você novamente. / Seu
próprio milagre. / Às vezes o tempo está parado, ele parece estar carregando
você. / Há rachaduras dentro e escoa entre eles. / Bom, ruim, às vezes bastante
aleatório. / Você não entende. / Você é grato. / Seu próprio milagre. / O dia é
comum, até irritante. / Não há vontade, mas deve. / Um não conseguiu, o outro
provavelmente está bebendo novamente. / Você ainda pode insultar, mas novamente
o dia / não tira toda a esperança. / E há alguma leveza. / Seu próprio milagre.
/ De fato, esta vida não é tão curta. / Algumas vezes você pode sentir / que o
céu está alto e distante, / mas de alguma forma se dá bem com você. / Essa
claridade e luz especiais que impressionam / realmente limpar tudo. / E se você
for assim que voltar, / se o tempo dado a você tiver sido somado / e encontrado
no final, / se o fogo se apagar. / Então nada resta. / Isto é tão estranho. Poema do poeta estoniano Gustav Suits (1883-1956).
O IDEALISMO - O Idealismo se constitui como
uma corrente filosófica que teve sua origem no pensamento platônico, faz parte
da revolução filosófica de Descartes e incluído no Idealismo alemão de Kant e
Hegel. Esta doutrina traz por postulado básico o entendimento de que o eu é
objeto para o próprio sujeito, fundando-se na racionalidade e considerando que
o real são idéias ou representações e que o conhecimento da realidade se reduz
ao exame dos dados e das operações de nossa consciência ou do intelecto como
atividade produtora de idéias que dão sentido ao real e o fazem existir para
nós. Desta forma, pretende o presente estudo abordar as questões atinentes aos
conceitos e definições do Idealismo, localizando em sua especificidade, a
questão da educação, pormenorizando os pensamentos e idéias expressas por seus
cultores. O Idealismo é uma doutrina que, conforme Russel
(2005), é defendida com base em vários fundamentos distintos. A doutrina é tão
amplamente sustentada, e tão interessante em si mesma, que mesmo a mais breve
exposição filosófica deve oferecer uma idéia a seu respeito. Entende, pois, o
autor mencionado, que as bases sobre as quais o idealismo é defendido são
geralmente bases derivadas da teoria do conhecimento, ou seja, de uma discussão
das condições que as coisas devem satisfazer a fim de que possamos ser capazes de
conhecê-las. O idealismo estabelece a separação entre o
sujeito e o objeto considerando o psíquico como sendo a manifestação da esfera
interior do homem. Em Platão, sob a ótica ontológica, a realidade verdadeira
está no mundo das formas inteligíveis, nas idéias que são acessíveis à razão,
reduzindo o real ao ideal e submetendo o ser em idéia. Em Descartes, o idealismo
metódico fica evidenciado pela racionalização que coloca a dúvida em primeiro
plano e antes de tudo, sobre o conhecimento estabelecido, partindo da dedução
do pensar. O idealismo dogmático e imaterialista de Berkeley, defende que os
sentidos estão inerentes ao ser humano e que diante dos argumentos o sujeito
ouve, sente e experimenta, tomando conhecimento da realidade, formando-se a
idéia. Para ele tudo que se conhece é idéia. Em Kant, sob a ótica gnosiológica
e transcendental, tratado como fenomênico, no qual o objeto é algo que só
existe em uma relação de conhecimento, fazendo distinção do conhecimento e do
objetivo, submetendo-os a modos específicos e humanos de conhecer. A
primeira tentativa de Kant, Hobbes e Descartes, é a recuperação da razão
universal, originária do próprio sujeito através do pensamento na ação humana
constituir assim uma Ética Universal. Através de uma nova civilização a Ética
filosófica aceita por Kant e por Hegel, foi naturalmente submetida a um
processo de fragmentação, pelas formas de racionalidade da ética atual, havendo
assim a necessidade de uma Ética Universal ou de novos princípios Éticos. O idealismo absoluto de Hegel é fiel ao historicismo romântico,
considerando o vir-a-ser dialético, o desenvolvimento, como realidade num
processo emanentista, quer dizer, circular. O idealismo hegeliano defendia que
não é o sujeito que gira em torno do objeto, mas, ao contrário, o objeto que
gira em torno do sujeito, pois, conhecer para ele, não é refletir, ou
reproduzir, pelo pensamento, uma realidade exterior, independente do sujeito. Com
Hegel chega o fim das grandes concepções éticas, que se iniciara com Platão. O mister filosófico é de que o agir
humano, só é racional e livre dentro de um pensamento da realidade, que permita
o sujeito da ação, transcender as normas e nelas descobrir seus fins. Para
Hegel, toda educação deve ser dirigida para o individuo fazendo-se objetivamente
no Estado. Avaliando todo exposto, com base em Russel (2008), Reale (2002) e
Lima (2009), entende-se que o idealismo professa a idéia que o pensamento se
sobrepõe sobre as coisas. Isto quer dizer que o pensamento de um sujeito se
realiza quando este pensa, sendo, pois, essencialmente, a correlação entre o
objeto pensado e o sujeito pensante. Por isso, o pensamento é a relação entre o
objeto pensado e o sujeito pensante. Esta exposição filosófica se dá com o
surgimento do pensamento cartesiano, seguindo-se aos ensinamentos de Kant que
trouxe a primazia da moral, Ficjte que parte do absoluto realizando a intuição
do absoluto sob a espécie do eu, em Schelling que traz a identidade absoluta
tratando de uma personalidade intelectual diferente, ou seja, de um esteta, até
chegar na razão absoluta hegeliana. A esta altura entende-se que os idealistas
reuniram de forma distinta todo arcabouço intelectual do idealismo, partindo do
absoluto e formatando a idéia do conhecimento por meio das idéias. Tal fato vai
originar a verdadeira percepção educacional da aprendizagem, onde cada um ao
perceber a existência das coisas, terá, anteriormente, a idéia dessa concepção.
O idealismo, portanto, apresenta um ponto de vista de caráter voluntário no
contexto cartesiano, ao estabelecer que o juízo não é simplesmente uma operação
intelectual exclusivamente, mas a vontade que nega ou afirma, simbolizando uma
fundamental característica do Idealismo. Dá-se, daí, que o idealismo se
comporta dentro de uma atitude introvertida consistindo no posicionamento do
olhar e da atenção a um determinado local ou lugar, recaindo no próprio eu,
isto com um esforço voluntário, em atitude reflexiva girando em si mesmo,
artificial de se dirigir a atenção para todo o foco de onde a atenção parte. Desta
forma, o conhecimento para o Idealismo, é uma atividade que sai do sujeito para
alcançar as coisas, elaborada conceitualmente e finalmente constata a realidade
da coisa descoberta, sendo, portanto, o final a realidade da coisa e última
atividade no degrau do conhecimento para aquisição da consciência da coisa
real. Compreende-se, portanto, que a atitude voluntária, introvertida e
voluntária do idealista, traz a consideração de que a realidade não é algo
dado, mas como aquilo que se vai conquista pela força do pensamento. Desse
modo, a consciência para o idealista é o eu mesmo pensando, tomando
conhecimento das coisas e do mundo. Daí entender-se porque o |Idealismo também
é chamado de Racionalismo, porque desfez a unicidade do ser humano aristotélico,
quando o corpo é tratado como uma máquina que possui uma alma que o dirige, o
homem sai da medida de todas as coisas para o cogito cartesiano, passando a
ser, assim, a medida de tudo pelo pensamento que possui a potencia de criar a
realidade. Daí vem a idéia cartesiana de que o homem nasce das idéias inatas. A
partir disso a filosofia kanteana conciliando a filosofia e a ciência, tratando
que o homem não conhecerá jamais a realidade em si, apenas os fenômenos,
propondo sua gnosiologia e influenciando a educação, onde expressa a razão com
suas categorias do entendimento, quando o conhecimento passa a se exprimir de
dentro para fora, cumprindo o dever pelo dever, provocando o voluntarismo e o
otimismo educacional, uma vez que para Kant a educação pode tudo. Ocorre,
então, o Idealismo hegeliano com a sua filosofia dialética que é a visão
substancial do movimento da realidade porque tudo está sendo, é o devir. Com
isso a razão ou idéia passa a ser a tese de onde tudo provém da dialética e
todas as coisas vehetais, humanas, minerais, animais e do Estado. Por isso, na
educação o Idealismo se projeta mais espiritualmente que para o ser humano,
manifestando o impulso para dentro do interior humano, que é considerada a sede
do espírito, ou seguindo para o além onde se encontra o verdadeiro mundo. Desta
forma, o pensamento hegeliano entende que o homem prescinde de espaço e tempo,
porque se manifesta o mesmo em toda e qualquer parte, razão pela qual, deve ser
recepcionado por uma educação igualitária. Sendo então o homem um ser
contemplativo, ele nasce para conhecer, este sendo a verdadeira felicidade: o
conhecimento das idéias. Vê-se,
portanto, que a educação Idealista se caracteriza pela tutela estatal de
caráter cívico. A pedagogia do idealismo, conforme Lima (2009), defende que a
educação deve desenvolver a faculdade da razão, levando à formação do caráter
moral. Esta pedagogia, no entendimento de Saviani
(2007), ocupa o espaço da educação,
entendida como a arte de ensinar tudo a todos, observando os fins da educação a
partir da ética e os meios baseados na psicologia. Mediante esta exposição,
passa-se às considerações finais.
CONCLUSÃO - O idealismo, conforme visto no presente estudo, está contido
no principio da imanência, considerando que o homem só conhece suas idéias ou
pensamento para conhecer diretamente algo. A partir disso, encontrou-se o
idealismo como agrupamento de doutrinas que compreendem tudo e todas as coisas
como idéias, explicitados pelos pensadores Kant, Berkeley, Fichte, Schelling e
Hegel. Por meio deles deu-se de conhecer o idealismo na imanência do
conhecimento, o que corroborou a pedagogia idealista sendo processada a partir
do idealismo platônico que se condensa com as demais correntes do idealismo,
como o cartesiano, o kantiano, o hegeliano e as nomenclaturas idealistas
adotadas na contemporaneidade. Verificou-se que a educação idealista está
baseada na ética, na filosofia e na psicologia, o que resulta numa importante
teoria educacional que compreende a racionalização, a metodologia e o formato
de um procedimento cientificamente aceitável. Percebe-se, contudo, que o
Idealismo se expressa como uma doutrina coerente e ontológica, ensinando que a
realidade verdadeira não está, senão, dentro do próprio homem. O conhecimento
não é desprezado pelo idealista, uma vez que este conhecimento possui um
substrato espiritual despertando a racionalidade. A critica aponta vantagens no
pensamento idealista que superaram os empiristas, os materialistas, os
pragmatistas, os positivistas, entre outros. No entanto, como conseqüência do
pensamento baseado no principio da imanência da realidade do espírito,
entende-se ter, assim, uma concepção que se mostra unilateral quanto a
compreensão do mundo. Além do mais, o pensamento idealista é visto, no domínio
da educação, como de suma importância pela adoção da idéia de transformar o
homem e o mundo. Embora sejam encontradas críticas severas contra o idealismo
e, por conseqüência, a pedagogia idealista, observa-se, no entanto, se destina
a uma contribuição na busca da pedagogia dos anseios e desejos de todos,
formando, assim, a base para a consolidação da educação como eficiente e eficaz
ferramenta que seja capaz de contemplar a todos que necessitam. Veja mais aqui e aqui.
REFERÊNCIAS
Lima, P. G. (2009). A pedagogia do idealismo alemão.
Dourados: UFGD.
Reale,M. (2002). Introdução à filosofia. São Paulo: Saraiva.
Russel, B. (2008) Os problemas da filosofia. Lisboa:
70.
Saviani, D. (2007). Pedagogia: o espaço da educação na universidade. Cadernos de Pesquisa, v. 37, n. 130,
jan./abr.
TATARITARITATÁ – A edição deste sábado, dia 22, do Tataritaritatá no programa Alagoas Frente & Verso, a partir das 9:00hs, na radio Difusora de Alagoas, trará como destaque:Mácleim, Naná Vasconcelos, Clara Redig, a cantora Sonia Mello, Coretfal, a cantoria de Sebastião Dias & Zé Cardoso, a escritora Socorro Cunha, a DJ Zen, Mestre Pagode, Marcia Vilela, Uma noite no tabariz, a professora Aurea Correia do Colégio Imaculada Conceição de Maceiío e as comemorações do dia Folclore!!! Veja mais
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