A arte
de pintor francês Paul Laurenzi.
FELATRIZ: O UNIVERSO NA SUA BOCA - Ela chega e me beija devoradora,
enquanto uma das mãos alisa meu sexo por cima da calça. E com sua boca
devoradora, ela desce e se acocora, as faces esfregadas sobre o tecido com o
meu membro rijo, alisando os lábios como se quisesse tragar assim desse jeito e
a me deixar louco, desabotoa minha calça, desliza o zíper, alisa meu pau que
sente o seu bafo a contorna-lo por cima da cueca, mordiscando e ajoelhada
encara meu pinto sacado, rijo e ousado, e se debruça como se fosse o seu credo
professando toda sua devoção numa silenciosa oração e o beija aos montões com
seus beiços de Kelly LeBrock pra lambê-lo todinho e prendê-lo entre os lábios
de Angelina Jolie, como se fosse a sua chupeta – ah, língua da capeta! – chupóloga
que oferta todo universo na sua boca, com todos os sóis, todas as estrelas,
planetas, todas as constelações siderais pra me presentear na sua abobada
palatina a me perder entre Amdrêda e Cassiopeia, quando brinca com uma lambida:
Tem gosto de graviola e ela toda se evola acha lindo o chapéu do vaqueiro e diz
que sou seu rei e senhor, dedica todo penhor para achar que tem gosto de
carambola e ela toda esmola com a maior sucção, ah, eu viro vulcão quando ela
diz que é sua saborosa manga, ah, tem gosto de uma gigante pitanga e acha meu
cacete gostoso como se chupasse mangaba e diz que depois que me dar sua goiaba
todinha madura preu me fartar, ela quer é me enfartar dizendo minha pica tem a
gostosura do ingá e de saborosa pinha, ela toda se aninha na maior boquetada,
chega baba a safada e mais quer chupar o meu tamarindo, todo lambido luzindo
feito siriguela, de levá-lo inteiro até na goela, engolindo dele entrar à
garganta de tão engolideira e fiel boqueteira a lamber os testículos, a me dá a
constelação de Ophiucus e a me fazer seu melão ou apetitoso cajá, ela adora
felar, felatriz que me faz levitar como se eu fosse primorosa cajarana, ah, como
chupa a putana e diz que é legal, e sobeja como pega uma acerola ou umbu como
se a constalação de Grus estivesse nela e ela quer mais chupar o seu maracujá,
a sua cenoura, suga chupadora o seu grandão caroço de pitomba e diz que meu
pinto é uma tromba e quer nela se arrombar e meu gozo é seu xarope, vitamina
pra sua saúde, loção pro seu corpo, quando diz que adora ficar toda peguenta
com meu sêmen, ah viscosidade do seu hidratante labial e facial, fragrância da
sua pele e enche a boca com minha gozada e faz seu batismo, crisma e júbilo e nela
amanheço, nela entardeço, nela anoiteço e sou todo nela. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui e aqui.
A arte
de pintor francês Paul Laurenzi.
PENSAMENTO DO DIA - Todo
o universo visível não é senão um depósito de imagens e de signos aos quais a
imaginação conferirá um lugar e um valor relativos; é uma espécie de alimento
que a imaginação deve digerir e transformar. Pensamento do escritor, tradutor, critico de arte e poeta francês,
Charles Baudelaire (1821 - 1867). Veja
mais aqui.
MENTES, CÉREBROS & CIÊNCIA [...] Ter
uma mente é algo mais do que ter processos formais ou sintáricos. Nossos
estados mentais internos têm, por definição, certos tipos de conteúdos
[...] A razão pela qual um programa de
computador não pode jamais ser uma mente é simplesmente que um programa de
compitador é somente sintático e as mentes são mais do que sintáticas. As
mentes são semânticas, no sentido de que têm algo mais do que uma estrutura
formal: têm um conteúdo. Trechos extraídos da obra Mentes, cérebros y ciência (Catedra, 1985), do filósofo e escritor
estadunidense John Searle. Veja mais
aqui.
MORFOSSINTAXE – [...] Pensamos
neste momento em Derrida, que se pergunta, perplexo, diante da análise de uma
tragédia de Corneille: por que há mais beleza na tragédia do que em sua
estrutura? Estamos inteiramente de acordo com ele [...] embora o texto não seja
sua estrutura, ele certamente a possui; e, se a perder, perderá sua própria
identidade, mutilado em sua essência. Além do mais, a análise, como prática,
que leva ao conhecimento,tem tambpem a sua beleza e proporciona aquele prazer
especial que sempre motiva o homem: o prazer da descoberta. [...]. Diz
Hjelmslev que “toda sintaxe é morfologia e toda morfologia é sintaxe”.
Poderiamos parafrasear sua asserção, concluindo que a sintaxe é a morfologia da
frase e a morfologia é a sintaxe da palavra. Trechos extraídos da obra Morfossintaxe (Ática, 1995), de Flávia de Barros Carone.
VENDEDORA DE FÓSFOROS - [...] Achou
um canto, formado pela saliência de uma casa, e acocorou-se ali, com os pés
encolhidos, para abrigá-la ao calor do corpo; mas cada vez sentia mais frio.
Não se animava a voltar para casa, porque não tinha vendido uma única caixinha
de fósofors, e não ganhara um vintém. Era certo que levaria algumas lambadas.
Além disso, em sua casa fazia tanto frio como na rua, pois só havia o abrigo do
telhado, e por ele entrava uivando o vento, apesar dos trapos e das palhas com
que lhe tinham tapado as enormes frestas. Tinha as mãozinhas tão geladas...
estavam duras de frio. Quem sabe se acendendo um daqueles fósfotos pequeninos
sentiria alguma calor? Se se animasse a tirar um ao menos da caixinha, e
riscá-lona parede para acendê-lo...Ritch!... Como estalou, e faiscou, antes de
pegar fogo! Deu uma chama quente, bem clara, e parecia mesmo uma vela quando
ela o abrigou com a mão. E era uma vela esquisita aquela! Pareceu0-lhe logo que
estava sentada diante de uma grande estufa, de pés e maçanetas de bronze
polido. Ardia nela um fogo magnítico, que espalhava suave calor. E a
meninazinha ia estendendo os pés enregelados, para aquecê-los e... tss!
Apagou-se o clarão! Sumiu-se a estufa, tão quentinha, e ali ficou ela, no seu
canto gelado, com um fósforo apagado na mão. Só via a parede escura e fria.
[...] A pequena vendedora de fósforos, de Contos escolhidos (Globo, 1985), do
escritor dinamarquês Hans Christian
Andersen (1805-1875). Veja mais aqui.
OUVERTURE LA VIE EM CLOSE – em latim / “porta” se diz “janua” / e
“janela” se diz “fenestra” / a palavra “fenestra” / não veio para o português /
mas veio o diminutivo da “janua”, / “januela”, “portinha”, / que deu nossa
“janela” / “fenestra” veio / mas não como esse ponto da casa / que olha o mundo
lá fora, / de “fenestra”, veio “fresta”, / o que é uma coisa bem diversa / Já
em inglês / “janela se diz “window” / porque por ela entra / o vento (“wind”)
frio do norte / a menos que a fechemos / como quem abre / o grande dicionário
etimológico / dos espaços interiores. Poema de do escritor, critico literário, tradutor e professor Paulo Leminski (1944-1989).
Veja mais aqui.
A arte
de pintor francês Paul Laurenzi.
Imagem: hehehehehehehehe, ano passado não foi, este também não... e o que vem, será? .
Gentamiga,
para vocês minhas crônicas natalinas. É só clicar em cima do título e curtir as ditas:
E não deixe de ver as previsões e simpatias do Doro.
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David, Raquel Welsh, Karita Mattila, Fenelon Barreto & Literatura Infantil aqui.
E mais:
Doris Lessing, Jean-Claude
Brisseau, Octave
Tassaert, Virginie Legeay, Maria Martins, Doro & Jade da Rocha aqui.
O papel da arte no direito à saúde, Hannah Arendt & O cuidado com o
mundo, Francis Scott Fitzgerald, Wolfgang Amadeus Mozart, Gilberto
Mendonça Teles, Pedro Almodóvar, Claudia Riccitelli, Gilda de Abreu, Victoria
Abril, Suzanne Valadon, Arlindo Rocha & Literatura Infantil aqui.
Fecamepa & a escravaria, Hegel, Mário Quintana, Debret
& Pauley Perrette aqui.
Presente de Natal, Agostino Carracci, Pal
Fried & as previsões do Doro aqui.
Rūmī, Margaret Mead, Martin Page, Tori Amos, Nanni Moretti, Arthur Omar, Pierre Puvis de Chavannes, Laura Morante &
Jeová Santana aqui.
O evangelho do Padre Bidião, Edmund
Husserl, Dalton Trevisan, Caio
Fernando Abreu, Obviedades Cínicas, Carl
Sandburg, Zé Barbeiro, Anne Desclos, Pilar
Quintana, Corinne Cléry, Ignacio Zuloaga Zabaleta & Ísis Nefelibata aqui.
O toco do Barnabé, Mario de Andrade, Franz Hartmann, Roger
Chartier, Felipe Coelho, Rosi Campos, Laetitia
Colombani, Albert Arthur Allen, Audrey
Tautou, Anna Rose Bain & Helena Ferreira aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Homenagem de Leitora como presente de parabéns pro Tataritaritaá!
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.