quinta-feira, dezembro 20, 2007

SEARLE, ANDERSEN, LEMINSKI, BAUDELAIRE, FLÁVIA BARROS CARONE, PAUL LAURENZI, FELATRIZ & CRÔNICAS NATALINAS


A arte de pintor francês Paul Laurenzi.

FELATRIZ: O UNIVERSO NA SUA BOCA - Ela chega e me beija devoradora, enquanto uma das mãos alisa meu sexo por cima da calça. E com sua boca devoradora, ela desce e se acocora, as faces esfregadas sobre o tecido com o meu membro rijo, alisando os lábios como se quisesse tragar assim desse jeito e a me deixar louco, desabotoa minha calça, desliza o zíper, alisa meu pau que sente o seu bafo a contorna-lo por cima da cueca, mordiscando e ajoelhada encara meu pinto sacado, rijo e ousado, e se debruça como se fosse o seu credo professando toda sua devoção numa silenciosa oração e o beija aos montões com seus beiços de Kelly LeBrock pra lambê-lo todinho e prendê-lo entre os lábios de Angelina Jolie, como se fosse a sua chupeta – ah, língua da capeta! – chupóloga que oferta todo universo na sua boca, com todos os sóis, todas as estrelas, planetas, todas as constelações siderais pra me presentear na sua abobada palatina a me perder entre Amdrêda e Cassiopeia, quando brinca com uma lambida: Tem gosto de graviola e ela toda se evola acha lindo o chapéu do vaqueiro e diz que sou seu rei e senhor, dedica todo penhor para achar que tem gosto de carambola e ela toda esmola com a maior sucção, ah, eu viro vulcão quando ela diz que é sua saborosa manga, ah, tem gosto de uma gigante pitanga e acha meu cacete gostoso como se chupasse mangaba e diz que depois que me dar sua goiaba todinha madura preu me fartar, ela quer é me enfartar dizendo minha pica tem a gostosura do ingá e de saborosa pinha, ela toda se aninha na maior boquetada, chega baba a safada e mais quer chupar o meu tamarindo, todo lambido luzindo feito siriguela, de levá-lo inteiro até na goela, engolindo dele entrar à garganta de tão engolideira e fiel boqueteira a lamber os testículos, a me dá a constelação de Ophiucus e a me fazer seu melão ou apetitoso cajá, ela adora felar, felatriz que me faz levitar como se eu fosse primorosa cajarana, ah, como chupa a putana e diz que é legal, e sobeja como pega uma acerola ou umbu como se a constalação de Grus estivesse nela e ela quer mais chupar o seu maracujá, a sua cenoura, suga chupadora o seu grandão caroço de pitomba e diz que meu pinto é uma tromba e quer nela se arrombar e meu gozo é seu xarope, vitamina pra sua saúde, loção pro seu corpo, quando diz que adora ficar toda peguenta com meu sêmen, ah viscosidade do seu hidratante labial e facial, fragrância da sua pele e enche a boca com minha gozada e faz seu batismo, crisma e júbilo e nela amanheço, nela entardeço, nela anoiteço e sou todo nela. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui e aqui.


A arte de pintor francês Paul Laurenzi.

PENSAMENTO DO DIA - Todo o universo visível não é senão um depósito de imagens e de signos aos quais a imaginação conferirá um lugar e um valor relativos; é uma espécie de alimento que a imaginação deve digerir e transformar. Pensamento do escritor, tradutor, critico de arte e poeta francês, Charles Baudelaire (1821 - 1867). Veja mais aqui.

MENTES, CÉREBROS & CIÊNCIA [...] Ter uma mente é algo mais do que ter processos formais ou sintáricos. Nossos estados mentais internos têm, por definição, certos tipos de conteúdos [...] A razão pela qual um programa de computador não pode jamais ser uma mente é simplesmente que um programa de compitador é somente sintático e as mentes são mais do que sintáticas. As mentes são semânticas, no sentido de que têm algo mais do que uma estrutura formal: têm um conteúdo. Trechos extraídos da obra Mentes, cérebros y ciência (Catedra, 1985), do filósofo e escritor estadunidense John Searle. Veja mais aqui.

MORFOSSINTAXE – [...] Pensamos neste momento em Derrida, que se pergunta, perplexo, diante da análise de uma tragédia de Corneille: por que há mais beleza na tragédia do que em sua estrutura? Estamos inteiramente de acordo com ele [...] embora o texto não seja sua estrutura, ele certamente a possui; e, se a perder, perderá sua própria identidade, mutilado em sua essência. Além do mais, a análise, como prática, que leva ao conhecimento,tem tambpem a sua beleza e proporciona aquele prazer especial que sempre motiva o homem: o prazer da descoberta. [...]. Diz Hjelmslev que “toda sintaxe é morfologia e toda morfologia é sintaxe”. Poderiamos parafrasear sua asserção, concluindo que a sintaxe é a morfologia da frase e a morfologia é a sintaxe da palavra. Trechos extraídos da obra Morfossintaxe (Ática, 1995), de Flávia de Barros Carone.

VENDEDORA DE FÓSFOROS - [...] Achou um canto, formado pela saliência de uma casa, e acocorou-se ali, com os pés encolhidos, para abrigá-la ao calor do corpo; mas cada vez sentia mais frio. Não se animava a voltar para casa, porque não tinha vendido uma única caixinha de fósofors, e não ganhara um vintém. Era certo que levaria algumas lambadas. Além disso, em sua casa fazia tanto frio como na rua, pois só havia o abrigo do telhado, e por ele entrava uivando o vento, apesar dos trapos e das palhas com que lhe tinham tapado as enormes frestas. Tinha as mãozinhas tão geladas... estavam duras de frio. Quem sabe se acendendo um daqueles fósfotos pequeninos sentiria alguma calor? Se se animasse a tirar um ao menos da caixinha, e riscá-lona parede para acendê-lo...Ritch!... Como estalou, e faiscou, antes de pegar fogo! Deu uma chama quente, bem clara, e parecia mesmo uma vela quando ela o abrigou com a mão. E era uma vela esquisita aquela! Pareceu0-lhe logo que estava sentada diante de uma grande estufa, de pés e maçanetas de bronze polido. Ardia nela um fogo magnítico, que espalhava suave calor. E a meninazinha ia estendendo os pés enregelados, para aquecê-los e... tss! Apagou-se o clarão! Sumiu-se a estufa, tão quentinha, e ali ficou ela, no seu canto gelado, com um fósforo apagado na mão. Só via a parede escura e fria. [...] A pequena vendedora de fósforos, de Contos escolhidos (Globo, 1985), do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-1875). Veja mais aqui.

OUVERTURE LA VIE EM CLOSEem latim / “porta” se diz “janua” / e “janela” se diz “fenestra” / a palavra “fenestra” / não veio para o português / mas veio o diminutivo da “janua”, / “januela”, “portinha”, / que deu nossa “janela” / “fenestra” veio / mas não como esse ponto da casa / que olha o mundo lá fora, / de “fenestra”, veio “fresta”, / o que é uma coisa bem diversa / Já em inglês / “janela se diz “window” / porque por ela entra / o vento (“wind”) frio do norte / a menos que a fechemos / como quem abre / o grande dicionário etimológico / dos espaços interiores. Poema de do escritor, critico literário, tradutor e professor Paulo Leminski (1944-1989). Veja mais aqui.


A arte de pintor francês Paul Laurenzi.



Imagem: hehehehehehehehe, ano passado não foi, este também não... e o que vem,  será? .

Gentamiga,
para vocês minhas crônicas natalinas. É só clicar em cima do título e curtir as ditas:







E não deixe de ver as previsões e simpatias do Doro.



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CRÔNICA DE AMOR POR ELA


Homenagem de Leitora como presente de parabéns pro Tataritaritaá!
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
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Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
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