quarta-feira, dezembro 19, 2007

CORTÁZAR, TOLSTOI, STRAZZACAPPA, EDITH PIMENTEL PINTO, ELIZA OKAJ, VIOLÊNCIA & FECAMEPA


 
Art by Eliza Okaj. Veja mais abaixo.


FECAMEPA: DANDO UNS PULOS QUE NINGUÉM É QUADRADO - Não há aqui quem instrua, mas há todos que escravizam” (Padre Antonio Vieira) - I-hi, segura a onda, gente! É que agora estou passando uma geral do séc. XVI até as vésperas da independência no séc, XIX. Na verdade, trupé da gota! A gente sabe, de chapa, das macunaimices de curibocas, mamelucos e filhos-da-mãe que sacudiram os primeiros séculos da nossa colonização, saboreando mesmo a escravização e carnificina dos índios e, posteriormente, dos negros que levaram ao conflito dos quilombos dos Palmares com seus desdobramentos trágicos. A bem da verdade, os índios continuaram vítimas da catequese e até escravizados por séculos depois. Também os negros, ambos viviam numa viela: ou escravos ou perseguidos nos matos. No meio dessa roubada toda, bate a constatação de que Portugal não era o único beneficiário da exploração colonial, isso porque ingleses, franceses, espanhóis, holandeses, o diabo a quatro, tudo metia o pingulim no furico da mãe-Joana lusa. E o pior de tudo é que ninguém estava satisfeito com esse angu-de-caroço: nem os índios, nem os negros, nem o escravocratas, nem os açucarocratas, nem o rei de Portugal nem ninguém. Putzgrila! Não havia planejamento algum, a coisa era feita no empurrado da barriga e na volta dos caprichos. Nisso, a fuga dos nativos e escravos levou à procura por interiorizar a colonização rumo ao sertão e ao vale amazônico. A interiorização se deu por meio da pecuária, do extrativismo vegetal baseado nas “drogas do sertão” e do apresamento de indígenas. Entre as tais drogas estavam o cacau, guaraná, borracha, castanha-do-pará, gergelim, noz de pixurim, baunilha, coco, dentre outras. Isso deu um pipoco medonho! Findou num buruçú que é conhecido como a revolta de Beckamn que eclodiu em 1684, no Maranhão e liderada por Manuel Beckman, um abastado senhor de engenho, pintando a peste com revoltosos que queriam abolição do monopólio comercial, findando na traição para execução sumária. Já era. Essa interiorização ficou conhecida como movimento das entradas e bandeiras que logo se aproximou da mineração quando, exatamente em 1698, Antonio Dias de Oliveira descobre as minas de Ouro Preto. U-huu! Virou festa! Começa a corrida pelo ouro, u-huuuu!!! Pois, é aí que se pronuncia o deslocamento maciço da população ávida por riqueza, passando fome, morrendo na carestia, mas com esperança de alcançar ouro e diamante. É aí mesmo que se dá o confronto entre os emboabas e os macunaímas paulistas. Como estes foram expulsos de Minas, penetraram com gosto de gás nas novas descobertas de jazidas em Goiás e Mato Grosso. Outro foguetório! Verdade, num é que o ouro dava na terra! Eita, que o negócio vai virar estrupício já já! Há que se entender que as entradas eram expedições armadas destinadas a explorar os sertões do Brasil, escravizar índios, descobrir terrenos com metais e pedras preciosas. Ou seja, era o bicho com fome procurando vítima para comer. Também há que se esclarecer que as bandeiras foram expedições armadas com o fim de capturar índios e descobrir minas. Elas foram realizadas na maior parte das capitanias. Cá pra nós: qual a distinção? Só a de chegar e a de se apropriar, né? Comer e deixar a ferrada no toitiço lá. Mas do outro lado das coisas, outras tramas paralelas engordavam a sina trágica de espoletar uma desgraça. Nesse tempo, como a concorrência holandesa das Antilhas afundando a monocultura da cana-de-açúcar, dá-se, então, o confronto entre os comerciantes portugueses do Recife com senhores de engenho de Olinda. Verdadeiro bafafá, pois, tocam fogo num conflito conhecido como a Guerra dos Mascates que começa em 1709 e finda em 1711 quando Recife, enfim, é equiparada a Olinda. Nem bem a gente pisca o olho, mais panos pras mangas da discórdia vão se soltando, até torar o aço. Ocorre a insurreição da Bahia, em 1712, porque os baianos meteram o pé na bunda atrás do ouro de aluvião e diamante das minas descobertas, coisa que desagradou a Coroa. Então eles foram proibidos de fazer comércio com as Gerais. E foi considerado contrabando qualquer negociação deles. Besteira, já se sabia que os traficantes nordestinos chegavam a superar a concorrência de nações poderosas como Inglaterra, França e Holanda, batendo também os portugueses. E isso até hoje, duvide não. Pois sim, acha que a ordem do rei seria cumprida? Será que vale, hem? Há, há! Eles sapecaram trabalheira lá e nem aí. Para quem tinha posição parasitária como Portugal, os caras aqui batiam forte: corrupção, afanações, limpeza de cofres, enrolações e outras práticas nefandas que a gente conhece muito bem e são tão vigentes ainda hoje, né não? Nesse período o Tratado de Tordesilhas foi pro saco. Deu-se início uma porrada de outros tratados, dentre eles o de Ultrecht, de 1713 e o de 1715, de Madri em 1750, de Santo Ildefonso em 1777 e de Badajós em 1801, tudo com branquinhos passando gato-com-lebre na maior trapaça, engalobações e toques-de-arrudeio. Pois é, nisso foi que resultou a lição dos portugas de que chapéu de otário é marreta. Todos tirando a lasquinha na vantagem e o gajo naquela de que já enfiaram nele que só e ele sem comer ninguém até então. Hehehehehehe. Moral da história: nessa brincadeirinha Portugal dançou com 4 milhões de cruzados em indenização para Holanda, sem contar que entregou de bandeja o Ceilão e as ilhas Molucas para os mesmos. Pode? Hahahahaha. Enquanto isso, o pano de fundo dessas fuleragens todas são as guerras guaraníticas que duram até 1767. Mas antes disso, um tal de Manquês de Pombal chega de culhão inchado, virado na breca, fumaçando pelas ventas e botando sal na moleira de todo mundo. Num bafejo só, abateu a Companhia de Jesus em Portugal e no Brasil. Só um café pequeno. Depois, extinguiu as capitanias hereditárias e botou quente no papeiro dos jesuítas expulsando-os em 1759, por causa de entrar em desacordos com os interesses da coroa e dos colonos e, também, por se posicionarem contra a escravização indígena. Peraí, alto lá! Não é que eles, os jesuítas, fossem contra a escravidão de mesmo, nada disso; apenas se opunham à escravização indiscriminada. Eles queriam que escravizasse primeiro pela fé, depois, depois, ora, pela economia. Aí, sim. E mesmo que o Rei ou o Papa se manifestassem contra a escravização dos nativos, a cabroeira burlava a lei e metia latanhada pra cima. Ora. Pois bem, com a extinção das capitanias hereditárias por Marquês de Pombal, o foco continua sendo o açúcar do Nordeste e, também, o agora descoberto ouro de aluvião de Minas. O negócio empena, mas não quebra e o cara mostrou que era forte e mandava mesmo. Depois de todos os feitos “heróicos” e abominados, o Pombal tomou na tarraqueta, sendo acusado e condenado à sentença de morte apoiada unanimemente até por quem num tinha nada a ver com isso, mas a rainha D. Maria I, comutou sua pena em desterro. Aí, morreu de desgosto em 1782. Mas o tempo passa e lá vem o declínio da mineração, hem, hem,.. acabou o ouro. E agora? Nisso ocorre o que Caio Prado Júnior chamou de “renascimento agrícola”, quando a produção açucareira retomou fôlego, bem como o algodão no Maranhão, o café em São Paulo e o arroz no Rio de Janeiro. A pecuária se dá bem na capitania de São Pedro, atual Rio Grande do Sul com a produção da charqueada que será levada para todo o resto do país. Mas pensa que acabou? Ora, já em 1788, quando os donos das minas andavam desgostosos com o alto dispêndio e pelo enorme imposto, corre o boato de que a Corte ia lançar a derrama, fazendo força pela cobrança dos impostos atrasados. A coisa não fica por aí e ocorre a maior insatisfação do povo, preparando-se um levantamento geral liderado pelos poetas Alvarenga Peixoto, Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antonio Gonzaga, dentre outros, numa conspiração que receberia o nome de Inconfidência Mineira. Nesse acontecimento, um certo Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, ousava ostensiva crítica contra a Coroa, o que levou o alcagüete Joaquim Silvério dos Reis a se passar por comparsa, ficar por dentro de tudo e depois delatar tintim por tintim todo plano dos insurretos que findaram na prisão e Tiradentes esquartejado. Eram os ideais liberais soprando na vida brasileira que levariam, mais tarde, às convulsões que redundariam na independência. Pois é, a coisa andava pegando fogo por aqui e em Portugal não era para menos. A França estava obstinada a invadir Portugal e o rei foi avisado pelo ministro inglês Lord Strangford, que conseguiu persuadi-lo a partir dali, o quanto antes. Foi aí que saírem se cagando de medo de general Junot, com tudo para pegá-los. Aí, avexados, fizeram careta e zarparam de Portugal mar adentro, escoltados pelos ingleses que sempre tiraram proveito deles e não deixariam nunca nem por nada nesse mundo a galinha-depenada-dos-ovos-de-ouro sozinha para enfrentar Napoleão. Em 1808, chega no Rio de Janeiro, a família real na maior catinga de imundície. Trouxeram além do fedor, metade do tesouro porque perderam a outra metade com a leseira de comprar a neutralidade com a França. Onde já se viu? E chegaram confiscando tudo: quem tivesse duas propriedades, perdia uma para os migrantes. A-há! Isso valeu até 1818. A partir daí, o Brasil que era Colônia e Vice Reino de Portugal desde 1500, agora, virava Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Grande coisa! É, quem diria? Dá pra cantar o Fado Tropical, do Chico Buarque e Ruy Guerra, né não? “Ai, esta terra vai cumprir seu ideal, ainda vai tornar-se um imenso....” A coisa ficou séria com meio mundo de inovações, ordens, realizações, até a fundação do Banco do Brasil que pela trapalhada de tudo não conseguiu sobreviver a tanto desmando na emissão de dinheiro ambiciosa e desgovernadamente superando o lastro do ouro, perdendo seu valor e respeitabilidade. Valia merrecas! Necas de pitibiriba, meu! E o banco, sifu em 1828 completamente insolvente. Deus o tenha! hahahahaha! Por outro lado, a rainha Carlota Joaquina aprontava das suas. Fogosa, feia, baixinha, disforme, virada na capota choca de barba e bigode, bufava seu gênio ruim de bicho brabo indomável até arrear num gozo fuderoso com as pernas abertas num pra-te-vai monumental. Quando se refazia, ela - e toda estrangeirada da Corte – faminta, sentia maior repugnância e não agüentava nem ver a gente se fartar num suculento prato de charque ou carne de sol com feijão preto e farinha de mandioca – melado com manteiga de garrafa! - tudo cozido, amassado com as mãos e, no fim de tudo, tão gostoso da gente lamber o prato e os dedos. Mas a zona da corte joanina que mais parecia a bisonhice da “Praça é nossa” vai se enrolando no próprio nó. E quando deram fé, a decadência da lavoura canavieira associada à política de opressão fiscal do governo de Marquês de Pombal promoveu uma série de insatisfações que vão dar na revolução pernambucana de 1817 e no Movimento Constitucionalista de 1821, ambos alimentados pelos ideais do liberalismo e prontos para mandar Portugal tomar no quiba e deixar a gente escolher nosso próprio destino. Quando não tem mais remédio e a coisa empiora em Portugal, a família real vai embora e deixa regente o seu filho, D. Pedro I que passa a governar o Brasil, não antes deitar nas camas das requerentes moçoilas, tomar umas e outras, ficar de bucho embrulhado e, de vez em quando, cagar raio para não perder o costume. Enquanto isso, vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!!! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais Fecamepa


PENSAMENTO DO DIATodo e qualquer acontecimento, seja na vida do individuo, seja nas sociedades humanas, tem sua origem no pensamento. Pensamento do escrito russo Liev Tolstoi (1828-1910). Veja mais aqui.

O CORPO E SUAS REPRESENTAÇÕES - [...] O corpo tem uma forma específica [...] é memória enquanto reservatório de uma história passada e ao mesmo tempo ele é a projeção do futuro, com sua bagagem genetica, seus sonhos, desejos, projetos, etc. [...] As técnicas corporais são também condicionadas por fatores socioculturais. A escolha por uma ou outra atividade é carregada de valores. Ela não foge a certas convenções sociais, sobretudo no que tange à educação das crianças. Por que escolhemos, por exemplo, a dança clássica para as meninas e o judô para os meninos? Num país onde a herança machista ainda está presente, raramente se vêem meninos em aula de ballet [...] às mulheres é reservada toda atividade onde a ternura, a delicadeza e a sensualidade são imperativas, e aos homens, as atividades físicas onde a força, a agressividade e o domínio são necessário. [...]. Trecho extraído de O corpo e suas representações (Cadernos CERY, 2001), da professora e pesquisadora Márcia Strazzacappa Hernández.

QUE HAJA JARDINS EM NOSSO TEMPOA violência tem sido tão explorada pelos meios de comunicação, tão exibida sem nenhum questionamento e tão banalizada que as pessoas, “anestesiadas”, passaram a conviver com ela como se fosse algo natural e, portanto, inevitável. Procuram, então, enfrentar a violência buscando soluções meramente individuais e segundo suas próprias possibilidades. Mudam-se para cidades menores, isolam-se em condomínios fechados e shoppings centers, contratam seguranças ou, mais frequentemente, agarram-se à religião, como única garantia de salvação. No entanto, não será dessa forma que iremos resolver situações que têm origens histórico-culturais, e sim com estratégias racionais e eficientes que promovam mudanças sociais. Mudanças que só se processarão através de lutas políticas consistentes e de projetos de educação que reforcem a formação humanística voltada para a cidadania e a solidariedade. […] O autoritarismo na área educacional tem gerado, ao logo de nossa história, indivíduos revoltados, incapazes de dialogar e intolerantes em relação às diferenças indiciduais. Sua preocupação, centrada apenas no sucesso profissional e econômico – para as altas esferas sociais -, e num ofício que garanta, no mínimo, o emprego e a sobrevivência – para as classes mais baixas -, tem sido responsável pela formação de pessoas mais competitivas e menos solidárias. A difusão da ideia de que a felicidade está em ter, muito mais do que em ser, tem criado bloqueios a experiências afetivas mais ricas e a projetos de vida mais consistentes, que transcendem os limites dos interesses meramente individuais para atingir os interesses coletivos. […] Disso tudo decorre a necessidade de o Estado, as comunidades religiosas, as escolas, empresas, sindicatos, agremiações esportivas etc. investirem mais em centros de convivência, oficinas de arte, lazer, lazer alternativo (mais barato e saudável), desenvolvimento da autoestima, respeito pelo outro, reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, a predisposição a contatos e relações prazerosas. Em outras palavras, deve-se investir na construção de uma cultura da paz. Trechos extraídos da obra Violêcia em debates (Moderna, 1997), de Júlia Faveline Alves.

FAMA E EUCALIPTOUma fama anda pelo bosque e embora não precise de lenha olha ambiciosamente para as árvores. As arvores sentem um medo terrível porque conhecem os hábitos dos famas e temem o pior. Entre eles há um belo eucalipto e o fama ao vê-lo dá um grito de alegria e dança trégua e dança catalã em torno do perturbado eucalipto, dizendo assim: - Folhas antisépticas, inverno com saúde, grande higiene. Puxa um machado e bate no estomago do eucalipto sem se importar com nada. O eucalipto geme, mortalmente ferido, e as outras árvores escutam o que ele diz entre suspiros: - Pensar que este imbecil não precisava mais do que comprar umas pastilhas Valda. Extraído da obra Histórias de cronópios e de famas (Civilização Brasileira, 1972), do escritor argentino de origem belga Julio Cortázar (1914-1984). Veja mais aqui.

O MODO - [...] quando o melhor amor se insinua nas letras / trama os sintagmas / escala as pautas e nas ameias / instala a bandeira da frase / informe e trêmula / no seu bordado desfiguratino [...]. Extraído de Artes de gramática (mimeo, 1983), da poeta e professora Edith Pimentel Pinto (1924-1992).


Art by Eliza Okaj.



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