REPENTE QUALQUER JEITO PARA VER COMO É QUE
FICA! – Segura a onda que tudo agora é na base do umbigo: se
deu, deu; se não deu, é pra ver como é que fica. Eu que não vou nessa. E se vai
tocar fogo no circo, saiba de antemão: as consequências são impresíviseis e
tudo pode acontecer, inclusive nada. Principalmente se estiver fora da
panelinha da corda de algum graúdo guaiamum, aí é preciso ficar atento: nada
sai além de farelos da farra dos escolhidos, afora broncas pra bode expiatório.
É nessa hora que ou se pula fora ou morre afogado. Saber no que vai dar,
ninguém sabe: todo tiro é no escuro - e eu que sou mais que gato escaldado,
fico só na coxia me precavendo de culpa perdida que me queiram por carapuça.
Hoje até quem não tem nada a ver é quem paga o pato; se for apartar briga, vá
precavido: a vítima pode ser quem chega pro deixa disso – desconfie, tramóias e
cruzetas a fole. Já vi do muito e sei tão pouco, quase nada: aprendi a ficar na
minha, nem oito, nem oitenta, além das medidas e acima, de preferência. Se não
der, saio pelas beiradas: nem de lado, nem de banda, escapando. Se for pra passar
a limpo, vou firme assumindo todas as responsabilidades, senão pra boi de
piranha não há heroísmo, os outros que folgam no óleo de peroba. Já foi o tempo
das convicções, hoje reciclo minhas idéias sempre – todo dia administro o
volume do lixo. Não tenho nem quero mais certeza alguma, sou interrogações
ambulantes, nenhuma resposta e perguntas aos montes – escolho entre as cabíveis
e descabidas, quais menos erráticas. Sigo adiante, cruzo caminhos, atravesso
encruzilhadas aos pinotes: não há segurança alguma, só se valer do anjo da
guarda – se ele não der um cochilo ou sair em férias, considere. Aí, babau. Do contrário,
se o sinal estiver fechado, espere a vez dos outros. Quando chegar a sua vez,
pouco importa que dê certo ou errado, vá pro tudo ou nada, pro que der e vier. Só
conte com o que tem, o resto é conversa fiada. Abra o olho pra tudo e só feche
quando quiser saber a verdade. Sorria que de cara feia o mundo está cheínho pela
tampa! E se não tiver o que fazer vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
Curtindo os álbuns – box com 6 cds duplos e 3 simples - Jackson do Pandeiro, o rei do ritmo
(Universal) e de uma levada só com o livro homônimo de Fernando Moura e Antônio
Vicente (Pão de Açúcar, 2001), revivendo a trajetória e os maios sucessos do
grande músico, cantor e compositor Jackson
do Pandeiro (1919-1982).
PESQUISA:
A arte atual
continua a se insurgir contra todo tipo de especificidade exclusiva e a se
abrir a todas as técnicas, a todos os cruzamentos possíveis entre essas técnicas
e a todas as experiências estéticas.
Trecho extraído da obra A tecnologia na arte: da fotografia à realidade virtual (EdUFRGS,
2003), do artista digital francês Edmond Couchot que propõe sintetizar a
pintura gestual, plástica e cinética no desenvolvimento de uma arte digital ou
numérica.
LEITURA
[...] ele está
explicando por que papel higiênico colorido é tão pior do que o branco. Elisabeth
sabe que vai ter muito pouco prazer em dormir com ele ou mesmo em fazer a
revelaão que foi fazer ali. Talvez nem se dê ao trabalho. Às vezes fica
estarrecida com quão longe as pessoas podem ir para enlouquecer. Ela causa
espanto a si mesma. [...].
Trecho extraído do romance A vida antes do homem (Rocco, 2005), da premiadíssima escritora
e crítica literária canadense Margaret
Atwood. Veja mais aqui.
PENSAMENTO
DO DIA:
O homem, enquanto é
determinado a fazer alguma coisa pelo fato de ter idéias inadequadas, não se
pode dizer absolutamente que age por virtude; mas sim, somente enquanto é
determinado pelo fato de ter um conhecimento.
Trecho extraído da obra Da servidão humana ou das forças das afecções (Autêntica, 2009), do
filósofo racionalista holandês Baruch de Espinoza (1632-1677). Veja mais
aqui e aqui.
IMAGEM
DO DIA;
A arte do escultor do rococó veneziano Antonio
Corradini (1688-1752).
Veja mais sobre Honoré
de Balzac, Erasmo de Roterdã, François Truffaut, Vladislav Nagornov, Anna Netrebko, Otto
Lingner, Lilith & Alienação
Social do Trabalho, Fanny Ardant
Ovídio, Machado
de Assis, Oswald de Andrade, Georges
Henri Tribout, Sônia Goulart, Ruy
Guerra, Sarah Bernhardt, Julian Mandel, Victor de Aveyron & Célia Lamounier
de Araújo aqui.
E mais sobre Eça de Queiroz, Molière, Pietro Ubaldi, Joni Mitchell,
Bernardo Bertolucci, Giovanni Battista Tiepolo, Publílio Siro & Thandie
Newton aqui e aqui.
DESTAQUE
A arte do fotógrafo Nikolai Endegor.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem: The
Presence, art by Victoria
Selbach
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Arte de Leonel Mattos.
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.