sexta-feira, agosto 05, 2016

PIERRE LÉVY, STUART HALL, BINELLI, GISELLE BOETERS, SAVARD, LUCIAH, ELOIR & BAILUNE


RESSONÂNCIAS ÁVIDAS ALÉM DO AMOR – (Imagem: arte da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez) - Longe, longe, tão longe quão distante dos sentidos vãos nas mãos que anseiam luzidia efígie quase inatingível mais que aprazível presente invisível dentro do coração. Uma vez e nada fora mais incrível porque era a primeira vez de tudo jamais previsto por todo ontem de décadas nas sombras dos cantos, nos insones telhados e no aperto dos momentos. Cada vez é nela um novo dia desvelando segredos, desejos, revelação do irrevelável, inevitável consumação. Igual a sempre irresistível, surpreendente, mais que o rito aferente, mais que eferente dos prazeres. Ave, linda nua núbil rutilante, mais precisa que a chegada da espera, mais concisa que satisfação necessária. Há mais que qualquer coisa transbordante além da paixão desenfreada, corpos em chamas, beijos enlouquecidos. Lua da minha noite, Sol do meu dia, mais que viva presença na transcendência dos encontros, mais que efetiva na imanência da comunhão. Outra não seria senão ela entre todas as ondas a verdadeira onda do meu naufrágio ressurreto na erupção vulcânica dos meus quereres. Promiscuidade mútua: eu nela, ela em mim, o molde exato da firmeza além de todos os limites. Exacerbada e nua, ela se me insinua instigante pérola pra que eu tenha o tesouro certo de todas as sensações. Zás, zazezizozus de todas alfômegas entregas, Freyaravi, até que nunca mais seja um adeus, a mistura eterna do que é de meu sempre no conluio a se perder no que é de seu. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aquiaqui.


Curtindo a Suite para harpa e orquestra (2013), do compositor, bandeonista e maestro argentino Daniel Binelli, na interpretação da premiada compositora e harpista Giselle Boeters & Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

PESQUISA:
[...] é possivel para um telespectador entender perfeitamente tanto a inflexão conotativa quanto a literal conferida a um discurso, mas, ao mesmo tempo, decodificar a mensagem de uma maneira globalmente contrária. Ele ou ela destotaliza a mensagem no código preferencial para retotalizá-la dentro de algum referencial alternativo. Esse é o caso do telespectador que ouve um debate sobre a necessidade de imitar os sabores, mas "lê" cada menção ao "interesse nacional" como "interesse de classe". Ele ou ela está operando com o que chamamos de código de oposição. Um dos momentos políticos mais significativos (eles tambem coincidem com os momentos de crise dentro das próprias empresas de televisão, por razões óbvias) é aquele em que os acontecimentos que são normalmente significados e decodificados de maneira negociada começam a ter uma leitura contestatária. Aqui trava a "politica da significação" — a luta no discurso.
Trecho extraído da obra Da diáspora: identidades e mediações culturais (UFMG/Unesco, 2003), do teórico cultural e sociologo jamaicano Stuart Hall (1932-2014), refletindo sobre a diáspora, a terra exterior, a questão multicultural, o pós-colonial, representação e ideologia, estruturalismo, o legado teórico de estudos culturais, as metáforas de transformação e a desconstrução do popular, raça e etnicidade, teoria da recepção, entre outros ensaios, enfatizando as discussões dos fenômenos estéticos e filosóficos a partir de uma perspectiva pós-colonial e multicultural.

LEITURA
Sei que ando bem longe, / Distante de tudo, / Os olhos nos rostos, / Mas vendo outros mundos, / Sei que estou por aqui, / Mas sempre adiante, / Perdida no tempo, / Me perco no instante. / Sei que às vezes não escuto / Se solicitada, / Por vezes, me calo, / Pensando no nada... / O passo estancado, / A vida parada, / Um olho entreaberto / E o outro, fechado. / Perdoa-me o tempo / Em que perco tempo, / Perdoa-me o toque / Às vezes vazio, / Sei que ando tão longe, / Mas nunca te esqueço, / É que ando pensando, / Me olhando do avesso...
Sei, poema da poeta e professora Ana Bailune. Veja mais aqui.

PENSAMENTO DO DIA:
Seres humanos, pessoas daqui e de toda parte, vocês que são arrastado no grande movimento da desterritorialização, vocês que são enxertados no hipercorpo da humanidade e cuja pulsação ecoa as gigantescas pulsações deste hipercorpo, vocês que pensam reunidos e dispersos entre o hipercórtex das nações, vocês que vivem capturados, esquartejados, nesse imenso acontecimento do mundo que não cessa de voltar a si e de recriar-se, vocês que são jogados vivos no virtual, vocês que são pegos nesse enorme salto que nossa espécie efetua em direção á nascente do fluxo do ser, sim, no núcleo mesmo desse estranho turbilhão, vocês estão em sua casa. Benvindos à nova morada do gênero humano. Benvindos aos caminhos do virtual.
Trecho extraído da obra O que é o virtual? (34, 1996), do filósofo, sociologo e pesquisador tunisiano Pierre Lévy. Veja mais aqui e aqui.

IMAGEM DO DIA
A arte do artista plástico Eloir Júnior. Veja mais aqui.

Veja mais sobre Tunga, Airto Moreira & Flora Purim, Alenxander Luria, José Cândido de Carvalho, Ovídio, Didática do Teatro, Edgar Allan Poe, Federico Felilini & Louis Wain aqui.

DESTAQUE: 
... de você / eu quero a simplicidade / presa num relicário / tesouro na palma da mão / coração em festa/oração / que não se acaba ao cair da noite... / (( quero o silêncio dos segredos / soprados em bocas de conchas marinhas / enquanto a maré recua e desnuda / a areia branca)) / ...de você / quero a leveza / em carinhos_____  / feito escamas de peixe / reluzindo na luz deste seu olhar / menino/poeta/ave marinha / sobrevoando o horizonte dos meus olhos... / (( quero o eco das palavras / esculpidas na sua boca ecoando / pelo marfim dos seus dentes/sorriso / que me encanta)) / ...de você / quero um pedaço de sonho / costurado no meu sonho feito colcha de retalhos / que à noite me aconchega, / me adormecendo na poesia/você.
Ecos, poema/imagens: arte da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez. Veja mais aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Veja aqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
A arte de Doris Savard
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
Veja aqui e aqui.



MARIA RAKHMANINOVA, ELENA DE ROO, TATIANA LEVY, ABELARDO DA HORA & ABYA YALA

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Triphase (2008), Empreintes (2010), Yôkaï (2012), Circles (2016), Fables of Shwedagon (2018)...