RESSONÂNCIAS ÁVIDAS ALÉM DO AMOR – (Imagem: arte da poeta, artista visual e blogueira Luciah
Lopez) - Longe, longe, tão longe quão distante dos
sentidos vãos nas mãos que anseiam luzidia efígie quase inatingível mais que
aprazível presente invisível dentro do coração. Uma vez e nada fora mais
incrível porque era a primeira vez de tudo jamais previsto por todo ontem de
décadas nas sombras dos cantos, nos insones telhados e no aperto dos momentos. Cada
vez é nela um novo dia desvelando segredos, desejos, revelação do irrevelável,
inevitável consumação. Igual a sempre irresistível, surpreendente, mais que o
rito aferente, mais que eferente dos prazeres. Ave, linda nua núbil rutilante,
mais precisa que a chegada da espera, mais concisa que satisfação necessária. Há
mais que qualquer coisa transbordante além da paixão desenfreada, corpos em
chamas, beijos enlouquecidos. Lua da minha noite, Sol do meu dia, mais que viva
presença na transcendência dos encontros, mais que efetiva na imanência da
comunhão. Outra não seria senão ela entre todas as ondas a verdadeira onda do
meu naufrágio ressurreto na erupção vulcânica dos meus quereres. Promiscuidade
mútua: eu nela, ela em mim, o molde exato da firmeza além de todos os limites. Exacerbada
e nua, ela se me insinua instigante pérola pra que eu tenha o tesouro certo de
todas as sensações. Zás, zazezizozus de todas alfômegas entregas, Freyaravi,
até que nunca mais seja um adeus, a mistura eterna do que é de meu sempre no
conluio a se perder no que é de seu. © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais aqui e aqui.
Curtindo
a Suite para harpa e orquestra
(2013), do compositor, bandeonista e maestro argentino Daniel Binelli, na interpretação da premiada compositora e harpista
Giselle Boeters & Orquestra
Filarmônica de Minas Gerais.
PESQUISA:
[...] é possivel para um telespectador entender
perfeitamente tanto a inflexão conotativa quanto a literal conferida a um
discurso, mas, ao mesmo tempo, decodificar a mensagem de uma maneira
globalmente contrária. Ele ou ela destotaliza a mensagem no código preferencial
para retotalizá-la dentro de algum referencial alternativo. Esse é o caso do
telespectador que ouve um debate sobre a necessidade de imitar os sabores, mas
"lê" cada menção ao "interesse nacional" como
"interesse de classe". Ele ou ela está operando com o que chamamos de
código de oposição. Um dos momentos políticos mais significativos (eles tambem
coincidem com os momentos de crise dentro das próprias empresas de televisão,
por razões óbvias) é aquele em que os acontecimentos que são normalmente
significados e decodificados de maneira negociada começam a ter uma leitura
contestatária. Aqui trava a "politica da significação" — a luta no
discurso.
Trecho
extraído da obra Da diáspora: identidades
e mediações culturais (UFMG/Unesco, 2003), do teórico cultural e sociologo
jamaicano Stuart Hall (1932-2014), refletindo
sobre a diáspora, a terra exterior, a questão multicultural, o pós-colonial,
representação e ideologia, estruturalismo, o legado teórico de estudos
culturais, as metáforas de transformação e a desconstrução do popular, raça e
etnicidade, teoria da recepção, entre outros ensaios, enfatizando as discussões
dos fenômenos estéticos e filosóficos a partir de uma perspectiva pós-colonial e
multicultural.
LEITURA
Sei que ando bem longe, / Distante de tudo, / Os olhos nos rostos, / Mas
vendo outros mundos, / Sei que estou por aqui, / Mas sempre adiante, / Perdida
no tempo, / Me perco no instante. / Sei que às vezes não escuto / Se
solicitada, / Por vezes, me calo, / Pensando no nada... / O passo estancado, /
A vida parada, / Um olho entreaberto / E o outro, fechado. / Perdoa-me o tempo
/ Em que perco tempo, / Perdoa-me o toque / Às vezes vazio, / Sei que ando tão
longe, / Mas nunca te esqueço, / É que ando pensando, / Me olhando do avesso...
Sei, poema da poeta e professora Ana Bailune. Veja mais aqui.
PENSAMENTO DO DIA:
Seres humanos, pessoas daqui e de toda parte,
vocês que são arrastado no grande movimento da desterritorialização, vocês que
são enxertados no hipercorpo da humanidade e cuja pulsação ecoa as gigantescas
pulsações deste hipercorpo, vocês que pensam reunidos e dispersos entre o
hipercórtex das nações, vocês que vivem capturados, esquartejados, nesse imenso
acontecimento do mundo que não cessa de voltar a si e de recriar-se, vocês que
são jogados vivos no virtual, vocês que são pegos nesse enorme salto que nossa
espécie efetua em direção á nascente do fluxo do ser, sim, no núcleo mesmo
desse estranho turbilhão, vocês estão em sua casa. Benvindos à nova morada do
gênero humano. Benvindos aos caminhos do virtual.
Trecho extraído da obra O que é o virtual? (34, 1996), do filósofo, sociologo e pesquisador
tunisiano Pierre Lévy. Veja mais
aqui e aqui.
IMAGEM DO DIA
A arte do artista plástico Eloir Júnior. Veja mais aqui.
Veja mais sobre Tunga, Airto Moreira &
Flora Purim, Alenxander Luria, José
Cândido de Carvalho, Ovídio, Didática do Teatro, Edgar Allan Poe,
Federico Felilini & Louis Wain aqui.
DESTAQUE:
... de você / eu quero a simplicidade / presa
num relicário / tesouro na palma da mão / coração em festa/oração / que não se
acaba ao cair da noite... / (( quero o silêncio dos segredos / soprados em
bocas de conchas marinhas / enquanto a maré recua e desnuda / a areia branca))
/ ...de você / quero a leveza / em carinhos_____ / feito escamas de peixe / reluzindo na luz
deste seu olhar / menino/poeta/ave marinha / sobrevoando o horizonte dos meus
olhos... / (( quero o eco das palavras / esculpidas na sua boca ecoando / pelo
marfim dos seus dentes/sorriso / que me encanta)) / ...de você / quero um
pedaço de sonho / costurado no meu sonho feito colcha de retalhos / que à noite
me aconchega, / me adormecendo na poesia/você.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
A arte de Doris Savard
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.