A arte da artista estadunidense Georgia
O'Keeffe (1887-1986).
LITERÓTICA: LUA CHEIA – O seu beijo arrepia minha alma quando lambe a minha lua cheia. OS SEIOS DELA - Provo o mel
do seu seio. A lamber o anel do seu meneio e a vida gira em carrossel. CANGULA - Cangula fêmea, sua gula é um
cinema, tão extrema, minha veia estrangula e no seu poema o meu verso ejacula! AH, ESSES LÁBIOS... - Ah
esses lábios que me fazem morango orvalhado na gula dos seus desejos
incendiários e se torna alvo perfeito pelo deleite de fruta madura na sede do
meu corpo. Ah esses lábios são parcelas alquímicas no tesão que inflama a
promessa de todas as delícias recônditas dos que desejam demais. Que molhados
de gozo me carregam volúpia adentro dos sabores maciços mais apetitosos no
mormaço de todas minhas lascívias de verão. São lábios bons de beijar pela
reserva de mel que prova que não sou nada além da cobiça de ser sugado pela
avareza dessas fatias de prazer na felação de todas as translúcidas luzes de se
ser. São bons de chupar por serem salientes amálgamas que guardam a língua
profana na festa dos meus bacos ressurgidos com sua porção mágica de me fazer
homem de devaneios e subverte a banda lunar do meu vulcão ardente na orgíaca
saliva que me lambuza todo na folia do sêmen que brota e renasce entre o batom
da carne que beija o falo e sou sol mais que no meio-dia. Ah esses lábios
querentes e requerentes de mim onde sou inteira nau adusta do dar-se em si até
finar as horas na erupção de nossas vertigens em transe. TUA LÍNGUA - Tua língua
toca minha alma, és o poço das galáxias longínquas, e vejo a lua linda, cheia,
radiante no céu da tua boca eu já era a Torre Eiffel e em meu coração mais
batia a vida. Eu te entumesço o rosto lambuzo teus lábios rubros enterro-te
minha lâmina no mormaço da tua língua faminta cresço-me, enrijeço-me, teso pau
madeira-de-lei acossado pela tua carícia ah! a tua gula pulsa minha veia nos
meneios de veludo do teu toque com todos os truques para me capturar eu e meu
míssil dominado. Rara e feita, me engole debruçada sobre o meu cajado como se
fosse a melhor comida o pico do Aconcágua em transe buscando a ejaculação
constante do meu Etna com teu faro que desembaínha meus grunhidos e levita só
assim desfalecido me devolves a vitalidade. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja
mais aqui.
DITOS & DESDITOS - O poeta
parte no eterno renovamento. Mas seu destino é fugir sempre ao homem que ele
traz em si. O poeta: Eu sonho a poesia dos gestos fisionômicos de um anjo! Pensamento
do poeta, dramaturgo, jornalista, compositor e diplomata brasileiro Vinicius
de Moraes (1913-1980). Veja mais aqui.
A MULHER - [...] A
transformação da mulher dá-se por estar mais voltada para o papel que era do
homem: ganhar dinheiro e ter a sua independência; está mais segura de um papel
na sociedade, mais reivindicativa e não se sente obrigada a ser cortês. O homem
era cortês para temperar o papel de mando que lhe cabia. Felizes os que sabem
pensar sem serem muito reconhecidos. Se a pessoa se torna conhecida pelo seu
pensamento esse pensamento começa a ser interpretado e cria-se uma desconfiança
em relação a essa pessoa, e daí a tornar-se num inimigo público é fácil. Os
jovens sentem-se inseguros e essa insegurança está constantemente a ser compensada
por uma festividade, uma sociedade-espectáculo. Jovens e menos jovens são
convidados a considerar o mundo como um lugar de diversão. E o mundo e a vida
não são assim. [...]. Depoimento da escritora portuguesa Augustina Bessa Luis.
A MULHER & A LITERATURA – [...] Meu
duplo é forçosamente assexuado. Se eu colocasse no feminino, equiva-leria a
dizer que me sinto uma mulher. O que não me sinto. Não sou nada. Éum grave
erro, sobretudo para as mulheres, falar de escrita feminina ou masculina. Há
apenas escritas e pronto, e quanto mais são andrógenas, melhor. [...].
Depoimento da escritora e advogada francesa Nathalie Sarraute (1900-1999).
BEIJA-FLOR - O verde beija-flor, rei das colinas, / Vendo o rocio e o sol brilhante /
Luzir no ninho, trança d'ervas finas, / Qual fresco raio vai-se pelo ar
distante. / Rápido voa ao manancial vizinho, / Onde os bambus sussurram como o
mar, / Onde o açoká rubro, em cheiros de carinho, / Abre, e eis no peito úmido
a fuzilar. / Desce sobre a áurea flor a repousar, / E em rósea taça amor a
inebriar, / E morre não sabendo se a pode esgotar! / Em teus lábios tão puros,
minha amada, / Tal minha alma quisera terminar, / Só do primeiro beijo
perfumada! Poema do poeta francês Leconte de Lisle
(1818-1894). Veja mais aqui.
A arte da artista estadunidense Georgia
O'Keeffe (1887-1986).
Cursou Direito que dividiu sua vida entre a arte e os estudos da lei, optando pela música, quando se matriculou na conceituada Escola de Musica Villa Lobos, onde estuda violão popular, tornando-se uma das melhores alunas no curso.
Ela já foi vencedora de vários festivais de música, conquistando diversos prêmios. Depois participou da Academia de Letras e Artes da Cidade de São João de Meriti, em agosto de 2006.
Foto: Caterine Vilardo.
Para conhecer o talento dessa linda e competente artista, acesse o site Lanna Rodrigues e comprove. Vale a pena!
Foto: Nalaia Lima.
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