DOIS FORRÓS COM FÉLIX
PORFÍRIO: PERDI A NOÇÃO DE SER
FELIZ – Faz tempo que o nosso amor mudou, ah, amor, perdi a noção de ser feliz.
Não queria perder tua paixão, só queria ganhar teu coração, meu desejo sempre
quis. Mas o fogo queimou e se apagou, o que foi só desejo não é mais. Nossa vida
não tem mais sabor, o teu beijo não tem mais valor, prefiro viver na solidão. Solidão
é morrer de amor, é desespero, é riacho que água por ele esqueceu de passar. É perder,
arrancar essa coisa do peito, não tem jeito, meu bem, vou matar essa paixão.
AMOR PRA VIVER – Foi como a flor, desabrochou, rolou no peito e depois gorou. Foi
tão bom, tão ruim, pegou de um jeito que desatinou. Quase vingou, desmantelou, roubou
o tempo e depois sumiu, sem razão, se perdeu, enquanto o mel se derramava em
mim. Aconteceu, vibrou no coração, não sei por que, não deu mais não, amor, se
deu de cara virou na paixão, foi pra viver, morrer mais não. © Luiz
Alberto Machado. Direitos reservados. (Primeira Reunião – Bagaço, 1992). Letras compostas para a
parceria musical com o cantor e compositor pernambucano de Ribeirão, Félix Porfírio (1952-2003).
DITOS & DESDITOS – Prefiro os canalhas
aos imbecis. Os canalhas, pelo menos, descansam de vez em quando.
Pensamento do escritor francês Alexandre
Dumas Filho (1824-1895). Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU – As mulheres
geralmente traem seus maridos com outros maridos – o que dá aos adultérios um
certo caráter conjugal, honrado e legal. Máxima expressa pelo escritor e
jornalista francês Henri Jeanson
(1900-1970).
COM MULHER RUIM NEM O
DIABO PODE – Era uma vez um marido que estava desesperado de corrigir a mulher. Falou
assim no meio da discussão: - Com você nem o diabo pode. Boca, por que falou? Na
mesma horinha apareceu o Chifrudo, na figura de um moço que queria emprego: -
Me chamou, estou aqui. O homem, logo que se refez do susto, replicou: - Está
bem. O seu serviço é ficar por aqui, quando eu saio de casa de casa. Algum servicinho
na casa e no terreiro. Mas sempre olhando o que se passa, pra depois me contar.
Dessa vez o homem saiu sossegado para as suas tarefas. Mal acabava de virar o
espigão, já apareceu um senhor batendo a porta e olhando para o empregado com
má cara. A mulher só lhe disse baixinho: - Eu arranjo! Chamou o diabo e
disse-lhe: - Pegue este cesto e vá correndo buscar água no rio, pra passar um
cafezinho. O diabo foi. Enchia o cesto e vinha trazendo, mas a água escapava. Homem,
até fez até caminho na beira do poço de tanto encher e esvaziar o jacá. Quando o
patrão chegou, o diabo disse que desistia do emprego. Narrativa recolhida
da obra Estorias de diabo: o diabo na
criação popular (Thesaurus, 1995), do historiador e escritor Altimar de Alencar Pimentel (1936-2008).
NÃO TE VEJO - Não te vejo / Um dia e outro dia e outro dia. / Não te vejo / Para poder vê-lo,
saiba que você está tão perto, / Que o milagre da sorte é provável. / Não te
vejo / E o coração e o cálculo e a bússola, / falhando nos três. Não há ninguém
para bater em você. / Não te vejo / Quarta, quinta, sexta-feira, sem encontrar
você, / Não respire, não fique, não mereça. / Não te vejo / Desesperadamente
amo, amo você / e nascer de novo para amar você. / Não te vejo / Sim, nascido
todos os dias. Tudo é novo. / Novo é você, minha vida, você, minha morte. / Não
te vejo / Tateando (e era meio-dia) / Com medo infinito de quebrar você. / Não
te vejo / Ouça sua voz, cheire seu perfume, sonhos, / Oh, miragens que o
deserto investe. / Não te vejo / Pensar que você foge de mim, você me quer, / Você
gostaria de se encontrar em mim, te perder. / Não te vejo / Dois navios no mar,
cegam as velas. / Seus acordes se beijarão amanhã? Poema do
poeta espanhol Gerardo Diego
(1896-1987).
A arte do pintor alemão Lucas Cranach, o Jovem (1515-1586).
MUSA DA SEMANA: MONIQUE KESSOUS – a cantora, compositora e multi-instrumentista carioca Monique Kessous começou a cantar aos 9 anos de idade, quando virou representante da sua escola no Festival de Musica Idishe do Clube Hebraica.
A partir daí passou a estudar musica, aprender violão, piano clássico e popular, canto lírico e popular, harmonia funcional e percepção musical.
Depois começou a compor e fazer shows, participando de gravações com Roberto Menescal, Chico Buarque, abrindo show de Lulu Santos, entre outras atividades, até que gravou o cd “Liverpool Bossa”, com o Roberto Menescal pelo selo Albatroz, onde participou de outras masi 10 compilações de bossa nova.
Daí, lançou seu cd autoral: "Com essa cor", onde mostra as suas várias facetas.
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