TODO DIA É DIA DA MULHER – Desde as mais remotas eras que as
mulheres têm enfrentado o predomínio do homem, principalmente com a adoção do
patriarcalismo. Contudo, tem-se observado que até na vertente criacionista,
dá-se a existência de Lilith, como aquela que não se curvou ao jugo de Adão.
Além do mais, há registros históricos na antiguidade, de exemplos como o de
Nefertiti, Cleópatra, entre outras tantas mulheres que desde o período antigo
se tornaram rainhas e assumiram postos de comando, exercendo o poder e o mando
em pé de igualdade com o homem, conforme já registrado nos estudos aqui publicados
e que estão logo abaixo relacionados com seus respectivos links de acesso.
Imagem: Hipátia antes
de ser morta na igreja (1885), do pintor
inglês Charles
William Mitchell (1854-1903).
Um caso simbólico das
lutas das mulheres desde os mais antigos registros históricos, é o da filósofa
neoplatonista grega Hypatia (351-415), chefe da escola de Alexandria e que
lecionava filosofia e astronomia. Ela foi assassinada por uma multidão enfurecida
de cristãos, arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja, onde foi cruelmente
torturada até a morte, depois de ser acusada de exacerbar um conflito entre o
governador Orestes e o bispo Cirilo de Alexandria. Depois de morta, o seu corpo
foi lançado a uma fogueira e o seu assassinato, segundo historiadores, marcou o
fim da antiguidade clássica, efetivando a queda da vida intelectual em
Alexandria. Veja mais a respeito aqui e aqui.
Diversos acontecimentos
se sucederam durante a Idade Média e Moderna, conforme registrado e verificável
nos links abaixo, bem como em outros posts aqui publicados.
Já no século XX, deu-se
o movimento do operariado estadunidense iniciado em 1903, proporcionando a
criação da Women’s Trade Union League, enfrentando as crises industriais de 1907 e 1909,
redundando na grande manifestação realizada em 1908, quando as mulheres
socialistas denominaram esse movimento de Dia da Mulher.
As greves de 1910
levadas a cabo por protestos étnicos e políticos, levaram ao atendimento de uma
série de reivindicações da classe trabalhadora.
Em 1911, um grande
incêndio irrompeu na Triangle Shirtwaist
Company, no
qual morreram 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, a
maioria deles judeus.
Já em 1917, exatamente no dia 8 de março,
trabalhadoras russas do setor de tecelagem entraram em greve por melhores
condições de vida e trabalho, e contra a entrada do czar na Primeira Guerra
Mundial. A partir de então, passou-se a defender essa data como o dia que
deveria ser dedicado à mulher, abrangendo as lutas delas tanto no continente americano,
como no continente europeu e asiático, por melhores condições de vida e de
trabalho, como também pelo direito de voto.
Nas décadas seguintes uma série de acontecimentos
foi deflagrada e até os dias hoje, as mulheres mantêm em pleno século XXI, o
combate a eventos de natureza sórdida e misógina.
Faz-se necessário mencionar que todas as lutas das
mulheres incorporaram não só as suas reivindicações, como a das crianças, dos
idosos, dos oprimidos, de sufrágio, da educação para todos e de todas as pautas
contendo as condições necessárias para o respeito à dignidade do ser humano.
Veja mais:
Veja mais: Andrômaca & as Troianas de
Eurípedes, Helena Blavatsky, Sylvia
Plath, Antonio Maria Esquivel, Carole Bayer Sager, Andrea Gastaldi, José
Vilche, Eloá Jacobina & Maria
Helena Khüner, Mulheres no Mundo, Maria Nonita & Baile Perfumado aqui.
CRÔNICA
DE AMOR POR ELA
Imagem. A arte da
pintora Tereza Costa Rego.