terça-feira, agosto 12, 2014

JENNIFER ESPOSITO, CONCEIÇÃO LIMA, FLAHERTY, ERNEST BECKER, NOLAN, FRANK SMITH & XEXÉU

 


HYBRIS: A PROSCRIÇÃO DE MACACO & AURORA - Mantém a luta do que alcançou e a desfrutar pra sempre o seu quinhão!... Êta mundo véio, arrevirado e de porteira escancarada... 1 - Sozinho, canto & voo por aí. Sou deste chão desde o tempo em que o céu estava mais perto e as nuvens e estrelas ao alcance da mão. Não havia noite no dia sem fim, todos os seres e coisas falavam e éramos um só nas ocas e ocaras. Nada além do tacape e cocar, cunhã, cunhantãs e curumins. Quando a noite apareceu o mundo cresceu e todos viviam de dormir e sonhar. Depois de muito vagar sem paradeiro, finalmente fui acolhido pelas gentis vespas que ficaram condoídas com minha aflição. Elas então permitiram que ali fizesse o meu ninho e me arranchasse, mantendo meus detratores bem longe. Lá estavam elas e quase nem distinguia umas das outras, apenas das formigas e abelhas. Entre elas eu nem sabia que pudesse existir as vespas-cuco, as vespas-do-figo, vespas-de-oleiro e os marimbondos e cubatões que por ali viviam. Há espaço e formas para tudo e todas. No meio delas também as vespas mandarinas que eram assassinas gigantes e que viviam em colônias, atacando abelhas e lagartas e, inclusive, entre outras vítimas estavam aves e humanos, quem vítima de sua toxina potente, tanto desfalecia a sofrer, como podia ser levado às exéquias. Dessas mantive distância, quanto mais longe melhor, já tinha encrenca demais. As outras se davam bem comigo e só atacavam com suas firmes picadas os gafanhotos, pulgões, aranhas e abelhas. Ali convivi entre elas, não sabia até quando ou por quanto tempo. Chamavam-me por João-conguinho e encontrei pouso entre os galhos das árvores da mata, às margens do rio. Preferia às mangueiras, as prediletas. Ergui meu ninho coberto com folhas de palmeiras, gravetos e capins. Na vizinhança uma coruja de Atena abriu o bico eloquente e me contou imbuída de solenidade: Aos não sei mais de quantos dias do ano da graça de mil e quinhentos e cipopau primeiro, Pindorama, que era a Terra dos Papagaios, passou a ter outros nomes que desceram pelas águas heraclitamente roladas. Outras caras pálidas aqui já se encontravam e iam para cima e para baixo, e ignoraram ou nem se deram conta dessoutros que agora mandavam revestidos pelos poderes de deidade corporificada mais sisuda e autorizada não se sabia por quem. Para os invasores recém-chegados aqui era “em tal maneira graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo”. Porém, outro cara pálida doutra paragem dos de lá, todo de nariz empinado meteu caroço no angu - era um certo galego chamado Américo Vespúcio que jogou na lata deles que: “Pelo visto, nessa terra não tem nada que se aproveite”. Foi por causa dessa arenga que a gente ficou sabendo duma bula papal confirmatória e de um tratado que rachava o território todo no meio para uns e outros que nem daqui eram. Daí começou-se a nomear as coisas com os nomes e sotaque deles: daqui por diante será o breasail celta; outros que não era isso, pois nada mais que bradshita sânscrito, enquanto quem aparecia batia o pé que era brázein grego, nada é o brasile latino, ou que era verzino toscano, ou berzi vêneto, ou parasil aríaco, ou bras germânico ou, ainda, o brezill genovês. Teve ainda quem dissesse que era parte da ilha atlântica da lenda antiga irlandesa, Hy-Brazail! Pronto, maior confusão. Ainda diziam mais eles que os originários tratavam de ibira-ciri tupi por causa da Caesalpina echinata, e do paraci tupi-guarani. Ah, mas isso não vale nada! E impunham as suas nomenclaturas. Na verdade, se antes era o éden terrestre de milênios, a partir de então, não mais: tudo pegou fogo em brasa! É que antes tudo aqui já foi palco para exploração fenícia, vikings, celtas, iberos, gauleses, bretões, anglos, saxões, francos, germanos, neerlandeses e o escambau, pois aqui fizeram, pintaram e bordaram. E há muito tempo atrás. O que queres me dizer, gentil coruja, tão imponentemente? Não sabes? Não. Saiba: os últimos invasores depois da perdição da deriva por quaraquaquá dias, se achavam donos do que encontrassem. O destino era outro, mas erraram e ficaram no meio das águas atlânticas sem saber se iam a bombordo ou a estibordo, raios! Lá em alto mar, o primeiro sinal: um rabo-de-asno. Curiosos e atentos mantiveram o curso. Depois, surpreendidos com o segundo sinal: o voo do fura-bucho. Olha! Estão vendo? É por aqui mesmo, sigam os sinais! Enfim, o terceiro e mais límpido sinal: excrementos boiavam. Logo gritaram: Terra à vista. Aí soou o boré com notícias do alto da palmeira dando conta de estrangeiros ao mar e vindos não se sabia de onde. Os perós chegaram mesmo e não sabiam se era uma ilha, um continente ou raio que o parta. Aí começaram a festejar o Vira na cantoria: “Ó cachopa, se tu queres ser bonita, arrebita, arrebita, arrebita”. E como não existia pecado ao sul do Equador, a festa começou: todo mundo nu. Só se sabe que chegaram e se aproximaram com sua soberba desalmada, em nome de um deus estranho do açúcar a invadir as terras e se apossando das coisas, tomando a língua e crenças. E fizeram crer no que era de seu e oprimiram e desconheceram o que não era. À custa de traições capturaram os guerreiros, sequestraram Iangaí pros domínios do donatário e aprisionaram os demais que foram ceifados um a um. Ela estava jurada como a preferida do mandatário, não havia outra escolha. No dia que massacraram os prisioneiros, entre eles aquele a quem seu coração esperava, foi então que preferiu pular da torre para se entregar à fúria das ondas do mar. A sua queda foi acompanhada por suas lágrimas ao crepúsculo e ela geme até hoje nas cercanias de lá de Olinda, em dó menor. Curiosa narrativa, senhora coruja! Ainda tem mais, gracioso passarinho, atente: depois que Iangaí se foi, as coisas seguiram de mal a pior. Do outro lado as notícias também não eram boas, pois com a chegada do bispo severíssimo novas medidas foram tomadas, o que gerou descontentamento dos grandes. Houve logo um racha entre esse bispo e o governador geral recém-chegado também botou pra cima dos que lá estavam. O racha não demorou muito, era inevitável. O desenlace detonou os maus procedimentos do colono que só tinha olhos para enriquecer, ganhar fama e glória com ouro e pérolas, tomando as terras, derrubando as matas, incendiando aldeias, destruindo plantações e, de quebra, todos os aborígenes escravizados. Os tapuitingas botaram para quebrar na promiscuidade, dando vida aos macunaímas que iam nascendo, primeiro mamelucos, depois mulatos, cafuzos e curibocas. A escaramuça se agigantava envolvendo não só os caetés, como também potiguares, tupinambás, tupiniquins, goitacases, tamoios, goianases, guaranis, carijós, cariris, paiaguás, caiapós, maras, maués, mundurucus, guaicurus, tremembés, tabajaras, todos os parus e tapuias de todo território. Afora as investidas cada vez mais sanguinolentas, ainda mataram o tal bispo e a coisa recrudesceu. E mais se agravava para os engenhosos e destemidos caetés. Resistiam aos perós inclementes em devastar tudo e implantar a cana na agora capitania, mais bravura demonstravam. Deram-se panos para as mangas de muito arranca-rabo sanguinolento. O donatário que havia morrido dum naufrágio e fora substituído pela esposa e um seu parente não aliviaaram na refrega, passando a ter aliados colonos que também queriam massacrar os aborígenes. Das quinze capitanias ocupadas por doze donatários, só duas deram certo: Pernambuco e São Vicente. Nestas o invasor esmagou todas as resistências para implantação da monocultura da cana, tornando-se a maldição da localidade: o sangue indígena e de negros traficados da África esmagados nos engenhos das capitanias da colônia, passava a o doce dos privilégios das cortes e do clero deles. Reinaram as moendas, assentamentos, encaixamento, destilação, bagaceira, moagem, latifúndio, tudo por força do braço escravo. Os da gente empunharam azagaia e flechas para resistir até serem condenados pela morte do bispado que sequer foi visto pela gente originária. E perseguiram até a quinta geração pelas matas, litoral, agreste e sertão. E demonizaram os costumes nativos e os fizeram inimigos de todos. Restou o estigma e a ojeriza da maldição perseguindo os descendentes, como se da vida restasse apenas o castigo pra morte. É que ao paparem o bispo, logo acharam por bem culpar os caetés. Aí empacou: tempo em que a derrota estoura pra todo lado. Que situação problemática essa, hem, coruja? Era outro então janeiro quando a coisa aconteceu. As macunaimices de curibocas, mamelucos e filhos-da-mãe sacudiram o tempo desde antanho. Indígenas prosseguiram vítimas da catequese e até escravizados por séculos depois. Também os negros, ambos viviam numa viela: ou escravos ou perseguidos nos matos. No final não mais havia ocas nem ocaras, muito menos um cocar sequer em pé. Os indígenas eram submetidos à catequese e à escravidão para trabalhar na cana, e só tinham por opção submeter-se ou fugir. Os que não aceitavam, diga-se a maioria, meteram os pés na bunda e fugiram para o interior do continente. Um desses lugares é este aqui, Macaco, onde nos encontramos agora. Tudo porque os horrores e crueldades faziam parte das entradas e das jornadas de extermínio: eram as expedições militares contra os indígenas para os subjugarem, torná-los presas e conquistar suas terras. Nas entradas contra os selvagens, iam mamelucos faladores da língua dos brazis, os soldados portugueses e os nativos aliados armados de flechas, os tabajaras. Os conquistadores que logravam voltar de suas excursões, só aguardavam a primeira moção para reorganizarem novas entradas. Logo foram chegando fugitivos que se agrupavam no alto dos morros, como o daqui. Tempos depois, apareceram entre eles negros que fugiam da escravatura. Foi entre eles que presenciei o ritual de tirar marimbondo, quando se quebrava o ninho deles para iniciação. No evento era permitida estritamente a presença masculina e da qual participavam rapazes que desde menino festejavam a descoberta de um ninho de maribondos nos arredores. O tema era motivo de muitas conversas e planos entre os curumins, até o dia em que os adultos resolviam derrubá-lo para que cada um pegasse um pedaço e pintasse o rosto e antebraço para ficarem valentes. Todos saíam à caça de um ninho de marimbondo para se fortalecer, escolhendo-se aquele que tivesse próximo de metro de altura e conferisse se os marimbondos eram realmente bravos para assim fortificá-los. Antes de derrubá-lo, os escolhidos procediam na limpeza do terreno embaixo da árvore em que o ninho se encontrava alojado, removendo os arbustos e roçando o terreno. Depois caçavam paus muito compridos e construíam uma escada que tivesse a capacidade de chegar até o alto onde se encontrava o alvo. No dia aprazado para a derrubada do ninho, todos se reuniam no centro da praça, cantavam músicas para enfrentarem a experiência assustadora e os anciões faziam discursos incentivadores sobre a prática. Um deles contava que começou a tirar maribondo ainda solteiro e que tirava um surrão para sentir e saber o que é a dor. Era preciso fazer isso para não ter medo de nada e reiterava: Eu tiro marimbondo até hoje! No outro dia, todos saíam bem cedinho pintados com urucum e carvão, ornados de plumas nos braçais e coroas de palha. No caminho um alerta: Os maribondos estão dormindo, não podemos acordá-los. Os movimentos eram lentos e silenciosos. Um deles esfregava umas folhas no tronco da árvore: era remédio do maribondo para ele ficar mais bravo. Os mais velhos exortavam os mais jovens a não terem medo nem serem fracos. Eles seguiam cantando e ao chegarem ao pé da escada, as mulheres começavam o ritual do choro em voz alta, incentivando a empreitada. Nesse instante subiam as escadas o mais rápido que pudessem e golpeavam com a mão aberta até destruir o ninho dos maribondos. Com a destruição eles desciam escorregando e perseguidos pelos furiosos até o chão. Logo eram envolvidos por cobertores que eram esfregados em socorro, retirando aqueles que se encontravam enfiados na pele. Mexeu com marimbondo sai todo mundo encalombado. Toda essa valentia adquirida dos maribondos era porque tinham que enfrentar os conquistadores que ameaçavam recapturá-los e escravizá-los. É que os maldosos caçavam caetés, além de fugitivos boçais e ladinos minas, nagôs, guinéus, minas-nagôs, cafres, calabares, minas-popos, hauçás, malês, jejes, grumcis, tapas, iabus, benins, mundubis, bornus, baribas, grumas, camarões, congos e cabindas, tudo para adoçar o mundo com a desgraça deles. A estratégia dos traficantes era mantê-los misturados quando aprisionados para que eles não se entendessem de jeito nenhum, senão era prejuízo certo. A exemplo das carnificinas que vitimaram os ameríndios, os escravos também não escaparam de castrações, amputações, extrações e torturas as mais terríveis. Isso sem falar que eram, entre outras malvadezas, punidos severamente quando famintos, pois só tinham por comida lamber o querosene dos lampiões. Por isso, tinha até escravas que preferiam abortar a ver seus filhos nessa desgraceira de vida. E era justamente esse infortúnio que os fraternizava para sublevar, causando a criação de quilombos. A fuga era a única forma de libertação e representava um perigo para os poderosos invasores: a tentativa de que aqui repetisse a façanha da ilha de São Tomé, quando os negros tomaram pé da coisa e expulsaram os portugueses de lá. A rebelião começou quando os fugitivos se deram munidos de armas de fogo, chuços, de facões e de lanças. Inspirado nesse evento nascia, então, Palmares, localizada numa imensa selva entre o rio São Francisco e o Cabo de Santo Agostinho, abrigo para os nativos, negros fugitivos, mamelucos, mulatos e brancos, bem como fugitivos do serviço militar, criminosos e todos os perseguidos e deserdados da sociedade colonial. Também aqui em Macaco, outro quilombo foi instaurado. Os senhores de engenho logo se mobilizaram para destruí-los, contratando os sanguinários e violentos bandeirantes paulistas, capitaneados por Domingos Jorge Velho. Esses bandeirantes eram promotores de briga, ruína e terror. Começaram com o extermínio dos janduins. Depois disso investiram pesado em Palmares e foram tantas, uma atrás da outra e nada. Vai e volta, passavam-se os anos, até o dia que juntaram todo ódio e partiram com tudo para acabar com o que tivesse em pé. Os paulistas armaram uma cilada, emboscaram o líder Zumbi e deram tudo por terminado. Perfídia no prato, mamata na cuia. Mesmo? Sim, aqui o lugar em que estão escondidos outros fugitivos, inclusive de Palmares. Já se dizia entre os daqui que os malunguinhos viviam nas matas do Catucá, e outras que lhe ficavam próximas, e tinham o seu quartel general no lugar denominado Macacos que é aqui. Os malvados descobriram e nasceram mais bafafás, enrolanças, trairagem, arrumadinhos e fuleragens que vão engroçando o nó-cego e fizeram destas terras um verdadeiro boi-de-fogo até hoje! Começaram por dizer que os muito branco são sararás, os muito pretos malunguinhos. Os sararás brigavam todos pela teta, todos choram para mamar. O pau cantou tiruléu da Marieta no fandango da Nau Catarineta: Marinheiros somos! Marujada do Mar! Corre acima, Gageiro! Naquele topo real e de lá vê se descobres terras de Espanhas, ó tão linda! Ou areias de Portugal! Por quanto tempo, hem? Escravocratas e açucarocratas privilegiados buscavam daqui o sertão e o vale amazônico. Com eles a pecuária, o extrativismo vegetal baseado nas “drogas do sertão” e do apresamento de indígenas. Entre as tais drogas estavam o cacau, guaraná, borracha, castanha-do-pará, gergelim, noz de pixurim, baunilha, coco, dentre outras. As entradas e bandeiras aprofundaram território adentro até a corrida do ouro, quando começa novamente o confronto entre os emboabas e os macunaímas que foram expulsos das Minas e seguiram para jazidas em Goiás e Mato Grosso. Outras guerras eclodiram, insurreições e a nefasta ação dos traficantes nordestinos que superavam a concorrência de nações poderosas. Novos tratados eram negociados e adotados, tudo por causa da extinção das capitanias hereditárias e o ouro de aluvião de Minas. A classe açucareira retomava fôlego, bem como o algodão no Maranhão, o café em São Paulo e o arroz no Rio de Janeiro. É o tempo da Inconfidência Mineira no meio dos ideais liberais. A família real foge da metrópole para a colônia: quem tivesse duas propriedades, perdia uma para os migrantes. A colônia fora promovida a Reino Unido, juntamente com Portugal e Algarves. Explode a revolução pernambucana, seguida pelo Movimento Constitucionalista, ambos nos ideais do liberalismo e prontos para se livrarem de Portugal. Com tanto barulho por independência do jugo, deu-se então a suposta independência oficial que serviu de mesmo para cumprimento de um acordo assinado com uma cláusula secreta onde o Brasil saldava as dívidas de Portugal com o pagamento de 1,4 milhão de libras esterlinas à Inglaterra. Eis, então, que um capitão mor achou de casar com uma negra e foi rebaixado pelo vice-rei por decreto: manchou o sangue tornando-se indigno do cargo. Daí, aos trancos e barrancos chegou-se à suposta proclamação da República que começou com um Manifesto Republicano. O que houve na verdade foi um arrumadinho dos militares acoloiados com um punhado miúdo de civis – do café de Sampa, do ouro de Minas e da cana, implantando o Federalismo, o sistema presidencialista, a independência dos poderes e outras mais. De primeira baniram o rei e empossaram um marechal alagoano que era um cavalo batizado e todo mundo tinha medo dele, mas só era quem podia celebrar a primeira Constituição dos Estados Unidos do Brasil. A ascensão do Águia de Haia deu no Encilhamento, para estourar a Revolução Federalista que dura até a libertação do Rio Grande do Sul. Também ribomba a Revolta Armada iniciada no Rio de Janeiro até atingir o Rio Grande do Sul. E o governo passando de Deodoro para Floriano Peixoto, outro marechal alagoano pé-duro. Depois Prudente de Morais, o primeiro civil que, dois anos da posse, enfrenta o cenário de Canudos, porque o messiânico líder Antonio Conselheiro e seus jagunços declararam guerra à República pela restauração da Monarquia. Vem logo em seguida o paulista Campos Sales, que antes mesmo de assumir, negocia um acordo, o Funding Loan, pelo qual suspende os pagamentos do país para contrair novo empréstimo. Era só a bagatela de 10 milhões de libras que entravam na roda e que foram amortizadas a juros sobre juros, só quitada nos 1960. Quanta coisa!?! Uma coruja para lá de sabichona! Como é que você sabe tudo isso? Ou está somente jogando conversa fora, contando uma história da carochinha? Não, meu preclaro passarinho. Tive que aprender a voar alto e o mais longe possível. Trilhei caminho estreito pra escorregar estrada larga. Não quis ficar como as minhas irmãs apenas rasgando mortalha. Aprendi a voar alto, às duras penas consegui atravessar o oceano e fui pro outro lado. Consegui viajar por muitos países, acessar outras informações e me envolver com outros arquivos secretos. Enquanto dormiam lá estava eu vasculhando livros e bibliotecas secretas nos reinados, no Vaticano e na Companhia das Índias Ocidentais. Foram muitas noites infindas revirando páginas e voando daqui pracolá. Já estou bem velha, não posso mais voar tanto e fico aqui para contar a quem quiser ouvir. Então, muitas coisas aconteceram que ninguém sabe, né? Sim. Muita coisa encoberta num inverno em que a temperatura cai, beira os catorze graus centígrados por aqui e ninguém sente! Para mim mesmo parece que está normal, exceto quando os estrangeiros invasores que você diz, assim do nada aparecem para botar a gente pra voar. Sim, para saber é preciso voar alto: só lá de cima é que se pode ver tudo no amiudado. E aprende: o tempo faz e não diz, o tempo leva e não traz. A vida faz a dívida e a morte é quem tira a conta. Voo, Xexéu... Veja mais aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Estamos aprendendo o tempo todo – sobre o mundo e sobre nós mesmos. Aprendemos sem saber que estamos aprendendo e aprendemos sem esforço a cada momento do dia. Aprendemos o que nos interessa... e aprendemos com o que nos faz sentido, porque não há nada a aprender com o que nos confunde, exceto que é confuso. Os melhores professores são os melhores contadores de histórias. Ler e escrever não andam inevitavelmente juntos. Você pode ler sem aprender nada sobre escrita, gramática ou ortografia, embora certamente não possa aprender nada sobre escrita, gramática ou ortografia a menos que leia. Pensamento do psicolinguista canadense Frank Smith (1928–2020, autor da obra Compreendendo a leitura: uma análise psicolinguística da leitura e do aprender a ler (Artmed, 2003).

 

ALGUÉM FALOU: Uma ideia criativa será definida simplesmente como aquela que é ao mesmo tempo nova e útil ou influente num contexto social específico. O que me tornou empática foram minhas depressões. Quando as obsessões dos outros não são as nossas, ficamos tristes por eles e falamos de como suas vidas serão vazias se não alcançarem seu objetivo vazio: o prêmio da ginástica, a parceria firme. Mas há uma monomania em que o foco, a sensação de transporte, é o verdadeiro prazer. Escrever regularmente, com inspiração ou não, não é uma má maneira de eventualmente entrar no clima inspirado; o avião tem que bater na pista por um tempo antes de finalmente decolar. Pensamento da médica, educadora e neurologista estadunidense Alice Weaver Flaherty.

 

NEGAÇÃO DA MORTE - [...] O caminho para a criatividade passa tão perto do hospício e muitas vezes desvia ou termina aí. [...] O homem não pode suportar a sua própria pequenez, a menos que possa traduzi-la em significado no maior nível possível. [...] Quando somos jovens, muitas vezes ficamos intrigados com o fato de que cada pessoa que admiramos parece ter uma versão diferente do que a vida deveria ser, do que é um homem bom, de como viver e assim por diante. Se formos especialmente sensíveis, parece mais do que intrigante, é desanimador. O que a maioria das pessoas costuma fazer é seguir as ideias de uma pessoa e depois de outra, dependendo de quem aparece no horizonte naquele momento. Aquele com a voz mais profunda, a aparência mais forte, a maior autoridade e sucesso, geralmente é aquele que consegue nossa lealdade momentânea; e tentamos moldar nossos ideais segundo ele. Mas à medida que a vida avança, ganhamos uma perspectiva sobre isso e todas essas diferentes versões da verdade tornam-se um pouco patéticas. Cada pessoa pensa que tem a fórmula para triunfar sobre as limitações da vida e sabe com autoridade o que significa ser homem, e geralmente tenta conquistar seguidores para sua patente específica. Hoje sabemos que as pessoas se esforçam tanto para ganhar adeptos para o seu ponto de vista porque é mais do que apenas uma visão da vida: é uma fórmula de imortalidade. [...] Somos deuses com ânus. [...] A ironia da condição do homem é que a necessidade mais profunda é estar livre da ansiedade da morte e da aniquilação; mas é a própria vida que o desperta, e por isso devemos evitar estar plenamente vivos. [...] Contudo, ao mesmo tempo, como também sabiam os sábios orientais, o homem é um verme e alimento para vermes. Este é o paradoxo: ele está fora da natureza e desesperadamente dentro dela; ele é duplo, está nas estrelas e ainda assim está alojado em um corpo de tirar o fôlego e com o coração acelerado, que pertenceu a um peixe e ainda carrega marcas de guelras para provar isso. Seu corpo é um invólucro material carnudo que lhe é estranho em muitos aspectos – o mais estranho e repugnante é que ele dói e sangra, e irá decair e morrer. O homem está literalmente dividido em dois: ele tem consciência de sua própria esplêndida singularidade, na medida em que se destaca da natureza com uma majestade imponente, e ainda assim ele volta alguns metros para o chão para apodrecer cega e silenciosamente e desaparecer para sempre. É um dilema terrível estar e ter que conviver. Os animais inferiores são, evidentemente, poupados desta dolorosa contradição, pois carecem de uma identidade simbólica e da autoconsciência que a acompanha. Eles apenas agem e se movem reflexivamente, movidos por seus instintos. Se eles fizerem alguma pausa, será apenas uma pausa física; por dentro eles são anônimos e até seus rostos não têm nome. Eles vivem num mundo sem tempo, pulsando, por assim dizer, num estado de ser mudo. Isto é o que tornou tão simples abater rebanhos inteiros de búfalos ou elefantes. Os animais não sabem que a morte está acontecendo e continuam pastando placidamente enquanto outros caem ao lado deles. O conhecimento da morte é reflexivo e conceitual, e os animais são poupados dela. Eles vivem e desaparecem com a mesma imprudência: alguns minutos de medo, alguns segundos de angústia e acabou. Mas viver uma vida inteira com o destino da morte assombrando os sonhos e até mesmo os dias mais ensolarados – isso é outra coisa. [...] A culpa resulta da vida não utilizada, do não vivido em nós. [...] O homem está literalmente dividido em dois: ele tem consciência de sua própria esplêndida singularidade, na medida em que se destaca da natureza com uma majestade imponente e, ainda assim, desce alguns metros ao solo para cega e silenciosamente apodrecer e desaparecer para sempre. [...] As pessoas criam a realidade de que precisam para se descobrirem [...] Viver plenamente é viver com consciência do estrondo de terror que está por trás de tudo [...]. Trechos extraídos da obra The Denial of Death (Free Press, 1997), do antropólogo e escritor estadunidense Ernest Becker (1924-1974).

 

MINHA JORNADA COM A DOENÇA – [...] Pare de tentar fazer as coisas do jeito que você deseja ou do jeito que você acha que deveriam ser. Em vez disso, veja as coisas como elas realmente são. Tão feio e tão bonito. É aí que reside a sua liberdade. Aí está sua resposta. E deixe estar. [...] Você tem uma doença autoimune e não é nada agradável, mas pode reconstruir sua vida de uma nova maneira [...] a dieta rotativa visa minimizar a exposição a qualquer alimento em corpos sensíveis propensos a desenvolver reações alérgicas. Existe apenas uma regra: nunca coma nenhum alimento mais de uma vez a cada quatro dias. Por exemplo, se você comer ovos no café da manhã na segunda-feira, não comerá ovos novamente até sexta-feira. Se você tomar leite de amêndoa na terça-feira, só terá de novo na sexta-feira. Isto não só dá ao seu corpo a oportunidade de processar cada alimento sem ficar sobrecarregado, mas provavelmente irá forçá-lo a introduzir mais variedade na sua dieta, o que geralmente leva a mais nutrientes. [...] Expliquei a Jennifer que a doença celíaca é uma doença autoimune e costuma ser acompanhada por outras doenças autoimunes. [...]. Trechos extraídos da obra Jennifer's Way: My Journey with Celiac Disease--What Doctors Don't Tell You and How You Can Learn to Live Again (Da Capo Lifelong, 2014), da atriz e escritora estadunidense Jennifer Esposito.

 

MEMENTO MORISua esposa sempre dizia que você chegaria atrasado ao seu funeral. Lembre-se disso? A piadinha dela porque você sempre foi tão desleixado atrasado, sempre esquecendo coisas, mesmo antes do incidente. Neste momento você provavelmente está se perguntando se chegou atrasado para o dela. Você estava lá, pode ter certeza disso. É isso que a foto para aquele pregado na parede perto da porta. Não é costume levar fotos em um funeral, mas alguém, seus médicos, eu acho, conhecia você não lembraria. Eles explodiram tudo bem e grande e enfiaram ali mesmo, ao lado da porta, então você não poderia deixar de ver todos os hora em que você se levantou para descobrir onde ela estava. O cara da foto, aquele com flores? É você. E o que você esta fazendo? Você está lendo a lápide, tentando descobrir em quem você está no funeral, assim como você está lendo agora, tentando descubra por que alguém colocou aquela foto ao lado da sua porta. Mas por que se incomoda em ler algo que você não vai lembrar? Ela se foi, se foi para sempre, e você deve estar sofrendo agora, ouvindo as notícias. Acredite, eu sei como você se sente. Você provavelmente está um desastre. Mas espere cinco minutos, talvez dez. Talvez você possa até ir um pouco meia hora antes que você esqueça. Mas você vai esquecer, eu garanto. Mais alguns minutos e você estará indo para a porta, procurando por ela de novo, desabando quando você encontrar a foto. Quantas vezes você tem que ouvir as notícias antes de alguma outra parte do seu corpo, além daquele cérebro quebrado de o seu, começa a lembrar? Ressentimento sem fim, raiva sem fim. Inútil sem direção. Talvez você não consiga entender o que aconteceu. Não posso dizer que realmente entenda também. Amnésia ao contrário. É o que diz a placa. CRS doença. Seu palpite é tão bom quanto o meu. Talvez você não consiga entender o que aconteceu com você. Mas você se lembra o que aconteceu com ELA, não é? Os médicos não querem falar sobre isto. Eles não responderão às minhas perguntas. Eles não acham que é certo para um homem em sua condição para ouvir sobre essas coisas. Mas você se lembra o suficiente, não é? Você se lembra do rosto dele. É por isso que estou escrevendo para você. Fútil, talvez. Eu não sei quantos vezes você terá que ler isso antes de me ouvir. eu nem sei há quanto tempo você já está trancado neste quarto. Nem você. Mas a vantagem de esquecer é que você esquecerá de escrever você mesmo como uma causa perdida. Mais cedo ou mais tarde você vai querer fazer algo a respeito. E quando você fizer isso, você apenas terá que confiar em mim, porque sou o único que pode ajudar você. Conto extraído da obra Memento Mori. (Faber & Faber, 2002), do escritor, roteirista, diretor e produtor cinematográfico britânico Jonathan Nolan, adaptado para o filme homônimo do cineasta Christopher Nolan. Veja mais aqui, aqui e aqui.

 

DOIS POEMASMETAMORFOSE - Hoje as palavras nada dizem sobre naufrágios. \ Apenas pétalas \ Pétalas invisíveis \ Pétalas infinitas \ E na ponta dos dedos \ O fantasma de uma Cidade doce e habitável. \ Suas vestes roxas e lendárias. \ Seu corpo, fruto teimoso e distribuição justa. \ Somos testemunhas de uma metamorfose precisa. VIAJANTES - Trouxeram pores do sol e estradas. \ Sua sede de horizonte os chamava.\ – A quem você pertence? \ Quem é o seu povo? \ Foi assim que nossa avó estendeu \ O copo d’água ao viajante. Poemas da jornalista e poeta santomense Conceição Lima.

 


Imagem: Mother Teaching Child, do escultor e ourives inglês Alfred Gilbert (1854-1934) no Dia Nacional das Artes.

Ouvindo More travel e Secret story do guitarrista de jazz norte-americano Pat Metheny, presentes do meu amigo Luciano Azevedo. Veja mais aqui e aqui.

PROGRAMA TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá que vai ao ar todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação desta terça aqui FESTA DE 32 ANOS – Hoje é dia de festa e o programa Tataritaritatá é totalmente por conta da querida Meimei Corrêa. Hoje tudo é dela: produção, seleção e apresentação do programa. Não posso adiantar muito porque o programa pra mim será surpresa. Apenas, ao que me cabe, só me resta manifestar minha gratidão por esse momento tão especial para mim, tanto a ela, parceira de todas as horas, como a todos que participam desse programa e das manifestações no Baú de Ilusões. SERVIÇO: PROGRAMA TATARITARITATÁ. Hoje, 12 de agosto, a partir das 21hs. Apresentação, produção e seleção musical: Meimei Corrêa. Veja mais do programa aqui. Para conferir toda festa clique aqui e aqui

MIGUEL TORGA - Há alguns anos fui presenteado pela médica e crítica literária alagoana, Cidinha Madeiro, com o livro Miguel Torga: o médico e poeta, do professor Hilton Seda, publicado Kalligrafos (2008), com prefácio  de Mário Viana de Queiroz e epílogo da própria Cidinha Madeiro, reunindo o exercício clinico do Dr. Adolfo Correira da Rocha nos diários de Miguel Torga, a política, a religião e Deus, a convivência do poeta com a doença, tudo recheado com relatos acerca da vida e obra, destacando seus poemas. Desse ótimo livro acerca da vida, trabalho e obra do escritor, dramaturgo e ensaísta português Miguel Torga (1907-1995), destacamos o Réquiem por mim: “Aproxima-se o fim. / E tenho pena de acabar assim, / em vez de natureza consumada. / Ruína humana. / Inválido do corpo / e tolhido da alma./ Morto em todos os órgãos e sentidos. / Longo foi o caminho e desmedidos / os sonhos que nele tive. / Mas ninguém vive / contra as leis do destino / e o destino não quis / que eu me cumprisse como porfiei, / e caísse de pé, num desafio. / Rio feliz a ir de encontro ao mar / desaguar, / e, em largo oceano, eternizar / o seu esplendor torrencial de rio”. Veja mais aqui, aqui e aqui.


ANTONIO CABRAL FILHO – O poeta mineiro Antonio Cabral Filho é editor do blog do Poeta Cabral e autor dos livros Ecce Homo (1997), Duelo de sombras (1999), Ver...so curto & grosso (2006), Cinza dos ossos (2008), Meus haicais preferidos (2010), entre outros. Entre seus poemas destacamos Revolixão culturar: “Revolixão curturar / todo mundo faz a sua, / é como aquela palavrinha / que a professora pediu ao Juquinha / com apenas duas letrinhas: cu / e quando fiz a minha / não registrei patente / nem direito autoral, / e, sequer almejo royaltes; / não joguei no lixo nada, / nada quebrei nem rasguei, / sequer poemas enfadonhos, / nada queimei na fogueira / das minhas veleidades, /cheias de valores bem pueris; / nenhum livro de Marx,/ Lênin, Gorki, Brecht / ou Maiakovski, / nenhum disco dos Beatles / ou de Elvis Presley / e nem deixei de ouvir As Valquírias / com todo o virtuosismo de Beethoven, / nenhum quadro de Van Gogh / foi parar no porão / nem rasguei os pôsteres / de brigite Bardeaux, / Mao Tsetung, Tchê Guevara, / Jimmy Hendrix, Janis Joplin,; / não fui fazer análise, / só para ser reicheano, / não abdiquei da carne vermelha, / parceira ideológica / de tantos recrutamentos, / e minha coleção de revistas eróticas / não parou de crescer, / desde o Carlos Zéfiro; / sequer dividi os amigos / entre direita e esquerda / nem promovi limpeza étnica / em gueto nenhum / do meu peito apaixonado, / como nunca deixei / a mulher amada / ver navios em cais deserto / só para sentir-me / o homem do futuro... / Também não troquei / a velha calça jeans / do dia anterior / pela farda verde-oliva / do algures dia-seguinte: / É que a minha / revolução cultural / foi de molécula em molécula, / progrediu sem traumas / e tornou-se, tranquilamente, / revolução permanente”.

LUCIENE LEMOS – Conheci o trabalho artístico da cantora e atriz mineira Luciene Lemos no Clube Caiubi de Compositores. Fiquei maravilhado com seu repertório refinado e sua voz grave e potente de vinte e tantos anos de carreira, cantando clássicos em releituras ótimas. Pra quem quiser conferir, veja seu talento aqui.


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FABIENNE BRUGÈRE, WARSAN SHIRE, FATOU DIOME, ANTÔNIO MADUREIRA, POEMA & POESIA NA ESCOLA!

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Sirens (Zone Records, 1994), Passionate Voice (2004), Rough and Steep (2006), The Ten Tho...