AS ARTESANIAS DE
EPIFÂNIO – Imagem: arte do artesão Epifanio Bezerra. - Durante a edição do
Pintando na Praça deste ano, tive a grata surpresa de encontrar um trabalho
artesanal que me chamou atenção. De quem é esse trabalho? E me disseram
tratar-se de um jovem palmarense que tinha um nome familiar. Fotografei as
peças e disse aos amigos que quando ele aparecesse gostaria de bater um papo. O
evento se desenrolou, conversa vai e vem, gente que só, muitos para rever e
abraçar, reencontros dos bons, afora ter de subir ao palco do anfiteatro para
desafinar e trastejar minhas loas do cantarau, a exemplo do que fiz na edição
anterior do evento. Lá pras tantas, eu totalmente empolgado com a festa, atendi
ao chamamento do amigo João Paulo de Araújo, que me apresentou Epifânio. Gente
que vinha e passava falando comigo, pilhérias, folganças, saudações, isso me
deixou atordoado a ponto de não entender direito quem o parente conterrâneo do
apresentado. Conversamos rapidamente, voltei ao expositor de suas obras, tirei
novas fotografias e destaquei uma delas na edição do blog sobre o evento (Veja
detalhes aqui). Foi preciso que o amigo João Paulo marcasse
posteriormente um encontro com o Epifanio na Biblioetca Fenelon Barreto, para que
me pudesse esclarecer as confusões que rondavam a minha cabeça. Foi exatamente
aí que fiquei sabendo direito sobre o trabalho do artesão Epifanio Bezerra que, por coincidência, é neto do meu saudoso
advogadamigo Epifânio, pessoa querida que muito me assistiu durante a
adolescência e na minha condução ao curso de Direito, em Caruaru. Guardo na
memória os momentos de risadagens que me proporcionou seu avô e das conversas
com a sua avó Tânia, seu pai Epifaninho, sua mãe Jaciara, suas tias,
especialmente a Vica que era bem doidona e privava da intimidade do meu lar.
Saudade de todos. O jovem artesão Epifanio Bezerra concluiu o 2º grau na Escola
Eliseu Pereira de Melo e participou de diversos cursos na área promovidos pela
Fundação de Hermilo, participando hoje dos cursos de Serigrafia e Desenho do
Instituto de Belas Artes Vale do Una. Ele desenvolve seu trabalho nas técnicas
de papietagem, arame, cartonagem e origami, tendo realizado exposições em
Recife, Ribeirão, Barra de Guabiraba e Palmares, integrante da Associação dos
Artesãos Palmarenses. Também é instrumentista autodidata, tendo participado da
Emosc – Santa Cecília, sob a maestria de Aluisio Farias de Oliveira, e
tornando-se executante de instrumentos como violão, guitarra, baixo, gaita,
flauta doce e sax alto. Nossa! Se ele sozinho tocar todos esses instrumentos,
já seria uma banda e que podia ser chamada de Os Epifânios e, se preferir,
juntar umas participações especiais de Epifanetes – nome dos bons para um
conjunto desses de dança e muito som, hem? Fica a dica. Afora isso, ele também
é lutador de artes marciais e enxadrista – se me sobrasse tempo a gente ia
pruma partida de xadrez que há uma data lá longe não cometo, vontade é o que
não falta. Fica valendo. Agora o que quero mesmo dizer aqui é do seu excelente
trabalho de artesão, meritório de aplausos. Parabéns, Epifânio, por sua
excelente arte. Vamos sempre juntos. © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS:
NEM SEMPRE
Eu desprezo a poesia / nem sempre / quando o sangue bate nas paredes /
quando as panelas estão quebradas no chão / e a vida escorregou / como uma
bobina / Eu cuspo minha tristeza e completamente / poesia de desprezo / quando
as cores atormentam minha alma / os azuis alaranjados e amarelos / Eu mantenho
ódio e calmamente / poesia de desprezo / quando no meu estômago ele mergulha /
o mergulhador dos seus olhos / Também / nem sempre / poesia de desprezo /
quando eu sinto isso como uma espécie de ambição / achado raro / em um banco
macio em uma sala futura.
PAR A PAR
A sombra não é luz / mas consegue vencê-la ; assim como a solidão não é
amor / mas o confronta / de olhos abertos. / De olhos abertos / dentro da sombra
/ o amor vigia / nossa solidão.
Poemas
extraídos da obra Mudança de Paisagem
(Allagi Tioíou, 1975), da poeta grega Maria
Lainá.
A ARTE
DE EPIFÂNIO BEZERRA
A arte do artesão Epifanio
Bezerra. Veja mais aqui.
AGENDA:
Ana de Ferro, a Raínha dos
Tanoeiros,
peça teatral do poema de Vital Corrêa de Araújo & muito mais na Agenda aqui.
&
Maravilha de viver, Emily Dickinson, Hannah Arendt,
Adolfo Bioy Casares, Jurandir
Freire Costa, Margaret Cho, Jin
Shangyi, Tacaimbó, Escola Eliseu Pereira de Melo, Egberto Gismonti & Diana
Damrau aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje curta
na Rádio Tataritaritatá a música do compositor alemão Karlheinz Stockhausen
(1928-2007): Oktophonie, Stimmung, Inori & Sirius & muito mais nos mais
de 2 milhões & 900
mil acessos ao blog & nos 35 Anos de Arte Cidadã. Para
conferir é só ligar o som e curtir. Veja mais aqui, aqui aqui.