O VERBO NO
CORAÇÃO DO SILÊNCIO - Imagem: art by Wassily
Kandinsky (1866-1944) – Sempre quis
além das minhas limitações e das fronteiras estreitas. Não sabia e queria mais
além do que sequer previa. Com meu orgulho presunçoso, eu me achava maior do
que era e do que podia ser, vazio de mim mesmo. Resistia com todas as forças,
teimosamente arrebentava laços e grilhões que a mim foram imposto por mim e por
todos, arrastados na marra até conseguir me desvencilhar do que pude e
enfrentei meus moinhos de vento, no vai ou racha. A vigília e os pesadelos em
confusão. Tanto fui podado no que pretendia quanto negado e rejeitado por
parecer irreconhecível. Findei escravo do que não queria pelas imposições que
me exigiam uma adaptação confortável. Meus fracassos e desilusões são
resultantes do que negligenciei anos a fio de mim mesmo, escrupuloso por me
encaixar nas convenções de que tudo estava no seu devido lugar e que assim
devia ser no padrão da conformidade. Quase me perdi por inteiro e aprendi a
sorrir do meu desconforto entre o exíguo, o inútil e o inaceitável. Estava
pedra bruta no caos primordial com seus detritos e faíscas que emanavam e eu
repudiava perdido pelo afluxo turvo das profundezas oceânicas do meu próprio
ser. Havia muito mais a ser feito. Encarei o conflito e me reconheci no que
verdadeiramente sou na trilha dos homens das palavras suaves: assim como em
cima, é embaixo. Sigo em paz na minha caminhada ao Verbo no coração do
silêncio. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui. 
Curtindo Las
estaciones porteños, do bandoneonista e compositor argentino Ástor
Piazzolla (1921-1992), na
interpretação do violonista Eduardo
Isaac. Veja mais aqui e aqui. 
Veja mais sobre: 
Ada Rogato & Todo dia é dia da mulher aqui.
E mais: 
É pra
ela na Crônica de amor por ela, Heitor
Villa-Lobos, Liev Tolstói, Ernesto
Sábato, Pablo Neruda, Rosana Lamosa, Délia Maunás, Magali Biff, Aurélio D'Alincourt,
Alipio Barrio & Michelle Ramos aqui.
Os clecs de Eno Teodoro Wanke aqui.
A poesia de Bocage aqui.
De golpe em golpe a gente vai aprendendo aqui.
O que sou de praça na graça que é dela aqui.
O que sei de mim é só de você aqui.
Ética e Moral aqui.
A luta pelo direito, de Rudolf Von Ihering aqui.
A saúde da Mulher aqui.
Abuso sexual, Sonhos lúcidos, Antropologia &
Psicologia Escolar aqui.
Cândido e o otimismo, de Voltaire aqui.
A liberdade de Spinosa aqui.
&
DESTAQUE:AS METADES DE ELIANE POTIGUARA
A mulher que ouve a sua intuição, que percebe os seu
sonhos, que ouve a voz interior das velhas e das mulheres guerreiras de sua
ancestralidade e que possui o olhar suspeito dos desconfiados, essa sim, é uma
ameaça ao predador natural da história e da cultura. Por isso o predador tem medo
dela quando ela percebe a violência de seu algoz. Para dominar esse predador
que está dentro dela, e fora dela na sua cultura, ela precisa tomar posse de
seu instinto selvagem, de seus poderes intuitivos, de seu ser resistente, ser
guerreira, ser questionadora, ter insight, ter tenacidade e personalidade no
amor que procura, ter percepção aguçada, ter audição apurada, ouvir os cantos
dos mortos, ter sensibilidade, ter alcance de visão, cuidar de seu fogo
criativo, ter espiritualidade, mesmo que para tudo isso ela sofra, ela sangre,
ela trema, ela se rasgue e grite ou que vá ao fundo do poço do sofrimento
humano para renascer mais bela !!!!! É UMA LUTA DELA CONTRA ELA MESMA. O
predador natural da história faz com que ela se sinta ESGOTADA, mas mesmo assim
ela vence, se quiser vencer. Ela renascida fará renascer também seus
descendentes, inclusive os masculinos.
Trecho
extraído da obra Metade cara, metade
máscara (Global, 2004), da escritora, professora, ativista e empreendedora indígena
Eliane Potiguara.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte do artista visual estadunidense Steve Hanks
(1949-2015)
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.



