O QUE SEMEEI
PRO QUE SERÁ COLHIDO – Imagem: arte da artista visual colombiana Débora
Arango (1907-2005). - Não foi só uma, duas, ou apenas três vezes que soçobrei
na vida. Muitas e tantas, confesso. A opressão frequente do fardo da vida sobre
tudo que realizei e desmoronou, trouxeram tribulações que destruíram a minha
paz e a harmonia que tanto desejei, causando infinitas vezes preocupações,
ansiedade e até desespero. Tive que fazer e refazer mais que o necessário para o
melhor. Toda vez que me deparava com um alicerce troncho, no qual se edificava
paredes tortas que mal chegando às cobertas desabavam inapelavelmente. Eis de
volta pra prancheta, replanejando tudo de novo, novas medições e esboços, até o
afã de mãos à obra: agora mais aplicado, elaborando melhores estruturas; mais
atento, percebia que a coisa tomava jeito até a forma se definir para a nova
descoberta que já se expressava. Fazia tudo para que nada ruísse na empreitada,
reforçando, remendando, até se desfazer indesejavelmente tudo aos escombros, de
novo na estaca zero. Ora, recomeçar e não desistir, mesmo sendo bastante difícil
suportar os martírios que surgem como contratempos para obstar qualquer
propósito. Quão pesados são esses óbices a ponto de se culpar até outrem por
tudo de revés que ocorre, tamanha as dificuldades para superar as frustrações,
a impotência e as sequelas desses estorvos, a angústia depressiva dessas
contrariedades, a inércia da queda desses embaraçosos momentos. Do chão não
passei, sim, pior não poderia ficar. Agora uma vantagem: só resta subir e
qualquer salto já seria promissor diante de tantos fracassos egocêntricos e
desalentados por não conseguir alcançar as tentadoras ofertas materiais de
riqueza e sucesso de posições, acumulações de propriedades e posse, ah, e que me
reduziam a um decadente coração esvaziado. De salto em salto se vence etapas,
assim fiz. Por conseguinte, aprendi que, na verdade bem amiudada, os problemas
por que passo e passei são provocados por mim mesmo quando me dedico ao desejo
de melhorar e de crescer física, mental e espiritualmente. E se quero ser
melhor e de forma exemplar, não existe atalho porque a vida é uma escola que
exige constantes treinamentos, aperfeiçoamentos e deliberada disciplina. Ao longo
dos anos fui aprendendo que as experiências e mudanças moldam para o alcance do
padrão desejado, entendendo que os valores reais da vida são muito mais
duradouros, influenciando um modo de viver mais responsável e sustentável, no
qual a compreensão e a tolerância irradiam por meio do amor e da paz de
espírito. Ao ter essa consciência descobri que ninguém é responsável por meus malogros,
senão eu mesmo que não havia aprendido direito a olhar de verdade para o
processo eterno que é viver: da semente pra raiz, do talo pro caule, do tronco
pros galhos, das flores aos frutos. Tudo depende do que semeei pro que será colhido.
© Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.
Curtindo o álbum Rama (Independente, 2016), da cantora Miriam Maria.
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DESTAQUE: FRACASSO & SUCESSO DE ELBERT HUBBARD
Genialidade é apenar o poder de fazer esforços contínuos.
A linha que separa o fracasso do sucesso é tão fina que mal a percebemos quando
por ela passamos; tão fina que, muitas vezes, estamos sobre ela e nem o
notamos. Quantos homens se desesperaram num momento em que um pouco mais de
esforço e um pouco mais de paciência teriam produzido sucesso! Assim como a
maré se torna baixa, depois volta a ser alta. No mundo dos negócios, às vezes
as perspectivas podem parecer extremamente obscuras quando estão realmente
mudando para melhor. Um pouco mais de persistência, um pouco mais de esforço, e
aquilo que parecia fracasso inevitável pode se transformar num glorioso
sucesso. Não há fracasso, exceto em parar de tentar. Não há derrota, exceto do
nosso próprio interior, e não há barreira realmente insuperável, exceto por
nossa própria fraqueza de determinação.
Pensamento do filósofo e escritor
estadunidense Elbert Hubbard
(1856-1915), autor do famoso ensaio Mensagem
para Garcia.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte da artista visual colombiana Débora Arango (1907-2005).
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
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Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.