COISAS DO
SENTIR QUE NÃO SÃO PRA ENTENDER – Imagem:
arte do pintor expressionista alemão Emil Nolde (1867-1956). - Há muito que meu coração espera: sonhos de ontem e que
nem são de hoje, coisas que não sei amanhã. A espera de sempre, a esperar,
esperança. Há muito que percorro trajetórias entre bifurcações e errâncias,
nada que não tenha aprendizagens de muito e pouco, só o que valem na esperança.
Na verdade esperava mesmo aquilo quase inalcançável e que não há
correspondência direta com a realidade em que vivi. Não que sejam coisas de
outro mundo, são anseios gigantescos, desejos tentaculares senão ubíquos. É
como se buscasse metas não planejadas e dando passadas maiores que as pernas, querendo
a mais do merecimento. Essas as ingênuas quimeras que ainda não havia superado na
lente do meu discernimento. Dei de cara com a minha incompletude diante dos
feitos humanos para ter a constatação de que vivia mais para chegar ao limite
das potencialidades concretizáveis, das fronteiras do possível e, não logrando
êxito na empreitada, tinha apenas à disposição desculpas para justificar a
inércia. Quando fui ver no apurado mesmo, nenhum passo foi dado, nem um esforço
despendido. De fato imaginei mais o que fazer do que propriamente executar. Teorizei
muito, prática de menos. E entrava ano e saía ano, mais aumentando o rol das
promessas jamais cumpridas, sequer levadas a sério ou a termo. Todo dia um
recomeço, todo dia uma mudança de foco. Quando acertava na veia, logo surgia um
óbice pro escanteio. Entrava no entusiasmo de hoje, sucumbia ao descaso do
amanhã. Ah, não era bem aquilo mesmo que eu imaginava, queria outra coisa. E assim
queria tudo quando nada é o que sabia do querer. Contudo, sei que posso ir além
dos meus próprios limites e alcançar dimensões mais amplas. É só seguir
adiante, perseguir o desconhecido, o insondável, enfrentando temores e enganos,
discernindo por mim e de tudo. Entretanto, quando me vi fora da zona de
conforto, bateu-me a impressão de que não me libertei ainda dos pólos opostos
das carências humanas. Aí me arroguei a semideus que tudo pode e sabe, imaginando
ter qualidades atribuídas que ainda não cultivo, ou com a ausência dos defeitos
que possuo. A quem enganava a não ser a mim mesmo, ou quem mais chegasse, o que
tornava mais complicado: de um, passavam a ser dois problemas. E se um só já era
bastante difícil, avalie dois. De uma coisa eu sei: se quero ir adiante, jamais
devo medir a minha vida pelo que já fiz ou consegui, mas por quanto ainda posso
alcançar. Vou adiante, conhecendo a mim mesmo. © Luiz Alberto Machado. Veja
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[...] Porque os homens foram gerados com uma lei
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Trecho
da obra Da República, do filósofo, orador, escritor, advogado e político romano Marco
Túlio Cícero (106 – 43aC). Veja mais aqui e aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte do pintor expressionista alemão Emil Nolde (1867-1956).
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