VAMOS APRUMAR A CONVERSA?
POR QUE BRASIL, HEM?
(Texto originalmente publicado na antologia Guardados
e contextos, organizada por Clarisse Maia-Guedes, Editora Guarajás, 2005).
- O FECAMEPA
- Festival de cagadas melando o país, o mais afuleirado genérico do legendário
Febeapá -, passando a limpo tudo daqui, resolve, então, saber: por que Brasil,
hem? Isso mesmo: por que Brasil? Bem, pelo menos se propõe a esclarecer a
origem, razão e significado do nome, ou não, sempre levado pelo estímulo da
doctilóquia sentença chacrínica: vim para confundir e não para explicar. De
antemão, eita, parece que esta é mais uma lorota danada, daquelas só para
provar que tudo aqui ou não se deve levar realmente a sério, ou como tudo que se
planta dá, sem ter mesmo razão de ser ou jeito, melhor deixar como está, num é?
É, mas vamos lá! Para começar, melhor esclarecer a origem do nome Brasil. Ih,
depois que botei as ventas na direção de tão nobre empreitada, de uma coisa,
precavido, eu me certifiquei: nossa, é uma confusão dos diabos. E olhe que
quase que me arrependo desde o dia que nasci, quando me deparei com todo
nó-cego, ajudado pela empáfia e esquisitice dos pesquisadores e pedantes de
sempre. Foi mesmo, é que esses caras se empolgaram tanto, mas tanto tanto, que
hoje a gente sabe que tem muita fuleragem e precisa checar direitinho, conferir
no amiudado. Mas olhe só, nem esquente. Tudo isso se deu porque várias cordas
de guaiamum puxaram cada uma das teorias para a sua banda, coisa bastante comum
aqui, né não? Inclusive e indubitavelmente é isso que caracteriza tudo daqui,
num é mesmo? Apois, então. De antemão, uma coisa eu confesso: o buruçu é tão de
tão que não sei como tudo num se estraçalha de vez na puxada. A corda só aguenta
porque o arrumadinho é tão levado no empinado do nariz e na empolgação que, no
ajeitado da pinóia, tudo vira carnaval, maior mangação. Pois bem, para se ter
ideia, de primeira, uns assinalam ser o Brasil de origem celta, breasail, significando príncipe. Eita,
será? Hum, sei não. Vamos nessa. Outros acham que veio do sânscrito bradshita, palavra que não se deve repetir
porque pode dar um nó na língua, xá pra lá. Ou do grego brázein, que significa ferver (hum... tá esquentando!). Ou também
do baixo latim brasile que significa
pegando fogo, em brasa mesmo (eita, tá melhorando!). Ou ainda do toscano verzino, representando pequenas lascas
ou cavacos de pau-brasil, na expressão verzino
di brasili e do vêneto berzi
(hum.... sei não!). Achando pouco, remexem dizendo que não é nada disso, pois
que veio do genovês brazil ou brezill que significa coisa fragmentada
(ah, agora vai!). Para esculhambar tudo e muito mais, dizem que procede do
germânico bras, que quer dizer carvão
ardente (lascou, tição!). Moendo mais ainda empestam tudo alegando ser oriundo
do aríaco parasil, que significa
terra grande (êta, mundo véio, arrevirado e de porteira escancarada, sô!
Talqualzinho mermo, oxente!). Para embananar mais, arrotam ser mesmo
proveniente da expressão Hy-Brazail,
uma ilha do Atlântico povoada pelos índios vermelhos, referida pelos antigos
irlandeses (ah, agora sim!). Mas estão pensando que findou a remoeta toda, é?
Nada, para ainda mais aumentar o cu-de-boi todo, vem os que defendem ser o nome
vindo do tupi ibira-ciri (que
significa pau eriçado, ôpa! pau arrepiado, eita!), isso por causa da Caesalpina echinata, uma madeira vermelha
mais popularmente conhecida como pau-brasil que, por sinal, também é cheia de
espinhos e eriçada. E, também, porque a citada madeira servia para a fabricação
de corantes de tinturaria, nada mais raiz carnavalesca, né? Também insistem
mesmo assim ainda ser do tupi-guarani, paraci,
que significa mãe do mar, mãe da água. É mole? E não bastando mesmo, tudo sem
considerar as lengalengas de Pindorama, Vera Cruz e Terra de Santa Cruz. Ufa,
enfim, o que existe na verdade é uma porrada de hipóteses que ninguém sabe
mesmo de onde é que vem o raio de nome. Para deixar tudo às claras, é
importante frisar, portanto, que tudo no nome gira em torno de pau, ou de
arrepiado ou de vermelho, fato que é considerável tendo em vista que quando o
brasileiro não bota o pau nos outros, significa que eventualmente é enrabado. De
outra, o que fica de mesmo, para mim, é que vem de Hy Breazil, a lendária ilha do Atlântico, porque li não sei onde
nem me pergunte, que Brasil sempre trouxe a ideia de paraíso terrestre por
causa da crença de que todos viviam felizes na misteriosa e paradisíaca ilha. E
é natural enfatizar isso porque os europeus já sabiam muito antes de Cabral
& Cia., do topônimo Brasil. E também é pertinente porque os maiorais da
nação sempre tiverem quizília com qualquer relação avermelhada na nossa vida,
por isso os aborígenes da ilha em referência, serem escanteados daqui: são
conhecidos como os vermelhos, fato que enfurecia, enraivece e agoniará de chapa
a mania anticomunista dos daqui (como se a nossa índole anarquista desse nisso
um dia). E para acabar com a confusão, eu digo duas coisas: a primeira, na
maior, é que o bom dessa zorra toda é a misturada dando caldo grosso na sopa
apetitosa daqui. E, a segunda, digo sem perder a piada na bucha: que é mais
preferível admitir que o nome Brasil surgiu mesmo, digamos assim, como de
costume, pela mesma circunstância que ele foi invadido, redescoberto,
colonizado, virou república, eternizou a zona e é conduzido até hoje: por uma
cagada da porra! É ou num é? E ponto final! Pronto, vamos aprumar a conversa aqui,
aqui e aqui.
Imagem: Naakt op divan, do artista plástico holandês Jan Sluyters (1881-1957)
Curtindo o álbum Cello Concertos (Olympia Records, 2003), com obras do compositor
alemão Robert Schumann (1810-1856) e do compositor e jornalista russo-americano
Alfred Schnittke (1934-1998), na interpretação da violoncelista russa Natalia Gutman & The London Phillarmonic.
O LIMITADO E O ILIMITADO – O filósofo pitagórico Filolau de Crotona viveu no sul da
Itália, por volta do século V aC., foi mestre de Democrito e de Arquitas.
Diz-se que, obrigado pela pobreza, escreveu um livro sobre a doutrina
pitagórica, fato que se reveste da máxima importância porque os fragmentos que
chegaram até o presente, representando o mais antigo testemunho escrito sobre a
doutrina pitagórica. Esse livro exerceu influencia no pensamento de Platão. Do
seu pensamento recolheu-se que: [...] O
cosmos é um e começou a vir a ser a partir do centro, e do centro para cima,
nos mesmos intervalos de distância que os de baixo. Pois o que está acima do
centro se encontra em oposição ao que está abaixo; pois para o que está muito
baixo o que está no cetro constitui o mais alto, e assim o restante. Pois com o
centro ambos estão nas mesmas relações, apenas invertidos. [...] Há quatro princípios no ser racional:
cérebro, coração, umbigo e órgãos genitais. Cabeça é o princípio da
inteligência; coração, da alma e da sensação; umbigo, do enraizamento e
crescimento do embrião; e os órgãos genitais, da emissão do sêmen e da criação.
O cérebro indica o princípio do homem; o coração, o do animal; o umbigo, o da
planta; e os órgãos genitais, o de todos eles. Pois tudo floresce e cresce de
um sêmen. [...] Com natureza e
harmonia, dá-se o seguinte: a essência das coisas, que é eterna, e a própria
natureza requerem conhecimento divino e não humano, e seria absolutamente
impossível que alguma das coisas existentes se tornasse conhecida por nós, se
não existisse a essência das coisas das quais se constituiu o cosmos, tanto nas
limitadas como nas ilimitadas. [...]. Veja mais aqui , aqui e aqui.
UM
COPO DE CÓLERA – Na obra Um copo de cólera (Companhia das Letras, 2013), do escritor Raduan Nassar, destaco o trecho Na
cama: Por uns momentos lá no quarto nós
parecíamos dois estranhos que seriam observados por alguém, e este alguém
éramos sempre eu e ela, cabendo aos dois ficar de olho no que eu ia fazendo, e
não no que ela ia fazendo, por isso eu me sentei na beira da cama e fui tirando
calmamente meus sapatos e minhas meias, tomando os pés descalços nas mãos e
sentindo-os gostosamente úmidos como se tivessem sido arrancados à terra
naquele instante, e me pus em seguida, com propósito certo, a andar pelo
assoalho, simulando motivos pequenos pra minha andança no quarto, deixando que
a barra da calça tocasse ligeiramente o chão ao mesmo tempo que cobria
parcialmente meus pés com algum mistério, sabendo que eles, descalços e muito
brancos, incorporavam poderosamente minha nudez antecipada, e logo eu ouvia
suas inspirações fundas ali junto da cadeira, onde ela quem sabe já se abandonava
ao desespero, atrapalhando-se ao tirar a roupa, embaraçando inclusive os dedos
na alça que corria pelo braço, e eu, sempre fingindo, sabia que tudo aquilo era
verdadeiro, conhecendo, como conhecia, esse seu pesadelo obsessivo por uns pés,
e muito especialmente pelos meus, firmes no porte e bem-feitos de escultura, um
tanto nodosos nos dedos, além de marcados nervosamente no peito por veias e
tendões, sem que perdessem contudo o jeito tímido de raiz tenra, e eu ia e
vinha com meus passos calculados, dilatando sempre a espera com mínimos
pretextos, mas assim que ela deixou o quarto e foi por instantes até o
banheiro, tirei rápido a calça e a camisa, e me atirando na cama fiquei
aguardando por ela já teso e pronto, fruindo em silêncio o algodão do lençol
que me cobria, e logo eu fechava os olhos pensando nas artimanhas que
empregaria (das tantas que eu sabia), e com isso fui repassando sozinho na
cabeça as coisas todas que fazíamos, de como ela vibrava com os trejeitos
iniciais da minha boca e o brilho que eu forjava nos meus olhos, onde eu fazia
aflorar o que existia em mim de mais torpe e sórdido, sabendo que ela
arrebatada pelo meu avesso haveria sempre de gritar “é este canalha que eu
amo”, e repassei na cabeça esse outro lance trivial do nosso jogo, preâmbulo
contudo de insuspeitadas tramas posteriores, e tão necessário como fazer
avançar de começo um simples peão sobre o tabuleiro, e em que eu, fechando
minha mão na sua, arrumava-lhe os dedos, imprimindo-lhes coragem, conduzindo-os
sob meu comando aos cabelos do meu peito, até que eles, a exemplo dos meus
próprios dedos debaixo do lençol, desenvolvessem por si sós uma primorosa
atividade clandestina, ou então, em etapa adiantada, depois de criteriosamente
vasculhados nossos pelos, caroços e tantos cheiros, quando os dois de joelhos
medíamos o caminho mais prolongado de um único beijo, nossas mãos em palma se
colando, os braços se abrindo num exercício quase cristão, nossos dentes
mordendo ao outro a boca como se mordessem a carne macia do coração, e de olhos
fechados, largando a imaginação nas curvas desses rodeios, me vi também às
voltas com certas práticas, fosse quando eu em transe, e já soberbamente
soerguido da sela do seu ventre, atendia precoce a um dos seus (dos meus)
caprichos mais insólitos, atirando em jatos súbitos e violentos o visgo leitoso
que lhe aderia à pele do rosto e à pele dos seios, ou fosse aquela outra, menos
impulsiva e de lenta maturação, o fruto se desenvolvendo num crescendo mudo e
paciente de rijas contrações, e em que eu dentro dela, sem nos mexermos,
chegávamos com gritos exasperados aos estertores da mais alta exaltação, e
pensei ainda no salto perigoso do reverso, quando ela de bruços me oferecia
generosamente um outro pasto, e em que meus braços e minhas mãos, simétricos e
quase mecânicos, lhe agarravam por baixo os ombros, comprimindo e ajustando,
área por área, a massa untada dos nossos corpos, e ia pensando sempre nas
minhas mãos de dorso largo, que eram muito usadas em toda essa geometria
passional, tão bem elaborada por mim e que a levava invariavelmente a dizer em
franca perdição “magnífico, magnífico, você é especial”, e eu daí entrei
pensando nos momentos de renovação, nos cigarros que fumávamos seguindo a cada
bolha envenenada de silêncio, quando não fosse ao correr das conversas com café
da térmica (escapávamos da cama nus e íamos profanar a mesa da cozinha), e em
que ela tentava me descrever sua confusa experiência do gozo, falando sempre da
minha segurança e ousadia na condução do ritual, mal escondendo o espanto pelo fato
de eu arrolar insistentemente o nome de Deus às minhas obscenidades, me falando
sobretudo do quanto eu lhe ensinei, especialmente da consciência no ato através
dos nossos olhos que muitas vezes seguiam, pedra por pedra, os trechos todos de
uma estrada convulsionada, e era então que eu falava da inteligência dela, que
sempre exaltei como a sua melhor qualidade na cama, uma inteligência ágil e
atuante (ainda que só debaixo dos meus estímulos), excepcionalmente aberta a
todas as incursões, e eu de enfiada acabava falando também de mim, fascinando-a
com as contradições intencionais (algumas nem tanto) do meu caráter, ensinando
entre outras balelas que eu canalha era puro e casto, e eu ali, de olhos sempre
fechados, ainda pensava em muitas outras coisas enquanto ela não vinha, já que
a imaginação é muito rápida ou o tempo dela diferente, pois trabalha e
embaralha simultaneamente coisas díspares e insuspeitadas, quando pressenti
seus passos de volta no corredor, e foi então só o tempo de eu abrir os olhos
pra inspecionar a postura correta dos meus pés despontando fora do lençol,
dando conta como sempre de que os cabelos castanhos, que brotavam no peito e
nos dedos mais longos, lhes davam graça e gravidade ao mesmo tempo, mas tratei
logo de fechar de novo os olhos, sentindo que ela ia entrar no quarto, e já
adivinhando seu vulto ardente ali por perto, e sabendo como começariam as
coisas, quero dizer: que ela de mansinho, muito de mansinho, se achegaria
primeiro dos meus pés, que ela um dia comparou com dois lírios brancos. Veja mais aqui.
INICIO, AGOSTO, DA PRISÃO – No libro The
Dream of a Common Language – Poems 1974/1977
(Norton, 1978), da poeta, feminista e professora Adrienne Rich (1929-2012), destaco inicialmente o
poema Início: Viver na insônia / sob o
gesso cheio de cicatrizes / enquanto o gelo se forma sobre a terra / num
momento em que nada pode ser feito / para cumprir qualquer decisão / para
conhecer a composição do fio / dentro do corpo da aranha / primeiro os átomos
da teia / visíveis da manhã / sentir o flamejante futuro / de cada palito de
fósforo na cozinha / nada pode ser feito / senão aos poucos. Transcrevo minha
vida / hora por hora, palavra por palavra / contemplando a ira de velhas no
ônibus / numerando as estrias / de ar dentro dos cubos de gelo / imaginando a
existência de alguma coisa incriada / este poema / nossas vidas. / Um homem
está dormindo no quarto ao lado / nós somos seus sonhos / nós temos cabeças e
seios de mulher / os corpos de aves de rapina / às vezes viramos serpentes
prateadas / enquanto ficamos acordadas fumando e conversando sobre a vida / ele
se vira na cama e murmura / um homem está dormindo no quarto ao lado / uma
neurocirurgiã ingressa em seu sonho / e começa a dissecar seu cérebro / ela não
parece uma enfermeira, / está absorvida em seu trabalho / e tem um rosto
austero e delicado como o de Maria Curie / ela não é / podia ser uma de nós /
um homem está dormindo no quarto ao lado / ele levou um dia inteiro / de pé,
lançando pedras no lago escuro / que mantém sua escuridão / fora da moldura de
seu sonho nós tropeçamos morro acima / de mãos dadas, tropeçando e guiando uma
a uma a outra / sobre a pedra vulcânica cheia de cicatrizes. Também o poema
Agosto: Dois cavalos na luz amarela /
comendo, debaixo duma árvore, maçãs derrubadas pelo vento / enquanto o verão se
desfaz, as plantas cambaleiam / e a relva fica crestada / dizem que há ions no
sol / neutralizando campos magnéticos na terra / que maneira de explicar / o
que foi esta semana e a que a precedeu! / Se eu sou carne tostando sobre pedras
/ se eu sou cérebro queimando na luz fluorescente / se eu sou sonho como um fio
flamante / pulsando com ele / se eu sou morte para o homem / preciso sabê-lo /
sua mente é simples demais. Não posso continuar / compartilhando seus pesadelos
/ os meus próprios tornam-se mais claros, abrem-se / para a pré-história / que
parece um vilarejo aceso com sangue / onde todos os pais estão gritando: Meu
filho me pertence! Por fim o poema Da prisão: Sob minhas pálpebras outro olho se abriu / e olha cruamente / a luz /
que penetra vindo do mundo da dor / mesmo enquanto durmo / fixamente ele encara
/ tudo que eu enfrento / e mais / ele vê os cassetetes e as coronhas /
levantando e baixando / ele vê / o detalhe que a TV não mostra / os dedos da
polícia feminina / esquadrinhando a boceta da jovem prostituta / ele vê / as
baratas caindo dentro da panela / onde preparam carne de porco / no presídio /
ele vê / a violência / encravada no silêncio / este olho / não é para chorar, /
sua visão / deve ser nítida / apesar das lágrimas em meu rosto / seu objetivo é
lucidez / nada deve ser esquecido. Veja mais aqui.
A ARTE DO ATOR – No livro A aprendizagem do ator (Ática, 1986), de Antonio Januzelli - Janô, encontro a parte denominada A arte do
ator, a qual destaco: O ator em cena atua
sempre em sua própria pessoa. Ele não fala de uma personagem imaginária. Sua
arte consiste em se por numa situação análoga à da personagem, acrescentando
novas suposições e deixando-se envolver por sua natureza inteira: intelectual,
física, emocional e espiritual. O objetivo do ator é transmitir suas ideias e
sentimentos usando suas próprias emoções, sensações, instintos, sua experiência
pessoal de vida, mostrando seus próprios traços, sempre os mais íntimos e
secretos, sem ocultar nada. O ator deve comparar os atos da personagem a fatos
semelhantes em sua vida, que lhe são familiares. Stanislavski cita um exemplo:
Chatski, personagem de um texto russo, é um homem apaixonado. O que faz um
homem apaixonado quando, depois de ausente por vários anos, retorna para ver a
amada? Que faria o ator, enquanto individuo, se fosse Chatski? Ele deve falar
por si mesmo, como alguém colocado nas circunstancias da personagem Chatski. O
ator deve encontrar na alma do papel um fragmento de si mesmo, de sua alma, de
seus desejos; deve atacar o papel como ele mesmo, segundo a vida, sua, aqui e
aqui, e não segundo apenas instruções do autor nem de acordo com os carimbos
convencionais. [...] Veja mais aqui, aqui e aqui.
BODY DOUBLE – O suspense Body double (Dublê de corpo, 1984), dirigido pelo cineasta
estadunidense Brian DePalma, explora
a desordem psíquica e assassinatos, contando a história de um ator de filmes de
de terror de segunda categoria, desempregado e claustrofóbico, começa a sentir
uma descontrolada obsessão por uma mulher que se despe na janela, no prédio em
frente. Mas, vendo que ela está com problemas, ele decide ajudá-la, sem
perceber que ele sem querer entra em um jogo de perversão. O destaque do filme
é em dose dupla: a premiada atriz estadunidense Melanie Griffith e a também
atriz e rainha da beleza estadunidense Deborah Shelton, esta última ex-Miss USA.
Veja mais aqui.
IMAGEM DO DIA
Sandrão Nua & Crua, do cartunista, escritor, diretor de
arte, autor de teatro, ilustrador, publicitário, roteirista e jornalista Miguel Paiva. Veja mais aqui.
DEDICATÓRIA
A edição de hoje é dedicada à poetamiga
carioca radicada em Santa Catarina, Efigênia
Coutinho Mallemont. Veja aqui.