A arte
da artista malaia Lesley Sanderson.
SABE AQUELA... (DE UMA LEITURA DE PREMCHAND) – Estalou.
Ao terminar a leitura da Pane de Dürrenmatt, uma insistente coisinha de um estalo e começou a remoer nas catracas da
cachola feito uma cantiga de grilo insistente a me perseguir desde as indagações
das primeiras páginas provocadoras da obra: o que há mais para contar?
Se o seu teatro épico me impressionava, dele ficou: Uma história não está terminada até que algo tenha dado extremamente
errado. Ah, mais uma vez, os labirintos dos paradoxos de Agostinho voltava à tona e eu me perdia
em profundas elucubrações. Foi que nem bem havia começado a refletir, dei logo de
cara com os escritos de Premchand. Quem? Aquele escritor hindu, o Munshi
Premchand (1880-1936), para mim, bastante esclarecedor. Como ele era um
vigoroso escritor que falava sobre homem do campo e seu povo, de pobreza e
exploração, de castas e vida comunitária nas vilas, cortava com sua afiada pena
a hipocrisia e a falsidade, facilitando a contextualização. Ao me deparar com
suas expressões, logo fui me dando conta: De que grandeza eu tenho
que preciso contar a alguém? Eu vivo como milhões de pessoas neste país; eu sou
comum. Minha vida também é comum. Eu sou um professor de escola pobre sofrendo
trabalhos familiares. Durante toda a minha vida, estive afundando com a
esperança de poder me libertar de meus sofrimentos. Mas não fui capaz de me
libertar do sofrimento. O que há de tão especial nesta vida que precisa ser
contado a alguém? Até parecia que era carregado de interrogações. Até que
ao final, ele trouxe seu categórico arremate: É dever de um escritor proteger e argumentar em favor daqueles que são
oprimidos e sofredores, sejam indivíduos ou grupos privados. Ah,
assim foi meu aprendizado no início da adolescência: a vida, o tempo, tantas
voltas. © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados.
DITOS & DESDITOS: Nunca
teria havido ciências humanas nem psicanálise se tivesse sido milagrosamente
possível reduzir o homem a comportamentos racionais. Pensamento do sociólogo
francês Jean Baudrillard
(1929-2007). Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU: Acho
que uma das coisas mais sinistras da história da civilização ocidental é o
famoso dito atribuído a Benjamim Franklin, ‘tempo é dinheiro’. Isso é uma
monstruosidade. Tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida, é esse
minuto que está passando. Daqui a 10 minutos eu estou mais velho, daqui a 20
minutos eu estou mais próximo da morte. Portanto, eu tenho direito a esse
tempo. Esse tempo pertence a meus afetos. É para amar a mulher que escolhi,
para ser amado por ela. Para conviver com meus amigos, para ler Machado de
Assis. Isso é o tempo. E justamente a luta pela instrução do trabalhador é a
luta pela conquista do tempo como universo de realização própria. A luta pela
justiça social começa por uma reivindicação do tempo: ‘eu quero aproveitar o
meu tempo de forma que eu me humanize’. As bibliotecas, os livros, são uma
grande necessidade de nossa vida humanizada. Temos que entender que tempo não é
dinheiro. Essa é uma brutalidade que o capitalismo faz como se o capitalismo
fosse o senhor do tempo. Tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida.
Pensamento do crítico literário e sociólogo Antônio Cândido (1918-2017). Veja mais aqui.
Curtindo a música da antor e compositora britânica Kate Bush, seus álbuns The Kick Inside (1978), Linhoeart (1978), Never for ever (1980), The
dreaming (1982), Hounds of love
(1985), The whole story (1986), The sensual world (1989), The woman’s work (1990), The red shoes (1993) e Aerial (2005).
DE AMOR, VIDA & TUDO MAIS – Em amor, não há último adeus, senão aquele
que se não diz. Prefiro os canalhas aos imbecis. Os canalhas, pelo menos,
descansam de vez em quando. Só os que padecem um extremo infortúnio estão aptos
a usufruir uma extrema felicidade. É preciso ter querido morrer para saber o
que vale a vida. As feridas morais têm sempre essa particularidade: ocultam-se,
mas não se fecham nunca; sempre dolorosas, sempre prontas a sangrar quando se
lhes toque, conservam-se, porém, no coração, vivas e abertas. Os homens
verdadeiramente generosos mostram-se sempre indulgentes quando a desgraça do
inimigo ultrapassa os limites de sua aversão. Expressões do escritor francês Alexandre Dumas, pai (1802-1870). Veja
mais aqui.
UMA POESIA POR DIA, NEM SABE O BEM QUE LHE FARIA – Um pouco mais de paz e um pouco menos de debate, / um
pouco mais de bondade e um pouco menos de ódio, / um pouco mais de amor e
esqueça o ciúme, / e mais da verdade – agora isso nos liberta! / Não tanto de
luta, mas de paz a seguir, / não tanto de mim, mas um pouco mais de você, / não
tenha medo nem desânimo, mas mais empresa / e força para agir – agora isso
seria sensato! / Sem tristeza e escuridão, mas a luz vamos mostrar, / nenhum
desejo ardente, mas um alegre desapego, / com muito mais flores para alegrar o
destino, / e não apenas nos cemitérios – pois é tarde demais! Poema do
poeta austríaco Peter Rosegger (1843-1918).
O CINEMA DE ALFREDO STERNHEIM
A arte
do cineasta, diretor, jornalista, escritor e roteirista Alfredo Sternheim
(1942-2018): Fêmeas que topam tudo (1987), Sexo doido (1986), Sexo em festa
(1986), Borboletas & garanhões (1985), Sexo Livre (1985), Sexo dos anormais
(1984), Sexo em Grupo (1984), Variações do sexo explícito (1984), Sacanagem
(1983), Tensão e desejo (1983), Amor de perversão (1982), Brisas do amor
(1982), As vigaristas do sexo (1982), As prostitutas do Dr. Alberto (1981),
Violência na carne (1981), Corpo devasso (1980), Herança dos devassos (1979),
Mulher desejada (1979), Lucíola, o anjo pecador (1975), Pureza proibida (1974),
Anjo loiro (1973), Aguelhas mulheres (1973), Paixão na praia (1971), entre
outros. Veja mais aqui, aqui & aqui.
ESTRATÉGIAS
DE APRENDIZAGEM – O presente trabalho pretende abordar as questões acerca das
estratégias de aprendizagem, seu conceito, indicadores, estilos e tipologia, a
partir de Morales e Alfonso (2010), tendo em vista a importância da adoção e
definição dessas estratégias por parte dos alunos, sendo, portanto, uma das
mais importantes ações da prática docente. Pela importância dessas estratégias
de aprendizagem se faz necessário que o professor esteja atendo para incentivar
e promover a descoberta de preferências de aprendizagem para que o aluno adote
as suas estratégias e, com isso, possa tornar a aprendizagem eficiente e
eficaz. CONCEITO
DE ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - As estratégias de aprendizagem, conforme Morales
e Alfonso (2011), são entendidas como processo de escolha, coordenação e
execução das habilidades, procedimento adotado para desenvolvimento e
realização de determinada tarefa e que refletem os processos utilizados pelo
estudante para responder às demandas de uma situação de aprendizagem. Essas
estratégias de aprendizagem são definidas, conforme Morales e Alfonso (2001, p.
1), como “[...] seqüências de procedimentos ou
atividades que se escolhem com o propósito de facilitar a aquisição, o
armazenamento e/ ou a utilização da informação”. São essas estratégias as formas de se lidar com as
organizações dadas na situação de aprendizagem e apresentação das informações. Possuem
as estratégias de aprendizagem a função de superar dificuldades e de discernir
incompatibilidades entre as preferências individuais, a assimilação de
organização da aprendizagem e a apresentação das informações, potencializando a
aprendizagem para tornar-se mais eficiente. O objetivo principal da
aprendizagem é ensinar a pensar, ao visar a busca pela autonomia, o senso
critico e a independência do educando. Essas estratégias de aprendizagem
envolvem estilos cognitivos no contexto de uma forma automática de resposta às
informações e situações que se encontram presentes no ser humano desde o seu
nascimento e que afetam seu comportamento individual e social. Envolvem essas
estratégicas os estilos que definem o desempenho, interferindo na aprendizagem
e no comportamento do ser humano diante da necessidade de resolução de
problemas. Vê-se, portanto, que as estratégias de aprendizagem são dotadas de
importante papel no rendimento escolar e no processo de aprendizagem porque
definem a intencional e consciente tomada de decisão do aluno. Por essa razão,
essas estratégias são fundamentais dependendo da forma que são assimiladas para
a condução dos atos, a relação com o meio e a resolução de situações. INDICADORES
PARA EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM - Encontra-se em Morales e Alfonso
(2011) que os indicadores que definem as estratégias de aprendizagem, são a
conscientização e a adaptabilidade. Entendem os autores como conscientização a
ação estratégica representada no entendimento das conseqüências de uma escolha,
ou seja, baseada na atividade metacognitiva que reflete na adoção e
implementação do processo mental, assimilando a causa, conseqüências e efeitos.
A adaptabilidade, para os autores em estudo, está na regulação do comportamento
antecipadamente com o curso da ação logo após a tomada de decisão, antevendo e
planejando o curso da ação para que se possa sentir firmeza, redesenhar quando
houver necessidade, avaliar e, por conseqüência, corrigir, se necessário, os
resultados desejados a serem alcançados. Esses comportamentos se encontram nas
estratégias de aprendizagem como a capacidade de planejamento, antecipação e
auto-regulação da atividade intelectual, expressos pela linguagem e
comportamento externo, significando, assim, que o aluno tenha a capacidade de
formular e verbalizar procedimentos que determinam conhecimento de causa das
suas decisões tomadas. OS
ESTILOS DE APRENDIZAGEM - Os estilos de aprendizagem são representados pelo
método utilizado para aquisição de conhecimento, sendo, portanto, o modo de
comportamento durante o aprendizado. Esses estilos são influenciados por
diversos fatores em relação à seleção e representação das informações. A percepção desses estilos de aprendizagem pelo professor
possibilitará a aquisição de indicadores de ensino que se tornarão úteis para
melhor trabalhar a aprendizagem dos alunos. TIPOLOGIA
DAS ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - A tipologia das estratégias de aprendizagem
compreende o aspecto disposicional da estratégia e suporte, o controle e
contexto, busca e seleção de coleta de informações, processamento e utilização
da informação adquirida, replicação de armazenamento, personalização e criatividade,
e recuperação da informação. A estratégia disposicional do suporte, são aquelas
estratégias que, segundo Morales e Alfonso (2011), procede ao andamento do
processo, ajudando a sustentar o esforço, e dividem-se em emocionais e
afetivo-auto-gestão, compreendendo a integração dos processo motivacionais,
auto-estima, atitudes apropriadas, sendo de competência, relaxamento,
ansiedade, redução de estresse, entre outras. A estratégia de controle se
refere à criação de condições
ambientais adequadas, controle de espaço, tempo, material, entre outras. As
estratégias de busca e seleção de coleta de informações integram a localização,
recolhimento e tratamento de informação, estabelecendo critérios e mecanismos
de seleção. As estratégias de processamento e utilização da informação
adquirida envolvem estratégias. de atendimento que objetivam controlar e
focalizar a atenção na tarefa com a codificação estratégica de desenvolvimento e
organização das informações, controle dos processos de reestruturação e de
personalização da informação, integração na estrutura cognitiva através de
táticas como sublinhado, epigrafia, esboço, resumo, mapas conceituais, tabelas
de resumo, entre outros. As estratégias de replicação de armazenamento controlam
os processos de retenção na memória e de curto e longo prazo, por meio de
táticas como a cópia, a repetição, dispositivos mnemônicos, que estabelece
conexões significativas, entre outras. As estratégias de personalização e
criatividade incluem o pensamento crítico, o reprocessamento de informações
pessoais, propostas criativas, entre outras. As estratégias para recuperação de
informação controlam os processos de recordação e de recuperação por meio de
táticas, tais como exercícios de memória, a recuperação da informação seguindo
a rota de conceitos relacionados, bem como as estratégias de comunicação e
utilização de informações adquiridas, que podem usar efetivamente as
informações recolhidas para o trabalho acadêmico e a vida cotidiana por meio de
táticas, tais como relatórios, desenvolvimento de síntese de aprendizagem,
testes de simulação, autoperguntas exercícios de aplicação e transferência, entre
outras. Também como estratégias metacognitivas que regulam e controlam a
avaliação do conhecimento e controle das várias estratégias e processos
cognitivos, de acordo com os objetivos da tarefa e, dependendo do contexto. Contudo,
tem-se encontrado inúmeros modelos de estratégias de aprendizagens que são
utilizadas, tais como aprendizagem recíproca, treino estratégico e estratégias
específicas, que apesar de se mostrarem numa variedade tipológica, todas
convergem para a necessidade de adoção de modelo metodológico de estratégia de
aprendizagem com o fito de superar deficiências e ajudar na execução de
tarefas, situações e tomadas de decisão. CONCLUSÃO
- O ensino de estratégias de
aprendizagem garante ao processo educacional a busca pela aprendizagem
eficiente e eficaz dos alunos, fomentando a sua autonomia, independência e
cidadania. Esse ensino deve ser ministrado com o objetivo do aprender a
aprender, acrescido da pratica de diferentes dinâmicas combinadas para
despertar as preferências de aprendizagens. A importância da adoção de
estratégias de aprendizagem é fundamental no processo instrucional, tendo em
vista possibilitar a abertura de perspectivas que promovem a potencialização da
aprendizagem, superando dificuldades, obstáculos e deficiências de natureza
pessoal e ambiental, obtendo êxito no desenvolvimento das atividades escolares. Veja mais aqui, aqui & aqui.
REFERÊNCIAS
MORALES,
D.; ALFONSO, Y. La importância de promover em el aula estratégias de
aprendizaje para elevar el nível acadêmico em los estudiantes de Psicología.
Revista Iberamericana de Educação, 2010.
Veja
mais sobre:
Leitura,
escrita, aprendizagem & avaliação na educação aqui.
E mais:
Papel do
professor na aprendizagem aqui.
Educação, PNE & inclusão aqui.
O
professor e a educação inclusiva aqui.
Educação
Especial, PNE & Inclusão aqui.
Aprendi com a vida, John
Cleland, Wolfgang Amadeus Mozart, Maria João Pires, Iara
Iavelberg, Flávio Frederico, Maria
Melilo, Lucian Freud, Jorge Calheiros & Railton Teixeira aqui.
De
segunda pra terça, Herbert de
Souza – Betinho, Carlos Byington, Hesíodo, William Etty, Jaques Morelenbaum, Luiz Nogueira, Meca
Moreno, &Armando Lemos aqui.
Zé
Corninho, o pintudo mais gaiúdo do mundo aqui.
As
máximas do Sexus de Henry Miller aqui.
A
primavera de Ginsberg aqui.
A arte
musical de Irah Caldeira aqui.
O cordel
O assassino da honra, de Caetano Cosme da Silva aqui.
A
organização, a psicologia e o comportamento humano aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU:
VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá