segunda-feira, junho 02, 2025

ROM FRESCHI, MARTHA GABRIEL, LETICIA WIERZCHOWSKI & PALMARES

 

 Imagem: Acervo ArtLAM.

Ao som dos álbuns Anoushka (1998), Anourag (2000), Live at Carnegie Hall (2001), Rise (2005), Breathing Under Water (2007), Traveller (2011) e Traces of You (2013), da sitarista e compositora britânica-indiana Anoushka Shankar. Veja mais aqui.

 

Um rio corre em mim... – Assim, como se diz: uma palavra e outra são folhas nos galhos dos versos. E aqui revivo o meu umbigo ancestral pelos arredores do lago Rudolf, lá no vale do rio Omo, na Etiópia. Há quanto tempo e não é fácil ter que lidar com a cara lisa dos algozes forjados no 8&31, essa gente da caquistocracia coisonária, com sua xenofilia extremista de sabotadores temperamentais, caricatos liberais conservadores com seu Jesus do dente de ouro e carro blindado, suas longas respostas que me cansam e não dizem nada, porque ruminam coisas e situações adversas nas suas graves sobrancelhas hipócritas! As faces ardem além dos infernos. São monólogos de rio e voo a vau pelas louquidões dagora. As coisas existem pelo tempo que as medem e é movediço em minhas mãos: biografias esmagadas entre delírios e mentiras, heranças putrefatas entre pausas e hesitações, alertas túrgidos entre cinzas e hostilidades, os que vacilam desolados entre soçobro e êxodo, súplicas pesam sobre os ombros e as facas fatídicas selam calvícies e barbas brancas, com as hirsutas guerras imundas e todos os pressentimentos de órbitas foragidas. Sou luzeiro solitário entre a vigília e o insondável, os sigilos rasteiros entre culpas e punições, um só instante na noite e as desavenças enlutadas. E os olhos rastejam sina de poeta, a face abolida pelas avenças e glórias das prévias curvas intermináveis. Eis-me e até exulto quase recomposto. É hoje agora e não sei o que fazer sozinho: o poema na rua do outro dia, coração aberto para imensidão cósmica, voz galáxia afora, paixão pela vida e se faz sempre viva e fecunda, um poema inacabado, porque um rio corre em mim e aonde vai dar, até mais ver.

 

Marie NDiaye: Uma pessoa que está totalmente concentrada em si mesma é um pacote muito pequeno... Veja mais aqui, aqui, aqui & aqui.

Gayle Forman: A maioria de nós tem dias, semanas ou meses tão terríveis que gostaríamos de nunca ter nascido... Veja mais aqui, aqui, aqui & aqui.

Paulina Chiziane: Um sopro de silêncio dando à luz o mundo... Veja mais aqui, aqui & aqui.

 

DOIS POEMAS

Imagem: Acervo ArtLAM.

I - As pessoas têm medo do seu próprio poder. \ A questão é: o que fazer, \ que interesse servir, \ como continuar vivendo \ depois de uma invenção \ sem problemas \ esperando \ o tempo passar. \ Pombos são partículas \ e patos giram em um disco de água. \ Nós que estamos comigo naquele disco de água \ somos todos órfãos; \ perdemos aquela parte do passado \ em que o mundo era finito \ e seu caminho era uma estação de retransmissão \ para outros. Este planeta \ pacífico parece \ um jardim \ de crueldade, apenas \ uma reminiscência de \ um sonho maligno distante \ de perdê-los.

II - Daquele amor rosa, rosa, \ pouco parece restar, exceto esta \ proximidade míope e microscópica, ferida \ mas perene, violeta, \ raiz viva e rosada. \ Prevê-se chuva, sente-se precipitação \ sonhos, raios, realidade, \ uma seca insondável de vento e areia \ que já nos petrificou. \ Fomos belos representantes do rock \ em um anfiteatro que parecia natural, \ clássico, perfeito, maciço \ , rígido como pedras, fizemos a tentativa \ vendemos o vintage, \ acreditamos que era o cartão-postal daquele monumento. \ Jóias como escamas endurecem o chão \ somos donos do óleo, que conhecemos \ mas quebrado, enfim, as estátuas \ como vasos finos e rotacionados \ procuramos sob nosso cobertor \ aquela carne pequena e rosada, \ bebê do amor.

Poemas da poeta, professora, tradutora e crítica literária argentina Rom Freschi (Romina Freschi), autora de obras como La vergüenza es una fase en la transición de la señora lobo (Caleta Olivia, 2024), Redondel (1998), Incrustaciones en confite (1999), Petróleo (2002), Entremezcales (2000) e Solaris (2008).

 

AMANHÃ SERÁ UM DIA MELHOR - [...] A flecha da paixão teve rumo certeiro, e logo os dois viviam uma grande história de amor. [...]. Trecho extraído da obra Amanhã Será um Dia Melhor (Culturama Plural, 2022), da premiada escritora Leticia Wierzchowski, também autora da obra A casa das sete mulheres (Bertrand Brasil, 2017), no qual expressa que: [...] A gente aprende a não sentir o tempo, meu filho. Senão, acaba enlouquecendo [...] Do mesmo sonho que se vivia, também se podia morrer [...] Muitas outras vezes, nos longos anos que se seguiram, tive oportunidade de me gravar essa estranha frase que ouvi outra vez, algum tempo mais tarde, na voz adorada de meu Giuseppe, e que repetia o que eu mesma já tinha aqui ao ver uma fresta do futuro... talvez tenha sido exatamente nessa noite que tudo começou. [...] A arte de sofrer é inconsciente... E é preciso fingir que se vive, é preciso. [...] Mas a vida tinha lá seus mistérios e suas surpresas: nenhum de nós em casa voltaria a ser o mesmo de antes, nem os risos nunca mais soariam tão leves e límpidos, nunca mais aquelas vozes todas reunidas na mesma sala, nunca mais. [...]. No seu livro Deriva (Planeta, 2022), ela escreve: [...] Sentia-se um pouco dolorida. Era o incômodo mensal que estava por chegar. Às vezes, as cólicas prostravam-na na cama por horas, logo ela que era tão ativa. A mãe dizia-lhe que, depois que tivesse filhos, aquele sofrimento mensal seria amenizado. [...]. Veja mais aqui.

 

FUTURISMO & TECNOLOGIA - [...] Uma das principais habilidades para o futuro, na minha opinião, é o pensamento crítico. Ele se traduz na habilidade que temos de olhar em tudo que está acontecendo e questionar o que é verdade, a fonte e o foco de determinada pesquisa ou assunto. O pensamento crítico começa com questionamento, duvidando dos vieses cognitivos, procura a questão lógica, tenta ver como você argumenta com essas questões e ele requer repertório, muito repertório. Não é uma habilidade que tivemos na escola e ela precisa ser desenvolvida. E o pensamento crítico faz muita falta em um momento que lidamos com tantas novidades. [...]. Trecho da entrevista “Quando o assunto é tecnologia, não podemos desprezar o hype”, (Forbes, 2024), na qual a escritora futurista, professora Ph.D e engenheira, Martha Gabriel, fala sobre o papel da construção de cenários futuros na evolução da sociedade, autora de obras como Liderando o futuro: visão, estratégia e habilidades (DVS, 2023), Inteligência artificial: do zero a superpoderes (GEN-Atas, 2024), Você, eu e os robôs: pequeno manual do mundo digital - como se transformar no profissional digital do futuro (Atlas, 2017), Marketing na era digital: conceitos, plataformas e estratégias (GEN Atlas, 2020) e Educação na era digital (GEN Atlas, 2023).

 

EMANCIPAÇÃO HUMANA E INDÚSTRIA CULTURAL

[...] quanta influência da mentira continua, de forma mais sofisticada e fortalecida pela ideologia dominante, fundamentalmente, num contexto de um mundo globalizado econômica, política e ideologicamente em que se torna mais espoliador, explorador, dominador da dignidade humana. [...].

Trecho da dissertação de mestrado sob a temática Emancipação Humana e Indústria Cultural: Uma análise crítica a partir do contexto da sala de aula e os produtos das novas mídias sociais (UFPE, 2023), apresentada pelo professor, poeta, compositor e filósofo, Wellington Batista da Silva, com uma análise crítica feita a partir do contexto da sala de aula e os produtos das novas mídias sociais, sob orientação do professor doutor Anderson de Alencar Menezes, tratando sobre a construção da emancipação sob a luz do pensamento de Adorno e o combate das fake News como mediação da indústria cultural, a história da Escola de Frankfurt e o pensamento da razão crítica, a indústria cultural e a globalização, a formação social de educadores e educandos, a desconstrução do conhecimento e a pedagogia das redes sociais, a cultura guiada pelo capitalismo, a ausência da verdade e o caminho do caos, Educação e processo de construção do pensamento, nativos digitais tramas e dramas, o desafio do ensino da Filosofia e a formação docente, diálogo com uma sociedade consciente, o perigo das redes sociais e o mundo real, a barbárie contemporânea, o pensamento protagonista nos dias atuais, entre outros temas. Veja mais aqui, aqui & aqui.

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PALMARES: 146 ANOS DE HISTÓRIA, ARTE, POESIA & RESISTÊNCIA

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ITINERARTE – COLETIVO ARTEVISTA MULTIDESBRAVADOR:

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KALIANE BRADLEY, CAROLINA SAMPAOLI, SALLY JOHNSTON & ORIANA DUARTE

  Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som de Low End (Live Big Ears Festival 2022), Tornasol (2021), Campos Flotantes (2024), Sinfonía Isleña (...