domingo, dezembro 06, 2009

BANDEIRA, BOAL, VOGLER, BASTOS TIGRE, GALLARDO-DOMAS, CALIFASIA, HERBALISMO & TRAJETÓRIA DA MULHER.



A TRAJETÓRIA DA MULHER – A trajetória da mulher desde as mais remotas eras até o momento atual registra uma série de acontecimentos que vão desde a imposição da sua submissão ao homem na sociedade patriarcal, a sua fragilidade na questão de gênero, a sua exaltação ao posto de musa e rainha de poetas e sonhadores, a determinação dos seus afazeres domésticos e criação dos filhos, afora discriminações, ultrajes e violências. Ao longo dos tempos, a mulher sempre foi encarada religiosamente como a culpada pelo pecado, foi submetida a ser apenas a costela do homem e sua fiel companheira na criação dos filhos e na manutenção dos afazeres domésticos e condução da família. Não raro, a mulher se dedicou à luta da sua autonomia contra as discriminações de gênero e na busca por uma igualdade de condições. Dentro dessas lutas ela também se envolveu com outras questões democráticas, como o direito de voto, justiça social, anistia, melhores condições de trabalho, entre outras, engajando-se, inclusive, nas lutas dos homens e de toda humanidade. No meio dessas manifestações, a mulher foi, mesmo nas mais legítimas reivindicações gerais de suas propostas e da sociedade em geral, sempre discriminada, desafiada, ultrajada, maltratada e até violentada pelas mais torturantes iniciativas totalitárias e opressoras. Vítima de uma violência das mais trágicas, a mulher perseguiu ao longo dos séculos com seus anseios e lutas pelo feminismo, pela democratização, pelo direito de todos e pela justiça social. Esta é a prova inconteste de que existem diversas formas de violência praticadas contra a mulher, desde a discriminação social, até o espancamento físico, estupros, maus tratos, assédios e assassinatos. Essa violência que parte da própria sociedade patriarcal é mais terrível no seio da família, quando praticada nos domínios do lar pela supremacia de mando do seu marido. Com o passar dos tempos, a violência contra a mulher começou a ser combatida no mundo inteiro e seus direitos passaram a ser exigidos nas sociedades democráticas. A partir da Revolução Francesa, com o surgimento dos direitos, a luta das mulheres direcionou-se entre as reivindicações de classe e questões políticas que se adensaram na Revolução Industrial, articulou-se com o Marxismo, fez frente aos movimentos sufragistas e se delinearam os movimentos feministas. No Brasil, a luta das mulheres não foi diferente dos cenários europeus e norte-americanos, culminando com a promulgação da Constituição Federal de 1988, quando esta estabeleceu a igualdade de gêneros, o principio da dignidade humana e o exercício da cidadania pela instituição do Estado Democrático de Direito, quando a mulher viu-se contemplada com seus direitos garantidos. A partir da Constituição do Brasil de 1988, muitos institutos legais regulamentaram suas previsões, visando coibir a violência contra a mulher. Estes institutos podem ser constatados a partir da instituição das Delegacias de Defesa da Mulher, do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e, mais recentemente, a edição da Lei Maria da Penha, esta exclusivamente voltada para coibir a violência, entre outros tantos diplomas legais atinentes ao atendimento dos direitos da mulher, direitos esses que devem ser respeitado e por quais mantemos a nossa campanha de que TODO DIA É DIA DA MULHER. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.


Imagem: Female nude, do artista plástico Steve Hanks.


Curtindo o álbum Bel sogno sing italian – árias and scenes, da soprano chilena Cristina Gallardo-Domas.Veja mais aqui.

EPÍGRAFEQuanto menor for a instrução de uma pessoa, tanto maior necessidade terá da linguagem externa para poder compreender os seus próprios pensamentos [...], extraído do livro Manual de califasia, califonia, calirritmia e arte de dizer (Saraiva, 1958), do escritor, jornalista, cronista, lexicógrafo, filólogo, ensaísta e tradutor Silveira Bueno. Veja mais aqui.

ABADE VOGLER - O alemão George Joseph Vogler, mais conhecido como o Abade Vogler (1749-1814), estudou com o padre Matini que era um notável franciscano e considerado a maior autoridade em teoria e história da música da Itália e, também, com Valotti que era considerado um dos maiores organistas e teóricos do séc. XVIII, para se tornar mestre de Weber, Meyerbeer, dentre outros. Admirável organista despertou emoções em seus concertos, chegando a inventar um sistema de simplificação da técnica do órgão que costumava empregar em suas execuções, levando consigo um instrumento portátil para dar demonstração de seu método em vários países. Depois foi contratado para escrever óperas para o teatro lírico da capital austríaca onde estabeleceu contatos com Beethoven. Com seus cursos transmitia lições como a concepção da harmonia, chegando a desenvolver o sistema Tartini e Rameau, abolindo velhos e rotineiros hábitos. Além de construir vários teatros e salões de concertos, escreveu uma imensa obra musical e importantes tratados musicais. Fonte: MONTALVÃO, Alberto. No mundo da música. Rio de Janeiro: Spiker, 1958. Veja mais aqui e aqui.

HERBALISMO – A obra Herbalismo: o uso das ervas através dos tempos (Renes, 1982), de Ralph Whiteside Kerr, trata de temas como lenda, antiguidade e história primitiva, aroma para os deuses, o monólito misterioso, o dom de Deus aos homens, folclore e transição, as ervas nas colônias, rituais indígenas de ervas, os primeiros agricultores, as ervas são edificadoras da saúde, a natureza sabe melhor, alimentação, medicamentos e prazer, entre outros assuntos. Veja mais aqui.

LITERATURA – Na obra Noções de história das literaturas (Companhia Editora Nacional, 1940), do poeta, tradutor, critico literário e de arte, Manuel Bandeira (1886-1968), trata sobre conceito de literatura, influencias que pesam sobre o fato literário, poesia e prosa, erso, gêneros literários, escolas literárias, estilo, literaturas europeias, literaturas americanas, literaturas asiáticas, literatura hindu, assírio-babilonica, persa, chinesa, japonesa, hebraica, árabe, entre outros assuntos. Veja mais aqui e aqui.

CALIFASIA – Na obra Manual de califasia, califonia, calirritmia e arte de dizer (Saraiva, 1958), do escritor, jornalista, cronista, lexicógrafo, filólogo, ensaísta e tradutor Silveira Bueno, encontra-se que o termo califasia significa a arte de tornar a palavra distinta, correta, expressiva e agradável, levando por meio de exercícios a um fim pratico de obter a expressal oral perfeita. É a arte que torna a palavra distinta ao possibiloitar o hábito de pronunciar os vocábulos com a máxima perfeição mecânica possível. Veja mais aqui.

DEFINIÇÃO – Na obra Versos perversos (Cruz Coutinho, 1905), do poeta, bibliotecário, compositor, jornalista, humorista e publicitário Bastos Tigre (1882-1957), destaco o soneto Definição: Amor é mal, e mal que não tem cura; / mas, sendo mal, sofrê-lo nos faz bem... / chora o amante, se o amor olhe dá ventura, / e ri da dor, se dele a dor lhe vem. / O amor é vida e leva à sepultura; / é doce filtro, o amor, e fel contém. / É luz, mas, entretanto, em noite escura / vive, às cegas, o alguém que ama outro alguém. / O amor é cego, e vê todo o invisível; / sendo imutável, quase sempre é vário, / é deus, e faz um santo um pecador! / Franco e indefeso, é força irresistível; / sendo, pois, a si próprio tão contrário, / quem é que pode definir o amor?. Veja mais aqui.

EXERCÍCIO E JOGOS PARA ATOR – Na obra 200 exercícios e jogos para o ator e o não-ator com vontade de dizer algo através do teatro (Civilização Brasileira, 1983), do dramaturgo e ensaísta Augusto Boal (1931-2009), trata de assuntos como história do Teatro Arena de São Paulo, jogos e exercícios, aquecimento físico, aquecimento ideológico, aquecimento vocal e emocional, jogos de integração do elenco, exercícios de máscaras e rituais, quebra da repressão, exercícios gerais sem texto, ensaios de motivação com texto, sequencia de ensaos pique-pique, entre outros assuntos. Veja mais aqui e aqui.

FROM HELL – O filme suspense From Hell (Do Inferno, 2001), dirigido por Albert e Allen Hughes, conta a história do serial killer inglês Jack, o Estripador, baseado na história em quadrinhos homônima de Alan Moore, ocorrida pelos idos de 1888, durante o reinado de Vitória, quando um inspetor de polícia com poderes mediúnicos investiga crimes. Ele se torna obcecado em desvendar um caso, enquanto se envolve emocionalmente com a vítima. Nesta época Londres vive um horror sem precendentes, quando uma mulher e seu grupo de amigas, vivem sendo hostilizadas pelas gangues locais e são obrigadas a se prostituir para sobreviver. Até que uma delas é repentinamente sequestrada, com este acontecimento logo seguido pelo brutal assassinato de outra, desconfiando que tais acontecimentos sejam na verdade uma “caçada” às garotas de Whitechapel, o caso logo chama a atenção de um brilhante e perturbado inspetor de polícia que muitas vezes usa de seus poderes psíquicos para solucionar casos. Ele se envolve cada vez mais com o caso e aos poucos se apaixona perdidamente por uma das mulheres, mas quanto mais se aproxima da verdade mais Whitechapel fica perigosa para ele e suas companheiras. O destaque do filme fica por conta da atuação da atriz estadunidense Heather Graham. Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA
Todo dia é dia da atriz estadunidense Heather Graham.

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